HomeAssessoria ReleasesPrestes a terminar a licenciatura em música, Gabriel dos Santos pesquisa a relação entre canto, corpo e música

Prestes a terminar a licenciatura em música, Gabriel dos Santos pesquisa a relação entre canto, corpo e música

Apenas uma coisa fazia Gabriel dos Santos parar de chorar quando ele era bebê: a música do Pink Floyd. Pode parecer apenas uma lembrança da infância, mas a verdade é que a música ganhou maiores proporções na vida daquele menino nascido em Ribeirão Preto e residente em São Carlos. Ex-aluno do Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo –, hoje, aos 21 anos de idade, ele faz licenciatura na UFSCAR e tem duas iniciações científicas em andamento.

Na pré-adolescência, quando ouvia o som de algum piano, Santos tinha um lampejo de que o seu sonho seria tocar em uma sala de concerto lotada. Foi assim que ele deu início ao estudo do instrumento. Desde cedo, contudo, ele entendeu que aprender não se resumia a executar bem uma música, pois ela vem acompanhada de movimentos do corpo. Por isso, desenvolveu o gosto pela dança e pelo circo, por exemplo, e chegou a ter aulas de balé e ginástica.

Aos 18 anos, a convite de uma amiga, Santos foi ao Projeto Guri, no polo São Carlos, onde iniciou as aulas de violoncelo, instrumento por qual também nutria curiosidade. “Eu fiz seis meses de curso. No Guri, criei amizade com os professores e com a coordenação. Acredito que cresci muito naquele período, principalmente na perspectiva humanizada”, comenta. “Na minha sala, tinha um aluno com deficiência visual. Foi inspirador ver como o professor lidava com ele, a empatia que existia”, lembra. Mais pra frente, tal experiência viria a motivar uma pesquisa na licenciatura sobre escrita de música em braile.

Após os seis meses de curso de violoncelo, o rapaz se viu bastante envolvido com o Projeto Guri e entrou para o Grupo de Referência. Foi o momento de conhecer um campo da sua área que ainda não tinha tanta familiaridade, a do jazz e a das big bands.

No primeiro semestre da licenciatura na UFSCAR, em 2017, Gabriel percebeu que não estava ali para tocar, mas para educar e humanizar com música. Algo que se tornou ainda mais forte quando ele partiu para um intercâmbio de 10 meses no Malawi, que foi propiciado pelo MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange, programa custeado pelas Forças de Paz da Noruega). “Foi uma experiência desafiadora. Houve um choque inicial, mas, conforme fui me envolvendo com a escola, também fui me encantando pelas descobertas e pelas possibilidades. Por conta da colonização, a cultura de lá está se perdendo. Com um professor de coral com quem me identifiquei, fiz viagens pelo interior captando músicas da região, ajudei nas transcrições e fiz revisões também”, recorda-se.

“No intercâmbio, aprendi flexibilidade, a me adaptar aos contextos, a não ser estritamente erudito e a reconhecer em  outras músicas o valor dela. A viagem me fez enxergar o mundo de uma forma totalmente diferente. Fora da bolha”, avalia.

De volta ao Brasil, Santos não perdeu os laços com o país africano. Com o desejo de seguir pelo caminho acadêmico, se dedica a duas iniciações científicas, que procuram entender a relação entre canto, corpo e música, elementos tão evidentes nas práticas populares malawianas.

Do Guri para o Mundo
A série Do Guri para o Mundo foi criada para retratar o caminho trilhando pelos Guris: quem são, onde estão e o que mudou na vida deles. São histórias inspiradoras que celebram os 25 anos do Projeto Guri e prestam homenagem aos mais de 810 mil ex-alunos beneficiados pelo programa e, consequentemente, pelo poder de transformação da música. A cada semana, a série destaca um personagem nas redes sociais do Projeto Guri e na Sustenidos – organização que administra o programa: https://www.projetoguri.org.br/noticias/do-guri-para-o-mundo/

Patrocinadores do Projeto Guri – Sustenidos: CTG Brasil; CCR AutoBAn; Instituto CCR; VISA; Bayer; WestRock; Microsoft; Supermercados Tauste; banco BV; Novelis; Arteris; EMS; Capuani do Brasil; Faber-Castell; Pinheiro Neto; Santander; VALGROUP; Raízen; BTP; Distribuidora Ikeda; Grupo Maringá; Instituto 3M; Supermercados Rondon; Frigol; Mercedes-Benz; Castelo Alimentos; ENEL; GRUPO GR; Cipatex; Grupo Herval, Pirelli.
Patrocinadores Sustenidos: CTG Brasil; Visa; SulAmérica e Microsoft.

Sobre o Projeto Guri
Mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos nos Grupos de Referência e na Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Sustenidos, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 810 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.
Sobre a Sustenidos: Eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, a Sustenidos é a organização gestora do Festival Ethno Brazil, Som Na Estrada, Festival Imagine Brazil, MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange) e Projeto Guri. Desde 2004, é responsável pela gestão do programa de ensino musical no litoral e no interior do estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA. Além do Governo de São Paulo, a Sustenidos conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Sustenidos, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm incentivo fiscal da Lei Rouanet e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir: https://www.sustenidos.org.br/pessoa-fisica/

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