Prêmio São Paulo de Literatura define jurados
Premiação concede R$ 200 mil aos dois melhores escritores do ano de 2020; Inscrições podem ser feitas até 20 de setembro; Entre os jurados estão Eduardo Cesar Maia, Flávio Martins Carneiro, Iris Maria da Costa Amâncio, Juliana Bezerra de Albuquerque, Ketty Margarete Valencio, Leonardo Martins de Barros, Luciana Araujo Marques, Paula Fábrio, Paulo Cesar de Souza Lins e Uelinton Farias Alves
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo anuncia os dez nomes escolhidos para compor o júri da edição 2021 do Prêmio São Paulo de Literatura. A premiação irá contemplar dois escritores. Um na categoria Melhor Romance do Ano de 2020 e outro como Melhor Romance de Estreia do Ano de 2020. Cada ganhador receberá R$ 200 mil.
Para concorrer ao Prêmio São Paulo de Literatura, o livro deve ter sido escrito originalmente em português e ter sua primeira edição publicada ao longo de 2020. Somente obras no formato impresso, com ISBN, podem participar. O edital está disponível no site do Prêmio São Paulo de Literatura https://premiosaopaulodeliteratura.org.br/.
Confira a lista completa dos jurados:
Eduardo Cesar Maia
É professor, escritor, doutor e mestre em Teoria da Literatura pela Universidade Federal de Pernambuco, com estágio doutoral na Universidad de Salamanca (Espanha). Editou e foi articulista das revistas Café Colombo, Continente e Crispim, com publicações sobre na área de crítica literária e filosofia. Maia é fundador do programa radiofônico Café Colombo, sobre livros e ideias, além de coautor e editor dos livros Pensata (2005), Conversas no Café Vol. 1 (2007), Conversas no Café Vol. 2 (2015) e Sobre livros e ideias (2017); Também organizou e editou os livros Sobre Crítica e Críticos (2013) e Sete Escritores do Nordeste (2016), com ensaios de crítica literária de Álvaro Lins.
Flavio Martins Carneiro
Escritor, roteirista e professor titular de literatura brasileira na UERJ, publicou dezesseis livros – entre romances, contos, crônicas, ensaios, ficções infantojuvenis – e escreveu dois roteiros para cinema. Ganhou alguns prêmios, como o Barco a Vapor, o Jabuti e o Altamente Recomendável para o Jovem (da FNLIJ). Seu livro mais recente é a coletânea de crônicas Histórias ao Redor (Editora Cousa, 2020). Parte de sua obra foi publicada em outros países, como França, Itália, Portugal, Colômbia, México, EUA, Alemanha.
Iris Maria da Costa Amâncio
Pós-doutora em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (Universidade de Coimbra, 2014), Doutora em Literatura Comparada e Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa, trabalha como professora e pesquisadora de Literaturas Africanas e de Literatura Portuguesa na Universidade Federal Fluminense (UFF). Publica livros de autoras e autores negros africanos e afrodiaspóricos junto à Nandyala Editora. Em 2019, foi agraciada pelo Governo do Estado de Minas Gerais com a “Medalha Mérito Santos Dumont” devido à relevância das suas atividades educacionais e editoriais.
Juliana Bezerra de Albuquerque
Mestre em filosofia pela Universidade de Tel Aviv (Israel) e doutoranda em literatura e filosofia alemã pela University College Cork (Irlanda). As suas principais áreas de ensino e pesquisa são: filosofia da literatura, literatura alemã, J.W. von Goethe, e história intelectual alemã com ênfase em uma contribuição cultural do pensamento judaico de Moses Mendelssohn até Hannah Arendt. Professora, pesquisadora e escritora, Juliana foi colaboradora do Estado da Arte no Estadão e é atualmente colunista da Folha de S. Paulo.
Ketty Valencio
Bibliotecária, livreira, pesquisadora e empreendedora formada em Biblioteconomia pela FESPSP, MBA de Bens Culturais pela FGV/SP e especialização em Gênero e Diversidade na Escola pela UNESP. Proprietária da Livraria Africanidades, empreendimento nascido em 2013, que possui o acervo especializado em literatura negra e feminista. Fez parte como pesquisadora e foi uma das idealizadoras do projeto aprovado pela PROAC 2014, de publicação impressa e websérie “Mulheres de Palavra: um retrato das mulheres do rap de São Paulo”.
Leonardo Martins de Barros
Dramaturgo, diretor e compositor, estreou como autor de teatro, em 1989, aos 23 anos, com “Dores de Amores”. Recebeu o prêmio Mambembe de revelação do ano e também o Prêmio Molière de melhor autor. Em 2009, a obra completou 20 anos e foi remontada com direção de Naum Alves de Souza. De 99 a 2002, foi ombudsman da agência de publicidade Loducca, cuidando também de várias atividades culturais da empresa. Em 2014, Leo Lama ganhou o prêmio de melhor diretor pela Companhia Paulista de Teatro por sua direção de “Quando as Máquinas Param” de Plínio Marcos.
Luciana Araújo Marques
Escritora, jornalista, mestre em Teoria Literária (USP) e doutoranda em Teoria e História Literária (Unicamp). Como editora, trabalhou na Cosac Naify e Estação Liberdade, entre outras. Foi colunista da revista Pessoa e selecionada pelo programa Rumos Literatura, do Itaú Cultural, voltado para a produção crítica brasileira, tendo como resultado a publicação do livro Protocolos críticos (2009). Colabora com resenhas e ensaios para a revista QuatroCincoUm, o caderno “Pensar”, do jornal Estado de Minas, “Segundo Caderno” de O Globo e o Suplemento Pernambuco.
Paula Fábrio
Doutora em Literatura pela USP e autora de Desnorteio (2012), romance vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, e um dia toparei comigo (2015), livro finalista do mesmo prêmio. No corredor dos cobogós (Edições SM) é sua primeira obra juvenil e recebeu em 2020 o Prêmio FNLIJ de melhor livro jovem. Na mesma ocasião, Paula recebeu o Prêmio Autora Revelação pela mesma instituição.
Paulo Cesar de Souza Lins
Poeta, romancista, roteirista de cinema e televisão e professor licenciado em Língua Portuguesa e Brasileira pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Uelinton Farias Alves
Jornalista, escritor, crítico literário, ensaísta, dramaturgo e roteirista, publicou 15 livros, entre biografias, romances e ensaios literários, com destaque para os premiados “Cruz e Sousa: Dante Negro do Brasil”, e “José do Patrocínio: a pena da abolição” (2ª edição). Autor dos romances “Os Crimes do Rio Vermelho”, “A Bolha” e “Toda Fúria”, inédito. É dele “Carolina, uma biografia”, finalista do Jabuti de 2019, e premiado pela Flup; e “Escritos negros: crítica e jornalismo literário” (2021). Escreve para O Globo e a revista QuatroCincoUm. Tem 4 prêmios, entre os quais da Academia Brasileira de Letras.