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“Mínimo,  múltiplo, comum” é a nova exposição da Pina Estação

Recorte cronológico da mostra abrange quase 70 anos de produção pictórica no país, colocando em pauta as definições de arte moderna, popular e contemporânea

Abertura: 19 de maio de 2018, sábado, às 11h00 | Em cartaz até 17 de setembro de 2018

A Pinacoteca de São Paulo e a Secretaria da Cultura do Estado apresentam a exposição coletiva Mínimo, múltiplo, comum a partir de 19 de maio, no segundo andar do edifício da Pina Estação. A mostra reúne mais de uma centena obras de seis artistas de gerações e círculos culturais diferentes: Amadeo Lorenzato (1900-1995), Chen Kong Fang (1931-2012), Eleonore Koch (1926), Marina Rheingantz (1983), Patricia Leite (1955) e Vânia Mignone (1967).

A exposição tem curadoria de José Augusto Ribeiro, Curador da Pinacoteca, e apresenta trabalhos caracterizados por figurações simples, planas e sintéticas, às vezes no limite da abstração. Essas imagens reproduzem, no geral, cenas de solidão – pelo isolamento de seres e objetos, ou pelos espaços vazios, sem presença humana. Realizados a partir de 1960, os trabalhos compreendem, juntos, quase sete décadas de produção pictórica no Brasil, desde a época em que ocorrem as primeiras mostras de Koch, Fang e Lorenzato, cujas produções foram confundidas com variações do “primitivismo”, até hoje, quando o circuito de arte contemporânea valoriza e acolhe sem mediações obras de artistas antes considerados “populares” e “ingênuos”.

“Muitas dessas obras continuam a ser tachadas de ‘ingênuas’, ou de ‘populares’, por conta de suas construções espaciais estiradas, paralelas ao plano bidimensional do suporte, sem uso da perspectiva; de suas figuras sumarizadas ao essencial da representação e muitas vezes assimétricas e das composições descentradas e com equilíbrios tensos. Estes aspectos descrevem qualidades fundamentais da pintura moderna, desde o final do século XIX, e estão presentes, de maneiras bastante diversas, em obras relevantes de artistas em atividade nos últimos 20 anos”, afirma José Augusto Ribeiro.

As obras que compõem a mostra pertencem a mais de 60 coleções públicas e particulares de São Paulo e Belo Horizonte. Dessas, sete estão sob a guarda da Pinacoteca: seis integram o acervo do museu (sendo quatro trabalhos de Lorenzato, uma série de pinturas sobre xilogravuras de Vânia Mignone e a inédita “Gruta”, de Patricia Leite, recém-incorporada à coleção, por meio de doação do Iguatemi São Paulo), além de uma pintura pertence à Coleção Nemirovsky, que desde 2006 está em empréstimo de longa duração para a instituição.

Os artistas que compõem Mínimo, múltiplo, comum estão representados aqui com cerca de 20 trabalhos cada, escolhidos com o objetivo de formar um panorama representativo e abrangente dessas trajetórias. Isso faz da exposição a primeira em uma instituição pública de São Paulo a apresentar um conjunto tão significativo de obras de Amadeo Lorenzato – um artista que, em vida, realizou exposições apenas em Belo Horizonte. Amadeo tinha entre seus admiradores o artista mineiro Amilcar de Castro e hoje está em alta no mercado artístico do Brasil. Na exposição, o público tem também a oportunidade de ver, pela primeira vez, grupos importantes de obras de Chen Kong Fang, produzidas a partir de 1994, e de Eleonore Koch, hoje com 92 anos de idade, produzidas a partir de 2009.

A mostra apresenta, ao mesmo tempo, trabalhos inéditos de artistas brasileiras em atividade e que têm chamado a atenção no circuito internacional, como Patricia Leite, que acabou de expor em Bruxelas, na Bélgica, e Marina Rheingantz, que está atualmente em cartaz com uma exposição individual em Nova York. Além disso, Mínimo, múltiplo, comum antecede a participação de Vânia Mignone na 33ª Bienal de São Paulo, que será inaugurada em setembro.

Mínimo, múltiplo, comum, permanece em cartaz até 17 de setembro de 2018, no segundo andar da Pina Estação – Largo General Osório, 66. A visitação é aberta de quarta a segunda-feira, das 10h00 às 17h30 – com permanência até às 18h00 – e entrada gratuita.

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