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Museu da Casa Brasileira inaugura nova exposição sobre tipografia latina

No dia 23/6, sábado, às 14h, o Museu da Casa Brasileira inaugura a exposição “Tipos Latinos – 8ª Bienal de Tipografia Latino-Americana”, com entrada gratuita.

A abertura contará com as palestras “A Tipografia corporativa no projeto LATAM”, de Daniel Sabino (designer de tipos da Blackletra), e “Gerente Criativo/Interbrand”, de Gil Botari (gerente criativo da Interbrand). Os representantes do Comitê Tipos Latinos, Ricardo Esteves, coordenador técnico, e Andrea Kulpas, designer gráfico com especialização em tipografia, apresentarão um panorama dos inscritos desta edição. Haverá ainda uma homenagem ao designer Alexandre Wollner, que faria 90 anos em 2018. O público também poderá acompanhar a produção de cartazes com a técnica de impressão tipográfica – pressão de tipos metálicos móveis sobre papel – que serão distribuídos aos visitantes.

A iniciativa, que tem o Brasil como cofundador, surgiu em 2004 e acontece simultaneamente em 14 países da América Latina – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. A cada dois anos, a Tipos Latinos recebe inscrições de trabalhos relacionados à tipografia e seleciona as novidades do mercado. A mostra itinerante percorre diversas cidades em cada um dos países participantes e apresenta ao público o que de mais importante está acontecendo no universo tipográfico latino-americano. No Brasil, estreou em Goiânia, no dia 16 de maio, e deve percorrer cidades como Brasília, Bauru e Manaus.

A “Tipos Latinos” trará para o MCB 73 trabalhos, dos quais 15 são de artistas brasileiros, selecionados entre os 444 inscritos ─ 116 projetos do Brasil, 83 do Chile e 81 da Argentina. O júri, composto por Ricardo Esteves (Brasil), Diego Aravena (Chile), Fernanda Cozzi (Argentina), Isaías Loaiza (México), Rubén Salinas (Bolívia) e Felipe Calderón (Colômbia), reuniu-se em Bogotá, na Colômbia, em março, para selecionar os vencedores, que integram a exposição.

Este ano, houve a inclusão da categoria Novos Talentos (Emergentes), em que concorreram estudantes e profissionais sem experiência prévia na publicação comercial de tipos; além de subdivisões em outras seis categorias: Texto, Título, Manuscritas, Superfamílias, Experimentais e Miscelâneas.

“Depois do processo de julgamento e da divulgação dos resultados, notamos que a participação brasileira manteve seu índice histórico, com um total de 15 trabalhos selecionados, 6 deles na categoria Novos Talentos, o que demonstra uma franca renovação da produção nacional”, comentou Ricardo Esteves, da comissão julgadora.

Segundo Tadeu Costa, organizador do evento em São Paulo, a intenção é aproximar o público do universo dos criadores de fontes e apresentar a diversidade e o grau de excelência da produção tipográfica latino-americana. “Queremos mostrar que é possível comprar tipografia inédita, o que beneficia todo mundo: o designer, que é incentivado a pesquisar e a criar; as instituições de ensino, que aprimoram técnicas; e o público final, que percebe que por um valor muito menor do que imagina consegue comprar uma fonte exclusiva e fugir de tipografias pirateadas”, completa Costa.

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