Jovens de Moçambique, Malawi e Noruega chegam ao Brasil para intercâmbio musical em parceria com o Projeto Guri
O Projeto Guri – maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – acaba de receber seis novos intercambistas do Musicians and Organizers Volunteer Exchange (MOVE), programa criado pela organização parceira JM Norway e promovido no Brasil pela Amigos do Guri – uma das gestoras do Projeto Guri.
Vindos de Moçambique, Malawi e Noruega, os jovens Trygve Lid, Ruth Hoff, Sara Mugawa, Darius Lumwira, José Luís Chimbia e Ivo Agostino Matine ficarão durante 10 meses no Brasil, hospedados em Marília e São José dos Campos, no interior de São Paulo.
Os selecionados participarão das atividades do Projeto Guri ensinando ritmos musicais característicos de seus países de origem, agregando seus conhecimentos e vivências às aulas.
Marília
Os estudantes e educadores do Projeto Guri em Marília e região vão interagir com três intercambistas. São eles:
Sara Mugawa, 21 anos, nascida no Malawi, é violonista, cantora e dançarina. Aprendeu a tocar na igreja e nunca passou por uma escola de música. “Quero estudar guitarra e estou muito animada pela possibilidade de ensinar crianças”, contou. A jovem avalia que essa passagem pelo Guri será um estimulo para ela se dedicar à carreira musical quando voltar para casa. “Quero produzir música com objetos junto aos Guris, passando por vários ritmos”, disse.
De Moçambique, José Luís Chimbia, de 24 anos, é guitarrista, tecladista e cantor em Maputo. Admirador de música desde os 8 anos, cresceu em um ambiente familiar composto por músicos. Apesar do choque cultural, o jovem pretende aprender a tocar saxofone e dar aulas instrumentais dos ritmos africano e moçambicano. “Tenho em mente um projeto de usar materiais simples para criar instrumentos para crianças que não podem comprar. Espero que esta experiência mude minha mentalidade e que eu possa adquirir mais conhecimento tanto musical quanto social para poder contribuir para a sociedade”, pontuou.
Pela primeira vez no Brasil, o norueguês Trygve Lid, 20 anos, é baterista desde os 13 anos. Disposto a aprender não só o português, como os ritmos brasileiros, o jovem, que já trabalhou como guia no Museu da Porcelana em Porsgrunn, acredita que seu principal desafio será aprender o novo idioma, mas sabe que a música o ajudará bastante nessa comunicação. “A música é para todos. Amo a expressividade da música e como ela pode ter um impacto tão grande tanto na sua mente quanto no seu humor”, disse, revelando que quer muito aprender instrumentos tradicionais brasileiros.
São José dos Campos
Os Guris de São José dos Campos e região aprenderão com outros três intercambistas. São eles:
Ivo Agostino Matine, 23 anos, vem de Moçambique e toca guitarra. Com a expectativa de aprender com a diversidade cultural, o jovem quer aproveitar a oportunidade para estudar piano e ensinar um pouco da cultura moçambicana. “A música é vida e transmite mensagens educativas. Gosto de cantar e sou muito inspirado por um músico de minha terra natal chamado Stewart Sukuma. Quero ensinar ritmos moçambicanos para as crianças e deixar um pouco do que sei aqui também”, contou.
Da Noruega, Ruth Hoff, 19 anos, toca piano e estuda musicologia. Vinda de uma cidade pequena, a jovem espera aprender português, conhecer brasileiros que também gostam de música e trabalhar com crianças. “Já trabalhei em festivais e será interessante aplicar esse conhecimento nos shows do Projeto Guri”, revelou. Apesar do desafio de estar longe de casa e não falar português, Ruth acredita no poder da música. “Mais do que expressão, a música é um elemento social. Sou fascinada pelo pandeiro e pretendo aprender isso durante minha estadia aqui”, pontuou.
Darius Lumwira, 23 anos, é baterista, cantor e tecladista em Maputo, no Malawi. Chega ao Brasil com a expetativa de contribuir para essa troca de experiências e ensinar sobre tradições e músicas de seu país de origem. “Gosto de dançar e posso criar projetos que mostrem essa forma de comunicação corporal junto com a música”, concluiu.
Durante a estadia dos intercambistas no Brasil, os alunos no Projeto Guri receberão instruções sobre diferentes ritmos e técnicas musicais utilizadas em diversos instrumentos. Já os participantes do MOVE, além de integrar os festivais, poderão desenvolver workshops, concertos e outras atividades de aprimoramento musical com os brasileiros.
Sobre o MOVE
O MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchage) é um programa de intercâmbio criado pela JM Norway, membro da JMI – Jeunesses Musicales International (associação sediada na Bélgica que reúne diversas organizações musicais em cerca de 70 países), em parceria com a instituição musical Music Crossroads, do Malawi e de Moçambique. Seu objetivo é o desenvolvimento da prática musical internacional.
Ao todo, 18 brasileiros já participaram do intercâmbio entre essas instituições: Jassá Aquino e Aydan Schmidt visitaram a Noruega no primeiro semestre de 2016, período em que os colegas Eduardo Scaramuzza e Ananda Miranda estiveram no Malawi. Em 2017, a Noruega recebeu Guilherme dos Santos e Thales Simões Martins; no Malawi ficou Elias de Oliveira Junior e Vitor Lyra Biagioni. Na última temporada, Gabriel Fabiano dos Santos, Karoline Ribas, Renan Augusto Dias, Cintia Galan, Igor Crecci e Marcelo de Almeida Brito passaram pelo programa na Noruega, Malawi e Moçambique. Atualmente, vivenciam o programa os jovens Otávio Antoniacci, Gabriel Andres, Leonardo Martins, Maria Fernanda Zucchi, Miriam Momesso e Lucas D’Alessandro.
Membro da JMI desde 2012, a Amigos do Guri também recebe os intercambistas: em 2016, estiveram aqui os noruegueses Ellen-Martine e Nikolai Gmachl-Pammer; e os moçambicanos Lalah Mahigo e Vando Infante. Em 2017 foi a vez dos moçambicanos Engristia Irina e Tiger Massuco, além dos noruegueses Sandra Skroedal e Ole Berget. Na última edição, Moçambique, Malawi e Noruega enviaram os jovens Valentino Salimo, Calisto Ricardo, Waliko Gondwe, John Mchiswe, Kristoffer Dokka e Hannah Larsen.
Projeto Guri: www.projetoguri.org.br
Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Amigos do Guri: Instituto CCR por meio da CCR AutoBAn e CCR SPVias; CTG Brasil; VISA; VALGROUP; Supermercados Tauste; AES Tietê; Microsoft; WestRock; Novelis; Usina Colorado; Banco Votorantim; Capuani do Brasil; Caterpillar; Grupo Maringá; Pinheiro Neto; EMS; Sky; Magazine Luiza; Mercedes-Benz; ASTA; Catho; CODESP; Raízen; Arteris; Supermercados Rondon; Castelo Alimentos; Hasbro.
Sobre o Projeto Guri
Mantido pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos nos Grupos de Referência e na Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Amigos do Guri, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria de Cultura que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 710 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.
Sobre a Amigos do Guri
A Amigos do Guri é uma organização social de cultura que administra o Projeto Guri. Desde 2004, é responsável pela gestão do programa no litoral e no interior do estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA. Além do Governo de São Paulo – idealizador do projeto –, a Amigos do Guri conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Amigos do Guri, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm incentivo fiscal da Lei Rouanet e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir: www.projetoguri.org.br/faca-sua-doacao.
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