Nos dias 11 e 19 de setembro a Companhia leva seu repertório para as unidades Vila Curuçá e Sapopemba
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança – volta aos palcos das Fábricas de Cultura da cidade.
No dia 11, às 14h30, a apresentação acontece na Vila Curuçá, e o repertório apresenta Cartas de Amor, com a São Paulo Escola de Dança; seguido pela A Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh; e Yoin, de Jomar Mesquita. Os ingressos são gratuitos e deverão ser retirados na bilheteria com 1h de antecedência.
Composta por cinco coreografias, de cinco diferentes artistas — Claudia Palma, Vinícius Anselmo, Kátia Barros, Sérgio Rocha e Leilane Teles — Cartas de Amor, da São Paulo Escola de Dança, é uma obra que aborda o reconhecimento de si diante da partida de uma pessoa amada. Em cena, vinte intérpretes — estudantes da Escola — revelam a potência da dança em uma obra multifacetada e dinâmica. Com direção artística e educacional de Inês Bogéa, o programa é composto por: Mergulho, de Sérgio Rocha, ao som de 1º movimento das Três Peças Nordestinas: No Reino da Pedra Verde, de Clóvis Pereira; Lamento de Orfeu, de Kátia Barros, com Amor em Lágrimas, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; O Último Beijo, de Vinícius Anselmo com Ouve o Silêncio, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; Aqua, de Cláudia Palma, com Se Todos Fossem iguais a Você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes e O Samba de Orfeu, de Leilane Teles, com Samba de Orfeu, de Antônio Maria e Luíz Bonfá.
Já a Morte do Cisne é um balé criado em 1907 por Fokine para Anna Pavlova. Um solo emocionante, que dialoga com as sonoridades da harpa e do violoncelo, inspirado no poema de Alfred Tennyson (1809-1892) e nos movimentos dos cisnes em seus últimos instantes de vida. Esse solo é interpretado por grandes estrelas da dança e ganha novos acentos e dinâmicas no corpo das bailarinas da SPCD nesta versão de Lars Van Cauwenbergh.
Qual é a sensação que fica após cessado o estímulo? Os mínimos e mais sutis, os dolorosos ou longevos. O som da gangorra, o cheiro do café da avó, toques, as imagens que parecem permanecer ou persistir. Aqueles que gostaríamos de guardar em uma cristaleira, em um relicário. E como nos transformamos quando tais estímulos deixam de ser reais, mas persistem na nossa cristaleira interior… Yoin.
Ao revisitar as referências usadas para criar a obra Mamihlapinatapai – primeira criação de Jomar Mesquita para a São Paulo Companhia de Dança – o coreógrafo se deparou com outra conotação do significado dessa palavra tão instigante: aquele momento de reflexão em volta do fogo, após os avós transmitirem suas histórias e conhecimentos para os mais jovens. Ou seja, mais uma vez: a sensação que fica após cessado o estímulo.
A trilha sonora metaforiza esse universo, com versões de músicas cujas interpretações originais marcaram o cenário musical brasileiro e o que elas se tornaram após transformadas por novos olhares. O figurino utiliza o upcycling em uma analogia com as novas e melhores versões que podemos criar de nós mesmos a partir dos resíduos das experiências vividas, que guardamos nas nossas cristaleiras interiores. A iluminação simboliza a fogueira de forma contemporânea, em volta da qual os saberes e ancestralidades são transmitidos para nos transformar. Yoin também diz da própria dança que, com sua efemeridade, deixa suas marcas e sensações, após fechadas as cortinas… para o público embalar nos seus relicários.
No dia 19, às 14h, a apresentação acontece na unidade de Sapopemba, e o repertório conta com E Assim Foi…, de Anselmo Zolla para a São Paulo Escola de Dança; seguido novamente pela A Morte do Cisne, por Lars Van Cauwenbergh; e Yoin, de Jomar Mesquita. Os ingressos são gratuitos e deverão ser retirados na bilheteria com 1h de antecedência.
E Assim Foi…, de Anselmo Zolla, é uma fábula contemporânea a partir de imagens que fazem parte da paisagem da fauna e flora, narradas como elementos de lendas e mitos da região amazônica criada especialmente para o Projeto Especial em Dança, da São Paulo Escola de Dança. “Dois grupos de seres humanos habitam a grande floresta, e a partir do encontro de jovens, um de cada grupo, começa a romper com tabus, interditos e tradições de seus respectivos grupos sociais, aproximando as duas comunidades. As descobertas de suas diferenças e semelhanças ocorrem em etapas, na alternância dos ciclos de suas rotinas, festas, alimentação e rituais. A aproximação dos grupos os faz esquecer os medos impostos por tanto tempo. Ao se tocarem, finalmente acontece a grande transformação da criação da Lua Cheia e do Grande Rio de água doce”, conta Zolla. A obra conta com dramaturgia de Andrea Cavinato inspirada em lendas amazônicas e a trilha sonora de Joaquim Tomé com locução de Tuna Duwek serve como fio condutor da obra para oferecer uma camada mais psicológica para acomodar melhor a ação na cena e é desenvolvido como um Leitmotif, com o intuito de pontuar personagens e poder o auxiliar no desenvolvimento da trama, criando reconhecimento.
A obra inédita Yoin, de Jomar Mesquita, é realizada pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e São Paulo Companhia de Dança via Pro-Mac – Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais. Patrocínio BAIN e Itaú.
Serviço:
FÁBRICA DE CULTURA VILA CURUÇÁ
Endereço: Rua Pedra Dourada, 65 – Jardim Robru, São Paulo.
Dia 11 de setembro, quinta-feira às 14h30
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre
Capacidade física: 300 lugares
Acessibilidade: Sim
FÁBRICA DE CULTURA SAPOPEMBA
Endereço: Rua Augustin Luberti, 300 – Fazenda da Juta, São Paulo.
Dia 19 de setembro, quinta-feira às 14h
Ingressos: Gratuito
Classificação: Livre
Capacidade física: 300 lugares
Acessibilidade: Sim
Fichas Técnicas:
Cartas de Amor (2023) – Projeto Especial em Dança da São Paulo Escola de Dança
Direção artística e educacional: Inês Bogéa
Coreografias: Sérgio Rocha; Kátia Barros; Vinícius Anselmo; Cláudia Palma e Leilane Teles
Músicas: “Três Peças Nordestinas: 01. No Reino da Pedra Verde”, de Clóvis Pereira; “Amor em Lágrimas” de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “Ouve o Silêncio”, de Vinícius de Moraes e Cláudio Santoro; “Se Todos Fossem iguais a Você”, de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e “Samba de Orfeu”, de Antônio Maria e Luíz Bonfá
Figurinista: Cássio Brasil
Assistentes de figurino: Agy Per, Juliana Sampaio
Responsável pelos ensaios: Andreia Yonashiro
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1MRggNm6OPYdYIbU7LibFBZdoeqHu1Ey-?usp=drive_link
E Assim Foi… (2024)
Ideia, Concepção e Direção Coreográfica: Anselmo Zolla
Dramaturgia: Andrea Cavinato
Trilha Sonora: Joaquim Tomé a partir de “Raga Adana” de Ravi Shankar e Andre Previn, “Koln Concert”, de Keith Jarret, “Saudade da Minha Terra”, de Verequte, “Excelência”, de Quinteto Armorial e “Fake Emotion”, de Modeselktor
Locução: Tuna Duwek
Ensaiador: Anderson Ribeiro
Figurinos: Doação Acervo Studio 3 Cia de Dança
Assistentes de Figurino: Aniele (Salamanta Ateliê) e Hilda Thehurricane
Produção: Elinah Jacqueline
Agradecimento: Studio 3 Cia. de Dança
A Morte do Cisne (2019)
Coreografia: Lars Van Cauwenbergh, inspirado na obra de Michel Fokine (1880-1942)
Música: O Cisne, extrato do Carnaval dos Animais (1866), de Camile Saint_Saens (1835-1921)
Iluminação: Wagner Freire
Figurino: Marilda Fontes
Duração: 3 minutos
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1sDjKsYzIzqiXXrOPGVt0SxYk9Vhqmmks?usp=drive_link
Yoin (2024)
Coreografia: Jomar Mesquita
Assistente de coreografia: Rúbia Frutuoso
Músicas: Poema Saudades, de Arnaldo Antunes; Assum Preto, de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira (intérprete: Jorge Du Peixe); Fim de Festa, de Itamar Assumpção (intérpretes: Naná Vasconcelos e Itamar Assumpção); Carinhoso, de João de Barro e Pixinguinha (intérprete: Elza Soares); Como 2 e 2, de Caetano Veloso (intérpretes: Arnaldo Antunes e Vitor Araújo); Samba da Benção, de Baden Powell e Vinícius de Moraes (intérprete: Maria Bethânia); Avisa, de Tato (intérprete: Cida Moreira); Juízo Final, de Elcio Soares; Nelson Cavaquinho (intérprete: Arnaldo Antunes); Manhã de Carnaval, de Luís Bonfa e Antônio Maria (intérpretes: Jean Pascal Quiles, Louis Quiles e Nelly Decamp); vozes dos bailarinos do elenco.
Figurino: Agustina Comas
Iluminação: André Boll