Um dos mais importantes designers gráficos da América Latina terá expostas peças originais, entrevistas e painéis com logos que se tornaram ícones no imaginário nacional – Abertura em 8 de junho, às 14h, com entrada gratuita
Abertura em 8 de junho, 14h – entrada gratuita
Visitação até 25 de agosto
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Sociedade Civil por meio da A Casa Museu de Artes e Artefatos Brasileiros, promove a exposição ‘Alex Wollner Brasil: Design Visual’, com peças originais e entrevistas de um dos mais importantes designers gráficos brasileiros. A abertura será realizada em 8 de junho, sábado, às 14h, com entrada gratuita; e visitação até 25 de agosto.
O MCB apresentará pela primeira vez no Brasil o conteúdo da mostra idealizada por Alexandre Wollner junto ao Museu Angewandte Kunst, em Frankfurt (Alemanha), entre 2013 e 2014, com curadoria de Klaus Klemp e co-curadoria de Julia Kartesalo. Além de manuais de identidade originais, cartazes, gravuras, projetos gráficos de livros, vídeos e um resumo de sua trajetória profissional, estarão expostas no jardim marcas que retratam um panorama de décadas de trabalho com identidades corporativas.
Wollner nasceu em São Paulo, em 1928, e, após estudar no Instituto de Arte Contemporânea (IAC, São Paulo) e na HfG-Ulm (Hochschule für Gestaltung, em Ulm, na Alemanha), fundou a Forminform, primeira agência brasileira de design industrial e gráfico, tendo sido seus sócios Geraldo de Barros, Ruben Martins e Walter Macedo. Com o colega e professor Karl Heins Bergmiller, Alexandre Wollner desenvolveu um conceito para educação em design no Brasil, seguindo o modelo de Ulm, e, assim, ajudou a fundar a Escola Superior de Desenho Industrial (ESDI), no Rio de Janeiro, em 1963, onde lecionou por anos.
A metodologia adquirida na HfG-Ulm foi incorporada por Wollner em toda sua trajetória. O designer desenvolveu muitas identidades corporativas, abrangendo a comunicação visual completa da empresa, desde o design de interiores dos escritórios, às fontes tipográficas e sistemas de sinalização, os meios de propaganda, a embalagem e até o vestuário dos funcionários. Para ele, o design corporativo significava mais que o logo correto: o resultado desse processo era uma importante revisão na cultura interna da empresa; um sistema complexo de forma a não se tornar distorcido ou obsoleto. Sua abordagem teve impacto duradouro na imagem dessas companhias, que acabaram por se tornar referências internacionais em design visual.
Estarão expostos no MCB alguns dos manuais originais completos que o designer preparava a cada projeto de identidade, indicando o uso correto da marca e suas aplicações. Por meio de vídeos, como o documentário “Alexandre Wollner e a formação do design moderno no Brasil”, um projeto de André Stolarski (1970 – 2013), será possível conhecer mais sobre o processo de trabalho de Wollner e seu posicionamento crítico em relação ao design brasileiro.
Já o desenho de cartazes, dos quais o MCB traz uma coleção de cerca de 50 peças, entre originais e reimpressões, figurou desde o início de suas atividades, ainda quando estudante Porém, foi em 1951, ao prestar assistência para a montagem da exposição do suíço Max Bill, em São Paulo, que Wollner encontrou o caminho entre o design e a arte. Ele já havia explorado a pintura concreta durante seus estudos no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo e, em 1952, assistiu ao nascimento do Grupo Ruptura, do qual mais tarde faria parte. No ano seguinte, foi honrado com o título de melhor artista da nova geração na Bienal de São Paulo. Alexandre Wollner, baseado na experiência com Arte Concreta, em seu extenso conhecimento da ‘Nova Tipografia’ e em sua consistente abordagem funcional para a comunicação, produziu um extenso conjunto de cartazes ao longo de seis décadas, como os emblemáticos da IV Bienal Internacional de São Paulo e do Festival Internacional de Cinema de 1954 – uma reedição comemorativa deste, com tiragem limitada, está sendo distribuída na bilheteria e no site do Museu da Casa Brasileira em contrapartida a uma doação ao museu (www.mcb.org.br).
A exposição trará também um panorama da carreira do designer, abordando o período de aprendizado na HfG-Ulm: seu trabalho, pouco conhecido, em fotografia, e um conjunto de 25 gravuras produzidas no início dos anos 2010, quando Wollner retomou as atividades como artista plástico, após várias décadas atuando exclusivamente como designer gráfico.
Sobre MCB
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, dedica-se à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas, destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país, realizado desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.
SERVIÇO:
Museu da Casa Brasileira
Exposição: ‘Alex Wollner Brasil: Design Visual’
Abertura: 8 de junho, sábado, às 14h
Entrada gratuita
Apoio: Clarion Faria Lima, Coqueiro, Equipesca, Fastplas, Klabin, Zanini
Visitação até 25 de agosto de terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Endereço: Av. Faria Lima, 2705 – Jardim Paulistano, São Paulo
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) | Crianças até 10 anos e maiores de 60 anos são isentos | Pessoas com deficiência e seu acompanhante pagam meia-entrada
Gratuito aos finais de semana e feriados
Acessibilidade no local
Bicicletário com 40 vagas | Estacionamento pago no local
Tel.: (11) 3032-3727