Selecionados, com idades entre 18 e 25 anos, são de cidades do interior e do litoral paulista
Passar pela experiência de um intercâmbio é o desejo de muitas pessoas, e o sonho se tornará realidade para seis brasileiros. Selecionados pelo MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchange) – programa de intercâmbio para músicos criado pela JM Norway e promovido no Brasil pela Amigos do Guri – Luana Paula Carvalho e Mariana Silva ficarão no Malawi; Jhenifer Costa e Meliely Sousa irão para Noruega; e Rafael Soares e Wannie Ramos serão recebidos em Moçambique.
Os participantes viajam no dia 20 de agosto e, durante 15 dias, devem participar de um processo de capacitação em Oslo, na Noruega, junto com intercambistas de diversas partes do mundo. Esse período tem como objetivo prepará-los para compreender melhor a sociedade em que irão atuar como voluntários e entender os conceitos que estruturam o MOVE e a FK Norway – Fredskorpset – forças de paz da Noruega. Após o período de adaptação, cada dupla seguirá para seu respectivo destino. A jornada será de agosto de 2019 até junho de 2020.
Os escolhidos são alunos, ex-alunos e funcionários do Projeto Guri, maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo. Para ingressar no MOVE os inscritos passaram por uma fase de entrevistas e testes, e foram eleitos segundo os seguintes critérios: responsabilidade, habilidade musical, comunicação e atributos pessoais. Dez candidatos participaram da fase de seleção.
Musicians and Organizers Volunteer Exchange (MOVE) é um programa de intercâmbio criado pela JM Norway, membro da JMI – Jeunesses Musicales International (associação sediada na Bélgica que reúne diversas organizações musicais em cerca de 70 países), em parceria com a instituição musical Music Crossroads, do Malawi e de Moçambique.
Conheça os selecionados:
Luana Paula Carvalho Silva tem 25 anos e é da cidade de Piracicaba. Fez licenciatura em música e está no quinto ano do curso de MPB/jazz do Conservatório de Tatuí. Toca violão, percussão, bateria, sanfona e pratica o canto: “Vi uma oportunidade única de fazer o intercâmbio e contribuir, por meio da música, para o desenvolvimento de outras pessoas. Além disso, vivenciar uma cultura diferente da nossa vai me ensinar muito sobre a musicalidade deles”, descreve.
Mariana Duarte da Silva tem apenas 18 anos, toca violão e guitarra elétrica. A jovem estuda no Polo Regional Santos há cinco anos e na Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão, onde faz o curso de violão erudito há seis anos. Mariana visa conhecer outras culturas, além de expandir seu conhecimento musical, social e cultural para se fortalecer como cidadã e musicista. “Quero contribuir com as ações locais, mas meu objetivo é implantar um projeto de estudo sobre o folclore brasileiro para as crianças do país”, comenta.
Jhenifer Nayara Alonso Costa, 20 anos, é ex-aluna do Polo Piracicaba. Ela canta e toca dois instrumentos: flauta transversal e ukulele. É estudante do Conservatório Musical de Tatuí há cinco anos e tem como principal objetivo aprender sobre a cultura local e compartilhar seus conhecimentos musicais. “Um dos meus sonhos era viajar para fora do País. E essa é uma forma de fazer o que gosto, fazer o voluntariado e trabalhar com outras pessoas. Além de participar dos projetos, quero focar em flauta, o instrumento que eu domino”, diz ela.
Meliely Francine Sousa, 25 anos, é ex-aluna do Polo Batatais, canta e toca teclado, e também atua como fotógrafa e produtora audiovisual. Faz parte da dupla Meli e Meliê, Banda Feira de Mangaio, Banda Juliano Camargo & Cia e do Coro M’Bai-ta-tá. “Quero desenvolver projetos musicais e socioculturais para promover a transformação e superação humana”, afirma.
Rafael Aparecido Soares, 20 anos, é integrante do Duo Martins Soares. Estudou no Polo Álvaro de Carvalho por oito anos e se tornou educador do Polo Sabino e da Escola Municipal de Educação Infantil. “Estou ansioso para trabalhar com as crianças. Quero proporcionar o ensino do violão, já que eles não têm muito conhecimento do mesmo. Meu intuito é aplicar um programa de aulas do instrumento dentro da escola para crianças e adolescentes”, informa.
Wannie Ramos, 23 anos, é fundadora do ponto de cultura CasAzul e desenvolve trabalhos voluntários para crianças. Toca saxofone, trompete, flauta, contrabaixo, ukulele, violão e percussão. Após cinco anos no Polo Ribeirão Preto, a jovem seguiu um trabalho itinerante de música no qual levou suas canções de norte a sul do país. Wannie espera expandir seu conhecimento cultural, musical e social durante o período de intercâmbio. “Estou indo de coração aberto para essa troca de conhecimentos e experiências. Quero desenvolver um trabalho de educação musical infantil para ensinar um pouco do que aprendi. Em paralelo, pretendo fazer um diário de bordo com vídeos em meu canal no YouTube e nas redes sociais”.
Sobre o MOVE
O MOVE (Musicians and Organizers Volunteer Exchage) é um programa de intercâmbio e voluntariado criado pela JM Norway, membro da JMI – Jeunesses Musicales International (associação sediada na Bélgica que reúne diversas organizações musicais em cerca de 70 países), em parceria com a instituição musical Music Crossroads, do Malawi e de Moçambique. O programa visa o desenvolvimento da prática musical internacional e troca de experiências.
Sobre o Projeto Guri
Mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos (até 21 anos nos Grupos de Referência e na Fundação CASA). Cerca de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o estado de São Paulo. Os mais de 330 polos localizados no interior e litoral, incluindo os polos da Fundação CASA, são administrados pela Amigos do Guri, enquanto o controle dos polos da capital paulista e Grande São Paulo fica por conta de outra organização social. A gestão compartilhada do Projeto Guri atende a uma resolução da Secretaria que regulamenta parcerias entre o governo e pessoas jurídicas de direito privado para ações na área cultural. Desde seu início, em 1995, o Projeto já atendeu mais de 770 mil jovens na Grande São Paulo, interior e litoral.
Sobre a Amigos do Guri
Eleita a Melhor ONG de Cultura de 2018, a Amigos do Guri administra o Projeto Guri. Desde 2004, é responsável pela gestão do programa no litoral e no interior do estado de São Paulo, incluindo os polos da Fundação CASA. Além do Governo de São Paulo, a Amigos do Guri conta com o apoio de prefeituras, organizações sociais, empresas e pessoas físicas. Instituições interessadas em investir na Amigos do Guri, contribuindo para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes, têm incentivo fiscal da Lei Rouanet e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD). Pessoas físicas também podem ajudar. Saiba como contribuir: www.projetoguri.org.br/faca-sua-doacao.