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Casa das Rosas inicia obras de restauro

Ícone da Avenida Paulista, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e gerida pela POIESIS receberá investimentos de 4,2 milhões. Atividades continuam acontecendo no jardim e nas plataformas digitais do museu

A cidade de São Paulo e a Avenida Paulista ganharão mais um grande presente. A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura será restaurada. As obras no casarão, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo conhecida como um dos principais símbolos turísticos e de preservação da memória da capital paulista, terão início no dia 18 de outubro. Entre os objetivos do restauro estão a recuperação das características originais do imóvel concluído em 1935, atualização do sistema elétrico e hidráulico, ampliação da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida e aprimoramento da funcionalidade do espaço para o acolhimento de visitantes e participantes de suas atividades culturais e educativas.

Durante as obras, os objetos abrigados no museu, inclusive seu acervo museológico, serão devidamente acondicionados na sede da POIESIS, Organização Social responsável pela gestão do museu, onde o acervo bibliográfico Haroldo de Campos – a biblioteca que pertenceu ao poeta, tradutor e crítico literário e patrono da Casa das Rosas – permanecerá aberto para consulta de pesquisadores mediante agendamento prévio.

Aprovado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo), o projeto de restauro tem duração prevista de dois anos e será executado pela empresa Estúdio Sarasá Conservação e Restauração, vencedora de licitação pública, sob supervisão do Departamento de Obras da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Para Clovis Carvalho, diretor executivo da POIESIS, a crescente visitação do espaço, a ampliação de público durante a pandemia e o restauro do museu são exemplos claros de que a parceria entre os governos e a sociedade civil só tendem a beneficiar a população, que pode ter acesso a serviços de alta qualidade, tanto do ponto de vista da programação quanto da preservação do espaço.

O investimento total é de R$ 4,2 milhões, com 80% do valor custeados por recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça – que devolve à população valores arrecadados de condenações judiciais e multas, direcionados a projetos que recomponham o patrimônio histórico e artístico, danos ao meio ambiente, ao consumidor e a outros interesses coletivos – e 20% custeados pelo Governo do Estado de São Paulo.

A Casa das Rosas faz parte da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, conjunto de instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciadas pela POIESIS.

Museu vivo: programação continua acontecendo

Durante o restauro, as atividades educativas e culturais da Casa das Rosas não serão interrompidas. Além da programação on-line, serão realizadas atividades presenciais no jardim do museu, como exposições, recitais, feiras e lançamentos de livros, entre outras. Parte da agenda será difundida nas demais instituições da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo – a Casa Guilherme de Almeida e a Casa Mário de Andrade – as quais o público também poderá visitar. E a Casa das Rosas continuará participando ativamente das iniciativas da Paulista Cultural, projeto que reúne as sete instituições da avenida Paulista.

“A Casa das Rosas prosseguirá com sua intensa programação, voltada essencialmente à poesia, à literatura e à nossa memória cultural. Continuaremos promovendo o contato do público com obras literárias e autores de diferentes períodos de nossa história, mantendo viva a participação de autores da atualidade por diferentes formatos e meios, incluindo-se os tapumes que contornarão o edifício em obras”, destaca Marcelo Tápia, diretor da Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo. Para acompanhar a programação e as demais ações do museu, acesse o site e o hotsite +Cultura.

Uma das novas atrações será a exposição fotográfica Onde mora a esperança, instalada no jardim da Casa das Rosas entre 20 de outubro e dezembro. Tendo como tema “Lares ao redor do mundo”, a exposição é formada por cerca de 80 fotos do acervo da instituição Habitat for Humanity e fotografias que o projeto fez em comunidades da área rural de Pernambuco e da cidade de São Paulo. O objetivo é mostrar a diversidade cultural, as tradições de várias etnias, os diversos tipos de habitações e os diferentes significados simbólicos da palavra “casa”. Lares de países como Honduras, Zâmbia e Índia também integram a mostra fotográfica.

Ao integrar a rede internacional Habitat for Humanity, a Habitat para a Humanidade Brasil é uma organização da sociedade civil que desde 1992 está no país para combater as desigualdades e apoiar pessoas em condições de pobreza a terem um lugar digno para viver, por meio de soluções de acesso à moradia, água e saneamento.

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Telefone: (11) 3285-6986 | 3288-9447 | E-mail: contato@casadasrosas.org.br | para atividades do Núcleo de Ação Educativa: educativo@casadasrosas.org.br

Avenida Paulista, 37 – Paraíso – São Paulo (próximo à estação Brigadeiro do metrô)

Convênio com o estacionamento Parkimetro: Alameda Santos, 74 (exceto domingos e feriados)

Acessibilidade: rampa de acesso, elevador e videoguia em libras.

Programação gratuita

SOBRE A CASA DAS ROSAS

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos é um museu dedicado à poesia, à literatura, à cultura e à preservação do acervo bibliográfico do poeta paulistano Haroldo de Campos, um dos criadores do movimento da poesia concreta na década de 1950. Localizada em uma das avenidas mais importantes da cidade de São Paulo, a Avenida Paulista, o espaço realiza intensa programação de atividades gratuitas, como oficinas de criação e crítica literárias, palestras, ciclos de debates, exposições, apresentações literárias e musicais, saraus, lançamentos de livros, performances e apresentações teatrais. O museu está instalado em um imponente casarão, construído em 1935 pelo escritório Ramos de Azevedo, que na época já tinha projetado e executado importantes edifícios na cidade, como a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal e o Mercado Público de São Paulo.

 

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