Cultura popular e samba são os temas norteadores desta edição. Em 2017 o ciclo de estudos passou por seis cidades e contribuiu com a formação cultural de mais de 4 mil pessoas
Refletir sobre a cultura popular atual a partir do samba é a proposta da etapa final do Ciclo de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade, que integra as atividades das Oficinas Culturais, Programa da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poiesis. No dia 16 de dezembro, sábado, a cidade de Ibirá recebe historiadores, filósofos e seguidores de tradições, na Praça Nove de Julho e no Balneário Termas de Ibirá.
O bate-papo “Refletindo a Marginalização das Tradições Afro-Brasileiras” abre o dia, às 10h00, para discutir os processos de colonização do país e a importância da cultura negra na construção da identidade brasileira. Para analisar a importância do samba, sua história é contada na mesa de debate “Samba: Memória, Colonização e Identidade”, seguida pela roda de conversa “Samba Hoje”, que será um espaço de troca de experiências entre pessoas que vivenciam o samba.
Fechando o dia, às 20h30 será apresentado o espetáculo “Virado à Paulista”, que, por meio do cortejo-folia, homenageia homens e mulheres que foram essenciais para a construção da história do samba no país. Para participar basta fazer a inscrição até dia 15 de dezembro pelo formulário: https://bit.ly/2zPheHf
Confira a programação completa:
Sábado – 16/12
10h00 às 12h00 | Bate-Papo: Refletindo a Marginalização das Tradições Afro-Brasileiras
Com participação de Alessandra Ribeiro e Paulo Dias, e mediação de Antônio Filogênio.
Local: Balneário Termas de Ibirá.
A cultura negra é essencial na construção da identidade brasileira. Neste bate-papo, Alessandra Ribeiro e Paulo Dias refletem sobre os processos de colonização e marginalização pelos quais as tradições afro-brasileiras passaram e passam.
14h00 às 16h00 | Mesa de debate: Memória – Colonização e Identidade
Com participação de Ligia Conti e mediação de Antônio Filogênio.
Local: Balneário Termas de Ibirá.
Ligia Conti mergulha na história do samba, desde seu surgimento até os dias de hoje, fazendo uma leitura de suas transformações e significados culturais e sociais.
16h30 às 18h30 | Roda de Conversa: Samba Hoje
Com participação de Alceu José Estevam, Juca Ferreira e T. Kaçula, e mediação de Antônio Filogênio.
Local: Balneário Termas de Ibirá.
Espaço de troca de experiências, onde figuras que vivenciam o samba apresentam suas visões acerca dos meios de preservação, renovação, manutenção e sustentabilidade dessa tradição.
20h30 | Espetáculo: Virado à Paulista
Cia. Cênica | Indicação Livre
Local: Praça Nove de Julho.
Em Pirapora do Bom Jesus, batucadas deixaram os barracões e ganharam as ruas. A Cia. Cênica homenageia àqueles que compuseram a história do samba paulista, neste cortejo-folia que tem como portos as raízes africanas, cordões carnavalescos, a resistência do samba de raiz e o preconceito racial.
Sobre os palestrantes:
Antônio Filogênio é filósofo, com mestrado e doutorado em História, Filosofia e Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba. Formado em Teologia, ele possui pesquisas relacionadas ao Islã na África e às religiões tradicionais africanas e afro-brasileiras. Além de integrar o Projeto Casa de Batuqueiro, onde pesquisa, ensina e coordena apresentações do Batuque de Umbigada.
Alessandra Ribeiro é historiadora, com mestrado e doutorado pela PUC Campinas. Além de gestora da Casa de Cultura Afro Fazenda Roseira, é mestre e líder da Comunidade Jongo Dito Ribeiro, reconhecido pelo IPHAN, em 2005, como Patrimônio Cultural Nacional.
Paulo Dias fundou e dirige a Associação Cultural Cachuera! e, desde 1988, realiza extenso levantamento de tradições musicais populares brasileiras em diferentes comunidades – com destaque para as detentoras de tradições afro-brasileiras na região sudeste. É pianista, etnomusicólogo e percussionista do Grupo Ânima.
Lígia Conti é doutora em História Social pela USP e musicista. Investiga a música popular brasileira sob uma perspectiva interdisciplinar, aliando a etnomusicologia às possibilidades de construção do conhecimento histórico.
Alceu José Estevam é conselheiro vitalício do Grupo Urucungo, Puítas e Quijêngues, de Campinas, e membro fundador do Centro de Referência do Samba de Bumbo Campineiro.
Juca Ferreira é sambista, percussionista, produtor e compositor. É um dos responsáveis pela valorização e construção do atual cenário do samba de raiz na cidade de Piracicaba e região.
Kaçula é sambista, sociólogo e pesquisador da história do samba paulista. Fundou o Instituto Cultural Samba Autêntico, e idealizou a Rua do Samba Paulista.
SERVIÇO: Ciclo de Estudos sobre Cultura Tradicional e Contemporaneidade em Ibirá
Sábado, 16/12 – das 10h às 21h30
Inscrições (40 vagas por atividade): https://bit.ly/2zPheHf
Balneário Termas de Ibirá – Rua Dr. Hugo Beolchi, 822
Praça Nove de Julho – Praça da Matriz (próxima à Rua Cel. Jonas Gonçalves Gonzaga)