O Museu da Imagem e do Som – MIS recebeu, ontem e hoje, em seu auditório, familiares, amigos, colegas de profissão e admiradores do jornalista Ricardo Boechat, que morreu em um acidente de helicóptero na tarde do dia 11 de fevereiro, em São Paulo. Com flores, faixas, fotos, jornais e placas de táxi – uma homenagem de seu público fiel, os taxistas – e em meio a muita comoção, os presentes prestaram condolências.
Por volta das 9h da manhã, o Prefeito de São Paulo Bruno Covas esteve na cerimônia e disse que fará uma homenagem a Boechat em um local público na cidade. “Boechat era uma grande referência não apenas ao jornalismo, mas para todos nós. Sempre que ele falava, todo mundo parava para prestar atenção. Vamos buscar um espaço para homenageá-lo na cidade de São Paulo, para mostrar o exemplo que ele era para as futuras gerações”, declarou.
O colega de trabalho e amigo José Simão também esteve no local e, muito emocionado, consolou a família e falou à imprensa: “Hoje acordei e falei: Cadê o Boechat para fazer o programa? A gente tinha uma relação que era muito mais que profissional, era amor, alegria. Perdi meu amigo, vou sentir uma falta horrível dele, brutal”.
Serginho Groisman também esteve no velório pela manhã e exaltou o amigo: “Ele tinha opinião. Opinião com argumento, o que é um diferencial no jornalismo de hoje. É um homem que deixa uma lição, não só para os jornalistas”.
Diretores das instituições da Secretaria de Cultura e Economia Criativa também lamentaram a morte e exaltaram sua importância como profissional.
Jacques Kann – Diretor de Gestão e Finanças do MIS
“O falecimento de Ricardo Boechat representa uma perda imensa para o jornalismo e para a sociedade brasileira. Jornalista corajoso, Boechat sempre emprestou sua voz ao povo e à busca pela verdade, colocando-se sempre ao lado do interesse público. O Museu da Imagem e do Som solidariza-se com sua família e seus amigos.”
Paulo Vicelli, Diretor de Relações Institucionais da Pinacoteca
“Perdemos ontem uma das vozes mais relevantes e sensíveis do jornalismo nacional. O senso crítico e a fala clara de Ricardo Boechat farão falta”.
Priscila Arantes, Diretora Artística e Curadora do Paço das Artes
“Ricardo Boechat, raro profissional estimulador do senso crítico e defensor do interesse público, fará muita falta ao jornalismo brasileiro. Lamentamos sua morte e nos solidarizamos com sua família, amigos e colegas”.
Ary Araújo Júnior, Diretor Executivo do Conservatório de Tatuí
“Boechat escolheu nosso país para viver e construiu sua carreira defendendo os interesses do Brasil. Perdemos um forte jornalista e importante formador de opinião. Nossos sinceros pêsames à família, amigos e parceiros de trabalho”.
Ivam Cabral, Diretor Executivo da SP Escola de Teatro
“A morte de Ricardo Boechat nos marca profundamente. Primeiro, pela inesperada e trágica partida. E segundo, pela ausência que fica no jornalismo do Brasil. Mais do que nunca, alguém comprometido com a criticidade e a imparcialidade das informações, com discurso que alcançou milhões de pessoas de forma contundente e sagaz, fará falta para a nossa história”.
Miriam Lerner, Diretora Geral do Museu da Casa Brasileira
“O Museu da Casa Brasileira lamenta, com profundo pesar, o falecimento do jornalista Ricardo Boechat, ocorrido nesta segunda-feira, 11 de fevereiro, em São Paulo. Boechat deixa uma lacuna no jornalismo brasileiro, uma voz potente na defesa da democracia e da liberdade de imprensa. O MCB solidariza-se com familiares e companheiros de trabalho na BandNews, no Jornal da Band (TV Band) e na BandNews FM”.
Alberto Lima, Diretor Executivo do Catavento
“A presença do Boechat já era parte da rotina de nossas manhãs. Sua falta já está sendo muito sentida”.
Sergio Freitas, Presidente do Conselho Administrativo da Catavento Cultural e Educacional
“Nas boas e também, infelizmente, nas bem difíceis horas que temos vivido, Boechat era preciso, severo, valente e alegre, sem mancha em sua independência”.
Angelica Fabbri, diretora-executiva da ACAM Portinari, que administra o Museu Casa de Portinari, Museu Índia Vanuíre e Museu Felícia Leirner e Auditório Claudio Santoro
“Ricardo Boechat ajudou a formar as bases da imprensa brasileira moderna, um entusiasta do conhecimento, da democracia e da compreensão e, por isso, a cultura também perde com a sua ausência. Que sejamos capazes de multiplicar o seu legado e seus ensinamentos para construir novos agentes – sejam eles escritores, pintores, cantores, compositores, entre outros – claros, nobres e íntegros para o setor e o país.”
Eric Klug, Diretor Executivo do IDBrasil, Organização Social gestora do Museu do Futebol e do Museu da Língua Portuguesa
“É sempre triste quando alguém se vai tão bruscamente e no ápice de sua vida profissional. Mais ainda quando é um um profissional tão necessário nos dias de hoje, quando a precisão, verdade e correção na mídia são tão raras. Com Boechat, perdemos um jornalista exemplar”.