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Governo de SP, Fundação Itaú e Secretaria Municipal de Educação assinam acordo de cooperação para avaliar impacto da cultura na sociedade

Serão desenvolvidos estudos para avaliar os impactos de projetos culturais no aprendizado dos estudantes, e para mensurar o Produto Interno Bruto (PIB) da economia da cultura e indústria criativas no Estado

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, a Fundação Itaú, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e a Santa Marcelina Cultura, assinaram um acordo de cooperação nesta sexta-feira (13). O foco é o desenvolvimento de estudos que vão avaliar o impacto da cultura na sociedade.

O primeiro acordo assinado entre as partes é focado em avaliar os impactos de projetos culturais no aprendizado dos estudantes de escolas públicas municipais. A Fundação Itaú iniciará um robusto estudo para analisar o desempenho acadêmico, a trajetória escolar e outras dimensões do desenvolvimento integral dos estudantes da rede municipal de educação, que fazem parte das atividades do Guri e o Guri nas Escolas, do Governo do Estado, e dos programas São Paulo Integral e Música na Rede, da Prefeitura Municipal.

“A cultura vai além do entretenimento, ela é uma força transformadora, que tem um impacto significativo em diversas áreas da economia, como é o caso da indústria criativa, que continua sendo uma das principais forças motoras da economia de São Paulo. Os acordos que assinamos aqui vão mensurar isso e, com certeza, teremos informações valiosas para incorporar nas nossas políticas públicas”, afirmou Marília Marton, secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas.

Para subsidiar o estudo, serão fornecidos dados sobre o perfil, desempenho acadêmico, frequência, evasão, e conclusão escolar dos alunos, além de informações da infraestrutura física, colaboradores, capacidade e modalidades de ensino atendidas nas escolas. A previsão é que o estudo seja finalizado em 24 meses.

“A confluência entre cultura e educação deve se tornar uma prática constante em nossas escolas e territórios. Quando a intencionalidade pedagógica se encontra com o fazer artístico, o processo de ensino e aprendizagem se torna inspirador e efetivo para nossos jovens e crianças. Esse caminho é fundamental para construirmos um país mais inclusivo e plural, promovendo a equidade e impulsionando o desenvolvimento social e econômico”, observa Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú.

“Na Fundação Itaú, estamos muito felizes com essa parceria com a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Secretaria Municipal de Educação e a Santa Marcelina Cultura, pois ela é central para realizarmos as pesquisas que demonstrarão, de forma contundente, o poder transformador da união entre arte, cultura e a educação integral. Com isso, buscamos gerar evidências que incidam na formulação de políticas públicas para impactar a sociedade”, completa Saron.

“A música está presente no cotidiano das unidades educacionais desde os bebês nas creches até as bandas e fanfarras nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental. Sabemos que é essencial para o desenvolvimento dos nossos estudantes e essa importante parceria vai nos ajudar a trazer dados valiosos para construção das políticas públicas de educação e cultura”, destacou o Secretário Municipal de Educação, Fernando Padula. 

Já o segundo acordo, assinado pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas e a Fundação Itaú, tem como objetivo mensurar o Produto Interno Bruto (PIB) da economia da cultura e das indústrias criativas no Estado de São Paulo. Neste estudo serão investigadas as características socioeconômicas, além de identificar impactos econômicos dos setores cultural e criativo.

Os acordos foram assinados na sede da Secretaria da Cultura, contando com a presença da secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativas, Marília Marton, o presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, o Secretário Municipal de Educação, Fernando Padula Novaes, e a diretora-presidente da Santa Marcelina Cultura, Ir. Rosane Ghedin. 

Sobre o Guri 

Com alunos distribuídos por todo o Estado de São Paulo, o Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro. Desenvolvido pelo Governo do Estado de São Paulo, em 1995, oferece continuamente, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação e teoria musical, coral e instrumentos de cordas, madeiras, sopro e percussão.

O Guri oferece, gratuitamente, mais de 70 mil vagas para crianças e adolescentes por ano e está presente em mais de 400 polos de ensino no estado de São Paulo. Desde sua criação, o programa já beneficiou e segue beneficiando mais de 1 milhão de crianças e adolescentes, além de suas famílias e comunidades. O Guri é gerido pela organização social Santa Marcelina Cultura.

Sobre os programas São Paulo Integral e Música na Rede

O Programa São Paulo Integral tem como objetivo a promoção de experiências pedagógicas visando à consecução da educação integral por meio da expansão do tempo de permanência dos estudantes na escola de forma qualificada, a ressignificação dos espaços e do currículo, garantindo o direito de acesso aos territórios educativos na escola e para além dela, numa perspectiva de formação e desenvolvimento integral, contemplando as aprendizagens multidimensionais e a integralidade dos sujeitos.

Dessa forma as unidades promovem diversas experiências pedagógicas nos territórios dos saber, incluindo canto coral, dança, música, teatro e muito mais. Sempre alinhadas ao Currículo da Cidade, ao Projeto Político Pedagógico da unidade e às demandas do território. 

A Rede Municipal de Ensino conta com uma pluralidade de expressões, práticas e gêneros musicais que atendem à demanda de cada território: Grupos de Marcha, entre eles Fanfarras (grupos com cornetas, cornetões e percussão), Bandas Marciais (instrumentos de sopro da família dos metais e percussão), Bandas Musicais (instrumentos da família de metais e de madeiras e instrumentos de percussão), Grupos Especiais (Banda de Garagem, Violões, Flautas, Musicalização, entre outros) e Bandas-Show, que além da marcha, utilizam coreografias em suas apresentações.

Também promove o tradicional Festival Estudantil de Música Instrumental e Corais da Cidade de São Paulo (FEMIC) que é um evento que traz a participação de diversas modalidades de ensino de música e reúne diversas escolas da rede para promover o trabalho realizado em cerca de 300 unidades educacionais, incluindo grupos de Bandas de Marcha, Bandas de Concerto, Corais, Grupos Especiais (Banda de Garagem, Violões, Flautas, Musicalização, entre outros).

Sobre o PIB estadual da ECIC

Considerando os compromissos da “Carta de São Paulo – Cultura como Valor” firmada em 11 de abril de 2023, entre o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura, o Ministério da Cultura, a Fundação Casa de Rui Barbosa e a Fundação Itaú, o Observatório da Fundação Itaú está promovendo a estimação do Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic) em algumas Unidades da Federação. 

O intuito é investigar as características socioeconômicas e identificar impactos econômicos dos setores cultural e criativo em nível estadual, bem como, aprimorar os cálculos do indicador em nível nacional. Nesse sentido, o estado de São Paulo foi escolhido como potencial estudo de caso para o referido projeto. O Produto Interno Bruto (PIB) da Economia da Cultura e das Indústrias Criativas (Ecic) possui comprovada relevância para a dinâmica da economia brasileira, correspondendo à 3,11% do PIB do Brasil em 2020 (mais informações em https://facil.ink/31b1393c)

No estado de São Paulo (SP), essa relevância também se comprova em função do dinamismo dos setores culturais e criativos para a região. Nesse sentido, e com o objetivo de estruturar um indicador metodologicamente robusto e periodicamente recorrente, justifica-se a natureza e importância do referido Projeto.

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