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Governo de SP abre Pinacoteca Contemporânea

A Pinacoteca Contemporânea recebe o público com atrações musicais e inaugura as exposições Quase Coloquial, da artista sul-coreana Haegue Yang, e Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca; Chico da Silva e o ateliê do Pirambu ocupa a principal sala expositiva da Pinacoteca Luz

O Governo do Estado de São Paulo realiza nesta quinta-feira (2/3) abertura oficial da do novo edifício da Pinacoteca Contemporânea. O público poderá visitar o espaço a partir de 4/3,  com duas exposições inaugurais: Quase Coloquial, da artista sul-coreana Haegue Yang, e Chão da praça: obras do acervo da Pinacoteca. Uma programação especial com diversas atrações musicais marca o dia. Na mesma data, a mostra Chico da Silva e o ateliê do Pirambu ocupa o principal espaço expositivo da Pinacoteca Luz.

O projeto, assinado pelo escritório Arquitetos Associados em parceria com Silvio Oksman, foi pensado para ser integrado ao centenário Parque da Luz e aos bairros do Bom Retiro e da Luz. A construção da Pinacoteca Contemporânea foi possível graças a uma composição de recursos entre o Governo do Estado de São Paulo, que investiu R$ 55 milhões, e de patrocinadores privados captados pela Organização Social Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC, que acompanharam as obras desde sua fase inicial. A Família Gouvêa Telles foi a investidora de R$ 30 milhões, sem uso de lei de incentivo.

“Esse é um grande investimento do Governo do Estado. Um museu aberto com uma gama de ofertas como: Biblioteca, Centro de Documentação, Ateliês Educativos Café e Loja com vista para a copa das árvores do centenário Parque da Luz.”, destaca a Secretária da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, Marília Marton. “Além das três unidades, há o Museu de Arte Sacra, Museu da Língua Portuguesa, Memorial da Resistência, Emesp Tom Jobim e a Sala São Paulo, no mesmo bairro, que são um convite para as pessoas transitarem na cidade. Isso que faz a cidade se tornar um grande espaço de pessoas transitando, consumindo e vivendo melhor”.

Com potencial para receber até 1 milhão de visitantes por ano, o edifício conta com uma grande praça pública coberta, com 1.339,2 m², dois ateliês para atividades educativas, a loja do museu e um pavilhão onde está localizada a Galeria Praça, com 200 m², que recebe a exposição Haegue Yang: Quase Coloquial. Com 1.000m², a Grande Galeria, situada no subsolo, recebe a mostra Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca. Um mezanino com vista para o parque da Luz, onde está localizada a cafeteria, complementa o projeto do edifício, criando um ambiente que cumpre os requisitos fundamentais para um museu do séc. XXI, ao mesmo tempo em que é amigável, inclusivo e acessível. No prédio está também a Biblioteca da Pinacoteca de São Paulo e o Centro de Documentação do Museu.

Com uma programação integrada entre os prédios, em 2023 a Pinacoteca de São Paulo seguirá apresentando uma consistente pesquisa em torno de nomes históricos e contemporâneos da arte brasileira em diálogo com renomados artistas internacionais, dando visibilidade para uma multiplicidade de linguagens, temas e produções.

Sobre as exposições

Pinacoteca Contemporânea

O ano começa com a abertura da Pina Contemporânea, recebendo as mostras inaugurais do novo espaço, Quase Coloquial, de Haegue Yang e Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca. Primeira grande mostra da artista sul-coreana Haegue Yang na América Latina, Quase Coloquial tem curadoria de Jochen Volz e inaugura a Galeria Praça, na Pinacoteca Contemporânea. A exposição consiste em cinco grupos de trabalhos baseados em larga pesquisa conceitual da artista reconhecida pela prática que passa por esculturas, instalações, obra em papel, fotografia e vídeo. Investigando o estudo coletivo sobre forma, funcionalidade e racionalidade, a artista dialoga com a história da cultura brasileira em obras como Cantos empilhados (2022) e a colagem Estrangeiro Coloquial (2021), trabalho desenvolvido especialmente para esta exposição.

Com coordenação curatorial de Ana Maria Maia, curadora chefe da Pinacoteca, e Yuri Quevedo, a mostra Chão da Praça: obras do acervo da Pinacoteca, reúne cerca de 60 obras do acervo de arte contemporânea, em montagem pautada pelo desejo de falar sobre narrativas de atravessamento, vizinhanças e transcendências. Apresentando artistas diversos, pertencentes a diferentes gerações, perfis identitários, regiões do país e circuitos de produção,  obras como Parede da memória (1994-2015), de Rosana Paulino, Máscara de ritual Tukano I, de Duhigó e Estrutura dissipativa / Gangorra (2013), de Rommulo Vieira Conceição podem ser vistas na Grande Galeria.

Na performance Modificação e apropriação de uma identidade autônoma (1980), de Gretta Sarfatty (Atenas – Grécia, 1954), o deslocamento individual de uma mulher destitui as camadas de um cubo confeccionado para abarcar (e, nesta medida, comportar) seu corpo e sua subjetividade. Esta performance será apresentada na abertura da exposição. Nesta ocasião, não é a própria Gretta que se apresentará, mas a também artista Val Souza, convidada a interpretar o roteiro histórico, trazendo-o para seu corpo e sua experiência.

Pinacoteca Luz

A Pina Luz recebe, a partir do dia 4 de março, a maior exposição individual já realizada sobre o artista Chico da Silva (1910-1985), reunindo coleções públicas e particulares em um recorte que vai de 1943 a 1984. Chico da Silva e o ateliê do Pirambu ocupa a principal galeria expositiva da Pinacoteca Luz e convida o público a conhecer o legado do artista que foi um dos responsáveis por transformar o cenário artístico cearense a partir da década de 1940, com suas composições fabulares repletas de monstros mitológicos, animais fantásticos e outros personagens. Com curadoria de Thierry de Freitas, a mostra apresenta 124 trabalhos.

Serviço

Funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h

Ingresso: Inteira, R$20,00 – meia: R$10,00

Nos primeiros 30 dias, a entrada para visitação das exposições na Pinacoteca Contemporânea não será cobrada

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