A partir do dia 26 de junho, os visitantes podem conferir a arquitetura das habitações ribeirinhas da região de Nhamundá, no Amazonas
Foto: divulgação
Abertura: 26 de junho, terça-feira, às 16h00
Visitação: até 2 de setembro de 2018
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura, gerida pela Organização Social A Casa Museu de Artes e Artefatos Brasileiros, leva até o Museu da Cidade, na Praia Grande, um recorte da exposição “Casas do Brasil – Habitação ribeirinha na Amazônia” a partir do dia 26 de junho, terça-feira, às 16h00.
O projeto Casas do Brasil propõe a formação de um inventário sobre a diversidade do morar no país. O recorte da mostra original apresentado no Museu da Cidade revela aspectos da arquitetura das habitações ribeirinhas na região de Nhamundá, município localizado a 570 km de Manaus (AM).
Com curadoria da geógrafa Sandra Lencioni e socióloga Maria Ruth Amaral de Sampaio e por meio das fotografias de Eduardo Girão serão apresentadas palafitas e casas flutuantes adotadas na região que representam as soluções do morar encontradas em função do contexto apresentado pelas condições do meio ambiente local. Na Praia Grande, serão exibidas mesas de luz com cerca de 100 fotos em pequeno formato que ressaltam a diversidade do registro realizado pelo fotógrafo.
“A habitação ribeirinha, das várzeas dos rios alagáveis, harmoniza-se com as oscilações do nível da água, com tipos predominantes de casas: as palafitas e as casas flutuantes, ambas de madeira retirada da floresta”, explica Sandra Lencioni. “Os habitantes originais dessa região, tanto quanto os que aí chegaram ao longo do tempo, tiveram não só que se integrar ao ritmo das águas, mas também adaptar-se aos diversos contextos econômicos e políticos. Seu modo de vida não é um resíduo da história, não é passado, é expressão de várias temporalidades, que remete a tempos longínquos, a heranças indígenas, coloniais e migratórias”, finaliza a geógrafa.
Sobre Eduardo Girão
Fotógrafo desde 1985, Eduardo Girão graduou-se em Administração de Empresas pela FAAP, em São Paulo, e estudou no International Center of Photography e na Parsons School of Design, ambos em Nova York (EUA). Trabalhou com o fotógrafo americano Jonathan Becker e com o publicitário francês Jean-Paul Goude, em NY para revistas como Town & Country, Vanity Fair e Vogue. No Brasil, colabora com revistas de decoração, arquitetura, comportamento e gastronomia, como Casa Vogue, Vogue, Casa Claudia, Arquitetura e Construção, Kaza, Audi, Natura, Casa e Jardim, Gula e Viver Bem, entre outras.
Sobre Maria Ruth Amaral de Sampaio
É socióloga, professora titular do AUH – Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto e das Áreas de Concentração Habitat e de Fundamentos e História da Arquitetura do Programa de Pós-Graduação da FAU-USP. Diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), entre dezembro de 1998 e dezembro de 2002. Atualmente, participa do Laboratório de Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo – LABFAU, do AUH, de grupo de pesquisa sobre “Os espaços e a construção da cidade”. Faz parte também do programa da UNESCO “Profissionais da Cidade”, que tem por objetivo principal incentivar as relações da universidade com a sociedade. É autora de vários livros entre os quais: Casas Proletárias em São Paulo junto com o arquiteto Carlos Lemos; Habitação e Cidade, Promoção Privada da Habitação Econômica e Arquitetura Moderna – 1930-1964.
Sobre Sandra Lencioni
Professora titular do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), defendeu tese de livre-docência em 1997, tendo desenvolvido seu pós-doutorado em 1992, na Universidade de Paris I (Pantheon-Sorbonne). Possui Bacharelado e Licenciatura em Geografia pela Universidade de São Paulo, (1975). O mestrado e o doutorado são em Geografia (Geografia Humana), sendo o primeiro título de 1985 e, o segundo, de 1991, ambos obtidos na USP. Autora de inúmeros trabalhos científicos e também do livro Região e Geografia, uma referência na geografia brasileira, se dedica aos temas: teoria da região, metrópole, indústria e São Paulo. É membro do corpo editorial de inúmeras revistas científicas, nacionais e internacionais.
Sobre Casas do Brasil
Realizado desde 2006, o projeto Casas do Brasil procura mapear as diversas tipologias de moradias brasileiras com o objetivo de formar um inventário sobre a diversidade do morar no país. Já foram temas do projeto em exposições no Museu da Casa Brasileira “Barraca Cigana” (2012) e “Casa Xinguana” (2011), entre outros. Cada mostra no MCB corresponde a uma publicação, sendo “Habitação ribeirinha na Amazônia” o quinto volume da série.
Sobre o MCB
O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, dedica-se à preservação e difusão da cultura material da casa brasileira, sendo o único museu do país especializado em arquitetura e design. A programação do MCB contempla exposições temporárias e de longa duração, com uma agenda que possui também atividades do serviço educativo, debates, palestras e publicações contextualizando a vocação do museu para a formação de um pensamento crítico em temas como arquitetura, urbanismo, habitação, economia criativa, mobilidade urbana e sustentabilidade. Dentre suas inúmeras iniciativas, destacam-se o Prêmio Design MCB, principal premiação do segmento no país, realizado desde 1986; e o projeto Casas do Brasil, de resgate e preservação da memória sobre a rica diversidade do morar no país.
SERVIÇO
Casas do Brasil – Habitação ribeirinha na Amazônia
Abertura: 26 de junho, terça-feira, às 16h00
Gratuito
Visitação: até 2 de setembro, domingo.
Local: Museu da Cidade – Palácio das Artes
Av. Pres. Costa e Silva, 1600 – Boqueirão, Praia Grande
De terça a domingo, das 10h às 18h