Reabertura, que acontece a partir do dia 16 de outubro, segue todos os protocolos de saúde e segurança definidos pelas autoridades para que o público visite o MIS com segurança
O Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, reabre para a pública nesta sexta-feira, 16 de outubro, com a exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen, inaugurada em 13 de março de 2020 – e suspensa temporariamente desde 17 de março, devido à pandemia da Covid-19. Os visitantes terão a oportunidade de conhecer a vida do astro por meio de imagens e uma expografia que remetem aos últimos anos do músico na cidade de Nova York, nos Estados Unidos.
Neste primeiro momento, a exposição fica aberta de sexta a domingo, em horário reduzido e com capacidade de 60%, seguindo o protocolo de retomada das atividades previsto no Plano São Paulo. Para ter acesso à exposição, os visitantes terão temperatura aferida na entrada, exigência do uso de máscaras de proteção , manter distância de dois metros entre as pessoas, respeitar a capacidade máxima de cada sala e ter atenção às lixeiras específicas para descarte de máscaras e lenços. A venda de ingressos será somente online, pelo site e aplicativo da Sympla. Além destas orientações, o MIS reabre seguindo todos os protocolos de saúde e segurança definidos pelas autoridades.
Durante este período de horário reduzido, as sextas-feiras terão entrada gratuita. Seguindo as orientações, mesmo gratuitos, os ingressos devem ser reservados antecipadamente na Sympla. Aos sábados e domingos, os valores seguem os mesmos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia entrada). A loja do Museu, onde o público encontra o catálogo da exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen, permanece aberta nos mesmos horários do Museu e também seguindo todos os protocolos sanitários.
“Todas as medidas adotadas seguem as orientações e exigências do Plano São Paulo, do Governo do Estado. Queremos que o público retome suas atividades culturais com saúde e segurança. As atividades do #MISemCASA, programação virtual, com conteúdo exclusivos, no canal da instituição no YouTube, além de diversas opções de cursos online, seguem regularmente”, explica Marcos Mendonça, diretor geral do MIS.
Sobre a exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen
Pouco tempo após John Lennon se mudar para Nova York, em 1971, Bob Gruen se tornou fotógrafo e amigo pessoal dele e de Yoko Ono. Gruen registrou não apenas a vida profissional ao lado da artista , mas também vários de seus momentos íntimos. As imagens de Gruen mostram Lennon como estrela do rock, artista solo após a saída dos Beatles e defensor dos direitos humanos. Outro enfoque da mostra apresenta fotografias de John e Yoko com seu filho, Sean Lennon. Na coleção estão estão imagens que ganharam o mundo, como a de Lennon vestindo uma camiseta da cidade de Nova York em frente à Estátua da Liberdade.
A mostra ocupa os dois andares do Museu e revela, por meio de mais de 130 imagens selecionadas pelo próprio Bob Gruen, a vida do ex-Beatle. Além das imagens, ela também traz uma seleção inédita de 40 fotos vintage que serão expostas em ampliações originais feitas pelo fotógrafo. Durante o percurso da exposição, os visitantes acompanham uma trilha sonora com sucessos de Lennon, como Power to the People e Whatever Gets You Thru the Night. O público também pode conferir uma linha do tempo que vai da chegada de John e Yoko a Nova York, em 1971, quando se instalaram no bairro de Greenwich Village, até o dia 8 de dezembro de 1980, quando Lennon foi assassinado na entrada do edifício Dakota.
Dividida em sete áreas e apresentada em ordem cronológica, a exposição do MIS conta com curadoria do jornalista Ricardo Alexandre. Entre as áreas estão: New York City (primeira época de John e Yoko em Nova York, esta é a fase de maior atividade política e é marcada pelos problemas com a imigração); Lost Weekend (período entre 1973 e 1975, em que John e Yoko ficaram separados, nesta área estão algumas das fotos mais famosas de Bob Gruen); e Dono de casa (Yoko fica grávida e Lennon se retira da vida pública para “cuidar da casa, da mulher e dos filhos”, parte das fotos mais íntimas e exclusivas está nesta seção.
“A exposição é uma jornada reveladora e inédita através daquele período. As imagens, selecionadas pelo próprio Bob Gruen, contam uma história surpreendente e emocionante, expandida por rico material informativo, capítulo a capítulo, acorde a acorde, luta a luta”, resume Ricardo Alexandre. “John Lennon em Nova York por Bob Gruen obedece às guinadas que o próprio Lennon empreendeu em sua vida e carreira, do ativismo político aos excessos de seu ‘Fim de semana perdido’, do período sabático de cinco anos ao retorno à música e dali para sua morte, que ainda soa dolorida e incompreensível quarenta anos depois. O olhar íntimo e o acesso total de Bob Gruen levam o visitante a momentos históricos e também a lugares onde ninguém mais esteve. Uma oportunidade única de mergulhar na cabeça e no coração deste britânico que escolheu Nova York como sua casa e fonte de inspiração”, completa.
A cenografia é assinada pela Caselúdico, parceira do MIS em projetos anteriores como O mundo de Tim Burton (2016) e Musicais no cinema (2019), e propõe uma imersão na cidade de Nova York nos anos 1970. Entre as áreas criadas para a exposição do MIS, o público pode conferir o Central Park (recriado no Espaço Redondo, o parque era um dos lugares de Lennon na cidade) e a sala Bob’s Records, uma área que é um tributo à carreira do Bob Gruen. Criado exclusivamente para a exposição no Brasil, um mapa destaca os pontos favoritos de John Lennon em Nova York, dos estúdios em que gravou os discos na cidade até seu hambúrguer favorito.
John Lennon em Nova York por Bob Gruen foi exibida em mais de 30 cidades ao redor do mundo e foi vista por mais de três milhões de pessoas.
John Lennon por Bob Gruen
“Conheci John e Yoko no início de 1971, pouco depois de eles se mudarem para Nova York. Eles moravam em um apartamento bem próximo ao meu. Na primeira vez que nos encontramos, descobrimos que compartilhávamos o mesmo senso de humor, eles gostaram de mim e das minhas fotos e me pediram para eu manter contato e tirar fotos sempre que pudesse. Ao longo dos anos, construímos uma estreita amizade, que mantenho com Yoko até hoje. Tive a oportunidade de fotografar seus momentos em público, assim como muitos momentos pessoais e íntimos.
Sempre achava divertido visitar John e Yoko. John era uma pessoa muito engraçada, sempre fazendo todos ao seu redor rir. Ele também era muito inteligente e perspicaz, por isso eu aprendia ao mesmo tempo em que ria.
No início dos anos 1970, frequentávamos muitas festas, mas, já em meados dessa década, John parou de beber e, depois que seu filho Sean nasceu, passou a levar uma vida mais responsável. Em 1980, ele voltou à cena pública, quando gravou um novo álbum e planejava uma turnê internacional. Sua morte foi um choque para o mundo inteiro. Levei muitos anos para me adaptar à perda dele.”
Sobre Bob Gruen
Bob Gruen (Nova York, 1945) é um dos fotógrafos mais respeitados e conhecidos do rock and roll. Ele registrou a cena musical durante mais de quarenta anos, em fotografias que ganharam reconhecimento mundial. Começou a fotografar estrelas do rock no final dos anos 1960 e atuou como fotógrafo pessoal de John Lennon durante o tempo em que o ex-Beatle viveu em Nova York. Como fotógrafo-chefe da RockScene Magazine nos anos 1970, Bob se especializou em cenas de bastidores. Ele partiu em longas turnês com as maiores lendas do rock, como Led Zeppelin, The Who, David Bowie, Tina Turner, Elton John, Aerosmith, Kiss e Alice Cooper, além de bandas emergentes do punk e da new wave, entre as quais New York Dolls, Sex Pistols, Clash, Ramones, Patti Smith Group e Blondie. Como freelancer ativo trabalhando para outras revistas como Cream, MelodyMaker e Rolling Stone, entre outras, as fotografias de Bob já estamparam capas e figuraram nas páginas de muitas dessas publicações seminais, registrando todos os cenários: os palcos, os bastidores, as turnês, as festas, a curtição, a vida doméstica e os momentos de descanso. Sua presença despretensiosa por trás das lentes foi incorporada de maneira tão profunda às próprias bandas, que, em alguns casos, ele era considerado um integrante de honra.
Serviço: John Lennon em Nova York por Bob Gruen
Data: Sexta-feira (16 de outubro);
Horário: Sextas, sábados e domingos, das 12h às 18h;
Ingresso: Sábados e domingos: R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia);
Entrada gratuita: sextas-feiras e para crianças até cinco anos;
Ingressos antecipados: Sympla.
Classificação indicativa Livre
Museu da Imagem e do Som – MIS
Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo| (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br
Estacionamento conveniado: R$ 18. Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.