Museu do Futebol recebe o 10º CINEfoot e acrescenta programação paralela
Além da exibição de longas inscritos no Festival, Museu exibe documentários sobre o futebol da quebrada e promove debates
Vinte e nove filmes serão exibidos no auditório do Museu do Futebol entre 12 e 16 de setembro, em 12 sessões totalmente gratuitas, como parte da programação do CINEfoot – Festival de Cinema e Futebol. Além da mostra oficial,o Museu preparou também uma programação paralela que se associa a outros eventos importantes do museu: a exposição temporária “CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol”; a programação Futebol da Quebrada; e a reunião do Memomofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol.
Instituição da Secretaria de Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Museu do Futebol sedia o CINEfoot na capital paulista desde sua primeira edição. O festival acontece também em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Niterói.
No dia 14/9 (sábado), o idealizador do Cinefoot, Antonio Leal, participa de um debate sobre o festival na 114ª Reunião do Grupo Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol. Será exibido o filme Democracia em preto e branco, sobre a democracia corintiana; seguido do lançamento do livro Blibliofut: a literatura do futebol brasileiro, de Domingos Antonio D’Angelo e Ademir Takara.
A mostra de documentários sobre o futebol de várzea acontecerá entre 14 de setembro e 13 de outubro no telão da Sala Jogo de Corpo, como parte da programação do Futebol da Quebrada. Parte dos filmes fala especificamente do trabalho das mulheres que lutam para jogar e manter ativo o futebol amador das periferias – relação direta com a exposição temporária “CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol”, que permanece em cartaz até 20 de outubro.
Cruzando os dois temas, no dia 14/9 (sábado) o Museu promove no auditório o debate Da Várzea para o Cinema, com os diretores dos documentários Made in Várzea, Rodney Suguita; e Futebol é coisa de mulher? As dificuldades das meninas que jogam na várzea, de Alexandre Putti. Também participam Maria Amorim, fundadora da Liga Feminina de Futebol Amador, e Silvani Chagas, do Perifeminas F. C.
PROGRAMAÇÃO ASSOCIADA AO CINEFOOT
FUTEBOL DA QUEBRADA
14/9 A 13/10, de terça a domingo, das 9h às 17h
Exibição de curtas, documentários e filmes em longa metragem sobre futebol de várzea no telão do espaço. No mesmo local, o público poderá ver de perto as Taças das Favelas, concedidas aos vencedores da competição nas categorias feminina e masculina. Haverá também exposição de fotos de futebol de várzea e de camisas de times amadores.
Sala Jogo de Corpo
FILMES
Preto contra Branco (2004, Wagner Morales, 60″ – Documentário)
O filme discute o preconceito racial no Brasil, usando como referência um clássico do futebol de várzea entre moradores de dois bairros periféricos de São Paulo. Desde 1972, um grupo de moradores do bairro de São João Clímaco organiza um jogo de futebol de brancos contra pretos no final de semana que antecede o Natal. Em uma comunidade altamente miscigenada, composta basicamente por mulatos, a peculiaridade da partida é a auto-atribuição da raça pelo participante.
Açucena (2013, Vinícius Soares, 6″ – Documentário)
Narra através de fotos e filmes a trajetória do Açucena Atlético Clube, time de várzea do bairro do Limão dos anos 1950 e 1960.
Contos da várzea (2007, Diego Viñas; Rafael Dantas; Renato Rogenski;Tony Marlon, 23″ – Documentário)
As diversas facetas da prática do futebol varzeano em São Paulo.
Sou favela (2017, Alex Miranda, 76″ – Documentário)
O AEC Favela Futebol Clube é um time de várzea formado em 1996 no bairro do Jardim Miragaia, Zona Leste de São Paulo. Ao passar dos anos a comunidade começou a fazer parte da rotina do time nas ações sociais realizadas, se tornando uma grande família.
Futebol de várzea (2011, Marc Dourdin, 82″ – Documentário)
O documentário apresenta o universo fascinante do futebol amador em São Paulo. Um time de futebol, um ábitro exclusivamente de várzea, um ex-jogador profissional, com passagem pelo futebol varzeano, e um jogador jovem em busca do sonho de se profissionalizar, conduzem este filme que retrata o maravilhoso universo do futebol não-profissional.
Várzea: a bola rolada na beira do coração (2009, Akins Kinte, 39″ – Documentário)
Mostra os bastidores desta articulação comunitária, toda a movimentação que existe por trás de um brasão de time de comunidade, desde a organização das torcidas até simples atividades, como a limpeza dos fardamentos das equipes.
Mulheres do Progresso: muito além da várzea (Jamaikah Santarém, DoLadoDeCá, 15″ – Documentário)
O filme retrata a vida das personagens Marcia Piemonte, Sindy Rodrigues, Tianinha Santos e Sandra Aparecida Pereira, mulheres que vivem em diferentes comunidades de São Paulo e que tem em comum o amor e dedicação pelo futebol de várzea. Diretora, Presidenta, Mesária e Secretária são algumas das funções que essas mulheres executam dentro da Várzea e que não se limita ao futebol.
Made in varzea (Rodney Suguita, 15 – Documentário)
Décadas depois de revogada a proibição do futebol feminino, a luta das mulheres por espaço segue como um desafio. O filme mostra os jogos de várzea protagonizados por mulheres, acompanhando o cotidiano de duas jogadoras. A motorista de ônibus Yolanda e a esteticista Flávia driblam o machismo, usando o esporte como uma forma de libertação.
Pelada, Futebol na Favela (2013, Trator Filmes, 98″ – Documentário)
O filme retrata a garra dos garotos com a bola no pé, a paixão dos torcedores na beira do campo e todo o universo que envolve o cotidiano das peladas. Conta com depoimentos marcantes de campeões que vieram das comunidades, descobriram seus talentos nas peladas e conquistaram o mundo.
Várzea: o futebol da minha quebrada – série em 3 episódios (La Vista Produções/ESPN, 75″)
Futebol é coisa de Mulher? (Alexandre Putti/Carta Capital, 8″)
Apesar do sucesso da Copa do Mundo da França de futebol feminino, a modalidade ainda sofre com a falta de incentivo, de infra-estrutura e com o preconceito mesmo no profissional. Na várzea a situação é ainda mais difícil. Maria Amorim, jogadora do Apache em São Paulo, é uma das mulheres que batalham para a realização de jogos e campeonatos, para provar que futebol é sim coisa de mulher.
114ª REUNIÃO DO GRUPO MEMOFUT
9h à 13h
O Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol se reúne uma vez por mês no Museu do Futebol, sempre em um sábado, para trocas de ideias sobre a história do futebol. Os encontros são abertos ao público interessado em ampliar seus conhecimentos futebolísticos. A Reunião do Memofut de setembro tem como tema de debate o 10º Aniversário do Cinefoot – Festival de Cinema e Futebol.
PROGRAMAÇÃO
Bate-papo com o idealizador do Cinefoot, Antônio Leal que falará sobre os dez anos do festival e sobre a relação entre futebol e cinema. Leal é também realizador do CINEesporte (Festival de Cinema de Esporte), membro da Diretoria da FICTS (Federation Internationale Cinema Television Sportifs) e presidente do Fórum dos Festivais (Fórum Nacional dos Organizadores de Festivais Audiovisuais).
Exibição do filme “Democracia em Preto e Branco”
(Brasil, 2014, 90 minutos, direção de Pedro Asbeg).
Tendo como pano de fundo a Democracia Corintiana, o nascimento das bandas de rock brasileiras e a campanha das Diretas Já, o documentário mostra como o esporte, a política e a música se encontraram para mudar o rumo da história do país.
Bate-papo e sessão de autógrafos com Domingos Antonio D’Angelo Jr. e Ademir Takara, autores do livro Bibliofut: a literatura do futebol brasileiro
O livro é fruto do trabalho de dois pesquisadores que amam o futebol e resolveram compartilhar suas paixões pelo esporte bretão e pelos livros. Domingos é consultor de relações do trabalho, bibliófilo — dono de uma ampla biblioteca com livros sobre futebol— e um dos fundadores do Memofut. Ademir é bacharel em Biblioteconomia e História pela Universidade de São Paulo (USP) e bibliotecário do Centro de Referência do Futebol Brasileiro (CRFB) do Museu do Futebol.
BATE-PAPO “DA VÁRZEA PARA O CINEMA”
14/9 Sexta às 16h
Bate-papo com os diretores dos documentários Made in Várzea, Rodney Suguita; e Futebol é coisa de mulher? As dificuldades das meninas que jogam na várzea, Alexandre Putti; além das participações de Maria Amorim, fundadora da Liga Feminina de Futebol Amador, e Silvani Chagas, do Perifeminas F.C.
Evento gratuito, não sendo necessária a inscrição prévia
Auditório Armando Nogueira (capacidade 174 lugares + 4 cadeirantes)
Programação sujeita a alterações. Consulte o site museudofutebol.org.br
Museu do Futebol
Praça Charles Miller, s/nº São Paulo, SP
Terça a domingo, 9h às 17h (visitação até as 18h)
R$ 15 | Meia entrada: R$ 7,50 | Entrada gratuita às terças-feiras
* Até 20/10, Clientes Itaú, incluindo um acompanhante, pagam meia-entrada. Basta apresentar o cartão na bilheteria. O desconto não é cumulativo com outros descontos ou benefícios e é sujeito a disponibilidade.
* Horários diferenciados de funcionamento em dias de jogos no Estádio do Pacaembu. Consulte o site museudofutebol.org.br.
* Estacionamento com Zona Azul (R$ 5 válido por 3h). Mais informações no site da Companhia de Engenharia de Tráfego – CET cetsp.com.br
* Hotsite da exposição temporária CONTRA-ATAQUE! As Mulheres do Futebol: contraataque.museudofutebol.org.br