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Osesp, Coros, Maestro Thierry Fischer e Solista Convidada Abrem Temporada 2023 Com Terceira De Mahler

Intitulada ‘Sem Fronteiras’, Temporada começa de 02 a 04/mar na Sala São Paulo; performance de sexta-feira (03/mar) será transmitida ao vivo no canal da Orquestra no YouTube; confira mais abaixo uma seleção de destaques da agenda deste ano.


A Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo realiza nova temporada da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp: depois de apresentar dois Concertos a Preço Popular nos dias 16 e 17/fev, além de encerrar o 2º Festival de Verão de Campos do Jordão em 18/fev, a Osesp realiza na Sala São Pauloentre 02 e 04/mar, a abertura da Temporada 2023 – Sem Fronteiras, um título que reafirma a ideia de que a música, como poucas outras formas de expressão, tem força para romper fronteiras e barreiras.

Sob a regência de seu Diretor Musical e Regente Titular, Thierry Fischer, e acompanhada do Coro da Osesp, do Coro Acadêmico da Osesp, do Coro Infantil da Osesp, do Coral Paulistano e da contralto sueca Anna Larsson, nossa Orquestra interpretará nessas três datas a Sinfonia nº 3 do compositor austríaco Gustav Mahler. Retomando também os adorados Concertos Digitais neste ano, a performance de sexta-feira (03/mar), às 20h30, contará com transmissão ao vivo no canal oficial da Osesp no YouTube.

Composta nos verões de 1895 e 1896, durante as férias que garantiam ao atarefado regente Gustav Mahler (1860-1911) o tempo necessário para a criação, a Sinfonia nº 3 só estreou em 1902, com a rejeição habitual do público e da crítica. Foi nesse período que Mahler, irritado com a leitura demasiado literal das ideias que serviam de inspiração para suas sinfonias, resolveu não divulgar o teor de seus programas.

Repleta de citações e intenções musicais, literárias e filosóficas, a Sinfonia nº 3 trazia no manuscrito o título A Gaia Ciência, uma referência ao controverso livro de Friedrich Nietzsche, filósofo que Mahler sempre admirou. O paródico subtítulo, Sonho de um Dia de Verão (em vez da “noite” shakespeariana), explicava o tom bucólico e panteísta da obra, que incluía os seguintes movimentos: O Despertar de Pã e a Chegada do Verão: Uma Parada DionisíacaO que Me Dizem as Flores do PradoO que Me Dizem os Animais da FlorestaO que Me Diz a HumanidadeO que Me Dizem os Anjos; e, finalmente, O que Me Diz o Amor. A progressão das imagens, do mito dionisíaco ao amor universal, segue uma cosmologia inspirada no poema Gênesis, de Siegfried Lipiner, e ilustra bem o propósito de recriar sinfonicamente não apenas um mundo, mas todo um universo.

“Chamar a Terceira de ‘sinfonia’ é, na verdade, incorreto, pois ela não segue a forma sinfônica usual. Em minha opinião, criar uma sinfonia significa construir um mundo com todos os meios disponíveis. O conteúdo constantemente novo e dinâmico determina sua própria forma” – teria dito o compositor à violista Natalie Bauer-Lechner, em conversa citada por Constantin Floros no livro Gustav Mahler: The Symphonies. “Minha sinfonia será diferente de tudo o que o mundo já ouviu! Toda a natureza fala nela, contando segredos profundos que só podemos intuir em sonhos!”, dizia Mahler sobre a sinfonia que, hoje, é considerada uma de suas obras-primas.

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Fundada em 1954, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Thierry Fischer tornou-se Diretor Musical e Regente Titular em 2020, tendo sido precedido, de 2012 a 2019, por Marin Alsop, que agora é Regente de Honra. Seus antecessores foram Yan Pascal Tortelier, John Neschling, Eleazar de Carvalho, Bruno Roccella e Souza Lima. Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê na China. Em 2018, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira. Em outubro de 2022, a Osesp estreou no Carnegie Hall, em Nova York, realizando dois programas – o primeiro como convidada da série oficial de assinaturas da casa, o segundo com o elogiado projeto Floresta Villa-Lobos.

Coro da Osesp
Criado em 1994 e reconhecido hoje como referência em música vocal no Brasil, o grupo aborda diferentes períodos e estilos, com ênfase nos séculos XX e XXI e nas criações de compositores brasileiros. Gravou álbuns pelo Selo Osesp Digital, Biscoito Fino e Naxos. Entre 1995 e 2015, teve Naomi Munakata como Coordenadora e Regente. De 2017 a 2019, a italiana Valentina Peleggi assumiu a regência do Coro, tendo William Coelho como Maestro Preparador – posição que ele mantém desde então. Em 2020, o Coro se apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, sob regência de Marin Alsop, Regente de Honra da Osesp, repetindo o feito em 2021, em filme musical (virtual) com participação de Yo-Yo Ma e vários outros artistas de sete países. Em 2022 realizou dois concertos com a Osesp nos Estados Unidos, o último deles no lendário Carnegie Hall, em Nova York.

Coro Acadêmico da Osesp
Criado em 2013 com o objetivo de formar profissionalmente jovens cantores, o Coro Acadêmico é composto pelos alunos da Classe de Canto da Academia de Música da Osesp, sob direção de Marcos Thadeu. Oferece experiência de prática coral, conhecimento de repertório sinfônico para coro e orientação em técnica vocal, prosódia e dicção, além da vivência no cotidiano de um grupo profissional, fazendo apresentações junto ao Coro da Osesp. Em 2021, a Classe foi reconhecida pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo como Curso Técnico em Canto, com o Diploma Técnico Profissionalizante de Nível Médio.

Coro Infantil da Osesp
O Coro Infantil, que estreou em novembro de 2000, é formado por meninas de 7 a 13 anos e por meninos de 7 a 12 anos. Qualquer criança, mesmo sem formação musical anterior, pode ingressar no Coro. Além da oportunidade de apresentar-se ao lado da Osesp na Sala São Paulo, as crianças, sob orientação e regência de Teruo Yoshida, recebem aulas de solfejo, percepção musical e técnica vocal. Durante essas aulas, são trabalhados repertórios mais complexos e ecléticos, apresentados na Sala São Paulo e em eventos especiais.

Thierry Fischer
Desde 2020, Thierry Fischer é Diretor Musical e Regente Titular da Osesp, cargo que também assume na Orquestra Sinfônica de Castilla y León, na Espanha. Desde 2009, é Diretor Artístico da Sinfônica de Utah, da qual se tornará Diretor Artístico Emérito a partir do segundo semestre de 2023. Foi Principal Regente Convidado da Filarmônica de Seul (2017-20) e Regente Titular (agora Convidado Honorário) da Filarmônica de Nagoya (2008-11). Já regeu orquestras como a Royal Philharmonic, a Filarmônica de Londres, as Sinfônicas da BBC, de Boston e Cincinnatti e a Orchestre de la Suisse Romande. Também esteve à frente de grupos como a Orquestra de Câmara da Europa, a London Sinfonietta e o Ensemble Intercontemporain. Thierry Fischer iniciou a carreira como Primeira Flauta em Hamburgo e na Ópera de Zurique.

Coral Paulistano
Com a proposta de levar a música brasileira ao Theatro Municipal de São Paulo, o Coral Paulistano foi criado, em 1936, por iniciativa de Mário de Andrade. Marco da história da música em São Paulo, o grupo foi um dos muitos desdobramentos da Semana de Arte Moderna de 1922. Ao longo de décadas, o Coral esteve sob a orientação de alguns dos mais destacados músicos de nosso país, como Camargo Guarnieri, Fructuoso Vianna, Miguel Arqueróns, Tullio Colacioppo, Abel Rocha, Zwinglio Faustini, Antão Fernandes, Samuel Kerr, Henrique Gregori, Roberto Casemiro, Mara Campos, Tiago Pinheiro, Bruno Greco Facio, Martinho Lutero Galati e Naomi Munakata. Com uma extensa programação de apresentações de música brasileira erudita em diferentes espaços da cidade, renovou seu fôlego e reacendeu sua autenticidade. Atualmente tem como regente titular Maíra Ferreira.

Anna Larsson
Nascida em Estocolmo em 1966, a contralto sueca começou seus estudos ainda criança, com nove anos, e formou-se pelo Operastudio-67, renomada escola de canto sueca. Em 1996, estreou no Castelo Vadstena em uma ópera do compositor sueco contemporâneo Carl Unander-Scharin. No ano seguinte, em 1997, fez sua estreia internacional cantando o solo de contralto da Sinfonia da Ressurreição, de Gustav Mahler, com a Filarmônica de Berlim, sob a batuta de Claudio Abbado. Anna tem se destacado em algumas óperas, mas seu repertório abrange todas as obras sinfônicas com participação de contralto, sendo Mahler sua especialidade.


PROGRAMA

TEMPORADA OSESP: ABERTURA 2023

ORQUESTRA SINFÔNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO
CORO DA OSESP
CORO ACADÊMICO DA OSESP
CORO INFANTIL DA OSESP
CORAL PAULISTANO
THIERRY FISCHER regente
ANNA LARSSON contralto
Gustav MAHLER | Sinfonia nº 3 em Ré Menor
[Obs.: Não haverá intervalo]


SERVIÇO

02 de março, quinta, às 20h30
03 de março, sexta, às 20h30 – Concerto Digital
04 de março, sábado, às 16h30
Endereço: Sala São Paulo | Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos
Taxa de ocupação limite: 1.484 lugares
Recomendação etária: 07 anos
Ingressos: Entre R$ 50,00 e R$ 250,00 – preços inteiros
Bilheteria (INTI): Neste link
(11) 3777-9721, de segunda a sexta, das 12h às 18h.
Cartões de crédito: Visa, Mastercard, American Express e Diners.
Estacionamento: R$ 28,00 (noturno e sábado à tarde) e R$ 16,00 (sábado e domingo de manhã) | 600 vagas; 20 para portadores de necessidades especiais; 33 para idosos.


>> DESTAQUES DA TEMPORADA OSESP 2023 – SEM FRONTEIRAS:

Orquestra e Coro

Nossos dois corpos artísticos juntos no palco da Sala São Paulo.
Terceira de Mahler (02, 03 e 04/mar); A Danação de Fausto, de Berlioz (11, 12 e 13/mai); Canção do Destino, de Brahms (19, 20 e 21/out); Beethoven-Fest (14, 15 e 16/dez).

Piano

Grandes intérpretes do instrumento em concertos sinfônicos e recitais solo.
Lucas e Arthur Jussen (23, 24 e 25/mar); Alexander Gavrylyuk (27, 28 e 29/abr); Jean-Efflam Bavouzet (25, 26 e 27/mai); Recital Bavouzet (28/mai); Steven Osborne (08, 09 e 10/jun); Recital Osborne (11/jun); Stephen Hough (29 e 30/jun; 06, 07 e 08/jul; 21, 22, 23, 28, 29 e 30/set), Recital Tiempo (30/jul); Sergio Tiempo (03, 04 e 05/ago); Fabio Martino (10, 11, 12, 17, 18 e 19/ago); Louis Schwizgebel (12, 13 e 14/out); Jason Hardink (30/nov e 01 e 02/dez); Martin Helmchen (14, 15 e 16/dez).

Violoncelo em Foco

Grandes intérpretes e novos nomes do cello em concertos sinfônicos e recitais solo.
Sheku Kanneh-Mason (30 e 31/mar e 01/abr); Recital Sheku e Isatah Kanneh-Mason (02/ abr); Gabriel Martins (27 e 28/jul); Marina Martins (12 e 17/ set); Inbal Segev (02, 03 e 04/nov); Luiz Fernando Venturelli (09, 10 e 11/nov); Gautier Capuçon (07, 08 e 09/dez).

Escolhas do Maestro

Obras de Sibelius e Dutilleux, favoritos de Thierry Fischer.
Terceira de Sibelius (04, 05 e 06/mai); Quinta de Sibelius (09, 10 e 11/mar); Quarta de Sibelius (29 e 30/jun); As Sombras do Tempo, de Dutilleux (28, 29 e 30/set); Sexta de Sibelius (26, 27 e 28/out); Sétima de Sibelius (07, 08 e 09/dez).

Grandes Sinfonias

O veículo de expressão máxima de uma orquestra.
Terceira de Mahler (02, 03 e 04/mar); Quinta de Sibelius (09, 10 e 11/mar); Sinfonia Escocesa, de Mendelssohn (30, 31/mar e 01/abr); Quinta de Tchaikovsky (27, 28 e 29/abr); Sinfonia Londres, de Vaughan Williams (25, 26 e 27/mai); Sinfonia Pastoral, de Beethoven (01, 02 e 03/jun); Quarta de Sibelius (29 e 30/jun); Oitava de Dvorák (10, 11 e 12/ago); Sexta de Sibelius (26, 27 e 28/out); QuartaQuinta e Sexta Sinfonias de Beethoven (14, 15 e 16/dez).

Poemas Sinfônicos

Obras sinfônicas inspiradas na literatura, artes plásticas e outras fontes não-musicais.
Minha Pátria: Vysehrad, de Smetana (06, 07 e 08/abr); A Ilha dos Mortos, de Rachmaninov (08, 09 e 10/jun); Uma Noite no Monte Calvo e Quadros de uma Exposição, de Mussorgsky (17, 18 e 19/ago).


Link para o Livro da Temporada 2023 completo:
http://www.osesp.art.br/paginadinamica.aspx?pagina=TemporadaOsesp2023 

Link para fotos selecionadas da Temporada Osesp 2023:
https://www.dropbox.com/sh/pc3ikwrl57dd6ct/AACTER3ZbkdVrrLkOyJFjbE6a?dl=0

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