As orquestras brasileiras precisam entender que só podem destacar-se interpretando e fazendo referência no repertório local.
O público que praticamente lotou a Sala São Paulo na terça-feira, 20, para o primeiro concerto do Festival Viva Villa saiu de peito estufado e ouvidos plenamente recompensados. Assistiu um concerto impecável, onde – fato raro, praticamente inédito por aqui – maestro e orquestra demonstraram plena intimidade com as obras de Villa-Lobos.
Afinal, o festival marca o lançamento de uma caixa com 6 CDs contendo as 11 sinfonias dele, pelo selo Naxos. Mais do que isso, estas gravações registram o processo de conhecimento profundo dessas (injustamente) mal-amadas sinfonias, forjado em sete anos de muito trabalho, na revisão e estabelecimento das partituras que agora são referências mundiais e também na interpretação, modelar.
Exagero? Longe disso. O projeto da edição e gravação das sinfonias de Villa-Lobos marca a Osesp da última década assim como os registros das Bachianas e Choros marcaram a Osesp na primeira década do século. Gravações como a das sinfonias de Prokofiev, por louváveis que sejam, nada acrescentam. As do Villa sim.
Confira a matéria completa do Estadão aqui.