Público poderá assistir a Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Mahler, peça que marcou a inauguração do prédio, em 9 de julho de 1999
A Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo apresentará concertos nos dias 4, 5, 6 e 9 de julho em comemoração aos 25 anos da Sala São Paulo. A sala, que foi o primeiro espaço de concertos do Brasil, foi inaugurada em 9 de julho de 1999 com a execução da Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Mahler. Essa mesma obra retorna agora ao palco. O prédio é, hoje, casa da Osesp, e uma importante instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
A regência ficará a cargo de Thierry Fischer, acompanhado pela soprano Camila Provenzale e a mezzo Luisa Francesconi. Também participam o Coro da Osesp – que completa 30 anos em 2024 –, o Coral Paulistano e o Coro Acadêmico da Osesp. Os ingressos estão esgotados, mas o público poderá assistir gratuitamente a apresentação no dia 9, às 20h, pelo canal do YouTube da Orquestra.
“A Sala conta a história de São Paulo. Ele guarda informações valiosas sobre arquitetura e as transformações políticas, econômicas e culturais do nosso estado. Localizada no Complexo Cultural Júlio Prestes, ela é a mais moderna sala de concertos da América Latina e uma das melhores do mundo, com uma acústica excepcional. Além disso, é casa da Osesp, uma das mais valorosas instituições culturais do país, recebendo artistas e grupos nacionais e internacionais com um forte compromisso com a educação musical, oferecendo programas educativos e concertos didáticos que alcançam milhares de jovens e adultos. Além de promover e democratizar o acesso à música clássica, a Sala também contribui para a valorização cultural e turística da região, atraindo visitantes e fomentando a economia local”, salientou a secretária da pasta, Marília Marton.
O público assistirá a peça composta entre 1888 e 1894, mas a Sinfonia nº 2 – Ressurreição, de Mahler, ganhou sua versão final em 1910. Grandiosa, com cerca de 80 minutos de duração e cinco movimentos, explora o tema da morte e da ressurreição e, como as demais sinfonias do compositor, é um elo entre a tradição romântica e as novas linguagens do século XX. É nela que Mahler, pela primeira vez, utiliza a voz humana numa sinfonia, clímax da peça.
Mais acessibilidade
Também no dia 9, às 13h, será inaugurada no Hall Principal da Sala São Paulo uma maquete tátil da Sala de Concertos. O projeto busca criar um sistema de orientação e identificação de espaços para pessoas com deficiência visual e com baixa visão. Será possível entender melhor as dimensões do prédio e sua arquitetura única — aspectos que hoje são explicados apenas com palavras.
A história da Sala
Cartão postal da cidade, a Sala São Paulo tem uma história rica e fascinante. Inaugurada no dia 9 de julho de 1999, mesma data em que foi tombada como patrimônio histórico pelo Conselho Estadual de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), originalmente, o edifício era a Estação Júlio Prestes, construída entre 1926 e 1938 para ser a sede da Estrada de Ferro Sorocabana, que transportava café pelos trens até o Porto de Santos. A estação foi um símbolo da riqueza gerada pelo café para o Brasil na época.
O prédio possuía características ideais para abrigar a sala de concertos e ser a nova sede da Sinfônica do Estado. Além do foyer da entrada, dois halls auxiliares e um grande salão central, a sala tem 10 mil metros quadrados por andar e pé-direito de 24 metros, criando o ambiente perfeito para a acústica necessária em concertos. Além disso, os ornamentos formam reentrâncias na superfície das paredes, que contribuem muito para a melhor distribuição do som.
Parte do projeto de revitalização do centro da cidade, o antigo jardim de inverno francês deu, então, lugar a um dos melhores espaços de concerto do mundo. Além das apresentações, a sala oferece visitas monitoradas acessíveis, permitindo que os visitantes conheçam mais sobre a história e a arquitetura do local.
Já se apresentaram na sala grandes artistas de renome, da própria Orquestra, e da música erudita, como Yo-Yo Ma, Martha Argerich, Joshua Bell, Lang Lang, Philippe Jaroussky, entre outros; mas também da Música Popular Brasileira, como Paulinho da Viola, Gal Costa, Arnaldo Antunes, Lenine, Erasmo Carlos, Alcione, Gilberto Gil, Vanessa da Mata e muitos mais.
Serviço
25 anos da Sala São Paulo
Gustav Mahler: Sinfonia Nº 2 em dó menor – Ressurreição
Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – Osesp
Coro da Osesp
Coral Paulistano
Coro Acadêmico da Osesp
Thierry Fischer – Regente
Camila Provenzale – Soprano
Luisa Francesconi – Mezzo Soprano
Quando? 04 de julho, às 20h30; 05 de julho, às 20h30; 06 de julho, às 16h30; 09 de julho, às 20h00, também com concerto digital.
Onde? Sala São Paulo, na Praça Júlio Prestes, 16 – Campos Elíseos, São Paulo.
Como participar? Os ingressos estão esgotados.
Mais informações: www.osesp.art.br/osesp/pt/concerto/33