Agora digitalizados e georreferenciados, os bens protegidos pelo Condephaat estão reunidos em base única de dados desenvolvida pela Emplasa
Todas as informações sobre o patrimônio protegido pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) no Estado de São Paulo já estão disponíveis na Internet para acesso fácil e rápido dos usuários ─ sem necessidade de cadastros ou outras formalidades. É só entrar no site <https://www.idesp.sp.gov.br/Visualizador> e buscar os dados.
O trabalho de digitalização e georreferenciamento dos bens tombados, bens em estudo de tombamento e suas áreas envoltórias foi realizado pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano (Emplasa), por meio de contrato de prestação de serviços com a Secretaria Estadual da Cultura.
A Emplasa foi escolhida por ser referência em cartografia e geoprocessamento e dispor de significativo acervo de bases cartográficas, imagens orbitais, ortofotos e dados geográficos históricos.
“Desenvolvemos um canal irrestrito e gratuito, que permite conhecer a localização e a delimitação do patrimônio histórico protegido pelo Condephaat, sem exigir cadastros prévios ou autorizações”, reforça o diretor-presidente da Empresa Paulista de Planejamento Metropolitana (Emplasa), que realizou o projeto entre 2016 e 2017.
“É uma iniciativa inédita da Secretaria da Cultura, cujos resultados contribuem não só para agilizar os processos internos, mas também para disponibilizar para a sociedade, em meio digital, informações importantes sobre o patrimônio histórico e cultural paulista”, afirma Elizabete Watanabe, diretora técnica da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico da Secretaria.
“Até então, para obter informações dos bens tombados ou em estudo de tombamento pelo Condephaat em determinado município, era necessário consultar planilhas e arquivos de texto, com mapas desatualizados, não georreferenciados”, explica a diretora.
Bens georreferenciados
O trabalho, desenvolvido ao longo de um ano pela equipe técnica da Emplasa, em conjunto com a Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico (UPPH), envolveu bens inclusos em 444 processos de tombamento (um processo pode tombar mais de um bem), além de áreas envoltórias de 344 imóveis tombados.
No primeiro caso, são exemplos o Teatro Municipal de São Paulo (cultura e lazer); o Núcleo Urbano de Bananal (conjuntos e sítios urbanos); a Reserva Estadual da Cantareira e o Horto Florestal (área natural ou sítio paisagístico); o acervo da Capela do Hospital das Clínicas, em São Paulo (acervo arquivístico); a Estação Ferroviária de Jundiaí (ferroviário); e a Catedral Metropolitana de Campinas (religioso).
Em estudo de tombamento, bens constantes em um total de 183 processos, a exemplo do Quilombo Pedro Cubas, em Eldorado (quilombo); do Bairro de Santa Ifigênia, em São Paulo (residencial); do Conjunto Ferroviário de Piracicaba; da Escola do Povo de São Vicente; da Fábrica Têxtil Nossa Senhora da Ponte, em Sorocaba (industrial e fabril), entre outros.
O projeto também envolveu a capacitação pela Emplasa da equipe técnica da Secretaria da Cultura/UPPH, além da publicação dos mapas na Infraestrutura de Dados Espaciais do Estado de São Paulo (IDE-SP) para acesso dos usuários. O trabalho foi realizado pelos técnicos da Gerência de Geomática da Emplasa.
Os resultados do projeto beneficiam toda a sociedade, especialmente estudantes e pesquisadores de diversas áreas, como arquitetura, história, arqueologia e geografia; órgãos públicos ou cidadãos que são proprietários de bens tombados ou em estudo de tombamento; órgãos públicos ou privados ou cidadãos que desejem construir/reformar bens próximos a bens protegidos (dentro da área envoltória de Bem Tombado).