A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, oficializou na manhã de quarta-feira, 13 de junho de 2018, a conquista do complexo arquitetônico onde funcionará a Pinacoteca Contemporânea, terceiro edifício da instituição voltado para exposições de obras das últimas décadas, oficinas, programação cultural e promoção de atividades que integrem o entorno do museu com o novo edifício.
Da esquerda para a direita: José Olympio Pereira, Presidente do Conselho de Administração da APAC; Patrícia Penna, secretária-adjunta da Cultura do Estado; Romildo Campello, secretário da Cultura do Estado; Jochen Volz, Diretor Geral da Pinacoteca e Regina Ponte, coordenadora da unidade de Museus da Secretaria da Cultura do Estado (Foto: Joca Duarte)
O evento, que contou com a presença do Secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Romildo Campello, do Presidente do Conselho de Administração da Associação Pinacoteca Arte e Cultura – APAC (Organização Social responsável pela Pinacoteca – Luz e Estação e Memorial da Resistência) e do Diretor Geral da Pinacoteca Jochen Volz, marca a transferência do edifício que sediou, até 2014, o Grupo Escolar Prudente de Moraes (atualmente em novas instalações no mesmo bairro), na Rua Ribeiro de Lima para a Pinacoteca de São Paulo.
“A Pinacoteca Contemporânea irá aprimorar a experiência do público com a produção artística das últimas décadas. Esperamos que esse novo edifício traga visitantes de todo o estado para São Paulo, realize atividades que estimulem a visitação dos mais diversos públicos e represente o início de uma nova fase ainda mais bem-sucedida para a Pinacoteca”, afirma Romildo Campello, secretário da Cultura do Estado de São Paulo.
O novo espaço está localizado a 50 metros do edifício da Pinacoteca Luz, em um terreno contíguo ao Parque da Luz e agora será formalmente cedido pelo Governo do Estado de São Paulo ao museu. O complexo possui ao todo 6908 metros quadrados, com 3190 metros de área construída, e foi originalmente projetado pelo Escritório Ramos de Azevedo, que também assina os outros dois edifícios da Pinacoteca. Após incêndio ocorrido em 1930, foi substituído, em 1950, por um edifício projetado por Hélio Duarte, importante arquiteto modernista. Com o termo de uso em mãos será feito, no segundo semestre de 2018, um convite a arquitetos aptos a realizar o projeto e a adequação do edifício. Em 2019, será executado um plano de captação de recursos para as obras.
“Este é um importante momento da história da Pinacoteca, uma nova oportunidade para promover a experiência do público com a arte, estimular a criatividade e a construção de conhecimento”, comenta Jochen Volz, diretor geral da Pinacoteca. “Com isso, será possível expandir a coleção e aprofundar sua programação pública, sobretudo enfatizando sua relação com os moradores e entorno dos bairros da Luz e do Bom Retiro”, completa Volz.
Sobre a Pinacoteca Luz
A Pinacoteca de São Paulo é um museu de artes visuais com ênfase na produção brasileira do século XIX até a contemporaneidade. Fundada em 1905 pelo Governo do Estado de São Paulo é o museu de arte mais antigo da cidade e está instalado no antigo edifício do Liceu de Artes e Ofícios, projetado no final do século XIX pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, e que depois passou por uma ampla reforma com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha no final da década de 1990.
O acervo original da Pinacoteca foi formado com a transferência de 20 obras do Museu Paulista da Universidade de São Paulo de importantes artistas da cidade, como Almeida Júnior, Pedro Alexandrino, Antônio Parreiras e Oscar Pereira da Silva. Com o passar dos anos, formou um significativo acervo, com quase 10 mil obras.
Sobre a Pinacoteca Estação
Em 2004, a Pinacoteca incorporou o edifício do Largo General Osório que, originalmente, abrigava armazéns e escritórios da Estrada de Ferro Sorocabana. O edifício, totalmente reformado pelo arquiteto Haron Cohen, passou a chamar-se Estação Pinacoteca, hoje Pina Estação, para receber parte do programa de exposições temporárias. No térreo está instalado o Memorial da Resistência de São Paulo, criado na parte do edifício que sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP), entre os anos 1940 e 1983. A instituição se dedica a preservar as memórias da resistência e repressão política do Brasil republicano. Estão no primeiro andar o Centro de Documentação e Memória e a Biblioteca Walter Wey, que apresenta um significativo acervo de artes visuais, com destaque para arte brasileira.