Questões raciais e de gênero compõem atividades das Fábricas de Cultura
Em fevereiro, o público poderá se aprofundar em fatos como o racismo, machismo, misoginia, colonialismo, invisibilidade e estereótipos por meio do audiovisual e rodas de conversa
Diferentes tipos de opressões dão o tom dos debates a serem realizados nas Fábricas de Cultura, programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerenciado pela Poiesis.
A Fábrica de Cultura Diadema apresenta o documentário “Eu pareço suspeito?” (2018), dirigido por Thiago Fernandes, editor, fotógrafo e co-fundador da produtora Toco Filmes, a qual se volta para as periferias de São Paulo e sua região metropolitana. Do extremo sul de São Paulo, o diretor inverte a lente para entender os motivos de estereótipos relacionados à cor da pele e como eles refletem no número de enquadros, prisões e mortes sofridos pela população negra. A exibição do documentário sobre o genocídio da população negra, pobre e periférica, seguida de um bate-papo com Fernandes, ocorre no dia 6 de fevereiro, quinta-feira, a partir das 19h.
No dia 11/02, terça, às 10h, é a vez da roda de conversa Toda palavra pode ser usada?. Realizada pela equipe da biblioteca da Fábrica de Cultura Jaçanã. O objetivo é promover a explicação de algumas palavras e expressões faladas que remetem ao racismo, machismo, misoginia (ódio às mulheres), colonialismo, opressões e que por vezes falamos e não sabemos a sua origem. Conteúdos da Geledés – Instituto da Mulher Negra e a música “Ah”, de Luiz Tatit, são alguns dos materiais de apoio para a análise de frases ou palavras que contemplam estes questionamentos e que serão debatidos entre os participantes, além dos contextos onde tais termos são aplicados, porque são ofensivos a determinados grupos e as suas construções históricas.
Já a biblioteca da Fábrica de Cultura Brasilândia realiza o debate e a instalação Você pode ser o que quiser: “o céu é o limite e você truta é imbatível” no dia 12/02, quarta, com início às 14h30. Mesmo diante de dados como do Mapa de Desigualdade 2019, da Rede Nossa São Paulo, e o levantamento “Viver em São Paulo 2019 – Relações Raciais”, também da Rede Nossa São Paulo e em parceria com o Ibope Inteligência, novas narrativas e perspectivas resistem. Percebendo a falta de representatividade pelos territórios, a atividade busca apresentar o protagonismo de personalidades negras e iniciar, com os participantes, um mapeamento de pessoas que são referências em suas comunidades.
Em 18/02, terça, a partir das 10h, a Fábrica de Cultura Jaçanã recebe a escritora e artista multimídia Thata Alves. Também precursora do Sarau da Ponte Pra Cá e integrante do coletivo Sarau das Pretas, ela vai apresentar o bate-papo Thata Troca, por onde propõe um diálogo sobre as questões raciais, traz como pauta as formas de falar sobre o racismo,educando e fazendo refletir com poemas sobre o tema. Uma das bases para essa atividade é o livro autoral da artista, TROCA (2016), publicado de forma independente pelo selo Academia Periférica de Letras.
Toda a programação descrita acima é gratuita e não precisa de inscrição. Basta chegar com até 30 minutos de antecedência. A seguir, as datas, os horários e números de vagas.
SERVIÇO:
Fábrica de Cultura Diadema – Rua Vereador Gustavo Sonnewend Netto, 135, Centro – Diadema/SP. (11) 4061-3180
Cinema: documentário “Eu pareço suspeito?”
6/2 – quinta-feira – 19h
Faixa Etária: livre
Vagas: aberto ao público e sem limite de vagas
Ficha técnica:
Direção: Thiago Fernandes
Produção: Gildean Silva Panikinhoe Preto El
Direção de produção: Érika Brazzil
Produção executiva: Carla Zulu – Zulu produtora
Argumento: Gildean Silva Panikinho
Pesquisa: Oswaldo Faustino e Gildean Silva Panikinho
Direção de fotografia: Fábio Cabeloduro
Assistente de fotografia: Evandro Souza
Assistente de fotografia e câmera: John Fernandes
Som direto: Vinicius Neves e Evandro de Souza
Desenho e mixagem de som: Wanderson Mendonça
Trilha sonora original: Wanderson Mendonça e Dj Preto El
Assistente, mídia social e elenco de apoio: Dani Mirah
Assistente: Vitória Aysha
Edição e finalização: Thiago Fernandes
Tradução: Zózimo Adeodato
Coprodução: SPCine e Secretaria Municipal de Cultura
Biblioteca da Fábrica de Cultura Jaçanã| Entrada 1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138 – Conjunto Habitacional Jova Rural, São Paulo/ SP; Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 – – Conjunto Habitacional Jova Rural, São Paulo/ SP. (11) 2249-8010
Roda de conversa: Toda palavra pode ser usada?
11/02, terça-feira, às 10h
Faixa etária: a partir dos 10 anos
Vagas: 20
Biblioteca da Fábrica de Cultura Brasilândia – Av. General Penha Brasil, 2508 – Vila Nova Cachoeirinha – São Paulo/SP. (11) 3859-2300
Você pode ser o que quiser: “o céu é o limite e você truta é imbatível”
12/02, quarta-feira, das 14h30 às 16h30
Faixa etária: livre
Vaga: sem limite de vagas
Fábrica de Cultura Jaçanã| Entrada1: Rua Raimundo Eduardo da Silva, 138- Conjunto Habitacional Jova Rural, São Paulo/ SP; Entrada 2: Rua Albuquerque de Almeida, 360 – – Conjunto Habitacional Jova Rural, São Paulo/ SP. (11) 2249-8010
Bate-papo: Thata Troca
18/2 – terça-feira – 10h às 12h
Faixa etária: livre
Sem limites de vagas
Fábricas de Cultura>Funcionamento: de terça a sexta-feira, das 9h às 20h, e finais de semanae feriados das 12h às 17h.
SOBRE AS FÁBRICAS DE CULTURA
As Fábricas de Cultura são espaços de acesso gratuito que disponibilizam diversas atividades artísticas. Criadas com o objetivo de ampliar o conhecimento cultural por meio da interação com a comunidade, as Fábricas oferecem uma programação cultural diversificada. Nas unidades você encontrará cursos, atividades, bibliotecas e estúdios de gravação. Em 2020, o Programa Fábricas de Cultura – instituições da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Poiesis – conta com o patrocínio do Instituto Center Norte por meio da Lei Rouanet. O apoio contribui para a realização de atividades de formação e difusão cultural.
SOBRE A POIESIS
A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.