Conexão entre dança e música feitas na América Latina guia obra que estreia entre 2 e 5 de setembro com ingressos a preços populares
A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), corpo artístico da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, realiza apresentação com a Orquestra do Theatro São Pedro, com direção artística-pedagógica de Paulo Zuben, para a estreia de Infinitos Traçados. A obra que celebra as múltiplas possibilidades do diálogo entre a música e a dança será no palco do Theatro São Pedro entre os dias 2 a 5 de setembro (quinta à sábado, às 20h; domingo, às 17h), com presença de público de acordo com os protocolos governamentais estabelecidos de enfrentamento à covid-19, como uso obrigatório de máscaras pelos espectadores durante todo o evento e ocupação de plateia limitada a 50% da capacidade total de forma a garantir o distanciamento entre as poltronas.
Infinitos Traçados é uma obra idealizada por muitos olhares: do diretor de cena, William Pereira – também responsável pela concepção da obra –, da dança sob direção de Inês Bogéa, da música, dirigida por Ricardo Ballestero, dos coreógrafos Monica Proença, Jonathan dos Santos e Esdras Hernández Villar, da iluminação de Caetano Vilela e também dos oito bailarinos da SPCD e dos nove músicos da Orquestra do Theatro São Pedro. Juntos, eles criam novas leituras para composições dos brasileiros Heitor Villa-Lobos (1887-1959) e Camargo Guarnieri (1907-1993), do argentino Alberto Ginastera (1916-1983) e do uruguaio Miguel del Águila.
Um dos elementos norteadores da obra é a ideia de conexão entre as mais diversas linguagens de expressão, algo presente desde a criação, realizada entre artistas separados por distâncias continentais. Enquanto direção, músicos e bailarinos estavam no Brasil, Monica, Jonathan e Esdras se valeram da tecnologia para criar suas coreografias de forma remota, respectivamente, do Canadá, da Alemanha e do Chile, onde vivem. O resultado capta o espírito de união vivido durante o processo e a vibração dos compositores latino-americanos escolhidos para embalar Infinitos Traçados.
“Fugindo dos clichês de latinidade, esse espetáculo trabalha as sensações dessa constante busca de uma identidade latina, os Infinitos Traçados, o que nos une, o que nos separa. A cenografia é composta por dezenas de fios e luzes que vão desenhando, cortando, separando e preenchendo o espaço”, comenta o responsável pela concepção e direção cênica do espetáculo, William Pereira.
“É incrível poder conectar artistas em diferentes partes do mundo para produzir uma montagem tão instigante, movida pelo propósito de tornar a arte mais presente na vida das pessoas”, afirma Inês Bogéa, diretora executiva e artística da São Paulo Companhia de Dança.
O diretor musical Ricardo Ballestero afirma que pensou no programa em torno de duas obras: a Fantasia Concertante, de Villa-Lobos, e o Quarteto de cordas n.1, de Alberto Ginastera. “As outras decorrem da instrumentação dessas peças mais densas, trazendo diálogos, reflexos, contrastes e movimentos”, destaca.
Os interessados em assistir às apresentações podem adquirir os ingressos no site do Theatro São Pedro. Os valores variam de R$ 15 (meia) a R$ 30 (inteira).
Em 1/9, às 19h, haverá uma apresentação especial de Infinitos Traçados exclusivamente para estudantes, profissionais da educação e idosos com mediação sobre o processo de criação e a montagem da obra. Para acompanhar este evento, é necessário realizar inscrição prévia pelo site da São Paulo Companhia de Dança.
Para mais informações, acesse www.spcd.com.br e www.theatrosaopedro.org.br.
Serviço
Infinitos Traçados
São Paulo Companhia de Dança e Orquestra do Theatro São Pedro
Datas: 2, 3, 4 e 5 de setembro de 2021
Horários: Quinta, sexta e sábado, às 20h | Domingo, às 17h
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda – São Paulo/SP
Capacidade física: 324 lugares
Acessibilidade: Sim
Preços: De R$ 15 (meia) a R$ 30 (inteira), à venda exclusivamente no site https://theatrosaopedro.byinti.com
Concerto didático para estudantes e terceira idade no dia 1º/09, às 19h – Inscrições em https://spcd.com.br/educativo/inscricoes/
Ficha técnica:
Infinitos Traçados (Estreia – 2021)
Direção artístico-pedagógica da Santa Marcelina Cultura: Paulo Zuben
Gestor artístico da Santa Marcelina Cultura: Ricardo Appezzato
Direção artística e executiva da São Paulo Companhia de Dança: Inês Bogéa
Concepção e Direção Cênica: William Pereira
Direção Musical: Ricardo Ballestero
Direção de Dança: Inês Bogéa
Música: Heitor Villa-Lobos (1887-1959), Camargo Guarnieri (1907-1993), Alberto Ginastera (1916-1983), Miguel del Águila
Músicos: Anderson Santoro (violino), Camila Hessel (violoncelo), Clarissa Oropallo (fagote), Diogo Guimarães (viola), Hugo Leonardo Farias (violino), Marco André Dos Santos (flauta), Mariela Micheletti (violino), Rafael Schmidt (clarinete), Renan Gonçalves (violino) e Ricardo Ballestero (piano)
Coreografia: Monica Proença, Jonathan dos Santos e Esdras Hernández Villar
Bailarinos: Artemis Bastos, Daniel Reca, Luciana Davi, Luiza Yuk, Matheus Queiroz, Nayla Ramos, Vinícius Vieira e Yoshi Suzuki
Iluminação: Caetano Vilela
Figurino: Balletto (mulheres) e Acervo SPCD (homens)
Roteiro
Heitor Villa-Lobos
Choros n.2, para flauta e clarineta
Heitor Villa-Lobos
Fantasia Concertante, para piano, clarineta e fagote
- Allegro non tropo
- Lento
iii. Allegro impetuoso
Coreografia: Monica Proença e Jonathan dos Santos
Camargo Guarnieri
Improvisações, para flauta solo
Coreografia: Esdras Hernández Villar
Alberto Ginastera
Quarteto de cordas n.1 – Allegro
Coreografia: Esdras Hernández Villar
Alberto Ginastera
Triste, para violoncelo e piano
Coreografia: Monica Proença e Jonathan dos Santos
Miguel del Águila
Charango Capriccioso, para piano e quarteto de cordas
Coreografia: Esdras Hernández Villar
Infinitos Traçados é uma obra idealizada por muitos olhares: do diretor de cena, da dança, da música, da iluminação, dos três coreógrafos, dos oito bailarinos, dos oito músicos. Juntos, eles revelam um pouco dos compositores brasileiros Heitor Villa-Lobos, M. Camargo Guarnieri, do argentino Alberto Ginastera e do uruguaio Miguel del Águila. Esses traçados foram criados à distância, com artistas sediados no Brasil, Canadá, Alemanha e Chile. Caminhos infinitos surgem na interação desse material com a cenografia, a luz e a música ao vivo. Tudo tão presente e tão fugaz – na arte da dança o corpo revela a alma em movimento.
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