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São Paulo Companhia de Dança realiza apresentação gratuita em Ilhabela

No dia 21 de setembro, a Companhia sobe ao palco montado no centro da cidade, próximo ao Centro Cultural Waldemar Belisário

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD) – corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança – se prepara para descer a serra. No dia 21 de setembro, às 20h, a Companhia leva seu repertório ao palco ao ar livre – montado próximo ao Centro Cultural Waldemar Belisário – na cidade de Ilhabela as obras Ver o Ar Ouvir o Verão, de Eduardo Fukushima; o Pas de Deux de O Corsário, na remontagem da SPCD; e Agora, de Cassi Abranches.

Ver o Ar Ouvir o Verão é uma partitura coreográfica criada por Eduardo Fukushima a partir de sua pesquisa com práticas corporais chinesas e japonesas, entrelaçando questões da dança contemporânea e da performance, a partir de múltiplas referências. “O ar é a matéria principal dessa coreografia. É uma tentativa de coreografá-lo, dar luz à sua matéria ao mesmo tempo concreta e invisível, que nos envolve, nos une. Há alguém no vento? O vento passa e o que antes era verão agora já é outono. Mas ainda é preciso escutar o calor, ouvir o verão”, fala o coreógrafo. Esta é uma dança para as forças do vento.

Já o Pas de Deux de O Corsário, coreografia da SPCD a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910), está presente no segundo ato da obra, e revela a cumplicidade entre Medora e Ali. Essa obra apresenta o virtuosismo técnico dos intérpretes aliado a uma dramaticidade lírica que deixa ver os sentimentos de duas pessoas que partilham uma visão de mundo em busca da liberdade.

Completa o programa Agora, que explora a palavra tempo em seus possíveis significados: musical, com dinâmicas e sonoridades; cronológico, com lembranças e expectativas; temperatura, com diferentes graus e intensidades. A coreógrafa esculpe os movimentos no corpo de cada bailarino a partir dos ritmos musicais da trilha composta por Sebastian Piracés, que utiliza bateria e elementos de percussão afro-brasileiros, misturados ao rock contemporâneo e ao canto. A obra recebeu o Prêmio APCA de Melhor Coreografia de 2019.

Serviço:
SPCD em Ilhabela
Data: 21 de setembro
Horário: 20h
Local: Centro Cultural Waldemar Belisário – Av. Pedro de Paula Moraes – Centro da Vila – Ilhabela – SP
Ingressos: Gratuitos, retirados na bilheteria 1h antes

Fichas Técnicas:

Ver o Ar Ouvir o Verão (2023)
Essa obra integrou o projeto Ensejos, uma parceria com o Centro Cultural São Paulo, que tem curadoria de dança de Mark Van Loo e direção geral de Rodolfo Beltrão.
Concepção e Coreografia: Eduardo Fukushima
Montagem musical: de Fukushima a partir de “Night’s Calling” de Rodolphe Alexis, “Sumertime”, de Tunekichi Suzuki e “Sedna” de Kyungso Park
Colaboração Artística e Assistente de Coreografia: Beatriz Sano
Colaboração Textual: Isabel Ramos Monteiro
Agradecimento: Toshi Tanaka (leque)
Figurino: Cláudia Schapira
Iluminação: Caetano Vilela
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1IQn3UbzQ-ldBTdeVw0PLU1bf6sEWilQB?usp=sharing
Pas de Deux de O Corsário (2015)
Remontagem e cenografia: São Paulo Companhia de Dança a partir do original de 1858 de Marius Petipa (1818-1910), baseado em O Corsário, de Lord Byron
Música: Adolphe Adam (1803-1856)
Figurino: Tânia Agra
Fotos: https://drive.google.com/drive/folders/1TJmZ6i4wejw34Yi-KlC3K6jHEReqx-dM?usp=drive_link

Agora (2019)
Coreografia: Cassi Abranches
Música: Sebastian Piracés
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Figurinos: Janaína Castro
Fotos: https://bit.ly/3HYWkJG

SÃO PAULO COMPANHIA DE DANÇA
Criada em janeiro de 2008, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) é um corpo artístico da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Pró-Dança e dirigida por Inês Bogéa, doutora em Artes, bailarina, documentarista e escritora. A São Paulo é uma Companhia de repertório, ou seja, realiza montagens de excelência artística, que incluem trabalhos dos séculos XIX, XX e XXI de grandes peças clássicas e modernas a obras contemporâneas, especialmente criadas por coreógrafos nacionais e internacionais. A difusão da dança, produção e circulação de espetáculos é o núcleo principal de seu trabalho. A SPCD apresenta espetáculos de dança no Estado de São Paulo, no Brasil e no exterior e é hoje considerada uma das mais importantes companhias de dança da América Latina pela crítica especializada. Desde sua criação, já foi assistida por um público superior a 1 milhão de pessoas em 22 diferentes países, passando por cerca de 180 cidades em mais de 1.250 apresentações e acumulando mais de 50 prêmios e indicações nacionais e internacionais. Por meio do selo #SPCDdigital criado em 2020, já realizou mais de 50 espetáculos virtuais e streamings de apresentações que somam mais de 1 milhão de visualizações. Além da Difusão e Circulação de Espetáculos, a SPCD tem mais duas vertentes de ação: as Atividades Educativas e de Sensibilização de Plateia e Registro e Memória da Dança.

DIREÇÃO ARTÍSTICA | INÊS BOGÉA é bailarina, documentarista, escritora e professora (Royal Academy of Dance), graduada em filosofia (PUC-SP) e pedagogia (Faculdade Única-MG). É doutora em Artes (Unicamp) com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas: Desenvolvimento Humano de Gestores, pela FGV. Atualmente, é diretora artística e educacional da São Paulo Companhia de Dança e da São Paulo Escola de Dança, professora nos cursos de especialização Arte na Educação: Teoria e Prática da USP e na pós-graduação em Linguagem e Poética da Dança: Documentário, Memória e Dança, da Universidade Regional de Blumenau, além de documentarista e escritora. De 1989 a 2001, foi bailarina do Grupo Corpo (Belo Horizonte). Foi crítica de dança da Folha de S. Paulo entre 2001 e 2007 e integrou o júri técnico/crítico do quadro Dança dos Famosos, do programa Domingão do Faustão/TV Globo, de 2016 a 2021.

Na área de arte-educação, foi consultora da Escola de Teatro e Dança Fafi (2003-2004), consultora do Programa Fábricas de Cultura da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo (2007-2008) e criadora do curso Dança para Educadores, do Sesc-SP (2019). É autora dos livros infantis: “O Livro da Dança”, “Contos do Balé” e “Outros Contos do Balé”. Organizadora dos livros “Oito ou Nove Ensaios sobre o Grupo Corpo”, “Passado-Futuro – Textos e fotos sobre a São Paulo Companhia de Dança”, entre outros. É autora de mais de 70 documentários sobre dança, entre eles “Renée Gumiel, A Vida na Pele”, “Maria Duschenes – o Espaço do Movimento” e da série Figuras da Dança, da SPCD.

É autora dos textos do programa “Por Dentro da Dança” veiculados entre 2019 e 2021 na Rádio CBN e do podcast “Contos do Balé” com a SPCD, da série “Brincar e Dançar”, em parceria com o Itaú Cultural (2019) e cocriadora/escritora da coluna Dança em Diálogo (2023-), da Revista Concerto. Recebeu diversos prêmios entre eles a Medalha Tarsila do Amaral (2022) – por suas contribuições à cultura e à economia criativa de São Paulo nos campos das artes e da produção cultural através da Associação Pró-Dança, a nomeação pela Critic’s Choice of Dance Europe, como uma das melhores diretoras da temporada 2018/2019 e o Chavaliére de L’orde des Arts et des Lettres (2024), pelo Ministério da Cultura Francês.

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