Cada ganhador receberá o prêmio de R$ 200 mil. Edição deste ano teve 200 obras inscritas e contou com curadoria de nomes como do escritor Ignácio de Loyola Brandão
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado anunciou nesta quarta-feira 9/12 os ganhadores da 13ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura, o maior do País em premiação individual para o gênero. A carioca Claudia Lage conquistou a categoria de “Melhor Romance de Ficção do ano de 2019”, com a obra O Corpo Interminável, da Editora Record, enquanto o catarinense Marcelo Labes venceu na categoria “Melhor Romance de Ficção de Estreia do ano de 2019”, com o livro Paraízo-Paraguay, da Editora Caiaponte. Cada ganhador receberá o prêmio de R$ 200 mil. A cerimônia está prevista para março de 2021.
Sobre os ganhadores da 13ª Edição
Claudia Lage nasceu no Rio de Janeiro, é escritora e roteirista. Formada em Teatro pela UNIRIO, em Letras pela UFF e mestre em Literatura pela PUC-Rio, foi finalista dos Prêmio São Paulo de Literatura de 2010 e Prêmio Portugal Telecom, e recebeu o Prêmio de Literatura de Brasília. Como roteirista, trabalhou na TV Globo e na Conspiração Filmes, entre outras produtoras. Ministra cursos de roteiro e criação literária no Rio de Janeiro. A obra ganhadora, “O Corpo Interminável”, conta uma história familiar prestes a ser relembrada e resgatada, de uma mãe, guerrilheira, desaparecida na ditadura militar no Brasil.
Marcelo Labes nasceu em Blumenau, Santa Catarina, é escritor e integrou a mostra Poesia Agora (edição carioca), em 2017. Tem poemas publicados em Mallarmagens, Livre Opinião – Ideias em Debate, Ruído Manifesto e Cidadão Cultura. Edita a revista eletrônica ‘O poema do poeta’, onde publica originais manuscritos, esboços e rabiscos de poetas e ficcionistas. Foi finalista do Prêmio Jabuti 2019. O Livro ganhador, “Paraízo-Paraguay” conta a história da imigração alemã no sul do Brasil e de como um imigrante alemão tornou-se Voluntário da Pátria na Guerra do Paraguay.
“O Prêmio São Paulo de Literatura é um dos mais importantes e o maior do País em premiação individual para o gênero. A cultura é prioridade e reconhecemos por meio de ações e premiações, seu papel essencial e estratégico para o desenvolvimento humano, econômico e social do nosso Estado”, afirma Sérgio Sá Leitão, secretário de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.
Curadoria de peso
A prêmiação deste ano contou com curadoria de Ignácio de Loyola Brandão, que possui mais de 40 livros publicados, entre romances, contos, crônicas e outros, bem como da escritora e roteirista Ana Paula Maia, ganhadora do prêmio nas duas últimas edições na categoria “Melhor Romance de Ficção do Ano de 2017” e “Melhor Romance de Ficção do Ano de 2018”; além dos escritores e professores universitários João Cezar de Castro Rocha e Martim Vasques da Cunha.
Responsável pela definição dos dois vencedores, o júri final do Prêmio São Paulo de Literatura foi composto pelos seguintes profissionais do segmento literário: Allison Leão, André de Leones, Camila Von Holdefer, Henrique Rodrigues, Karleno Bocarro, Maria Adélia Menegazzo, Mirna Queiroz, Paulo Cruz, Susana Scramim e Valéria Martins.
Esta edição do Prêmio contou com finalistas dos seguintes estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia Ceará, Espiríto Santo, Mato Grosso e Santa Catarina, além de um finalista do Uruguai. Ao todo, 200 livros foram inscritos na premiação.
Veja quais foram os finalistas:
Melhor Romance de Ficção de 2019
Adriana Lisboa, Todos os santos (Schwarcz)
Claudia Lage, O corpo interminável (Record)
Javier Contreras, Crocodilo (Schwarcz)
João Anzanello Carrascoza, Elegia do irmão (Schwarcz)
Joca Reiners Terron, A morte e o meteoro (Todavia)
Julián Fuks, A ocupação (Schwarcz)
Maria Valéria Rezende, Carta à rainha louca (Schwarcz)
Milton Hatoum, Pontos de fuga (Schwarcz)
Patrícia Melo, Mulheres empilhadas (Casa dos Mundos)
Paulo Scott, Marrom e amarelo (Schwarcz)
Melhor Romance de Ficção de Estreia do Ano de 2019
Carol Rodrigues, O melindre nos dentes da Besta (7Letras)
Davi Boaventura, Mônica vai jantar (Dublinense)
Felipe Holloway, O legado de nossa miséria (Record)
Gabriela Aguerre, O quarto branco (Todavia)
José Rezende Jr., A cidade inexistente (7 Letras)
Lucila Losito Mantovani, Com o corpo inteiro (Pólen Livros)
Marcelo Labes, Paraízo-Paraguay (Caiaponte)
Miguel del Castillo, Cancún (Schwarcz)
Natalia Borges Polesso, Controle (Schwarcz)
Ricardo da Costa Aguiar, Das terras bárbaras (Alaúde)