Em julho, Museu do Futebol tem programação de férias voltada a outras formas de vivenciar o esporte
Equipe de educadores oferece atividades com diferentes maneiras de se relacionar com essa modalidade esportiva
Equipe de educadores oferece atividades com diferentes maneiras de se relacionar com essa modalidade esportiva
A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado, realiza no dia 30 de junho, sábado, a partir das 15h00, mais uma edição da Contação de História em Libras (Língua Brasileira de Sinais). A narrativa, conduzida pela educadora surda Sabrina Denise Ribeiro e pela intérprete de Libras Elisabeth Figueira, será construída a partir da obra O Tempo, 1925, de Henrique Bernardelli, presente na exposição Arte no Brasil: uma história na Pinacoteca de São Paulo.
A atividade, que tem duração média de uma hora, é aberta a surdos e ouvintes, com o objetivo de promover uma aproximação entre ambos. A Contação de História em Libras integra uma série de ações inclusivas que têm como um de seus objetivos o acesso qualificado ao patrimônio artístico e cultural do museu para o público surdo visitante, proporcionando à comunidade surda um ambiente linguístico favorável à compreensão desse espaço.
Dentre as ações oferecidas, destaca-se a concepção de atividades para o mês do surdo (“Setembro Azul”) e a presença de intérprete de Libras em palestras e mesas redondas promovidas pelo museu bem como no curso Ensino da Arte na Educação Especial e Inclusiva, direcionado a profissionais que atuam com pessoas com deficiência. Também compreende a utilização de tecnologia assistiva, a exemplo do “Videoguia em Libras” e do “ICOM Libras”, este último disponível para computadores, tablets e celulares.
Após atingir a marca de mais de 24 mil visitantes nas primeiras paradas (Tatuí, Santos e Rio Claro), a mostra itinerante “Estação da Língua Portuguesa”, que apresenta acervos do Museu da Língua Portuguesa (atualmente em reconstrução), segue viagem pelo estado e chega em Taubaté. A exposição ficará em cartaz de 5/7 a 5/8, no Museu Histórico, Folclórico e Pedagógico Monteiro Lobato (Avenida Monteiro Lobato, s/no – Chácara do Visconde).
“A itinerância desta exposição permite que um público ainda maior viva a experiência do Museu da Língua Portuguesa e conheça um pouco mais do idioma português, um patrimônio riquíssimo e em constante transformação”, declara o Secretário da Cultura do Estado, Romildo Campello. O Totem, com painéis que apresentam uma prévia do conteúdo da mostra, o segmento O que nos une e o espaço Mundo Lusófono foram especialmente pensados e produzidos para essa itinerância. A mostra também conta com acessibilidade: “Temos aqui um mapa de países que falam a língua portuguesa em braille, para pessoas com deficiência visual, e também um painel em LIBRAS para quem tem limitações auditivas”, explica Marina Sartori de Toledo, coordenadora da Estação da Língua Portuguesa.
“O visitante da mostra viaja na história e curiosidades da língua portuguesa com a companhia da tecnologia, interatividade, som e imagem”, complementa o arquiteto e sócio da Arquiprom, Fernando Arouca.
A exposição gratuita, que será aberta para convidados no dia 4/7 às 19h, ficará em cartaz até 5/8, de terça a domingo, das 9h às 17h. Depois de passar por Taubaté, a mostra “Estação da Língua Portuguesa” desembarcará em Bauru. Presidente Prudente e São Carlos também estão no roteiro em 2018.
“Ter acesso ao museu sem precisar ir até São Paulo é bem melhor e mais acessível”, declara Letícia Pinheiro, uma das visitantes que passou pelo espaço.
A itinerância traz na bagagem conteúdos inéditos, que conversam com a museologia contemporânea e com a rica expografia de sons e imagens do Museu da Língua Portuguesa, instituição que apresenta a Língua Portuguesa como patrimônio imaterial, viva e dinâmica, além de conteúdos já conhecidos pelo público.
Na área externa, a Torre Estação da Língua Portuguesa dá boas-vindas aos visitantes. Em As Origens, uma instalação cenográfica remete à ideia de estação ferroviária e de viagem de trem. Versos de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Antunes, iluminados com LED em um painel metálico, convidam o público a entrar na exposição.
A viagem do idioma começa com um vídeo animação que mostra a formação da língua portuguesa e as rotas marítimas dos portugueses, que levaram o idioma para outras terras. Animação, narração e trilha sonora foram criadas especialmente para a mostra Estação da Língua Portuguesa.
O vídeo Sotaques, com texto “O paraíso são os outros”, de Valter Hugo Mãe, realizado pela Porto Editora e Miguel Gonçalves Mendes, com diferentes sotaques da língua portuguesa no mundo, abre o módulo O que nos une – ala composta por um painel interativo giratório, que apresenta dados dos países que fazem parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). São eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O Desembarque reproduz a Linha do Tempo do Museu da Língua Portuguesa com a construção do idioma no Brasil, desde a chegada dos portugueses e o primeiro contato com as línguas indígenas, até os dias de hoje. Essa parte da viagem está atualizada com mais uma década em que relembra o novo acordo ortográfico e destaca novas palavras e expressões que surgiram com a influência da internet e das redes sociais.
Na ala Os trilhos, três monitores touchscreen mostram palavras que vieram de outros povos e foram incorporadas ao português brasileiro. Espaço Lusófono, especialmente dedicado aos professores, é composto pelo vídeo “Raiz Lusa”, no qual especialistas falam sobre a construção da Língua Portuguesa.
O módulo Falares Paulista mostra em uma montagem lúdica um diálogo hipotético e poético entre pessoas com sotaques característicos de cinco cidades paulistas. Trechos de 12 poemas são projetados e os versos ganham vida em um trabalho gráfico desenvolvido especialmente para a mostra.
Vídeos que compõem o acervo da Grande Galeria do Museu da Língua Portuguesa são apresentados no módulo O Mundo da Língua. Nele, o visitante termina sua viagem assistindo aos vídeos “Culinária” e “Danças”, que mostram a relação entre língua e cultura.
Toda a estrutura da exposição é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua Portuguesa foi projetada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outro município em até sete dias.
Seja para explicar mais sobre uma exposição, ou para introduzir as crianças no incrível universo literário, as contações de histórias são destaques na programação fixa dos espaços da Secretaria da Cultura do Estado. A atividade, que pode ser apreciada por pessoas de todas as idades e gostos, ganha no mês de maio uma programação especial. Confira:
A Casa das Rosas recebe, em maio, um curso gratuito de contação de histórias realizado pela Arte Despertar! As inscrições já estão abertas, e podem ser feitas aqui. O curso, que começa no dia 3/6, apresentará fundamentos, técnicas e benefícios de se trabalhar a narrativa oral, assim como a relevância da contação de histórias para o autoconhecimento e o desenvolvimento de competências e habilidades. O conteúdo programático abordará os vários tipos de histórias – como lendas, mitos, fábulas, história de origem, contos de fadas, entre outros; a relação com a música; abordagens para se contar uma história; técnicas de interpretação, oralidade e improvisação; e o papel do narrador de história ao longo da história universal.
Saiba mais aqui.
Para quem já é contador de histórias, a Oficina Cultura Oswald de Andrade recebe o 8º Encontro Internacional Boca do Céu de Contadores de Histórias, que promove um espaço de reflexão, criação e ação cultural, focalizando a arte da palavra, que ao longo da história foi, e ainda é, explorada na forma de narrativas orais. As atividades, que são livres e abertas ao público, vão de 22 a 26/5, sempre das 9h às 18h30. Além da Oficina Oswald de Andrade, entre os dias 22 e 25/5, o Encontro Internacional Boca do Céu de Contadores de Histórias também terá ações complementares na Fábricas de Cultura das regiões Norte e Sul.
A programação completa está aqui.
Semanalmente, as Bibliotecas de São Paulo e do Parque Villa-Lobos promovem a Hora do Conto, sessões gratuitas de contação de histórias. Realizada por companhias e artistas convidados, o objetivo é despertar o hábito da leitura, fomentar a criatividade e exercitar o lado lúdico do público.
No mês de maio, a atividade será realizada às sextas-feiras, a partir das 15h, e aos sábados e domingos, às 16h. Este mês a contação terá a participação dos grupos Arte Negus, Cia. do Tok Tok, Grupo Mãos de Fada, Trupe Pitirilo, Núcleo Educatho, entre outros, além dos contadores Paula Dugaich, Mirela Estelles e Amarilis Reto. Nos dias 20, na Biblioteca de São Paulo, e 26, na Biblioteca Parque Villa-Lobos, a contação será realizada com interpretação em Libras.
O papel social do museu vai além da exposição de seu acervo. Por isso, o Museu Índia Vanuíre está sempre preocupado em ser um espaço de troca de experiências, vivências e aprendizados entre diferentes públicos, estabelecendo contato com grupos específicos e oportunizando a sua aproximação com a instituição. Anualmente são oferecidas três programações periódicas inclusivas: o “Aguçando as Memórias” – para a terceira idade, o “Museu e Cidadania” – para o público deficiente e o “Olhar é o Sentir Pelas Mãos” – para cegos.
O primeiro deles é a parceria com a Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), vinculado à Unesp, e a Casa dos Velhos. Desde sua criação, 622 pessoas já fizeram parte das ações que buscam a prática da cidadania e a sociabilidade.
Já o “Museu e Cidadania” teve 289 participações, a Clínica de Repouso Dom Bosco, a Residência Terapêutica e a Apae de Tupã são os parceiros. O programa é destinado à inclusão sociocultural de deficientes intelectuais, explorando o acervo e as exposições de forma lúdica e acessível. O “O Olhar é o Sentir Pelas Mãos” é uma ação com Programa Vida Iluminada (Unimed), para promover a inclusão dos cegos para que se tornem frequentadores da instituição. Até o momento foram atendidas 170 pessoas.
Mostra Mãos que Criam
Pelo segundo ano, o Museu promove uma mostra inclusiva com o objetivo de oferecer acesso às informações sobre a história de cada projeto inclusivo desenvolvido durante o ano de 2017 e expor os itens produzidos, possibilitando que os envolvidos compartilhem essa experiência com familiares, a sociedade local e os visitantes. Neste ano, a ação recebeu o nome de “Mãos que Criam”, segue em cartaz na instituição e pode ser vista de terça-feira a domingo, das 9h00 às 17h00.
“É direito de cada cidadão ter acesso à arte, à cultura e ao conhecimento. Nesse sentido, não pode haver barreiras, sejam elas físicas ou intelectuais. Por isso, o Museu Índia Vanuíre busca continuamente construir atividades culturais capazes de potencializar a ação e compreensão do acervo exposto nas montagens de longa duração ou temporárias, promovendo a qualidade da experiência vivenciada no espaço museológico e garantindo a inclusão dos diversos tipos de públicos, incluindo e incentivando a visitação daqueles que habitualmente não são frequentadores da instituição”, explica a gerente da instituição, Tamimi Rayes Borsatto.