O Prêmio Design MCB, realizado pelo Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição da Secretaria de Cultura, gerido em parceria pelo Governo do Estado de São Paulo e a Sociedade Civil através da A CASA Museu do Objeto Brasileiro, abre as inscrições para a sua 32ª edição no dia 20/6. Os interessados em concorrer em uma das categorias – Construção, Eletroeletrônicos, Iluminação, Mobiliário, Têxteis, Transportes, Utensílios e Trabalhos Escritos – podem se inscrever até o dia 8/8 pelo site do MCB.
A premiação, realizada desde 1986, tem como objetivo valorizar a atuação dos profissionais do design junto à indústria brasileira, incorporando uma ampla gama de ações no campo de atuação desse segmento, além de revelar diversos talentos por todo o país e consagrar profissionais e empresas.
Para avaliar os trabalhos, o Prêmio Design conta com duas comissões julgadoras. Na categoria de Produtos, este ano a coordenação será por Levi Girardi, designer formado pela FAAP-SP, CEO e sócio fundador do estúdio de design e inovação Questtonó, com sedes em São Paulo, Rio de Janeiro e Nova York. Além disso, a comissão conta com mais 16 jurados renomados que atuam no ramo acadêmico e no mercado.
A avaliação das categorias de produtos (Construção, Eletroeletrônicos, Iluminação, Mobiliário, Têxteis, Transportes e Utensílios) será feita em duas fases. Na primeira, os concorrentes enviam pelo sistema de inscrição as imagens dos projetos, memorial descritivo e detalhamento técnico; aqueles selecionados pela comissão julgadora deverão entregar para a segunda fase um exemplar físico para avaliação.
Já na categoria de Trabalhos Escritos, cujo tema central deve estar ligado ao campo do design, pelo segundo ano consecutivo, a coordenadora será Cibele Haddad Taralli, graduada e com mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela FAU USP (1974, 1984 e 1993, respectivamente). Atualmente, é professora da USP nos cursos de graduação em Arquitetura e em Design e no curso de Pós-graduação em Design. A comissão conta com mais 30 jurados especialistas no assunto.
Os Trabalhos Escritos serão avaliados em uma fase. Após a leitura criteriosa de cada um deles, os jurados se reúnem para a discussão e avaliação final. A modalidade de Trabalhos Escritos Publicados avalia livros que já tenham sido publicados por editoras ou pela imprensa brasileira. Já na modalidade Trabalhos Escritos Não Publicados serão avaliados trabalhos de pós-graduação (monografias, dissertações, teses) não publicados por editoras.
Inscrições
O regulamento está disponível no site do MCB e as inscrições devem ser feitas a partir do dia 20/6, também pelo site. Cada participante pode concorrer em quantas categorias desejar, com diferentes trabalhos, e a autoria dos projetos pode ser individual ou em grupo de até 15 pessoas. A taxa de inscrição é R$ 87,00 com desconto de 50% para estudantes e de 20% para associados da ADP, ABD, ABEDESIGN, assinantes da Revista L+D e leitores da Revista abcDesign.
Inscrições
O regulamento está disponível no site do MCB e as inscrições devem ser feitas a partir do dia 20/6, também pelo site. Cada participante pode concorrer em quantas categorias desejar, com diferentes trabalhos, e a autoria dos projetos pode ser individual ou em grupo de até 15 pessoas. A taxa de inscrição é R$ 87,00 com desconto de 50% para estudantes e de 20% para associados da ADP, ABD, ABEDESIGN, assinantes da Revista L+D e leitores da Revista abcDesign.
Resultado e premiação
O resultado do concurso será divulgado dia 23/10. O primeiro lugar de cada categoria de Produtos e de Trabalhos Escritos Publicados será premiado com o valor bruto de R$ 6 mil e os vencedores nas modalidades de Protótipo e de Trabalhos Não Publicados receberão o valor bruto de R$ 2 mil.
Além dos vencedores, premiados e menções honrosas, também participarão da exposição do 32º Prêmio Design MCB outros trabalhos selecionados pelo júri, além do cartaz vencedor do Concurso do Cartaz, os destaques e os selecionados no concurso realizado em maio de 2018. A exposição tem abertura dia 10 de novembro de 2018, com visitação até 27 de janeiro de 2019, e contará também com um encontro especial com os jurados.
Concurso do Cartaz
O Concurso do Cartaz para a 32ª edição do Prêmio Design MCB recebeu neste ano 424 inscrições, com participantes de 15 estados, e teve como vencedora a peça do designer Celso Hartkopf Lopes Filho, de Recife (PE), que demonstra uma forte identidade cultural, representada em composição cromática, por meio da gestualidade e do uso de objetos de caráter popular.
O cartaz, que é a inspiração de toda a identidade visual da edição de 2018, foi escolhido pela comissão julgadora coordenada pelo fotógrafo e designer Gal Oppido e composta por Flávia Nalon e Chico Homem de Melo, que possuem vasta experiência em projetos gráficos, e pelos artistas urbanos Luís Bueno e Gabriel Ribeiro. Para a seleção, o júri considerou a criatividade e a expressão do cartaz enquanto artifício de divulgação, não somente enquanto peça.
Além disso, a mostra do Concurso do Cartaz acontecerá em novembro, junto com a exposição do 32ª Prêmio Design MCB, e contará com a participação do público em votação popular. Os visitantes da exposição receberão uma cédula para votar no cartaz favorito.
Com curadoria de Pierre Colnet e Hadrien Lelong, o Museu da Casa Brasileira inaugura no dia 16/6 a exposição “Experimentando Le Corbusier – Interpretações contemporâneas do modernismo”, que permeia o pensamento de Le Corbusier para além do perímetro da arquitetura.
A nova exposição apresenta uma reflexão sobre o modernismo no Brasil e sobre o trabalho do arquiteto franco-suíço. O intuito dos artistas, designers e arquitetos brasileiros convidados para participar da mostra é manter vivo o pensamento moderno e revolucionário de Le Corbusier.
Uma conversa entre o premiado arquiteto paulista Paulo Mendes da Rocha e Catherine Otondo inspira as ilustrações de Alexandre Benoit. Noções como simetria, perspectiva, movimento e composição são abordadas pelas obras dos artistas Carla Chaim, Lucas Simão e Ivan Padovani. Estarão expostas peças da Oficina de Marcenaria elaboradas em parceria com o Instituto Leo, que propôs a releitura do modernismo por meio da concepção de móveis inspirados nas obras de Le Corbusier. Os Irmãos Campana completam o corpo de designers, ocupando o jardim do Museu com a instalação Taquara.
Visite
“Nos trabalhos expostos, temos um desafio às várias disciplinas que se entrecruzam nos campos do design e da arquitetura, permeados pela experimentação técnico-artística. Uma oportunidade para observar a diluição de suas fronteiras, cada vez mais tênues, na contramão do mundo das especializações.”
O projeto Casa da Árvore e Observatório de Pássaros é o único representante do Brasil na Ludantia – I Bienal Internacional de Educação em Arquitetura para Infância e Juventude, que acontece até 17/6, em Pontevedra, na Espanha.
Resultado de uma parceria de três anos entre o Educativo do Museu da Casa Brasileira e a EMEI Dona Leopoldina, a construção da Casa da Árvore e Observatório de Pássaros mobilizou o Núcleo Técnico do Museu na elaboração do projeto, que colaborou no detalhamento e incorporação de elementos da casa brasileira à proposta, inaugurada em 2017.
“A equipe do MCB, junto a professores, coordenadores, pais e crianças da EMEI, trabalhou para que esse desejo pudesse se tornar realidade. A escola ganhou um excelente espaço para olhar, escutar, ler, desenhar, pesquisar, sonhar e inventar”, explica Carlos Barmak, coordenador do Educativo do MCB.
Organizada pela Asociación Ludantia Arquitectura y Educación, a Bienal reúne experiências em âmbito internacional para compartilhar, debater, experimentar e difundir projetos educativos e de investigação que atuam com o espaço (doméstico, urbano, coletivo e natural) e em que as crianças e jovens sejam protagonistas. Dos 84 inscritos de países como Argentina, Espanha, França, México, Suécia e Venezuela, a Comissão Técnica do evento selecionou somente 15 projetos educativos.
A Casa da Árvore e Observatório de Pássaros também ganhou, em 2017 o Prêmio Territórios Educativos, uma iniciativa do Instituto Tomie Ohtake, com parceria da Secretaria Municipal de Educação e patrocínio da Estácio. A ação busca reconhecer e fortalecer experiências pedagógicas que explorem oportunidades educativas do território onde a escola está inserida, integrando os saberes escolares e comunitários.
Manifesto
Conheça o manifesto Sonhos e Realidades, escrito pela EMEI Dona Leopoldina, sobre a ‘Casa na Árvore’:
SONHOS E REALIDADE
“Como se constrói uma casa?Por onde se começa?Antes da madeira, das telhas, é preciso que haja um desejo.Aquele momento quando alguém diz:‘Que bom seria se eu tivesse uma casa!’Se o desejo bate forte, ele se transforma em Sonho.O Sonho é quando o desejo fica visível: a casa será amarela, terá uma varanda com rede…Essa casa é um Sonho. Mas não se pode morar numa casa sonhada.Os sonhos sozinhos são fracos.Aí, para transformar a casa sonhada em casa de verdade,o Sonho chama em seu socorro a Inteligência.A Inteligência é o poder que torna possível a realização dos Sonhos.Quando muitas pessoas sonham juntas, o mesmo sonho dessa grande casa,chamada país, temos um povo.É o povo que constrói a casa e o país.Esta é uma das missões da educação: formar um povo. Ou seja, ajudar as pessoas a sonhar Sonhos comuns para que,juntas, possam construir uma casa, um país.”(Rubem Alves) “Sonhamos muito: crianças, pais, educadores, comunidade, e principalmente vocês, nossos parceiros. Transformamos nosso Sonho em realidade, a Casa na árvore. Agora só falta transformarmos nosso país em um lugar melhor, mas isso depende de cada um de nós! Se deseja, sonhe. Se sonha, realize! Mãos a obra!” – Equipe da EMEI Dona Leopoldina
A exposição ‘Design aerodinâmico – Metáfora do futuro’, que já recebeu mais de 22 mil visitantes, fica em cartaz no Museu da Casa Brasileira até 03/6, com mais de 250 objetos significativos do estilo streamline. As peças pertencem às coleções de Giacomo Favretto, Renato Oliva, Gilberto Moscoviche e da família Bosworth, e foram selecionadas pelas curadoras Adélia Borges e Patrícia Fonseca.
“Trata-se de uma rara oportunidade para o público brasileiro conhecer ao vivo peças que estão nos compêndios de história do design”, comenta Adélia Borges, uma das curadoras. “O streamline se firmou como um dos estilos mais populares do século 20 e também marca a implantação da profissão do designer industrial nos Estados Unidos”, complementa a também curadora da exposição, Patrícia Fonseca.
Até o final de maio, estão previstas uma série de palestras com a curadora Patrícia Fonseca e o colecionador Giacomo Favretto. Dia 16, serão comentados os trabalhos dos quatro profissionais que podem ser considerados os primeiros designers profissionais e se tornaram expoentes do estilo: Raymond Loewy, Henry Dreyfuss, Walter Dorwin Teague e Norman Bel Geddes; dia 23, o debate será em torno das feiras de Chicago e de Nova York – onde foi instalada a Futurama, imensa maquete de uma cidade do futuro; e no dia 29, o assunto central trará a influência do streamline no design gráfico.
Contexto histórico
O Streamline surgiu nos Estados Unidos como uma resposta à crise econômica de 1929. Em 1933, em função da regulamentação dos preços dos bens de consumo, os industriais incorporaram designers nas linhas de produção das fábricas e isso fez com que os produtos tivessem um novo diferencial no mercado de consumo. Pesquisas feitas desde o final do século 19, abrangendo a aplicação de princípios aerodinâmicos em veículos como os trens e aeronaves, passaram a se estender praticamente a todos os segmentos de produtos. Independente do uso a que se destinavam, os objetos ganharam formas arredondadas que remetem a velocidade e modernidade, representando a promessa de um mundo melhor, um futuro promissor em contraposição à devastadora crise, da qual o país começava a se recuperar.
A exposição “Design aerodinâmico – Metáfora do futuro” chegou ao Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, apresentando mais de 250 objetos significativos do estilo streamline, também conhecido como streamform ou streamlining. Os objetos pertencem às coleções de Giacomo Favretto, Renato Oliva, Gilberto Moscovich e da família Bosworth, e foram selecionados pelas curadoras Adélia Borges e Patrícia Fonseca.
Entre os mais de 50 designers com obras na exposição estão Raymond Loewy, Norman Bel Geddes, Walter DorwinTeague, Henry Dreyfuss, Isamu Noguchi, Gio Ponti, Buckminster Fuller e John Vassos. Em meio as empresas representadas teremos Black & Decker, Eastman Kodak, Electrolux, Gaggia, General Electric, Gillette, Osterizer, Philips, Polaroid, RCA Victor, Sears, Steam-O-Matic e Westinghouse. Dentre os objetos selecionados, alguns fazem parte também dos acervos de importantes museus tais como o Cooper Hewitt Design Museum (Nova York), Centre George Pompidou (Paris), Montréal Museum of Fine Arts e Victoria & Albert Museum (Londres).
“Trata-se de uma rara oportunidade para o público brasileiro conhecer ao vivo peças que estão nos compêndios de história do design”, comenta Adélia Borges, uma das curadoras. “O streamline se firmou como um dos estilos mais populares do século 20 e também marca a implantação da profissão do designer industrial nos Estados Unidos”, complementa a também curadora da exposição, Patrícia Fonseca.
Os objetos expostos englobam vários segmentos, de meios de transporte a utensílios domésticos, incluindo artefatos de uso pessoal, ferramentas de trabalho, equipamentos audiovisuais, brinquedos e folhetos, entre muitas outras tipologias. A exposição ocupará cinco salas do Museu da Casa Brasileira, divididas por temas. Uma delas trará o impacto do estilo no Brasil, com produtos da Arno, Consul e Real, entre outras empresas, além de incluir trabalhos do californiano Charles Bosworth, que se estabeleceu em São Paulo em 1947 para implantar a sede do escritório de Raymond Loewy e viveu aqui até falecer, em 1999.
Contexto histórico
O Streamline surgiu nos Estados Unidos como uma resposta à crise econômica de 1929. Em 1933, em função da regulamentação dos preços dos bens de consumo, os industriais incorporaram designers nas linhas de produção das fábricas e isso fez com que os produtos tivessem um novo diferencial no mercado de consumo. Pesquisas feitas desde o final do século 19, abrangendo a aplicação de princípios aerodinâmicos em veículos como os trens e aeronaves, passaram a se estender praticamente a todos os segmentos de produtos. Independente do uso a que se destinavam, os objetos ganharam formas arredondadas que remetem a velocidade e modernidade, representando a promessa de um mundo melhor, um futuro promissor em contraposição à devastadora crise, da qual o país começava a se recuperar.