10EPM sedia reunião da Rede SIMUS
Ação integra atividades do primeiro dia do Encontro Paulista de Museus
Ação integra atividades do primeiro dia do Encontro Paulista de Museus
Termo de convênio será assinado entre a Secretaria da Cultura do Estado e o IBRAM na abertura do 10EPM, dia 18 de julho
Mesa de debates no dia 20 reúne Museu Vivo e CETIC.br
A 10º edição do evento será de 18 a 20 de julho, no Memorial da América Latina, e recebe representantes de instituições culturais do Brasil e do mundo
Temas serão apresentados em Painéis Digitais; público participa com perguntas
O tempo voa até mesmo para aqueles que são responsáveis por conservá-lo. O Encontro Paulista de Museus completa uma década em 2018, de 18 a 20 de julho, na capital, e muita coisa evoluiu de lá para cá, principalmente a paixão dos museólogos pela atividade.
São muitos agentes ligados ao setor que vislumbraram, com a criação do evento, uma oportunidade de fortalecer e qualificar ainda mais as instituições museológicas paulistas. A iniciativa é do Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Nos primeiros quatro anos, cada edição do EPM foi concebida de maneira independente, sem, por exemplo, uma continuidade visual, o que acabou em 2013, quando o evento ganhou sua própria identidade. O objetivo, que depois se mostrou bem-sucedido, era dar ao evento uma marca única e duradoura, que permanecesse ao longo das próximas edições. A responsável por dar uma “cara” ao evento, foi a designer Paula Astiz.
“A cada edição desses primeiros encontros, foi usada uma identidade/linguagem diferente. Ao chegar à 5ª edição, a equipe do SISEM-SP sentiu a necessidade de consolidar melhor o evento. Então, surgiu a ideia de desenvolver uma logomarca mais sólida. Aliada à necessidade de consolidar o EPM, veio o anseio de reformular a marca do próprio SISEM-SP, em sintonia com a identidade do encontro.”
Paula Astiz
Designer
A mudança do logo se deu no 5EPM e manteve-se desde então. A única variação ocorreu no 8EPM, com o 8 grafado em uma fonte diferente. Segundo a designer, tudo estava previsto nos planos. “O 8EPM coincidiu com a comemoração dos 30 anos do SISEM-SP, por isso um selo especial de 30 anos. A ideia subliminar é mostrar que esse sistema, ao longo das três décadas, abarca diversas vozes, diversos museus e diversos profissionais ligados ao mundo museológico.”
No ano da primeira edição do EPM, o SISEM-SP e a própria cena dos museus no Brasil passavam por um período de reestruturação. O sistema buscava, então, intensificar a participação dos museus espalhados por todo território do Estado em sua dinâmica de trabalho.
“A criação de um evento periódico no calendário dos museus do Estado, dedicado às trocas e encontros, fazia sentido para que se fomentasse também os laços entre os profissionais e gestores de museus”, justifica o responsável pela coordenação da programação do 10EPM, Luiz Mizukami. Assim, o evento alinhava-se a outras iniciativas articuladoras, como a reestruturação do Conselho de Orientação do SISEM-SP (COSISEM-SP), a criação das Representações Regionais e a elaboração do Diagnóstico dos Museus do Estado de São Paulo.
As parcerias com instituições nacionais e internacionais também contribuíram para o sucesso do EPM nesta década. Tal caminho, além de ampliar a variação do alcance temático do evento, auxiliou na promoção do EPM além das fronteiras das instâncias governamentais e a validação do mesmo em círculos museológicos mais amplos. Trouxe prestígio ao evento paulista.
E nem poderia ser diferente. Participaram nomes de calibre como o Centro Cultural de Espanha (CCE-SP), presente nos três primeiros EPMs; o British Council Brasil, participante da 5ª à 8ª edição; e os consulados da Alemanha e França, durante o 9EPM. Pontualmente, também houve apoio da Fundação Bienal de São Paulo, MAM-SP, Museu Afro Brasil, Escola de Música de São Paulo Tom Jobim, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Sala São Paulo e Sesc-SP.
Como todo grande encontro de especialistas, o EPM foi ganhando robustez ao longo dos anos com a integração de outros eventos dentro de sua programação. É o caso dos encontros de prefeitos e secretários municipais de Cultura; eleições de representantes regionais e COSISEM-SP; visitas técnicas a museus da capital; mesas expositivas com fornecedores do setor museológico; e a instauração dos Painéis Digitais – apresentações em formato digital exibidas em televisores espalhados pelo local do evento com projetos desenvolvidos pelos museus paulistas relacionados à temática de cada edição. São itens que geraram ainda mais corpo e abrangência ao evento.
“O SISEM-SP é o primeiro sistema de museus criado no Brasil, antes mesmo do Sistema Nacional de Museus, descontinuado no governo Collor. Além de ter sido o primeiro, é também o único com atuação contínua desde sua criação”, realça Mizukami.
Além de ter sido histórica pelos 30 anos de SISEM-SP, a oitava edição do EPM, em 2016, marcou o início do Cadastro Estadual de Museus (CEM-SP), um dos maiores feitos da história do sistema. A ferramenta estabelece padrões normativos e sistematiza as informações sobre os museus paulistas, a fim de identificar as condições estruturais dos mesmos e auxiliá-los em busca de qualificação. Esse cadastro é tão importante que os eixos que sustentam seus parâmetros serviram como base para definir os temas apresentados no 9º, 10º — e também futuros EPMs.
“O Encontro Paulista de Museu passa, assim, a se inserir numa lógica de reforço à qualificação dos museus em torno dos parâmetros do CEM-SP.”
Davidson Kaseker
Diretor do Grupo Técnico de Coordenação (GTC) do SISEM-SP
Em 2018, O EPM, além de comemorar os 10 anos de atividades, celebra o retorno do evento à sua tradicional casa, agora completamente restaurada: o Memorial da América Latina, que havia sediado todas as edições do encontro até o incêndio, em 2013.
“Hoje, além de ser o maior evento do setor museológico paulista, em número de inscritos, o EPM tem a mesma capacidade de público do Fórum Nacional de Museus – que acontece a cada dois anos. Para o futuro, além do fortalecimento dos laços entre profissionais e interessados em museus, seguiremos com os debates tendo o CEM-SP como base e também na estruturação de propostas para uma política cultural específica para o setor museal”, promete Kaseker.