Que tal começar 2019 aprendendo algo novo? Talvez aprender a cantar ou dançar? Ou, quem sabe, técnicas para começar a escrever? A Casa Mário de Andrade preparou diversas oficinas para quem gosta de música, dança e literatura. As aulas são livres, gratuitas e acontecem a partir do dia 8 de janeiro. As inscrições para as atividades podem ser feitas pelo site do museu.
Na oficina Danças Brasileiras, Val Ribeiro auxilia os participantes a experimentarem diversas danças brasileiras, como rodas de jongo, congada e caboclinho. O objetivo é incentivar a expressão corporal a partir de coreografias de ritmos nacionais. As aulas acontecem entre 8 e 11 de janeiro, de terça a sexta-feira, 15h.
Quer aprender técnicas de escrita? Durante a oficina Criação Literária, a poeta Geruza Zelnys desenvolve atividades práticas de redação e escrita criativa. Os encontros serão realizados de 29 de janeiro a 1 de fevereiro, de terça a sexta-feira, às 15h.
Já na oficina de Canto e Técnica Vocal, realizada entre os dias 15 e 18 de janeiro, de terça a sexta-feira, às 13h, a cantora Alice Juguero orientará os participantes no desenvolvimento do canto, identificando suas características próprias e ampliando seu repertório musical em diversos estilos, da MPB à música norte-americana.
O Museu da Casa Brasileira apresenta a 21ª edição do Mercado das Madalenas – edição comemorativa de Natal, que será realizada nos dias 15 e 16 de dezembro, sábado e domingo, das 10h às 20h. A entrada é gratuita.
Os visitantes encontrarão uma grande variedade de produtos exclusivos feitos artesanalmente, com mais de 80 marcas dos mais diversos segmentos, entre vestuário (feminino, masculino e infantil), decoração, joias, acessórios e presentes. O Mercado das Madalenas também oferece opções gastronômicas e oficinas gratuitas para o público.
“O MCB, único museu do país voltado ao design e à arquitetura, realiza uma série de eventos, como o Mercado das Madalenas, que valorizam o pequeno produtor ou artesão, promovendo seu contato direto com o consumidor final, a fim de garantir a sustentabilidade desta cadeia produtiva.”
Miriam Lerner
Diretora geral do Museu
As idealizadoras e curadoras, Inara Corrêa Prudente e Mônica Isnard, afirmam que a missão do evento é promover a economia criativa, gerando oportunidades para os produtores independentes apresentarem seus trabalhos, estreitando relações com o consumidor. “Sempre admiramos os trabalhos autorais, que são singulares e diferentes daquilo que é produzido em massa, e também tínhamos contato com muitas pessoas desse meio. A partir daí, tivemos a ideia de desenvolver um evento reunindo esse círculo pessoal em um ambiente agradável e repleto de possibilidades”, conta Monica. “A proposta é sair do clichê dos shopping centers, por isso, o nosso critério é bastante seletivo. Queremos incentivar pequenos empreendedores a divulgar o seu trabalho, além de reunir pessoas em um ambiente agradável para todos os gostos e idades”, completa Inara.
programação
As atividades oferecidas no evento são gratuitas. Para participar, é necessário chegar com 1h30 de antecedência e se inscrever no local.
Dia 15/12 – Sábado
ATRAÇÃO INFANTIL
11h às 18h – Atelier Zig Zag com Silvinha Moraes – construção de fantasias
AULAS
11h – Meditação com Prem Ratna – duração de 1h – vagas ilimitadas
17h – Feng Shui e Prosperidade para 2019 com Cris Ventura – duração 1h – 25 vagas
OFICINAS
12:30h – Arranjo de Flores Naturais com Cris Sanches – duração 1h – 15 vagas
15h – Caderno de Colagem com Sofia Lemos – duração 1h30 – 15 vagas
Dia 16/12 – Domingo
ATRAÇÃO INFANTIL
11 às 18h – Atelier Zig Zag com Silvinha Moraes – construção de fantasias
AULAS
11h – Meditação com Prem Ratna – duração de 1h – Vagas ilimitadas.
12:30h – Poder das Afirmações e Intenções com Cris Ventura – duração 1h – 25 vagas
15h – Imagem Pessoal e Empoderamento, com Karis Brito – duração 1h30 – 20 vagas
OFICINAS
17h – Flores em Papel com Marcia Chicaoka – duração de 1h – 15 vagas
Praça de Alimentação
Café Campo Místico, Caminhoneta Burger & Co, Da Villar Food Cart, DeliciSS Produtos Artesanais, De Lá Do Pão, Eco.tube, Empório Dona Mita, Itea Chás Orgânicos, Jais Hand Made, Josi Atelier Gourmet, Kiro, La Viole, Limonchello Di Gagliardi, Mapuche Bier, Marroquina Couscous, Mel Costa Rica, Mestiço Chocolates, Mocotó Aqui!, Pão Di Queijo da Mineira, Pedala Café Bistrô, Pimentas & Pitadas, Pracinha de Portugal, Quinta do Quiriri, Sal da Terra Gastronomia, Salud Chopp Bike, Sissi Pães de Mel, Specialitá Di Tatá e Verdô Sucos.
Marcas participantes já confirmadas
Achados de Brianti, Adedo, Andrea de Carvalho, AR Atelier d’Art, Ateliê Alaine Colucci, Ateliê Beta Macedo, Atelier Luciana Pivato, Bagbag Store, Baka Studio, Bossapack, Brestudio, Brisa Moda ao Ar Livre, Camila Romero, Casa MO, Ceramic By Tati, Cheeky Children, Chicaoka Papel em Flor, CollabL2, Dafna Edery, Denise Gerassi, Dri Carneiro, DudaByDuda, Ecletnica, Ekilibre Amazônia, Equal Moda Inclusiva, Essências da Terra, Estilo Barkoh, Estúdio Capim, Estúdio Justina, Farol Brasil, Fita de Moça, Giuliana Di Fiori Atelier, Hayô Objetos com Significado, House of Freyja, Iluminismo, Ima Poesia, Ju Pelizzon, Katia Giambrone, Klatsch, Le Diable, Le Jour Homewear, Loom Knitwear, Lu Montenegro Cerâmica, Luiza Ruberti, Luli Ateliê, Maduu/Heleve, Maria Sublime, Marion Kopel, Maurício Duarte, Miemy Stilo, Miriam Papalardo, Moeê, Molsk, Mumo Moda, Muu, My Bag Studio, Neu, Ó A Saia Dela, O Coletivo Mega Fone, O Ponto Mosaicos, Panou, Para Dormir, Paula Fabbri, Peixe Amarelo, Pet For Fun, Rever, Ricreare, Riz, Rox, Roxanne Duchini, Sacola Tropical, SHWE, Sol.co, Sole, Sophos Rio, Studio Dalzotto, Studio Nó, Tear Paulista, Terral Natural, Timirim, Trapinhos Kids, Uber 47, Urbaninhos Store, Utopiar, Vic House, Vira Mundo Ateliê/Botanikos, Wee Joias, Woog, Yunques e Zona de Conforto.
Para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, o Museu Catavento, em parceria com o Grupo de Teatro infantil CIÊNCIA DIVERTIDA, apresentará o espetáculo “Encontro de Sábios – Todos Merecem Respeito”.
A peça terá uma única apresentação, no sábado, dia 08 de dezembro, às 14h30. Toda a família poderá enxergar como é importante se colocar no lugar do outro e respeitar as diferenças e perceber que a união e o diálogo são caminhos para solução de conflitos.
“De maneira lúdica e muito divertida, temos como principal objetivo fazer nossos pequenos espectadores entenderem como o Bullying e a violência são perigosos.”
Júlio Martinez
Diretor da Ciência Divertida
No espetáculo, os protagonistas da aventura encontram um Comitê de Sábios, que analisa o que ocorre quando as crianças acreditam estarem apenas brincando, mas, na verdade, estão praticando Bullying e ferindo os sentimentos de seus amigos.
O Comitê é composto por crianças da plateia, que participam de várias atividades para desenvolverem habilidades como empatia, negociação, diálogo e respeito às diferenças. Entre as atividades lúdicas, acontece um desfile que enfatiza de forma positiva as características de cada um e uma aula de negociação que explica a importância da união e do diálogo.
Neste final de semana de 1 e 2 de dezembro, as cidades que recebem a Virada Cultural Paulista terão, ao menos, um show de samba para lembrar o ritmo que é comemorado no domingo, 2 de dezembro como o Dia Nacional do Samba.
Além do samba, forró, blues, MPB, pop, circo, festa, jongo, hip hop, orquestras e bandas locais são algumas das linguagens do evento que, este ano, apresenta também o novo palco Experimente SP.
Palco Experimente SP
Comemorando doze anos de Virada Cultural no interior paulista, a Secretaria da Cultura está inovando com um novo palco para apresentar novas experiências e novos artistas do cenário cultural paulista, o Experimente SP.
O objetivo do palco Experimente SP é difundir as artes e coletivos urbanos das mais variadas linguagens culturais, como coletivos artísticos, grupos de cultura tradicional, enfim, novas experiências culturais e sensoriais. Muito mais do que shows, a ideia é que o público vivencie a diversidade da arte contemporânea, especialmente nas novas cidades do circuito.
A Virada Cultural Paulista teve início em 01 de novembro, levando música e manifestações culturais a 33 cidades do interior de São Paulo, durante os finais de semana. Entra agora, em seus dois últimos finais de semana, com a versatilidade dos palcos Experimente SP em 13 novas cidades do circuito, com novas variações de linguagens e experiências.
Em dezembro, o MIS inaugura a última mostra do programa Nova Fotografia 2018, que selecionou seis trabalhos inéditos para exposição ao longo do ano. Para encerrar o calendário do projeto, o Museu apresenta a Tipos, do fotógrafo Fernando Banzi.
Tipos é uma série de fotopinturas digitais, fruto de pesquisa imagética, aplicada em 12 retratos do fotógrafo Alberto Henschel – conhecido pelo registro das paisagens do Rio de Janeiro e do cotidiano da monarquia brasileira durante o Segundo Reinado. A série tem como premissa ressignificar seus retratos, datados do fim dos anos 1860, e atualiza, através da fotografia de época, a questão histórica e estrutural relacionada à população negra brasileira.
O recorte deste ensaio tem sua narrativa nos retratos de negros e negras, escravos e alforriados, em um período anterior à lei Áurea. No fim dos anos de 1860, em Recife e Salvador, Henschel produziu retratos de pessoas de origem africana mostrando-as à vontade e com dignidade, como indivíduos e não como objetos. Partindo deste olhar não mais exótico, etnográfico e eurocentrista, o projeto se apropria destes retratos (seis homens e seis mulheres) do conjunto de 35 cartes-de-visite do Portal Brasiliana Fotográfica – gerenciado pelo acervo do Instituto Moreira Salles. O uso da fotopintura digital e da manipulação de imagem permite diversas possibilidades narrativas, em que foram pesquisados tecidos, indumentárias africanas e tons de pele.
Com entrada gratuita, a mostra abre no dia 13 de dezembro, às 19h, e fica em cartaz até 27 de janeiro de 2019, no Espaço Nicho do Museu.
Sobre o fotógrafo
Fernando Banzi é jornalista e pós-graduado em fotografia. Dedica o tempo para produção autoral em fotografia, artes visuais e cobertura jornalística para mídias independentes. Integrante do coletivo Goma Oficina Plataforma Colaborativa, atuante em arquitetura, intervenção urbana, fotografia, arte plástica, design e produção cultural.
Na sexta-feira, 14 de dezembro, o MIS recebe show da banda recifense Mombojó. A apresentação ocorre dentro do projeto mensal do Museu dedicado à música independente, o Estéreo MIS.
Veteranos da música independente brasileira, o grupo, que está na estrada há 17 anos, mostra que se reinventar é preciso. Dessa vez, acabam de lançar o projeto MMBJ12, que conta com a parceria do Lenine no o single ‘Nunca vai embora’. A letra, composta por Felipe S. e Diego Matos, fala sobre a saudade de um amor, que a pessoa tenta, mas que não consegue esquecer.
Formada no começo dos anos 2000 em Recife, o Mombojó teve a oportunidade de conhecer diversos lados do mercado da música ao longo de seus 17 anos de carreira. O grupo conta com cinco álbuns. Envolvidos atualmente com a vontade e a necessidade de fazer um novo trabalho, o grupo se descobre em uma situação bem diferente da que gestou seus trabalhos anteriores. Atualmente espalhada por três estados, Pernambuco, São Paulo e Bahia, a família Mombojó também não para de crescer, com uma prole à beira de ultrapassar o número de discos e integrantes. Atualmente, a banda é formada por: Felipe S – guitarra e voz; Chiquinho Moreira – teclado e vocoder; Marcelo Machado – guitarra e voz; Vicente Machado – bateria e voz; Missionário José – baixo e voz.
A apresentação será às 21h no Auditório MIS. Os ingressos, de R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia), podem adquiridos a partir do dia 4.12, às 12h, no site da Ingresso Rápido e na recepção do Museu.
No sábado, dia 1º de dezembro, o MIS preparou uma programação especial para toda a família: o Dia do Garfield, em comemoração aos 40 anos do icônico gato criado por Jim Davis. A atividade acontece dentro da programação paralela da megaexposição Quadrinhos, que traz um panorama da história das HQs no Brasil e no mundo.
O Dia do Garfield tem início às 15h, com bate-papo com dois quadrinistas, Carlos Ruas e Fábio Coala, e também Alexandre Boide, tradutor das cinco coletâneas mais recentes de Garfield lançadas pela coleção L&PM Pocket. A conversa será mediada por Yule Liberati, educadora do MIS. Após o bate-papo, haverá sorteio de exemplares dos livros do personagem editados pela L&PM Pocket.
Já às 16h, o público poderá ver (ou rever) Garfield – O Filme, longa de 2004 dirigido por Peter Hewitt. Na trama, Garfield é um gato preguiçoso que adora lasanha e tem a vida que sempre quis: come, dorme e vê televisão sempre que quer. Até que seu dono, Jon Arbuckle (Breckin Meyer), decide adotar um cachorro, Odie. Contrariado com o novo hóspede, que agora divide com ele a atenção de seu dono, Garfield inicia uma disputa particular com Odie. Porém, quando Odie é sequestrado, Garfield sente remorsos e parte para salvar o cachorro.
Para completar o passeio, o personagem estará durante a tarde no MIS para tirar fotos com os visitantes.
A entrada é gratuita – basta retirar o ingresso, que vale para as duas atividades, com 1h de antecedência na recepção.
Os visitantes podem aproveitar para conferir, na exposição Quadrinhos (entrada: R$ 14 inteira e R$ 7 meia) desenhos e tirinhas originais de Garfield, na seção América do Norte.
Até fevereiro de 2019, a Pinacoteca de São Paulo apresenta a exposição Laercio Redondo: Relance, que ocupa os espaços do Octógono e também da exposição de longa duração do acervo no primeiro andar da Pinacoteca. Com curadoria de Fernanda Pitta, curadora sênior do museu, e consultoria curatorial da historiadora da arte norte-americana Kaira M. Cabañas, a mostra propõe investigar outras possíveis interpretações das narrativas da história do Brasil, contadas através da coleção do museu, a partir da experiência olfativa.
A prática do artista Laercio Redondo, que vive entre a Suécia e o Brasil, desde há muito se detém sobre imagens da memória coletiva e sobre certos apagamentos na cultura brasileira. Para o Projeto Octógono, o paranaense explora as potencialidades de uma anedota do artista Estevão Silva (c.1844-1891) – o primeiro pintor de ascendência africana a frequentar a Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro –, que se valia do recurso de apresentar suas pinturas de natureza-morta, juntamente com as frutas representadas, de modo que seus odores também fizessem parte da percepção do observador.
Tal estratégia sugeriu a Redondo uma maneira de propor uma intervenção que explorasse outras possibilidades da experiência do objeto artístico para além do visual. Esta resultou na proposta de uma intervenção no Octógono que dá início a um percurso pela coleção do museu em que o público vai encontrar 18 displays posicionados estrategicamente próximos a obras de Anita Malfatti, Almeida Júnior, Claudia Andujar, Maria Martins, entre outros, 8 deles contendo cartões com odores. Os visitantes poderão levá-los para casa. Tais acordes olfativos foram desenvolvidos através de uma parceria entra a curadoria da Pinacoteca e a casa de fragrâncias alemã, Drom Fragrances, criados pelos perfumistas Cleber Bozzi e Luis Paulo Natividade, com a direção olfativa de Matthieu Ferreira, Renata Abelin e Kelly Medeiros que integram o time de fragrâncias e a área criativa da empresa.
A curadora da mostra comenta que “o odor está neste trabalho de Laercio Redondo como um ponto de partida para o desenrolar de histórias de rastros, restos, apagamentos e retornos”, explicando assim que “o privilégio dado ao sentido do olfato é uma estratégia de ativação, de libertação, de outras memórias, permitindo outras interpretações. Redondo, que sempre tem trabalhado com procedimentos de erosão, de revolvimento e reconfiguração das imagens, desta vez estende ao limite a sua iconoclastia, numa atitude que lhe pareceu necessária para de certa maneira escapar ao poder normalizador das imagens”.
Em Relance, que empresta seu título da canção de Caetano Veloso, o artista busca provocar um desvio crítico do valor simbólico e dos significados comumente atribuídos a algumas obras do acervo. A estratégia visa a abrir a possibilidade, a partir da inversão destes sentidos, de novas interpretações, bem como apontar lacunas nas narrativas do Brasil a partir da coleção do museu.
“A aposta, portanto, é de que o cheiro revolva a memória do espectador, produza um embaralhamento e ative uma experiência histórica que transforme a percepção do presente, confrontando seus apagamentos, explicitados pelas imagens.”
A Pinacoteca de São Paulo apresenta, a partir de 8 de dezembro, a exposição Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1826-1929), que ocupa quatro salas do 1º andar da Pina Luz. Com concepção curatorial de Fernanda Pitta, da Pinacoteca de São Paulo, e co-curadoria de Ana Cavalcanti (UFRJ) e Laura Abreu (MNBA), a exposição apresenta um conjunto de cerca de 120 obras – pinturas, esculturas, gravuras e desenhos. São 36 autores, mulheres e homens, que representaram seu trabalho e suas figuras de artista, entre o século 19 e início do século 20, período em que se constitui o sistema artístico moderno no Brasil.
A exposição, patrocinada pelo Grupo Segurador Banco do Brasil e Mapfre, foi organizada em torno de quatro eixos: Criação e ofício, O ateliê como motivo, A persona do artista (retratos e autorretratos) e O artista e a modelo. O conjunto traz obras que, mais do que o simples exercício da representação de retratos e autorretratos ou de cenas pitorescas de ateliê, representam o esforço de gerações de artistas para apresentar ao público sua imagem e seu trabalho, sua persona e seu universo de criação, legitimando sua presença na cultura brasileira. Obras como Longe do lar (1884), de Benedito Calixto e O importuno (1898), de Almeida Júnior, ambas pertencentes à coleção da Pinacoteca, são testemunho da autoconsciência dos artistas em construir uma imagem pública de si e de seu ofício.
Integram também obras provenientes de 25 coleções privadas e públicas, incluindo o Museu D. João VI (Rio de Janeiro), Museu de Arte de Belém e o Museu de Arte de São Paulo. Além delas, a mostra apresenta ainda fotografias de ateliês, revistas ilustradas com reportagens sobre a vida de pintores e escultores brasileiros, álbuns de artistas, e os primeiros livros dedicados à história da arte e dos artistas no Brasil, como Belas Artes: estudos e apreciações, de Felix Ferreira (1885), A Arte Brasileira: pintura e escultura, (1888) de Gonzaga Duque, e a primeira edição da biografia de Antonio Parreiras, História de um pintor contadas por ele mesmo, (1881-1926), de 1926.
O conjunto propõe demonstrar que a estratégia, usada pelos artistas da época, de construir uma imagem de si mesmos e de seu trabalho significava elevar seu próprio status na sociedade brasileira, tradicionalmente marcada pela desvalorização de todos os ofícios ligados ao artesanato e ao esforço manual. Evidencia também as exigências contraditórias de uma formação artística oferecida pelo sistema acadêmico, dirigida para a pintura de história ou para o monumento público, que também requisitava ao artista que se afirmasse como profissional “em exposição”, que deveria construir sua imagem e reputação, para concorrer num mercado pouco a pouco em expansão.
Artistas participantes
Abgail de Andrade, Amadeu Zani, Antonio Parreiras, Arthur Timótheo da Costa , Beatriz Pompeu de Camargo, Benedito Calixto, Benjamin Parlagreco, Carlos Chambelland, Carlos De Servi, Dario Villares Barbosa, Edgard Parreiras, Eliseu Visconti, Eugênio Latour, Gaston Gérard, Georgina de Albuquerque, Giuseppe Leone Righini, Henrique Bernardelli, José Ferraz de Almeida Júnior, Lucilio de Albuquerque, Marques Campão, Modesto Brocos, Nicolas Antoine Taunay, Numa Camille Ayrinhac, Oscar Pereira da Silva, Pedro Américo, Pedro Peres, Pedro Weingartner, Rafael Frederico, Regina Veiga, Rodolfo Amoedo, Rodolpho Bernardelli, Theodoro Braga e Theodoro de Bona.
Quem gosta de teatro e dança não pode perder os espetáculos gratuitos que serão sediados na Oficina Cultural Oswald de Andrade, nos meses de novembro e dezembro. A 5ª Mostra Experimental de Dança, realizada pelo Núcleo Luz, apresentará 16 trabalhos dos aprendizes, nos dias 30 de novembro, às 20h, e 1º de dezembro, às 18h. Já a Mostra de Teatro e Dança do Programa de Qualificação em Artes, que será entre 5 e 8 de dezembro, oferecerá 12 atividades para o público, entre elas oficinas e apresentações. Para assistir aos espetáculos basta retirar os ingressos com uma hora de antecedência e para participar das oficinas é só se inscrever conforme ordem de chegada.
A 5ª Mostra Experimental de Dança é fruto de investigações compositivas dos 20 aprendizes do Ciclo II – programa de formação em dança do Núcleo Luz –, que agora iniciam o protagonismo de suas trajetórias artísticas. Os 16 trabalhos, entre eles solos, duos e quartetos, têm diferentes temas; tratam de memórias, manifestos e inquietações dos jovens dançarinos, originando uma mostra de dança eclética, que contém múltiplos olhares, poéticas e sentidos.
Já a Mostra de Teatro e Dança do Programa de Qualificação em Artes tem como proposta apresentar um pouco da cena do interior de São Paulo, a partir das criações de grupos e artistas orientados pelo Programa de Qualificação em Artes. Os espetáculos tratam de abuso físico e psicológico, desigualdades, padrões sociais, crenças religiosas e até a percepção da realidade. As oficinas são focadas nos processos de criação, linguagem corporal, improvisação e reflexões artísticas. Os curadores Ismael Ivo e Sérgio Ferrara compuseram uma programação com diversidade de temas e linguagens, que foram produzidas ao longo dos processos de orientação artística deste ano, resultando numa Mostra potente e vibrante.
Entre os destaques da programação da Mostra de Teatro e Dança, estão a peça Esta propriedade está condenada, do Grupo Evoé de Teatro, de Juquiá; e o espetáculo Ostra, do Núcleo Experimental de Dança Teatro, de São José dos Campos. A peça, que será no dia 5 às 20h, trata da Grande Depressão de 1929: a quebra da Bolsa de Valores em Nova York arruinou a vida de famílias inteiras, que foram tomadas pelo abandono, abusos e exploração. Mas a jovem Willie, uma sobrevivente em meio ao caos, tem o coração cheio de sonhos. Já o espetáculo de dança, que será no dia 8 às 18h, é um diálogo entre poesia e teatro. Essa fusão artística causa um estranhamento e uma aproximação, como no mundo contemporâneo de identidades mescladas, mestiças e híbridas. A apresentação trata do corpo, do poético, da criação e das palavras.
No ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completa sete décadas, e a abolição da escravidão no Brasil 130 anos, o Museu Afro Brasil, com a intenção de promover uma reflexão crítica sobre os significados dessas efemérides, promove no próximo dia 01 de dezembro, às 10h, a Roda de Conversa “Sonhar o Mundo, Fazer o Mundo: racismo, violência e experiências de resistência”. Clique aqui para se inscrever!
O propósito do encontro é discutir as condições de vida e acesso aos direitos sociais da população negra no país, bem como suas formas de organização política, resistência e superação do racismo.
Participam da atividade a doutoranda em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da USP e coordenadora da linha Desigualdades e Identidades do InternetLab – Pesquisa em Direito e Tecnologia, Natália Neris; o psicólogo e mestre em Psicologia e Sociedade pela Unesp, Igo Ribeiro; a doutoranda pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e assistente social, Cláudia Adão; além do doutorando em Psicologia Social pela PUC-SP e coordenador do Programa de Extensão e Rede do Museu Afro Brasil, Márcio Farias.
Durante a atividade serão destacadas experiências de superação do racismo materializadas na atuação do movimento negro na Constituinte de 1988 e no papel desempenhado pelo Museu Afro Brasil.
A Roda de Conversa “Sonhar o Mundo, Fazer o Mundo: racismo, violência e experiências de resistência”, faz parte da Campanha #SonharoMundo, organizada pelo Sistema Estadual de Museus da Secretaria da Cultura do Estado, que mobiliza os museus paulistas a se unirem pelos Direitos Humanos.
Sinopses
Claudia Rosalina Adão: São Paulo e a Violência contra a Juventude
A população negra, principalmente a sua juventude, é a maior vítima de homicídios no Brasil, o fenômeno se repete na cidade de São Paulo. Existe uma articulação perversa entre vulnerabilidade à morte, pobreza e raça. Nas periferias da cidade de São Paulo, onde estão localizados os distritos mais vulneráveis socialmente, há uma concentração da população negra e de violência letal. O objetivo de seu trabalho é demonstrar que esta articulação perversa está atrelada ao processo de segregação urbana da cidade.
Claudia é assistente social do Centro Social Marista Ir. Justino, especialista em gestão de projetos sociais, mestra pelo do Programa de Mudança Social e Participação Política da EACH-USP e doutoranda pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Faz parte da rede Quilombação de ativistas antirracistas.
Igo Ribeiro: Necropolítica e Juventude Negra no Brasil
A juventude negra brasileira há muito vem sendo alvo de intervenções do Estado em diferentes momentos históricos e contextos sociais. O desenvolvimento de práticas e discursos no campo político-jurídico nos convoca a refletir sobre os efeitos concretos e simbólicos na vida de jovens negros. Tratam-se de velhas práticas de controle e regulação dos corpos ou de novas tecnologias alicercadas em uma necropolítica?
Igo Ribeiro é psicólogo e Mestre em Psicologia e Sociedade pela UNESP. Co-fundador do Projeto Ressignificando Vivências Raciais – REVIRA/UnB. Integrante da Articulação Nacional de Psicólogas(os) Negras(os) e Pequisadoras(es), ANPSINEP. Desenvolve pesquisas nas áreas de Sistema de Justiça Juvenil, Juventude Negra e Relações étnico-raciais.
Natália Neres: Movimento Negro na Constituinte
Apresentação dos resultados da obra “A voz e a palavra do Movimento Negro na Constituinte de 1988” que aborda a tematização do racismo e das questões raciais no momento que inaugura as possibilidades de interlocução entre sociedade civil e instituições formais do Estado Brasileiro: a Assembleia Nacional Constituinte (ANC) de 1987-1988. Através do estudo da atuação do movimento social na ANC e do balanço das inclusões e exclusões de dispositivos na Carta Constitucional são apontados os desafios do tratamento da temática pelo Estado brasileiro, tarefa relevante passados exatos 30 anos da promulgação da Constituição brasileira, 40 anos de fundação do Movimento Negro Unificado e 130 da abolição da escravatura no Brasil.
Natália é doutoranda em Direitos Humanos na USP, Mestra em Direito pela FGV, Bacharela em Gestão de Políticas Públicas pela USP. Pesquisadora do Núcleo de Direito e Democracia do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (NDD/CEBRAP) e do Grupo de Estudos e Pesquisas das Políticas Públicas para a Inclusão Social da USP (GEPPIS/USP). Atualmente é coordenadora da área Desigualdades e Identidades do InternetLab – Pesquisa em Direito e Tecnologia. É também colaboradora da página Preta e Acadêmica.
O mês de dezembro começará com exposição nova no Museu da Imigração, que inaugurará a temporária “Sinta-se em casa” no dia 1º, às 11h00, abordando as múltiplas relações entre a experiência de migrar e a casa, como lugar e conceito. A mostra ficará em cartaz até outubro de 2019.
A curadoria foi estruturada nos eixos “Acolhida”, “Habitar” e “Morada”, discutindo aspectos históricos e contemporâneos da recepção aos migrantes no Brasil e o acesso à moradia, assim como a compreensão de casa como um lugar no qual as pessoas se elaboram e reelaboram, por meio dos objetos com que a compõe, e, também, a noção de sentir-se parte de um lugar, que se dá, por vezes, pelos laços humanos construídos.
Em “Acolhida”, o público poderá conhecer a história de casas que recebem e abrigam migrantes que chegam ao Brasil, como era feito na antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás, além de compreender questões como a dificuldade de acesso à moradia, por conta das comprovações e rendas necessárias. Neste módulo, a curadoria abordará, também, como eram as construções e a manutenção das casas de colonos nas fazendas, por meio de imagens e depoimentos de migrantes que fazem parte dos arquivos de história oral da instituição.
Os visitantes encontrarão a reconstrução de uma sala em “Habitar”, que trará móveis e objetos pertencentes ao acervo da instituição. Máquina de costura, itens de decoração, telefone, rádio-vitrola e peças relacionadas a hábitos de algumas culturas serão encontrados nesse espaço, que representa a memória de migrantes e descendentes. No mesmo módulo, uma instalação com portas de armários representará o local onde se guardam as malas e bagagens, promovendo uma interatividade com o público.
Por fim, o eixo “Morada” proporcionará uma reflexão sobre como a casa acaba se tornando mais do que uma estrutura física e a relação do ser humano com os objetos. Na busca pela adaptação em uma nova realidade, existem outros pontos que podem auxiliar para que os migrantes se sintam abrigados, protegidos e seguros: pessoas, redes e espaços que os conectem. A curadoria se utilizará, nesse momento, de mural de foto, jornais antigos e novos, áudios de rádios comunitárias, imagens de manifestações coletivas, entre outros elementos, para apresentar essas conexões.
A Biblioteca Parque Villa-Lobos comemora 4 anos com festa para todos! A celebração acontecerá no dia 15/12, sábado, das 9h30 às 17h, com atividades gratuitas para públicos de todas as faixas etárias. Das 9h às 17h, os palhaços Jacinto & Sandoval promovem intervenções lúdicas pelo espaço da biblioteca. Das 10h às 12h30, a intervenção é poética: a artista plástica Renata Moura constrói, com os frequentadores da BVL, uma árvore de livros, a partir de frases dos visitantes. Das 11h30 às 13h30, a oficina minichef com Andy Giacometti, indicada para crianças até 10 anos, reúne gastronomia e aprendizados. Na programação de comemoração ainda há homenagem aos sócios (às 15h40) e apresentação do espetáculo Reprise, com a Cia. La Mínima, às 16h.
A BVL também participa da Virada Inclusiva com a Hora do Conto, no dia 2, domingo, às 16h, com a Cia. Fantoccini interpretando (inclusive em Libras) Lila e o segredo da chuva, de David Conway. Quem gostaria de conhecer mais e até aprender caligrafia conta com oficina em dezembro, na BVL, com Carlos Gustavo Araújo do Carmo, residente do coworking da biblioteca, em projeto com o Acessa Campus. A atividade acontece no dia 6, quinta-feira, das 10 às 13h. No mesmo dia, também como parte da Virada, haverá Equoterapia em espaço específico no Butantã, para pessoas com deficiência. Saiba os detalhes no descritivo da programação, a seguir.
Quem curte fotografia encontrará na biblioteca mostra sobre a arquitetura modernista de Kaunas, a partir de imagens. Apresentada pelo Consulado Geral da Lituânia em São Paulo, e em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e a BVL, a exposição será aberta no dia 8, sábado, e reúne fotografias da arquitetura do início do século XX de Kaunas – segunda maior cidade da Lituânia.
Programação
PALHAÇOS JACINTO & SANDOVAL
Intervenções lúdicas e divertidas durante todo o dia. Não é necessário fazer inscrição. Das 9 às 17 horas.
ÁRVORE DE LIVROS
Intervenção poética em homenagem à biblioteca. Para compor essa árvore, cada pessoa pode colaborar com uma frase. Deixe registrada a sua mensagem! Com Renata Moura. Não é necessário fazer inscrição. Das 10 às 12h30.
OFICINA MINICHEF
Você sabe qual a origem da festa de aniversário? Nesta oficina lúdica e gastronômica o chef Andy Giacometti responde à pergunta e conta outras curiosidades sobre a comemoração. A criançada pode ainda participar preparando canapés e docinhos. Com o chef Andy Giacometti. Indicado para crianças até 10 anos. Vagas limitadas, preenchidas por ordem de chegada. Das 11h30 às 13h30.
HOMENAGEM AOS SÓCIOS DA BVL
A BVL presta homenagem os sócios que mais prestigiam a biblioteca. Não é necessário fazer inscrição. Às 15h40.
ESPETÁCULO – REPRISE
Ao chegar no lugar onde deve se apresentar, um palhaço descobre que outro palhaço também havia sido contratado, pela mesma pessoa, para se exibir. No mesmo local e no mesmo horário. Depois de inúmeras tentativas de provar um ao outro quem tem prioridade no picadeiro, os dois decidem realizar o trabalho juntos e percebem, durante o show, que seus talentos se multiplicam. Retirar senhas com 1 hora de antecedência na porta do auditório. Com a Cia. La Mínima. Às 16h.
Desde 14 de novembro, diversos personagens podem ser encontrados no MIS. O museu inaugurou sua nova exposição, Quadrinhos. Realizada pelo MIS, a mostra – que traz uma ampla retrospectiva da 9ª arte – conta com curadoria de Ivan Freitas da Costa (sócio-fundador da CCXP/Comic Con Experience e da Chiaroscuro Studios) e projeto expográfico da Caselúdico.
Quadrinhos apresenta uma ampla retrospectiva do universo das HQs contada através de revistas, artes originais e itens raros dos diversos gêneros das histórias em quadrinhos – super-heróis, infantis, terror, aventura, romance, mangá, faroeste, erótico e muitos outros – em ambientes temáticos e imersivos que ocupam os dois andares do Museu. A exposição também apresenta a influência das HQs na cultura pop e em outras mídias como cinema e TV.
“A origem da arte sequencial remonta à primeira forma de comunicação do ser humano, que desenhava nas paredes das cavernas para registrar e ajudá-lo a entender o mundo à sua volta. Na exposição apresentamos um amplo panorama dos personagens, criadores e expressões dos quadrinhos no mundo todo de uma perspectiva brasileira, contada através de centenas de itens, a grande maioria deles jamais expostos no país.”
Ivan Freitas da Costa
Curador
Para chegar aos mais de 600 itens que integram a exposição, a curadoria levou 18 meses em pesquisas em diversos acervos. Além do próprio curador, cederam peças para a exposição os colecionadores Ricardo Leite, Marcio Escoteiro e Franco de Rosa, o Planeta Gibi, a família de Glauco, Francisco Ucha, Acervo Álvaro de Moya (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo), JAL e Gualberto (HQMIX) e diversos artistas como Angeli, Laerte e Ziraldo.
Entre os itens expostos o público poderá ver de perto raridades como a revista com a primeira aparição de Luluzinha, publicada na The Saturday Evening Post em 1935; a edição número 1 de “O Pato Donald” (1950); uma ilustração original de Tintim, de As Aventuras de Tintim, uma das histórias mais conhecidas do belga Hergé; uma arte original da personagem de quadrinhos eróticos Valentina desenhada pelo seu criador, o italiano Guido Crepax; exemplar da revista Giant-Size X-Men 1 (1975) e uma ilustração original de The Spirit, que traz o personagem mais conhecido de Will Eisner. Quadrinhos também conta com um desenho do personagem Garfield feito por Jim Davis exclusivamente para a exposição e um vídeo com o criador do gato mais famoso das tirinhas fazendo o desenho.
Entre os destaques nacionais está uma edição do jornal O Mosquito (1873) com capa de Angelo Agostini, desenhista ítalo-brasileiro que teve intensa atividade em favor da abolição da escravatura no Brasil. Agostini também colaborou com As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo. A curadoria também teve acesso a desenhos originais de Ziraldo e Glauco. Entre os itens expostos estão um desenho feito a mão feito por Ziraldo com personagens de A Turma do Pererê e um caderno de esboços de Glauco com artes originais para a revista Geraldão, edição número 1.
Ambientes temáticos e experiência imersiva
Como em todas suas megaexposições o MIS apresenta uma expografia imersiva que tem como objetivo aproximar o público do tema abordado. Em Quadrinhos, os fãs podem mergulhar neste universo das HQs em ambientes temáticos e lúdicos ao percorrer as 16 áreas da exposição: Origens, Caricaturas e charges, Tiras, Europa, Mangá, Erótico, Mauricio de Sousa, Angelo Agostini, Ziraldo, Brasil, Brasil nas últimas décadas, América Latina, América do Norte, Disney, DC e Marvel.
O projeto expográfico é assinado pela Caselúdico, parceira do MIS em mostras anteriores como O mundo de Tim Burton (2016) e Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição (2014). Marcelo Jackow, diretor de criação da Caselúdico e fã de HQs, conta que o projeto de Quadrinhos foi o mais desafiador dentre os elaboradosem conjunto como MIS. “Nosso desafio foi transportar um universo tão vasto e infinitamente rico, cheio da graça, de traço e de gesto para uma imersão espacial que se relacionasse com sua história em que cada ambiente fosse intimamente ligado com seu conteúdo de forma lúdica e apaixonada”, explica.
Programação paralela
Entre novembro e março o MIS realiza uma extensa programação paralela com atividades para adultos e crianças, incluindo cursos, oficinas, exibição de filmes e bate-papo com artistas. Nos primeiros meses estão confirmados o lançamento da HQ A revolução dos bichos (21.11); a Virada Nerd (24 e 25/11) que terá 32 horas de programação voltadas para a temática geek; o Cinematographo Especial com o filme Sin City (25.11); o lançamento do quadrinho O Judoka (29.11); uma programação especial do Garfield, de Jim Davis, que este ano completou 40 anos (01.12) e o evento Além da Telinha – Especial Superman 80 anos (15.12).
A programação paralela também prevê diversos cursos livres. Já estão abertas as inscrições para sete cursos, incluindo dois durante o período de férias: Fantasia nos quadrinhos (26 de novembro), Concepção de personagens (16 a 30 de janeiro), Folclore e identidade nos quadrinhos nacionais (21 a 30 de janeiro), História em quadrinhos: gênero e representação (4 a 27 de fevereiro); A história do Século XX pela perspectiva dos Quadrinhos (19 a 28 de fevereiro); A sua história em quadrinhos (12 a 28 de março) e A história do Jornalismo em Quadrinhos e sua prática (de 11 de março a 03 de abril). Mais informações no site do MIS.
Visitas guiadas pelo Educativo
Visitas espontâneas: O Educativo MIS realiza visitas espontâneas às quartas-feiras (com exceção de feriados), sempre às 15h. As visitas atendem grupos de até 20 pessoas e têm duração máxima de uma hora (tolerância de 10 minutos para o início). As visitas para Quadrinhos começam no dia 21 de novembro de 2018.
Visitas agendadas: Grupos escolares, universitários e instituições sociais podem agendar a visita no site do MIS. As visitas mediadas têm duração de 90 minutos e atendem diversos perfis de grupos e faixa etárias. Para agendar acesse o site do MIS.
Playlist no Spotify
Especialmente para a exposição o MIS convidou os quadrinistas Adriano Di Benedetto e RB Silva para criar umas playlist para a exposição com músicas que gostam de ouvir enquanto trabalham. Acesse o perfil do MIS e ouça. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.