O Museu da Imigração celebrará os 110 anos da imigração japonesa no Brasil com uma programação especial no dia 18/6, das 17h às 21h. Nessa data histórica, em 1908, 781 imigrantes japoneses chegaram ao porto de Santos a bordo do navio Kasato Maru e se abrigaram na Hospedaria de Imigrantes do Brás (hoje sede do Museu) até serem conduzidos aos seus postos de trabalho. Iniciavam, assim, a contribuição japonesa para o desenvolvimento do país.
Em homenagem a esse dia tão representativo, o Museu da Imigração, localizado no complexo que recebeu cerca de 85 mil imigrantes japoneses, abrirá na segunda-feira (18), exclusivamente no horário do evento, para a exibição de “Gaijin – Ama-me como sou” (2005), dirigido por Tizuka Yamasaki, uma das cineastas mais importantes do Brasil. O longa-metragem apresenta a história das gerações de mulheres descendentes de Titoe, a imigrante japonesa que protagonizou “Gaijin – Os Caminhos da Liberdade” (1980), o primeiro da sequência. “Gaijin – Ama-me como sou” foi premiado como melhor filme, melhor direção, melhor atriz coadjuvante e melhor música no Festival de Gramado de 2005.
A programação começará com uma recepção aos participantes e visita às exposições da instituição, às 17h. No jardim do MI, o público poderá prestigiar uma apresentação musical, às 18h. A exibição ao ar livre da obra de Tizuka será no mesmo local e está marcada para as 19h.
Ao término do filme, diretora, produtores e convidados realizarão uma conversa sobre a temática, às 21h00. Os interessados em participar dessa comemoração devem enviar e-mail para m.souto@museudaimigracao.org.br. As vagas são limitadas e gratuitas.
Contemplado pelo Programa de Ação Cultural – ProAC de Difusão de Acervos Museológicos no Estado de São Paulo, o projeto “Retratos da Infância na Imigração Japonesa ao Brasil” resultou em um livro ilustrado dos autores Monica Musatti Cytrynowicz e Roney Cytrynowicz, que será lançado no próximo dia 3 de março, em São Paulo, no Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil (Rua São Joaquim, 381 – 9º andar). A obra abrange todo o estado, incluindo imagens e informações sobre municípios que receberam imigrantes japoneses e comunidades nipo-brasileiras, como Bastos, Cotia, Lins, Avaré, Mogi das Cruzes, Paraguaçu Paulista, Birigui e Santos.
Com seleção de fotografias e imagens de objetos, livros e outros itens, o livro é uma amostra do extenso acervo do Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil – que contém, além dos itens expostos de forma permanente em seus três andares, um extenso arquivo histórico, uma biblioteca e uma reserva técnica.
Foto: Crianças participam de apresentação durante a longa travessia de navio até o Brasil (crédito: Acervo MHIJB)
Foram selecionadas 250 fotografias e imagens de brinquedos, kimonos, livros escolares e de ficção, quadros e outros itens que contam a história do cotidiano das crianças imigrantes desde 1908 até a celebração dos 50 anos da imigração japonesa, em 1958. Com base na pesquisa, foram definidos capítulos sobre a emigração e a viagem no navio, o trabalho nas fazendas e colônias agrícolas, a escola, os livros, brinquedos e brincadeiras, festas e celebrações, esportes, passeios, lazer, o cotidiano da casa e os anos do pós-guerra. Ao lado das imagens, uma pesquisa e seleção de textos de memória, de literatura e de história compõem uma narrativa que complementa e procura uma aproximação com o universo da infância imigrante.