A Pinacoteca de São Paulo apresenta, a partir de 8 de dezembro, a exposição Rosana Paulino: A Costura da Memória, que ocupa três salas do 1º andar da Pina Luz. Com curadoria de Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores do museu, trata-se da maior exposição individual da artista em uma grande instituição no país. Reconhecida pelo enfrentamento de questões sociais que despontam da posição da mulher negra na sociedade contemporânea, a artista apresenta mais de 140 obras produzidas ao longo de vinte e cinco anos. A mostra encerra o ano dedicado às artistas mulheres na Pinacoteca.
Ao revolver o início de sua história pessoal, Rosana Paulino observa que o problema da representação dos negros traduz-se na sua quase ausência nos mais variados aspectos da vida dos brasileiros e na história, sobretudo na história das artes visuais. A artista surge no cenário artístico nos anos 1990 e se distingue, desde o início de sua prática, como voz única de sua própria geração, ao abordar de forma afiada temas socais, étnicos e de gênero. Questões perturbadoras no contexto da sociedade brasileira.
A produção de Paulino tem abordado situações decorrentes do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que circundam a condição da mulher negra na sociedade brasileira, bem como os diversos tipos de violência sofridos por esta população. A artista se vale de técnicas diversas – instalações, gravuras, desenhos, esculturas, etc – e as coloca a serviço do questionamento da visão colonialista da história que subsidia a (falsa) noção de democracia racial brasileira. Esses fundamentos embasaram o conhecimento científico e biológico dos povos e da natureza dos trópicos, contaminaram as narrativas religiosas até atingir o foro doméstico, servindo como eixo para a legitimação da supressão identitária dos africanos e africanas no Brasil.
A exposição Rosana Paulino: A Costura da Memória reúne obras produzidas entre 1993 e 2018, como Bastidores (1997) e Parede da memória (1994-2015), decisivas do início de sua carreira. Estas remontam à sua narrativa pessoal e se apresentam como ponto de partida do percurso expositivo. Situadas na sala principal, a primeira traz, como no título, uma série de suportes para bordar com figuras de mulheres de sua família impressas em tecido cujos olhos, bocas e gargantas estão costurados, indicando o emudecimento imposto às mulheres negras, muitas vezes fruto da violência doméstica.
Parede da memória, que pertence à coleção da Pinacoteca, é composta de 1500 “patuás“ – pequenas peças usadas como amuletos de proteção por religiões de matriz africana – que traz onze retratos de família que se multiplicam, uma forma natural da artista investigar a própria identidade a partir de seus ancestrais. Antigas fotos de família são então transformadas em uma poética e poderosa denúncia sobre a invisibilidade dos negros e negras, que não são percebidos como indivíduos mas como um grupo de anônimos.
Na sala seguinte, estarão expostos vários conjuntos de desenhos, “um aspecto pouco abordado na obra de Rosana Paulino, mais conhecida pelas instalações e obras em gravura”, comenta a curadora Valéria Piccoli. Nesses desenhos, a artista revela sua fascinação pela ciência e, em especial, pela ideia da vida em eterna transformação. Os ciclos da vida de um inseto se aproximam nessas obras das mutações no corpo feminino, por exemplo. As séries de desenhos serão expostas junto da instalação Tecelãs (2003), composta de cerca de 100 peças em faiança, terracota, algodão e linha, que leva para o espaço tridimensional o tema da transformação da vida explorado nos desenhos.
A iconografia da natureza brasileira do século XIX – incluindo ilustrações científicas de plantas, animais e pessoas – também tem servido como fonte material para Paulino. Ao retrabalhar essas imagens, que circularam principalmente em livros de autoria de viajantes europeus, a artista investiga como a ciência, mas também a religião e as noções de progresso serviram como justificativa para a colonização, a escravidão e o racismo. Este interesse pode ser visto nas colagens feitas com impressões, gravuras e monotipias, A Geometria à brasileira chega ao paraíso tropical (2018) e Paraiso tropical (2017), que se encontram na terceira e última sala da exposição.
Junto a elas está a instalação Assentamento (2013), composta de figuras em tamanho real de uma escravizada retratada por Ausgust Sthal para a expedição Thayer, comandada pelo cientista Louis Agassiz. Essas imagens monumentais impressas em tecido, material predominante na prática mais recente de Paulino, são acompanhadas de vídeos e fardos de mãos. Os tecidos, suturados de forma grosseira, denunciam o trauma da escravidão e a necessidade de “refazimento”, como estratégia de sobrevivência, destes homens e mulheres que aqui aportaram. O título da obra, que encerra a exposição, traz um duplo sentido: é tanto a fundação de uma cultura, de uma identidade , quanto a energia mágica que mantém o terreiro, segundo as religiões de raiz africana. “É onde se encontra a força da casa, seu ´axé´, finaliza a artista.
“A figura que deveria ser uma representação da degeneração racial a que o país estava submetido, segundo as teorias racistas da época, passa a ser a figura de fundação de um país, da cultura brasileira. Essa inversão me interessa.”
Rosana Paulino
SOBRE ROSANA PAULINO
Nascida em São Paulo, em 1967, é Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – Eca/USP, é Especialista em Gravura pelo London Print Studio, de Londres e Bacharel em Gravura pela Eca/USP. Foi bolsista do programa da Fundação Ford nos anos de 2006 a 2008 e Capes, de 2008 a 2011. Em 2014 foi agraciada com a bolsa para residência no Bellagio Center, da Fundação Rockefeller, em Bellagio, Itália e em 2017 foi vencedora do dos Prêmio Bravo e ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte, na modalidade Arte contemporânea. Possui obras em importantes museus tais como MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo; UNM – University of New Mexico Art Museum, New Mexico, USA e Museu Afro-Brasil – São Paulo. Tem participado ativamente de diversas exposições, tanto no Brasil como no exterior, das quais se destacam a individual Atlântico Vermelho, no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, Portugal (2017) Mulheres Negras – Obscure Beauté du Brésil. Espace Cultural Fort Grifoon à Besançon, França (2014); e participações nas exposições coletivas: South-South: Let me Begin Again. Goodman Gallery, Cidade do Cabo, África do Sul (2017); Territórios: Artistas Afrodescendentes no Acervo da Pinacoteca, Pinacoteca de São Paulo, SP (2015); Incorporations. Europália 2011, La Centrale Eletrique, Bruxelas, Bélgica; Roots and more: the journey of the spirits. Afrika Museum, Holanda (2009); IV Bienal do Mercosul, Rio Grande do Sul, RS; Côte à Côte – Art Contemporain du Brasil – Capcmusée d´Art Contemporain – Bordeaux, França.
Desde 14 de novembro, diversos personagens podem ser encontrados no MIS. O museu inaugurou sua nova exposição, Quadrinhos. Realizada pelo MIS, a mostra – que traz uma ampla retrospectiva da 9ª arte – conta com curadoria de Ivan Freitas da Costa (sócio-fundador da CCXP/Comic Con Experience e da Chiaroscuro Studios) e projeto expográfico da Caselúdico.
Quadrinhos apresenta uma ampla retrospectiva do universo das HQs contada através de revistas, artes originais e itens raros dos diversos gêneros das histórias em quadrinhos – super-heróis, infantis, terror, aventura, romance, mangá, faroeste, erótico e muitos outros – em ambientes temáticos e imersivos que ocupam os dois andares do Museu. A exposição também apresenta a influência das HQs na cultura pop e em outras mídias como cinema e TV.
“A origem da arte sequencial remonta à primeira forma de comunicação do ser humano, que desenhava nas paredes das cavernas para registrar e ajudá-lo a entender o mundo à sua volta. Na exposição apresentamos um amplo panorama dos personagens, criadores e expressões dos quadrinhos no mundo todo de uma perspectiva brasileira, contada através de centenas de itens, a grande maioria deles jamais expostos no país.”
Ivan Freitas da Costa
Curador
Para chegar aos mais de 600 itens que integram a exposição, a curadoria levou 18 meses em pesquisas em diversos acervos. Além do próprio curador, cederam peças para a exposição os colecionadores Ricardo Leite, Marcio Escoteiro e Franco de Rosa, o Planeta Gibi, a família de Glauco, Francisco Ucha, Acervo Álvaro de Moya (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo), JAL e Gualberto (HQMIX) e diversos artistas como Angeli, Laerte e Ziraldo.
Entre os itens expostos o público poderá ver de perto raridades como a revista com a primeira aparição de Luluzinha, publicada na The Saturday Evening Post em 1935; a edição número 1 de “O Pato Donald” (1950); uma ilustração original de Tintim, de As Aventuras de Tintim, uma das histórias mais conhecidas do belga Hergé; uma arte original da personagem de quadrinhos eróticos Valentina desenhada pelo seu criador, o italiano Guido Crepax; exemplar da revista Giant-Size X-Men 1 (1975) e uma ilustração original de The Spirit, que traz o personagem mais conhecido de Will Eisner. Quadrinhos também conta com um desenho do personagem Garfield feito por Jim Davis exclusivamente para a exposição e um vídeo com o criador do gato mais famoso das tirinhas fazendo o desenho.
Entre os destaques nacionais está uma edição do jornal O Mosquito (1873) com capa de Angelo Agostini, desenhista ítalo-brasileiro que teve intensa atividade em favor da abolição da escravatura no Brasil. Agostini também colaborou com As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo. A curadoria também teve acesso a desenhos originais de Ziraldo e Glauco. Entre os itens expostos estão um desenho feito a mão feito por Ziraldo com personagens de A Turma do Pererê e um caderno de esboços de Glauco com artes originais para a revista Geraldão, edição número 1.
Ambientes temáticos e experiência imersiva
Como em todas suas megaexposições o MIS apresenta uma expografia imersiva que tem como objetivo aproximar o público do tema abordado. Em Quadrinhos, os fãs podem mergulhar neste universo das HQs em ambientes temáticos e lúdicos ao percorrer as 16 áreas da exposição: Origens, Caricaturas e charges, Tiras, Europa, Mangá, Erótico, Mauricio de Sousa, Angelo Agostini, Ziraldo, Brasil, Brasil nas últimas décadas, América Latina, América do Norte, Disney, DC e Marvel.
O projeto expográfico é assinado pela Caselúdico, parceira do MIS em mostras anteriores como O mundo de Tim Burton (2016) e Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição (2014). Marcelo Jackow, diretor de criação da Caselúdico e fã de HQs, conta que o projeto de Quadrinhos foi o mais desafiador dentre os elaboradosem conjunto como MIS. “Nosso desafio foi transportar um universo tão vasto e infinitamente rico, cheio da graça, de traço e de gesto para uma imersão espacial que se relacionasse com sua história em que cada ambiente fosse intimamente ligado com seu conteúdo de forma lúdica e apaixonada”, explica.
Programação paralela
Entre novembro e março o MIS realiza uma extensa programação paralela com atividades para adultos e crianças, incluindo cursos, oficinas, exibição de filmes e bate-papo com artistas. Nos primeiros meses estão confirmados o lançamento da HQ A revolução dos bichos (21.11); a Virada Nerd (24 e 25/11) que terá 32 horas de programação voltadas para a temática geek; o Cinematographo Especial com o filme Sin City (25.11); o lançamento do quadrinho O Judoka (29.11); uma programação especial do Garfield, de Jim Davis, que este ano completou 40 anos (01.12) e o evento Além da Telinha – Especial Superman 80 anos (15.12).
A programação paralela também prevê diversos cursos livres. Já estão abertas as inscrições para sete cursos, incluindo dois durante o período de férias: Fantasia nos quadrinhos (26 de novembro), Concepção de personagens (16 a 30 de janeiro), Folclore e identidade nos quadrinhos nacionais (21 a 30 de janeiro), História em quadrinhos: gênero e representação (4 a 27 de fevereiro); A história do Século XX pela perspectiva dos Quadrinhos (19 a 28 de fevereiro); A sua história em quadrinhos (12 a 28 de março) e A história do Jornalismo em Quadrinhos e sua prática (de 11 de março a 03 de abril). Mais informações no site do MIS.
Visitas guiadas pelo Educativo
Visitas espontâneas: O Educativo MIS realiza visitas espontâneas às quartas-feiras (com exceção de feriados), sempre às 15h. As visitas atendem grupos de até 20 pessoas e têm duração máxima de uma hora (tolerância de 10 minutos para o início). As visitas para Quadrinhos começam no dia 21 de novembro de 2018.
Visitas agendadas: Grupos escolares, universitários e instituições sociais podem agendar a visita no site do MIS. As visitas mediadas têm duração de 90 minutos e atendem diversos perfis de grupos e faixa etárias. Para agendar acesse o site do MIS.
Playlist no Spotify
Especialmente para a exposição o MIS convidou os quadrinistas Adriano Di Benedetto e RB Silva para criar umas playlist para a exposição com músicas que gostam de ouvir enquanto trabalham. Acesse o perfil do MIS e ouça. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.
A Pinacoteca de São Paulo apresenta, de 8 de dezembro de 2018 até 4 de março de 2019, a exposição Rosana Paulino: A Costura da Memória, que ocupa três salas do 1º andar da Pina Luz. Com curadoria de Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores do museu, trata-se da maior exposição individual da artista em uma grande instituição no país. Reconhecida pelo enfrentamento de questões sociais que despontam da posição da mulher negra na sociedade contemporânea, a artista apresenta mais de 140 obras produzidas ao longo de vinte e cinco anos. A mostra encerra o ano dedicado às artistas mulheres na Pinacoteca.
Ao revolver o início de sua história pessoal, Rosana Paulino observa que o problema da representação dos negros traduz-se na sua quase ausência nos mais variados aspectos da vida dos brasileiros e na história, sobretudo na história das artes visuais. A artista surge no cenário artístico nos anos 1990 e se distingue, desde o início de sua prática, como voz única de sua própria geração, ao abordar de forma afiada temas socais, étnicos e de gênero. Questões perturbadoras no contexto da sociedade brasileira.
A produção de Paulino tem abordado situações decorrentes do racismo e dos estigmas deixados pela escravidão que circundam a condição da mulher negra na sociedade brasileira, bem como os diversos tipos de violência sofridos por esta população. A artista se vale de técnicas diversas – instalações, gravuras, desenhos, esculturas, etc – e as coloca a serviço do questionamento da visão colonialista da história que subsidia a (falsa) noção de democracia racial brasileira. Esses fundamentos embasaram o conhecimento científico e biológico dos povos e da natureza dos trópicos, contaminaram as narrativas religiosas até atingir o foro doméstico, servindo como eixo para a legitimação da supressão identitária dos africanos e africanas no Brasil.
A exposição Rosana Paulino: A Costura da Memória reúne obras produzidas entre 1993 e 2018, como Bastidores (1997) e Parede da memória (1994-2015), decisivas do início de sua carreira. Estas remontam à sua narrativa pessoal e se apresentam como ponto de partida do percurso expositivo. Situadas na sala principal, a primeira traz, como no título, uma série de suportes para bordar com figuras de mulheres de sua família impressas em tecido cujos olhos, bocas e gargantas estão costurados, indicando o emudecimento imposto às mulheres negras, muitas vezes fruto da violência doméstica.
Parede da memória, que pertence à coleção da Pinacoteca, é composta de 1500 “patuás“ – pequenas peças usadas como amuletos de proteção por religiões de matriz africana – que traz onze retratos de família que se multiplicam, uma forma natural da artista investigar a própria identidade a partir de seus ancestrais. Antigas fotos de família são então transformadas em uma poética e poderosa denúncia sobre a invisibilidade dos negros e negras, que não são percebidos como indivíduos mas como um grupo de anônimos.
Na sala seguinte, estarão expostos vários conjuntos de desenhos, “um aspecto pouco abordado na obra de Rosana Paulino, mais conhecida pelas instalações e obras em gravura”, comenta a curadora Valéria Piccoli. Nesses desenhos, a artista revela sua fascinação pela ciência e, em especial, pela ideia da vida em eterna transformação. Os ciclos da vida de um inseto se aproximam nessas obras das mutações no corpo feminino, por exemplo. As séries de desenhos serão expostas junto da instalação Tecelãs (2003), composta de cerca de 100 peças em faiança, terracota, algodão e linha, que leva para o espaço tridimensional o tema da transformação da vida explorado nos desenhos.
A iconografia da natureza brasileira do século XIX – incluindo ilustrações científicas de plantas, animais e pessoas – também tem servido como fonte material para Paulino. Ao retrabalhar essas imagens, que circularam principalmente em livros de autoria de viajantes europeus, a artista investiga como a ciência, mas também a religião e as noções de progresso serviram como justificativa para a colonização, a escravidão e o racismo. Este interesse pode ser visto nas colagens feitas com impressões, gravuras e monotipias, A Geometria à brasileira chega ao paraíso tropical (2018) e Paraiso tropical (2017), que se encontram na terceira e última sala da exposição.
Junto a elas está a instalação Assentamento (2013), composta de figuras em tamanho real de uma escravizada retratada por Ausgust Sthal para a expedição Thayer, comandada pelo cientista Louis Agassiz. Essas imagens monumentais impressas em tecido, material predominante na prática mais recente de Paulino, são acompanhadas de vídeos e fardos de mãos. Os tecidos, suturados de forma grosseira, denunciam o trauma da escravidão e a necessidade de “refazimento”, como estratégia de sobrevivência, destes homens e mulheres que aqui aportaram.
“A figura que deveria ser uma representação da degeneração racial a que o país estava submetido, segundo as teorias racistas da época, passa a ser a figura de fundação de um país, da cultura brasileira. Essa inversão me interessa”.
Rosana Paulino
O título da obra, que encerra a exposição, traz um duplo sentido: é tanto a fundação de uma cultura, de uma identidade , quanto a energia mágica que mantém o terreiro, segundo as religiões de raiz africana. “É onde se encontra a força da casa, seu ´axé´, finaliza a artista.
SOBRE ROSANA PAULINO
Nascida em São Paulo, em 1967, é Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – Eca/USP, é Especialista em Gravura pelo London Print Studio, de Londres e Bacharel em Gravura pela Eca/USP. Foi bolsista do programa da Fundação Ford nos anos de 2006 a 2008 e Capes, de 2008 a 2011. Em 2014 foi agraciada com a bolsa para residência no Bellagio Center, da Fundação Rockefeller, em Bellagio, Itália e em 2017 foi vencedora do dos Prêmio Bravo e ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte, na modalidade Arte contemporânea. Possui obras em importantes museus tais como MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo; UNM – University of New Mexico Art Museum, New Mexico, USA e Museu Afro-Brasil – São Paulo. Tem participado ativamente de diversas exposições, tanto no Brasil como no exterior, das quais se destacam a individual Atlântico Vermelho, no Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, Portugal (2017) Mulheres Negras – Obscure Beauté du Brésil. Espace Cultural Fort Grifoon à Besançon, França (2014); e participações nas exposições coletivas: South-South: Let me Begin Again. Goodman Gallery, Cidade do Cabo, África do Sul (2017); Territórios: Artistas Afrodescendentes no Acervo da Pinacoteca, Pinacoteca de São Paulo, SP (2015); Incorporations. Europália 2011, La Centrale Eletrique, Bruxelas, Bélgica; Roots and more: the journey of the spirits. Afrika Museum, Holanda (2009); IV Bienal do Mercosul, Rio Grande do Sul, RS; Côte à Côte – Art Contemporain du Brasil – Capcmusée d´Art Contemporain – Bordeaux, França.
Agenda e ingressos
Onde fica?
Visitação: de 8 de dezembro de 2018 até 4 de março de 2019
De quarta a segunda, das 10h às 17h30 – com permanência até as 18h
Ingressos: R$ 6,00 (entrada); R$ 3,00 (meia-entrada para estudantes com carteirinha). Menores de 10 anos e maiores de 60 são isentos de pagamento *. Aos sábados, a entrada da Pina é gratuita para todos.
* A partir do dia 2 de janeiro de 2019, o ingresso passará a custar R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada).
O MIS, instituição da Secretaria da Cultura inaugura sua nova megaexposição, Hitchcock – Bastidores do suspense, no dia 13/7, sexta-feira. A abertura da mostra contará com uma virada durante a madrugada: o público poderá visitar a exposição desde as 10h00 de sexta-feira (13/07) até as 21h00 de sábado (14/07).
Os ingressos antecipados para os primeiros dias de visitação (13, 14, 18, 19, 20 e 21 de julho) podem ser adquiridos, a partir das 12h do dia 29/06, no site e aplicativo da Ingresso Rápido.
A Exposição
Através da longa filmografia de Hitchcock, o público pode conhecer os diversos aspectos e elementos que tornaram suas obras audiovisuais grandes sucessos e de inquestionável vanguardismo técnico e artístico. Hitchcock se ocupava de todas as etapas e processos de seus filmes, desde o argumento inicial ou pré-roteiro até a finalização e edição dos filmes, passando pela direção de arte, direção de fotografia e até indicação de como seria o design do pôster e seu plano de divulgação. Este domínio pleno e controle de todas as etapas da feitura de seus filmes estão presentes na mostra, que apresenta ao público um cineasta completo e preocupado com cada detalhe de suas produções. O projeto expográfico e arquitetônico da mostra, desenvolvido em parceria com o Atelier Marko Brajovic, explora com literalidade o “perfil Hitchcock”, com muito suspense e surpresas tanto para os visitantes que conhecem mais a fundo sua obra quanto para aqueles que não são íntimos de seu modo de produção.
Além da exposição, o MIS prevê uma intensa programação paralela que segue por todo o período que a exposição fica em cartaz, incluindo mostras de cinema, lançamento de livro, palestras e edições especiais da programação regular do museu – como o Cinematographo e a Maratona Infantil. Além disso, o MIS preparou um curso especial para os fãs do mestre do suspense, que já está com inscrições abertas:
Curso: O Cinema de Alfred Hitchcock
Ministrado por Carlos Primati (jornalista, crítico, tradutor e pesquisador) e Marcelo Lyra (jornalista, professor e crítico de cinema), o curso aborda em doze aulas, de maneira analítica e expositiva todos os aspectos da obra do diretor conhecido como ‘o mestre do suspense’. Desde a fase inglesa, ainda no cinema mudo, passado pela transição para o cinema falado, a colorização dos filmes, a indústria hollywoodiana e até mesmo a participação na produção da série de TV, serão temas abordados que delineiam a compreensão da importância de sua obra para a história do cinema mundial. O curso acontece de 16 de julho a 27 de agosto, das 19h00 às 22h00. Inscrições abertas, mais informações e inscrições, clique aqui.
Consolidada no calendário cultural da cidade de São Paulo, a Festa do Imigrante, promovida pelo Museu da Imigração, chega a sua 23ª edição e acontecerá nos dias 9, 10 e 16/6, reunindo tradições e heranças de mais de 50 nacionalidades. Em 2017, cerca de 20 mil pessoas participaram do evento e vivenciaram a gastronomia, a dança, a música e o artesanato de comunidades de imigrantes e descendentes.
Nesse ano, o público encontrará 49 expositores de alimentação, 29 de artesanato e 46 grupos de dança e música, além de diversas outras programações, que ocuparão todo o complexo histórico onde funcionava a antiga Hospedaria dos Imigrantes do Brás, no fim do século XIX e início do século XX.
“Ao conversar com outras pessoas, expositores ou público, vemos que todo mundo tem uma história de família e de vida pra contar”, comenta Marcia de Souza, representante da gastronomia italiana na Festa. Bart Vanderwalld, imigrante belga, complementa: “Quando jovem, viajei bastante para a Ásia, África e Europa. Aqui tenho a oportunidade de entrar em contato com as culturas das quais sinto falta.”
Entre os três dias de festa, os visitantes poderão prestigiar apresentações artísticas no palco localizado no jardim do Museu, além de participar de oficinas de artesanato, como a de pintura de ovos com técnica da Lituânia, a pintura em vidro do Senegal, pompons peruanos para decoração, entre outros. Os workshops de dança apresentarão diversos ritmos estrangeiros: entre eles, a polca do Paraguai, a marrabenta de Moçambique, as tradições madeirenses e o Flamenco, tão característico da Espanha.
O destaque dessa edição é o Empório, um novo espaço idealizado especialmente para oferecer produtos artesanais que poderão ser levados para casa. Nesse local, o público encontrará pães e doces italianos, cervejas japonesas exclusivas, vinhos portugueses, itens da charcutaria espanhola – como morcilla e chorizo – e potes de homus, coalhada e babaganuche, da Síria.
“Nós trazemos um pouco da nossa casa, do que aprendemos com os nossos avós. Estamos muito felizes por poder compartilhar”, declara Giovanna Topic, expositora.
Valorizando ainda mais a diversidade gastronômica de São Paulo, os interessados poderão participar de oficinas ministradas por cozinheiros de comunidades imigrantes. Entre as receitas, o público aprenderá a preparar, citando alguns exemplos, o spätzle com molho quatro queijos (Alemanha), o tandoori chicken (Índia), o missô lámen (Japão) e a torta mil hojas (Chile).
No espaço “Faz e Conta”, a criançada irá se divertir e aprender sobre outras culturas com as contações de histórias. Entre as narrativas, que abordarão temáticas ligadas à migração, estão os contos sobre Frida Kahlo, mitologia japonesa e sobre um menino que faz uma viagem com seu amigo Inca. As histórias são apresentadas pelos grupos “As Clês”, “Agrupamento Teatral” e “Teatro por um Triz” nos três dias do evento, sempre às 12h00 e às 15h00. Os pequenos poderão também brincar com piscina de bolinhas, amarelinha, jogos educativos e desenhos para colorir.
“É sempre bom poder visitar a Festa e o Museu, e ver o que nossos antepassados viveram na antiga Hospedaria”, comenta Vanessa Surita, que passou pela edição anterior da Festa. “Muito legal ver toda essa diversidade cultural por aqui. Nem vimos a hora passar, de tão divertido que foi!”, finaliza Manolo Amado, que também esteve no evento em 2017.
Acessibilidade
No dia 9/06 (sábado), a 23ª Festa do Imigrante contará com oficinas de artesanato, de culinária e workshops de dança com tradução em libras. Já no dia 10/06 (domingo), o evento disponibilizará recurso de audiodescrição para as apresentações artísticas, das 13h às 18h. Nos três dias de festa, estará disponível o folder com a programação transcrito em braille, assim como uma equipe dedicada ao atendimento de pessoas com deficiências auditiva e visual. Para agendamento de grupos, é preciso entrar em contato pelo e-mail: museudaimigracao@museudaimigracao.org.br.
Informações
A programação completa da 23ª Festa do Imigrante está disponível no site: www.museudaimigracao.org.br/festa-do-imigrante/. Os ingressos podem ser adquiridos nos dias de evento e custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). A festa ocorre das 10h às 18h, sendo que a bilheteria encerra o seu funcionamento às 17h.
Em contagem regressiva para o maior campeonato de futebol do mundo, a Panini realiza evento com atrações imperdíveis para incentivar os colecionadores a completarem o álbum de figurinhas oficial da Copa do Mundo da FIFA Rússia 2018. O Panini Day acontece no próximo dia 26 de maio, das 10 às 17 horas, na área externa do Museu do Futebol.
Os objetivos da ação são proporcionar a maior troca de figurinhas do mundo e oferecer entretenimento ao público. O dia será repleto de experiências, como um Turbilhão de Figurinhas, onde os colecionadores poderão pegar, em um determinado tempo, cromos que estarão por todo lado dentro de uma cabine; o MyPanini, para os interessados fazerem sua própria figurinha; molduras de figurinhas da Seleção Brasileira para fotos; campeonato de bafo; desafio de cards e totem interativo com exposição de todas as capas dos livros ilustrados das Copas do Mundo da FIFA já produzidos pela Panini, desde 1970.
O presidente da Panini Brasil, José Eduardo Martins, explica que a empresa incentiva e promove eventos para ajudar os colecionadores a completarem o álbum e também a gerar novas amizades, já que o produto possibilita interação, socialização, aproximação entre famílias e encontros de grupos de amigos e conhecidos. “Enxergamos essas iniciativas como oportunidades de conhecer pessoas, oferecer diversão para todos e desconectar um pouco o público do mundo digital, além do objetivo principal de preencher o álbum. Os visitantes terão ainda a chance de pegar figurinhas dos jogadores e as brilhantes em uma cabine que vai desafiar as habilidades dos colecionadores”, explica José Eduardo Martins.
Os colecionadores também poderão trazer figurinhas de livros ilustrados antigos e de outras coleções da Panini, não só da Copa do Mundo, para tentar completar todos os álbuns.
Neste Maio Amarelo, o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) promove no Museu Catavento atividades de educação para o trânsito voltados ao público infantil, dentro do Programa Clube do Bem-te-vi. E mais: essas ações serão regulares no museu.
Desenvolvido com a Polícia Militar, o Clube do Bem-te-vi tem como objetivo compartilhar, por meio de palestras em escolas, vídeos e brincadeiras, os princípios básicos de segurança e cidadania no trânsito.
As ações do Maio Amarelo — mês dedicado internacionalmente às questões de educação e de segurança no trânsito — serão entre os dias 22 e 30 de maio, de terça a sexta-feira. As atividades lúdicas ocorrerão para turmas agendadas em períodos matutinos (10h50 e 11h30) e vespertinos (15h15 e 15h55), nos dias 22, 23, 24, 25, 29 e 30 de maio.
A parceria com o Museu Catavento se inicia no Maio Amarelo, mas será estendida para os próximos meses. A agenda será divulgada em breve.
“Nossa intenção é envolver mais turmas até o final do ano para participar das atividades. Nelas, as crianças aprendem brincando os conceitos de respeito e cidadania, tão fundamentais para a construção de um trânsito mais humano.”
Maxwell Vieira
Diretor-presidente do Detran.SP
As crianças que participarem das atividades poderão tirar fotos no cenário com os personagens do Clube do Bem-te-vi e receberão um kit com uma cartilha ilustrada, uma carteira de habilitação e um talão de multas mirins para que multipliquem os conhecimentos adquiridos e sensibilizem as pessoas de seu convívio social para uma consciência cidadã em relação ao trânsito.
Copa do Mundo chegando, e as celebrações já começam a acontecer! O Museu do Futebol, em parceria com aBooking.Com, irá receber uma acomodação inspirada na Rússia, e os fãs brasileiros desse esporte tão amado poderão visitar o espaço de 31/5 a 3/6. Ao entrar neste quarto todo decorado com ícones e cores da cultura russa, os visitantes também poderão visitar o país em uma ação interativa com óculos de realidade virtual. No passeio, o turista verá marcos e monumentos como a Praça Vermelha, em Moscou.
“Estamos animados com essa novidade. É uma oportunidade de proporcionar ao público uma experiência inusitada no Museu, além de enfatizar que a paixão pelo futebol atravessa fronteiras e estimula o intercâmbio entre culturas.”
Eric Klug
Diretor Executivo do Museu do Futebol
“Essa iniciativa inédita é mais uma ação que mostra a incrível diversidade das ofertas da Booking.com. No espaço criado por nós no Museu, os visitantes poderão ter uma ideia de como é ter uma experiência inesquecível de viagem aliada ao futebol.”
Nelson Benavides
Gerente Regional da Booking.com no Brasil
Como participar
Uma pessoa terá a oportunidade de passar “Uma Noite no Museu do Futebol”, dentro da acomodação montada pela Booking.com, e desfrutar, com um acompanhante, de uma típica noite russa, com jantar temático criado pela chef Dayse Paparoto, vencedora da primeira edição do Masterchef Profissionais. Para concorrer, é preciso acessar o site www.booking.com/win/museudofutebol e contar, em até 150 palavras, sobre sua paixão por viagens e futebol e por que você merece passar uma noite no Museu do Futebol com a Booking.com. O concurso está sendo realizado em todo o território brasileiro e as inscrições devem ser feitas até às 23h59 (horário de Brasília) do dia 22 de maio.
O autor da frase mais criativa e mais um acompanhante vão ganhar uma estadia de uma noite, no sábado 2 de junho, na acomodação criada pela Booking.com, além de um tour VIP exclusivo pelo Museu do Futebol, que será guiado pelo jogador campeão Juliano Belletti, astro da bola com passagens por equipes no Brasil e no exterior. Belletti também acompanhará os ganhadores no jantar russo que será oferecido como parte da premiação. No dia seguinte, antes de deixar a acomodação, o vencedor e acompanhante terão um café da manhã especial.
A exposição ‘Design aerodinâmico – Metáfora do futuro’, que já recebeu mais de 22 mil visitantes, fica em cartaz no Museu da Casa Brasileira até 03/6, com mais de 250 objetos significativos do estilo streamline. As peças pertencem às coleções de Giacomo Favretto, Renato Oliva, Gilberto Moscoviche e da família Bosworth, e foram selecionadas pelas curadoras Adélia Borges e Patrícia Fonseca.
“Trata-se de uma rara oportunidade para o público brasileiro conhecer ao vivo peças que estão nos compêndios de história do design”, comenta Adélia Borges, uma das curadoras. “O streamline se firmou como um dos estilos mais populares do século 20 e também marca a implantação da profissão do designer industrial nos Estados Unidos”, complementa a também curadora da exposição, Patrícia Fonseca.
Até o final de maio, estão previstas uma série de palestras com a curadora Patrícia Fonseca e o colecionador Giacomo Favretto. Dia 16, serão comentados os trabalhos dos quatro profissionais que podem ser considerados os primeiros designers profissionais e se tornaram expoentes do estilo: Raymond Loewy, Henry Dreyfuss, Walter Dorwin Teague e Norman Bel Geddes; dia 23, o debate será em torno das feiras de Chicago e de Nova York – onde foi instalada a Futurama, imensa maquete de uma cidade do futuro; e no dia 29, o assunto central trará a influência do streamline no design gráfico.
Contexto histórico
O Streamline surgiu nos Estados Unidos como uma resposta à crise econômica de 1929. Em 1933, em função da regulamentação dos preços dos bens de consumo, os industriais incorporaram designers nas linhas de produção das fábricas e isso fez com que os produtos tivessem um novo diferencial no mercado de consumo. Pesquisas feitas desde o final do século 19, abrangendo a aplicação de princípios aerodinâmicos em veículos como os trens e aeronaves, passaram a se estender praticamente a todos os segmentos de produtos. Independente do uso a que se destinavam, os objetos ganharam formas arredondadas que remetem a velocidade e modernidade, representando a promessa de um mundo melhor, um futuro promissor em contraposição à devastadora crise, da qual o país começava a se recuperar.
No dia 28 de maio, a Casa Guilherme de Almeida, instituição da Secretaria da Cultura gerenciada pela Poiesis, inaugura a exposição “Robert Musil em letra e imagem”, em ocasião do lançamento da primeira tradução brasileira de Uniões (1911) do escritor austríaco, pela editora Perspectiva. Co-tradutora do livro, a exposição tem curadoria de Kathrin Rosenfield e reúne 17 gravuras criadas por Maria Tomaselli, Marcos Sanches e Raul Cassou.
Durante o evento de inauguração da exposição e lançamento da versão brasileira do livro, Kathrin Rosenfield fará um bate-papo com o público, sobre afinidades entre a obra de Musil e Clarice Lispector – tanto na linguagem quanto na sensibilidade poética. “Ele explora o erotismo feminino não com os preconceitos masculinos, mas a partir reflexões que ele aprendeu nas conversas com Martha Marcovaldi, sua amante e esposa. Musil encontrou um tom e um ritmo que o leitor que ignorasse o nome do autor poderia pensar que está no intimismo feminino de Clarice Lispector, e para nós, tradutores, foi uma grata surpresa”, conta Kathrin.
“Uniões apresenta narrativas baseadas em processos sensoriais, a ação, o enredo e o sentido têm que ser adivinhados a partir dessa experiência visual. A exposição faz o vínculo entre a sensorialidade da imagem com o processo da leitura, tenho absoluta certeza que as sugestões das gravuras dão vislumbres interessantes que tornarão a leitura dessas intrigantes histórias mais interessantes ainda”, explica a curadora.
A exposição tem grande peso para o cenário cultural do Estado de São Paulo. A maior importância está no fato de que a Casa Guilherme de Almeida é um novo ponto para exposições de arte oferecendo espaço para outras modalidades. “Num cenário tão diverso quanto é a Cultura em São Paulo, a iniciativa vem somar para que o acesso a tais modalidades sirva para a reflexão do espectador”, comenta Donny Correia, coordenador de Programação Cultural dos Museus-casas literários. “A interdisciplinaridade é a forma mais rica de abordagem. Neste sentido, perceber a literatura e as artes visuais é dar-se conta dos diálogos possíveis e das narrativas que permeiam qualquer suporte artístico. Quanto mais plural e diversa, mais a Arte amplia a percepção do ser para o universo que o rodeia.”
Apesar do número crescente de boas traduções de literatura estrangeira no Brasil, nem todos os clássicos da literatura universal foram traduzidos para o português brasileiro e estão acessíveis no mercado.
Simone Homem de Mello, coordenadora do Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida, comenta: “O austríaco Robert Musil faz parte dos clássicos pouco traduzidos. Nos dois contos que compõem o volume Uniões, publicado originariamente em 1911, Robert Musil, contemporâneo de Freud, dedicou-se a uma intensa exploração narrativa da psique humana, bastante inspirada nos insights da então recém-nascida psicanálise. Além da qualidade do trabalho de Kathrin Rosenfield e de Lawrence Flores Pereira como tradutores, a edição é fundamental por estabelecer – por meio de um ensaio de Rosenfield – a relação de um autor relevante da literatura europeia moderna, praticamente desconhecido no Brasil, com um referencial central da literatura brasileira: Clarice Lispector”.
Stéphany de Carvalho é estudante de Letras e está muito animada com a tradução. Ela diz que é de extrema importância que obras robustas e clássicas tenham tradução para a língua portuguesa. “Além disso, sou apaixonada por Clarice Lispector e é um prazer conhecer o trabalho de tradutores tão reconhecidos na Europa”, comemora.
Fábricas de Cultura e Museu Catavento – instituições da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciadas pela Catavento Cultural e Educacional – recebem a peça “O Show da Química”, voltada para público de 8 a 12 anos. A entrada é gratuita.
O Projeto “Show da Química” é idealizado e realizado pelo Diverte Teatro Viajante, que leva teatro para crianças e adolescentes de todo o Brasil. Eles contam com o apoio do Ministério da Cultura e da Dow, empresa que tem foco no desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas complexos da sociedade.
De forma interativa, a peça proporciona experiências químicas, prendendo a atenção das crianças do começo ao fim. Por meio do conteúdo, o público descobre o mundo mágico das cores, sons e explosões. Assuntos mais densos, como diferentes estados da matéria, polímeros, catalisadores, são abordados durante a apresentação. O objetivo é fazer com que as crianças entendam que a química está presente em todos os momentos da nossa vida.
O diretor do projeto Diverte Teatro Viajante, Júlio Martinez, conta que a peça vem despertando o interesse pela química em crianças de todo o Brasil. “Criança gosta de sentir, tocar, estar realmente envolvida no assunto. Por isso, optamos por criar uma narrativa que seja muito participativa. Nunca se sabe quantos futuros cientistas podem estar na nossa plateia”, comenta Martinez.
A Dow apoia o projeto por ele estar alinhado com os objetivos de cidadania corporativa da empresa, que tem como foco de atuação despertar o interesse e melhorar a preparação alunos nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. “Ao apoiar ações como essa, a Dow reafirma seu compromisso de contribuir diretamente para a melhoria da educação das ciências – não somente nas comunidades que a empresa atua diretamente, mas em todo o país”, explica Fábio Mendes, especialista em Cidadania Corporativa da Dow.
Confira a programação
16/5
17/5
19 e 20/5
24/5
30/5
16/5
Local: Fábrica de Cultura Parque Belém
Endereço: Avenida Celso Garcia, 2231- Belenzinho, São Paulo- SP
Horário: 14h30
17/5
Local: Fábrica de Cultura Cidade Tiradentes
Endereço: Rua Henriqueta Noguez Brieba,281- Conjunto Habitacional Fazenda do Carmo, São Paulo-SP
Horário: 10h e 14h30
19 e 20/5
Local: Museu Catavento
Endereço: Parque Dom Pedro II, Avenida Mercúrio, s/n- Brás, São Paulo-SP
Horário: 15 horas
24/5
Local: Fábrica de Cultura Sapopemba
Endereço: Rua Augustin Lubert, 300 – Fazenda da Juta, São Paulo-SP
Horário: 10h e 14h30
30/5
Local: Fábrica de Cultura Itaim Paulista
Endereço: Rua Estudantes da China, 500 – Itaim Paulista, São Paulo-SP
Sob a curadoria de Jorge Lúzio e Maria Inês Lopes Coutinho, o Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS/SP) inaugura, no dia 27/5, a exposição “Sagrado Marfim: O Avesso do Avesso”. São mais de 53 peças do acervo do museu que tem o objetivo de repensar o uso do marfim nas obras de arte e em seus desdobramentos iconográficos. A exposição remonta à antiguidade, às artes africanas e asiática e aos objetos artísticos e litúrgicos na Europa medieval e moderna.
Exemplares dos séculos XVII, XVIII e XIX, as obras de arte têm diversos tamanhos e são raridades. A proposta do MAS/SP foi planejada com o intuito de estimular diálogos multidisciplinares com a História Social da Arte, a Antropologia, a Museologia, os Estudos Afro-asiáticos, a História Ambiental, o Patrimônio e a Arte Sacra.
“Segundo o Antigo Testamento, o Rei Salomão mandava trazer marfim de Társis, nas rotas do Oriente. Fídias, o incomparável artista grego, utilizou marfim em uma das mais importantes estátuas da Grécia Antiga, a Atena Pártenos, para homenagear a deusa no Partenon”, afirma José Carlos Marçal de Barros, diretor executivo do MAS/SP.
Barros também ressalta Demetre Chiparus. “E em tempos mais recentes, o magnífico Demetre Chiparus utilizava metal e marfim em suas estatuetas indiscutivelmente belas. As obras mais afamadas são as chamadas criselefantinas em bronze e marfim. Tão rica e antiga é a utilização do marfim em obras de arte que uma exposição que pretendesse apresentar a sua história seria praticamente impossível”.
O marfim configura uma categoria histórica milenar nas relações entre as metrópoles com suas colônias desde a antiguidade na África e na Ásia, até sua circulação na Europa. O entalhe em dentes de mamíferos, por exemplo, tem origem remota e é associado à ancestralidade das culturas que confeccionavam objetos para inúmeros fins.
“Nas rotas que interligavam reinos e entrepostos no continente africano, ou entre os circuitos de mercantilismo que integravam o Mediterrâneo ao Índico, sempre esteve o marfim como item dos mais apreciados e valiosos, por possibilitar uma incomparável plasticidade e um efeito visual cuja precisão nas formas e nas linhas resultavam numa expressividade de imagens e reproduções jamais obtidas noutra matéria prima”, esclarece o curador Jorge Lúzio.
O antagonismo da arte em marfim possui uma sofisticação visual inigualável e reside no debate ambiental, repensando como a ordem global e os sistemas econômicos se apropriaram das tradições. Esse foi um processo de mercantilização dos recursos naturais e de banalização da vida. Isso porque chegou ao século XX com uma demanda e um consumo de objetos em marfim no limite da sobrevivência dos animais.
“Assim, a exposição apresenta, entre suas contribuições, a oportunidade de, ao observar raríssimas esculturas e obras de incontestável importância do patrimônio colonial, relembrar que entre as funções da Arte está o despertar da consciência histórica, para que o sentido de preservação de todas as formas de vida, dos legados históricos e da memória possam contribuir na produção de conhecimento e na promoção da cultura, sensível a aprender com o passado, e sobretudo, comprometida com os desafios do tempo presente”, conclui Jorge Lúzio.
Mais sobre o assunto, nas palavras de Maria Inês Lopes Coutinho: “A palavra marfim tem sua procedência provável do árabe, casmal-fif, sendo fif: elefante e casm: osso, significando osso de elefante. A organização social dos elefantes é um matriarcado. Os machos jovens andam em bandos de solteiros e os velhos vivem solitários em locais onde há água e comida. São muito sensíveis. A gestação dura 22 meses; quando nascem, pesam 100 quilos; medem um metro de altura; o coração pesa 25 quilos e mamam dez litros de leite por dia. Provêm da África, Ásia e Filipinas. A função da presa é de buscar alimentação, sal e água, escavar em busca de minerais necessários a sua sustentação e defesa contra eventuais ataques, além de manter a sua identidade dentro da manada. Em sua composição há fosfato de cal, de magnésio, carbonato de cálcio e fluoreto de cálcio. A temperatura ideal de conservação é 18 graus C e 60% de umidade relativa”.
Fãs de arte, cultura brasileira e atividades em família têm em maio um motivo especial para visitar o Museu Casa de Portinari, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Localizado em Brodowski, terra natal do artista plástico, o espaço não apenas relembra a trajetória de Candido Portinari, mas oferece oportunidades incríveis aos visitantes, como oficinas, cursos, debates, palestras, entre outras experiências que agregam à carga cultural dos visitantes.
O programa Família Legal, por exemplo, será realizado nos dias 12, 13 , 19, 20, 26 e 27/5. A descontraída atividade leva os visitantes a mergulhar no lado familiar do artista, que tem a cara da cidade, como explica o assistente de acervo Matheus Cardozo Maia.
“Brodowski e Portinari são praticamente indissociáveis, são almas gêmeas. A cidade respira Portinari e acreditamos que a recíproca foi e é verdadeira. Isso se exemplifica nas cores utilizadas para os céus pintados pelo artista, o solo avermelhado, as expressões dos retratados e principalmente a temática escolhida pelo pintor, a qual, muitas vezes está diretamente relacionada com sua infância no povoado.”
Matheus Cardozo Maia
Assistente de acervo do Museu Casa de Portinari
Quem se inspirar pela família, vida e obra do artista, pode dar umas pinceladas na prática, no Curso de Pintura, cujo intuito é exatamente descobrir novos talentos, sob orientação de Rafael Mandú. A atividade vai até 28/06.
Para quem já tem conhecimento um pouco mais aprofundado sobre arte e o próprio Portinari, o espaço cultural oferece uma Roda de Conversa no dia 16/5. Trata-se de uma nova realidade dos museus da Secretaria da Cultura de São Paulo, que tentam levar conteúdo de cada vez mais interação aos visitantes.
Já no Encontro Sobre “Hiperconexão com a Comunidade Local”, que acontece no dia 18/5, o museu se relaciona com a sociedade em todos os seus segmentos e usa diversos meios de comunicação para isso. Algo que Candido Portinari teria muito orgulho muito em ver, na visão da gerente do Museu, Cristiane Maria Patrice.
“Candido foi o maior artista plástico brasileiro do século XX, e fez de sua terra natal e do Brasil um profundo, completo e apaixonado registro e seu legado, constitui um dos mais importantes patrimônios culturais e históricos do país e do povo brasileiro”, afirma a gerente. “Nesse sentido, por meio da meio da vida e obra de Portinari e dos espaços locais de memória, também preservados pelo Museu Casa de Portinari, é possível conhecer melhor a sua terra natal, nos seus aspectos históricos, culturais, sociais e políticos, entre outros.”
Confira a programação
Curso de Pintura
Período: até 28/06/2018
No intuito de incentivar o fazer artístico e descobrir novos talentos a partir do domínio e desenvolvimento de técnicas de pintura, das proporções e cores, e dos exercícios de criatividade, o Museu Casa de Portinari realiza o Curso de Pintura, sob a orientação do artista plástico Rafael Mandú.
Local: Galpão do Merched (Rua Floriano Peixoto, nº 371 – Centro – Brodowski/SP)
Horário: das 9h00 às 10h30 e das 14h00 às 15h30
Público alvo: alunos 5º a 9º ano (pré-selecionados)
Entrada: gratuita
Roda de Conversa
Data: 16/05/2018
Os museus têm se adaptado cada vez mais ao novo cenário, aos novos públicos e às novas tecnologias no intuito de se comunicar de forma mais ampla com a sociedade contemporânea. Nesse sentido, o Museu Casa de Portinari realiza uma Roda de Conversa com a Museóloga e Diretora Executiva da ACAM Portinari, Angelica Fabbri, que abordará o assunto “Inovações Tecnológicas na Comunicação Museal”, e os recursos utilizados pelo museu em sua nova expografia.
Local: Museu Casa de Portinari (Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro – Brodowski/SP)
Horário: 19h00
Informações: (16) 3664-4284
Entrada: gratuita
Palestra Sobre “Mídias Online”
Data: 17/05/2018
Os meios de comunicação têm se tornado cada vez mais fáceis e acessíveis, conectando pessoas das mais diversas formas, o tempo todo. Levar informação para pessoas em lugares remotos é hoje bem mais simples; com as mídias online o alcance desse público se torna possível. Para estimular que os colaboradores da instituição reflitam sobre o poder dessas ferramentas, o Museu realiza uma palestra sobre o uso das mídias online adotadas pela equipe de comunicação da instituição. A palestra será ministrada pela analista de comunicação da ACAM Portinari, Débora Fifolato, e a diretora de mídias sociais da Inova House, Andrea Salles.
Local: Museu Casa de Portinari (Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro – Brodowski/SP)
Horário: 16h00
Informações: (16) 3664-4284
Entrada: gratuita
Público-alvo: restrito a colaboradores da instituição
Encontro Sobre “Hiperconexão com a Comunidade Local”
Data: 18/05/2018
O Museu se relaciona com a sociedade em todos os seus segmentos e usa de todos os meios de comunicação para isso, fortalecendo os laços entre os munícipes e a instituição. Para celebrar aproximar a comunidade brodowskiana e a instituição museal, e pensar em modelos de hiperconecções mais dinâmicos e contemporâneos, o museu convida seus parceiros angariados aos longo de seus 48 anos de existência para uma Roda de Conversa, mediada por Clubes de Serviços, Associações de Bairros, Instituições Educacionais e Sociais entre outros.
Local: Museu Casa de Portinari (Praça Candido Portinari, nº 298 – Centro – Brodowski/SP)
A “Estação da Língua Portuguesa”, itinerância do Museu da Língua Portuguesa, segue estrada pelo interior de São Paulo. Após atingir a marca de mais de 10 mil visitantes em Tatuí e Santos, a exposição que leva parte do acervo do Museu chega na Filarmônica Rio Clarense (Rua 5, 914 – Centro), em Rio Claro, no dia 18/5!
“A itinerância desta exposição permite que um público ainda maior viva a experiência do Museu da Língua Portuguesa e conheça um pouco mais do idioma português, um patrimônio riquíssimo e em constante transformação.”
Romildo Campello
Secretário da Cultura do Estado de São Paulo
O Totem, com painéis que apresentam uma prévia do conteúdo da mostra, o segmento O que nos une e o espaço Mundo Lusófono foram especialmente pensados e produzidos para essa itinerância. A mostra também conta com acessibilidade: o Mapa do Mundo possui informações sobre os países que falam português em Braille; os Vídeos Culinária e Dança têm tradução em Libras; e a Linha do Tempo e os Falares Paulistas podem ser traduzidos em Libras com o auxílio de tablets.
“É por meio da interatividade e tecnologia, som e imagem, que a exposição itinerante do Museu da Língua Portuguesa transmite a infinidade e riqueza da língua”, declara o arquiteto e sócio da Arquiprom, Fernando Arouca. “Temos aqui um mapa de países que falam a língua portuguesa em braille, para pessoas com deficiência visual, e também um painel em LIBRAS para quem tem limitações auditivas”, explica Marina Sartori de Toledo, coordenadora da Estação da Língua Portuguesa. Erik Klug, diretor da ID-Brasil, organização responsável pelo Museu, complementa: “Essas experiências dentro do Museu da Língua Portuguesa, com vídeos, fotos, imagens, recursos táteis, o público vai poder ter aqui, na mostra itinerante”.
A exposição gratuita ficará em cartaz até 23 de maio, às segundas, quartas, sextas e sábados, das 8h00 às 17h00; e às terças e quintas-feiras, com horário estendido, das 8h00 às 21h00. Depois de passar por Rio Claro, a mostra “Estação da Língua Portuguesa” desembarcará no Sítio do Pica Pau Amarelo, em Taubaté. São Carlos, Bauru e Presidente Prudente também estão no roteiro de viagem de 2018.
Conheça a exposição
A itinerância traz na bagagem conteúdos inéditos, que conversam com a museologia contemporânea e com a rica expografia de sons e imagens do Museu da Língua Portuguesa, instituição que apresenta a Língua Portuguesa como patrimônio imaterial, viva e dinâmica, além de conteúdos já conhecidos pelo público.
Na área externa, a Torre Estação da Língua Portuguesa dá boas-vindas aos visitantes. Em As Origens, uma instalação cenográfica remete à ideia de estação ferroviária e de viagem de trem. Versos de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade e Arnaldo Antunes, iluminados com LED em um painel metálico, convidam o público a entrar na exposição.
A viagem do idioma começa com um vídeo animação que mostra a formação da língua portuguesa e as rotas marítimas dos portugueses, que levaram o idioma para outras terras. Animação, narração e trilha sonora foram criadas especialmente para a mostra Estação da Língua Portuguesa.
O vídeo Sotaques, com texto “O paraíso são os outros”, de Valter Hugo Mãe, realizado pela Porto Editora e Miguel Gonçalves Mendes, com diferentes sotaques da língua portuguesa no mundo, abre o módulo O que nos une – ala composta por um painel interativo giratório, que apresenta dados dos países que fazem parte da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). São eles Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
O Desembarque reproduz a Linha do Tempo do Museu da Língua Portuguesa com a construção do idioma no Brasil, desde a chegada dos portugueses e o primeiro contato com as línguas indígenas, até os dias de hoje. Essa parte da viagem está atualizada com mais uma década em que relembra o novo acordo ortográfico e destaca novas palavras e expressões que surgiram com a influência da internet e das redes sociais.
Na ala Os trilhos, três monitores touchscreen mostram palavras que vieram de outros povos e foram incorporadas ao português brasileiro. Espaço Lusófono, especialmente dedicado aos professores, é composto pelo vídeo “Raiz Lusa”, no qual especialistas falam sobre a construção da Língua Portuguesa.
O módulo Falares Paulista mostra em uma montagem lúdica um diálogo hipotético e poético entre pessoas com sotaques característicos de cinco cidades paulistas.
Trechos de 12 poemas são projetados e os versos ganham vida em um trabalho gráfico desenvolvido especialmente para a mostra.
Vídeos que compõem o acervo da Grande Galeria do Museu da Língua Portuguesa são apresentados no módulo O Mundo da Língua. Nele, o visitante termina sua viagem assistindo aos vídeos “Culinária” e “Danças”, que mostram a relação entre língua e cultura.
Toda a estrutura da exposição é transportada de uma cidade a outra em caminhões, pois a Estação da Língua Portuguesa foi projetada de maneira que possa ser desmontada e novamente aberta ao público em outro município em até sete dias.
Nos 130 anos da abolição da escravidão (1888), o Museu Afro Brasil ressalta a competência, o talento e a resistência negra nos campos da arquitetura, artes plásticas, escultura, ourivesaria, literatura, música, dança, teatro, idioma e costumes, através da nova exposição, “Isso É Coisa de Preto – 130 Anos da Abolição da Escravidão”, com curadoria de Emanoel Araujo. A mostra destaca a produção dos séculos XIX e XX, por meio de pinturas, fotografias, litografias, esculturas e desenhos que evidenciam e valorizam a fundamental contribuição africana e afro-brasileira na construção do país.
“’Isso é Coisa de Preto’ é um jargão, um termo preconceituoso e racista nacional, muito usado para descriminar a condição de ser afro-brasileiro. Ressignificar tal terminologia, com o objetivo de ressaltar que ‘coisa de preto’ é ter excelência nas artes, ciências, esportes, medicina e em outros campos relevantes da sociedade, é um dos objetivos da exposição.”
Emanoel Araujo
Mulheres e homens negros que marcaram época na recente história brasileira em suas respectivas áreas, tais como o médico Juliano Moreira, o poeta Luiz Gama, o escritor Manuel Querino, a cantora Elza Soares, o editor Francisco Paula Brito, os músicos Dorival Caymmi, João do Vale, Cartola, Milton Nascimento, Luiz Melodia, Jamelão, Pixinguinha, Paulinho da Viola e Itamar Assumpção, a bailarina Mercedes Baptista, o abolicionista José do Patrocínio, a atriz Ruth de Souza, o jogador Pelé, Madame Satã, entre outros, estão entre as personalidades negras representadas na mostra.
Nomes como o dos irmãos Arthur Timótheo e João Timótheo, Heitor dos Prazeres, Solano Trindade, Yedamaria, Mestre Valentim, Nelson Sargento, Eustáquio Neves, Walter Firmo, Rubem Valentim, Estevão Silva, José Teóphilo de Jesus, Benedito José Tobias, Mureen Basiliat, Rafael Pinto Bandeira, Washington Silveira, Otávio Araujo, Waldomiro de Deus, Antonio Firmino Monteiro, Pierre Verger, Carybé, João Alves, Maria Lídia Magliani, Caetano Dias, Belmiro de Almeida, Mestre Benon e João da Baiana são alguns dos artistas com trabalhos na expostos na mostra.
“Se por um lado a data marca os 130 anos da extinção do trabalho escravo no Brasil, por outro ainda somamos 400 anos de preconceitos, racismo e indiferença das elites oligárquicas desse país com relação aos negros e negras. São 400 anos de ausência de políticas públicas capazes, ao menos, de sanar esses absurdos que não só envolvem a questão de cor e de raça, mas também a pobreza que atinge as comunidades onde a maioria negra é constantemente objeto do maltrato, do isolamento e da violência noticiada todos os dias pela imprensa, como se normal fosse o mal que atinge em pleno século XXI essa camada da população excluída da educação, da saúde, da moradia e dos direitos e privilégios das outras classes sociais”, afirma o curador sobre os 130 anos da abolição da escravatura no Brasil.
O grupo Os Escolhidos, criado em 2014, no Brasil, e formado por imigrantes e refugiados da República Democrática do Congo, se apresentará durante abertura da exposição “Isso É Coisa de Preto – 130 Anos da Abolição da Escravidão”, que acontece no sábado, dia 12/5, às 11h. Na ocasião, o grupo entoará diferentes gêneros musicais como rumba congolesa, acapela, zouk, world music, além de estilos próprios da região do Congo cantados em diferentes idiomas como lingala, kikongo e swahili.
Atualmente em reconstrução, o Museu da Língua Portuguesa vai percorrer Cabo Verde, Angola e Moçambique, propondo diálogos e trocas com os falantes da língua portuguesa no arquipélago cabo-verdiano e no continente africano. A exposição “A Língua Portuguesa em Nós” será realizada nas cidades de Praia (Cabo Verde), em maio, Luanda (Angola) em junho, e Maputo (Moçambique), em agosto.
O conteúdo foi organizado a partir de quatro eixos temáticos: Nós da Língua Portuguesa no Mundo, História da Língua Portuguesa no Brasil, Poesia e Prosa e Diálogos. Com consultoria de conteúdo do compositor, escritor e professor de Literatura José Miguel Wisknik, a exposição propõe um percurso pela história da língua portuguesa, o contato com outras línguas, seus destinos na formação cultural brasileira, sua presença nos ritmos e nas melodias, nas expressões culinárias e na literatura. O visitante será convidado a participar da programação cultural organizada exclusivamente para cada país, deixar seu testemunho falado e, assim, ser também parte da reconstrução do Museu da Língua Portuguesa.
“A itinerância do Museu da Língua Portuguesa é um compromisso da presidência pro tempore brasileira na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). É uma oportunidade de perceber e celebrar as diferenças e as semelhanças entre as diversas variantes que engrandecem nossa língua comum. Para o Itamaraty, a iniciativa reveste-se de especial importância pela ênfase que dá ao papel internacional da língua portuguesa, um eixo central de nossa política externa. Também nos orgulha contribuir para o enriquecimento do acervo de prestigiado museu do Brasil, que vai a Angola, Cabo Verde e Moçambique como um museu do português brasileiro, mas traz na volta todo um novo conteúdo do português africano para o Brasil”, afirma Aloysio Nunes, Ministro das Relações Exteriores do Brasil.
Percursos da exposição “A Língua Portuguesa em Nós”
Ao entrar na exposição, o visitante será conduzido por um passeio com curiosidades sobre os países que compõem a CPLP – Comunidade de Países de Língua Portuguesa (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste), vai descobrir as origens da Língua Portuguesa e como os idiomas vivem em constante movimento, nascem, se cruzam e se transformam.
A influência da Língua Portuguesa na diversidade da cultura brasileira será também celebrada em duas experiências audiovisuais. A Praça da Língua reproduz a experiência-símbolo do Museu da Língua Portuguesa: uma instalação audiovisual e imersiva com pérolas da criação artística em língua portuguesa, que formam um mosaico de músicas, poesias, trechos literários e depoimentos. A área Música e Culinária, por sua vez, aborda a relação entre língua, identidades e culturas.
A exposição contempla também um espaço de convivência, com uma diversa programação cultural organizada em parceria com curadores locais exclusivamente para cada país. Nesse espaço, o projeto Falares vai coletar depoimentos e histórias locais que farão parte do acervo do Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, que está em reconstrução e tem previsão de reinauguração em 2019.
“A língua portuguesa é um patrimônio global e em constante transformação. A iniciativa de levar uma exposição do Museu da Língua para outros países reforça a importância dessa instituição, que permanece viva e promovendo atividades de qualidade mesmo durante a reconstrução de sua sede em São Paulo”, afirma Romildo Campello, secretário da Cultura do Estado de São Paulo.
A exposição “A Língua Portuguesa em Nós” é uma iniciativa do Itamaraty, em parceria com o Governo do Estado de São Paulo, a Fundação Roberto Marinho, o Museu da Língua Portuguesa e o Instituto Internacional da Língua Portuguesa, com coordenação da Expomus.
Paulistanos e turistas têm a oportunidade de mergulhar na história, na cultura e na natureza do Brasil por meio de uma combinação da nova geração de artistas africanos e o olhar europeu na fotografia contemporânea. São as cinco novas exposições abertas no Museu Afro Brasil, da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, que se estendem até o dia 11 de junho, no Parque Ibirapuera.
Um Frans, a natureza – Exposição em memória de Krajcberg: Esculturas, relevos e fotografias; Um Deoscóredes – 100 anos do Alapini Deoscóredes Maximiliano dos Santos: Arte e Religiosidade; Os Africanos – O olhar europeu da fotografia contemporânea; África Contemporânea e África e a presença dos espíritos.
Entre os destaques das exposições, a íntima relação com a natureza nas obras de dois artistas já falecidos, o pintor, escultor, gravurista e fotógrafo Frans Krajcberg (1921-2017) e Mestre Didi (1917-2013). A curadoria é de Emanoel Araujo, ex-diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo.
UM FRANS
Uma das atrações pode ser combinada com o passeio no Parque Ibirapuera, onde se curte a natureza com estilo. Trata-se da mostra individual Um Frans, que reúne esculturas, relevos e fotografias de Frans Krjacberg, imortalizado pela dedicação à defesa da natureza brasileira. As obras revelam a revolta do artista contra a destruição do planeta. Vale prestar atenção no modo criativo com que utilizava troncos de árvores, folhas e cipós como matéria-prima e fonte de inspiração para suas criações, que o próprio artista costumava chamar de “um grito da natureza por socorro”.
“Frans foi um eterno encantado e um defensor da natureza que trazia dentro de sua alma peregrina as matas e florestas do Brasil”, afirma Emanoel Araújo. “Em sua longa vida artística, Frans esteve intrinsicamente ligado as terras do país, nos convidando a fazer mais forte o seu eco irradiador em defesa das nossas matas, das florestas que ainda nos sobram, como a esperança e a beleza que emanam da sua obra”, completa o curador.
UM DEOSCÓREDES
Mestre Didi, que em dezembro do ano passado completaria 100 anos de vida, é homenageado na exposição Um Deoscóredes – 100 anos do Alapini Deoscóredes Maximiliano dos Santos: Arte e Religiosidade. Falecido em 2013, Alapini do Ilê Asipa é filho de Mãe Senhora (1890-1967) – iyalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá. A mostra celebra a obra de fôlego inesgotável e as tradicionais e potentes esculturas do artista, produzidas com materiais naturais como búzios, sementes, couro, nervuras e folhas de palmeira.
“Repleta de elementos da cultura afro-brasileira, a produção artística de Mestre Didi é como a união da antiga sabedoria, a expressão viva da continuidade e da permanência histórica da criação de uma nova estética que une o presente ao passado, o antigo ao contemporâneo, a abstração à figuração, formas compostas ora como totens, ora como entrelaçadas curvas. Suas esculturas, em sua interioridade, são uma relação entre o homem e o sacerdote que detém o espírito íntimo das coisas e de como elas se entrelaçam entre a sabedoria do sagrado e do profano”, define Emanoel Araujo.
Dentro da exposição, é exibido pela primeira vez em São Paulo o documentário Alapini: A Herança Ancestral do Mestre Didi Asipá, de Silvana Moura, Emilio Le Roux e Hans Herold.
OS AFRICANOS
Essa exposição evidencia os muitos fotógrafos que fizeram extraordinários registros dos povos e das manifestações culturais África afora. Os Africanos – O olhar europeu da fotografia contemporânea reúne trabalhos de quatro fotógrafos do chamado velho continente que conseguiram contribuir, com profundo requinte estético, para uma melhor compreensão artística da África atual. São eles: Hans Silvester (Alemanha), Isabel Muñoz (Espanha), Alfred Weidinger (Áustria) e Manuel Correia (Portugal).
ÁFRICA CONTEMPORÂNEA
Um raio-x da atual realidade africana por meio da arte é o que se propõe a fazer a exposição África Contemporânea, que apresenta trabalhos de artistas de países como Moçambique, Benin, Senegal, Angola e Gana. Eles são Dominique Zinkpè, Aston, Soly Cissé, Yonamine, Gérard Quenun, Owusu-Ankomah, Oswald, Celestino Mudaulane, Edwige Aplogan, Francisco Vidal e Cyprien Tokoudagba, criadores conhecidos por exporem as próprias feridas e acumulações por meio de pinturas, esculturas, instalações, desenhos e colagens.
“A arte contemporânea tem grande comprometimento com seu tempo, fala através de metáforas, é menos contemplativa, no sentido clássico da expressão. A arte fala não só do seu tempo, mas de experiências culturais e políticas, e o artista africano, submetido a grandes impulsos, como diferenças econômicas e sociais, extrai daí sua invenção plástica”, frisa o curador.
ÁFRICA E A PRESENÇA DOS ESPÍRITOS
Já a mostra África e a Presença dos Espíritos reúne esculturas, máscaras, asens e moedas produzidas em cobre, madeira, tecido, miçangas e fibra vegetal dos tradicionais povos africanos Guro, Fon, Senufo, Iorubá, entre outras etnias. “A arte tradicional africana foi criada por artistas anônimos, dentro dos dogmas que a situa entre a grande criação: o homem, a natureza e os deuses em comunhão espiritual desses diferentes povos”, conclui Emanoel.
Dedicada ao governo de João Goulart, abordando também sua trajetória pessoal, a exposição “Jango: a nossa breve história” está em cartaz no Memorial da Resistência de São Paulo. A mostra, que tem curadoria de Cláudia Beatriz Heynemann e apoio de André Gaetta, é apresentada pela da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo e pelo Arquivo Nacional, e marca os cinquenta e quatro anos do golpe militar.
“Em vez de falar sobre o período da ditadura militar, a ideia foi olhar para esse governo que foi derrubado, um governo democrático e, politicamente, um dos momentos mais interessantes da nossa história.”
Cláudia Beatriz Heynemann
Curadora da exposição, em entrevista a TV Brasil (2014)
A exposição traz cerca de 160 fotografias do Arquivo Nacional e do Instituto João Goulart, além de um vídeo com a biografia de Jango, uma das mais importantes figuras políticas do Brasil republicano. As imagens retratam sua passagem como deputado federal, a ocupação da pasta da Justiça no segundo governo de Getúlio Vargas, a vice-presidência nos governos JK e Jânio Quadros, a eleição à presidência em 1961, o golpe sofrido em 1964 e os anos de exílio.
Esta é uma oportunidade de conhecer a fundo o perfil de João Goulart, em uma janela de acesso à política brasileira das décadas de 1950 e 1960. Os visitantes poderão conhecer detalhes dos rumos partidários, dos movimentos sociais e do papel dos estudantes no país na época, em um cenário do pós-guerra e clima de irreversível mudança que se respirava no país.
“Esperamos que seja mais um motivo para que as novas gerações conheçam não somente o ‘resgate de Jango’, mas o resgate das lutas políticas daquele momento de 1964.”
João Vicente Goulart
Filho de Jango, em entrevista a TV Brasil (2014)
Star Wars é uma febre no mundo inteiro. O mundo criado por George Lucas atrai espectadores de todas as gerações e vai muito além dos filmes. Os fãs não se contentam apenas com os longas, e além de comprar produtos para demonstrar todo entusiasmo com as guerras interespaciais, se reúnem para discutem o filme sob diversos aspectos. Nesta sexta-feira, 4 de maio, é hora de enxergar a obra sob o ponto de vista feminino. Em comemoração ao Star Wars Day, o MIS receberá a aula Star Wars e o feminino.
A sessão, que acontece das 19h30 às 22h, é ministrada por Cláudia Fusco, e aborda a participação feminina na saga criada por George Lucas. Por décadas, a Princesa Leia reinou absoluta e solitária nos filmes. Hoje, a situação é outra: uma protagonista feminina encabeçando a franquia e outras mulheres em papeis de destaque não apenas nos longas, mas também no universo expandido da saga.
O que mudou na recepção de Star Wars com o feminino? Claudia explicará nesta aula, em que também falará da jornada da heroína e o que as mulheres dessa galáxia muito, muito distante tem a ensinar sobre a sociedade ocidental. E a especialista tem autoridade para falar sobre o assunto. Cláudia Fusco é jornalista e mestre em Science FictionStudies pela Universidade de Liverpool, Inglaterra. É pesquisadora de mitos, folclore, contos de fadas e literatura especulativa.
“Vamos falar sobre as diferenças da jornada do herói e da heroína”, adianta a professora. “Rey, por exemplo, tem necessidades e urgências muito diferentes das de Luke Skywalker, e isso acontece por alguns bons motivos. Vamos falar sobre os papéis femininos na cultura ocidental e por que eles estão cristalizados em nosso imaginário, fantástico ou não, há tanto tempo – e o que essas novas narrativas estão tentando fazer para mudar o cenário, se é que estão conseguindo. As notícias, pelo menos em Star Wars, são bastante animadoras. Vai ser uma conversa, acredito, bastante empolgante sobre um universo que tanto amamos.”
A aula, portanto, tratará de um tema bem positivo, uma vitória das mulheres, pelo menos no mundo da ficção. Para Cláudia Fusco, existem inúmeras vantagens em ter maior presença feminina em uma saga de tanto sucesso. “Primeiro, a história se torna mais próxima da nossa realidade, afinal, o universo contém mulheres de variados tipos, dentro e fora do espaço político. Ignorá-las – ou colocá-las em pouquíssimas posições de destaque não apenas cria menos referências de mulheres dentro da história como também acaba atribuindo muitos papéis às poucas personagens femininas presentes”, afirma “Isso sem falar no efeito fora das telas: identificação feminina de todas as idades com novas heroínas, de todos os tipos; mostrar que mulheres não servem a um único estereótipo, mas podem ter suas narrativas contadas de diferentes formas; causar um efeito dominó no cinema hollywoodiano que, ao perceber que mais mulheres fazem parte de uma série tão tradicional de ficção científica, também passa a se movimentar para incorporar cada vez mais mulheres a essas narrativas.”
Fã convicta de Star Wars, a jornalista paulistana Lísia Minelli, ao saber da aula, se animou com o conteúdo. Ela, que não perde uma pré-estreia e é colecionadora dos produtos da saga, afirma que os dois assuntos podem render discussões de alto nível. “Além de eu ser muito fã de Star Wars, é sempre importante discutir o papel da mulher, seja ela protagonista ou não, em qualquer situação”, afirma. “A saga está acompanhando uma tendência de cada vez mais enxergar a mulher capaz tanto quanto o homem a desempenhar um papel importante.”
As inscrições no valor de R$30 são feitas no site do Museu (sujeito à lotação):
Já está disponível na página do Museu Índia Vanuíre www.museuindiavanuire.org.br a nova exposição virtual “A Dança como Representação da Cultura Krenak na Terra Indígena Vanuíre”, desenvolvida com o grupo Krenak da terra indígena Vanuíre, em Arco-Íris.
O material apresenta diferentes cantos e coreografias, que são cercados de mensagens e histórias desse povo, além de depoimentos de lideranças locais, que são os pontos centrais para a difusão da luta indígena do passado e do presente.
A instituição cultural e a comunidade indígena da região trabalham juntas na preservação da memória para o fortalecimento das tradições e saberes, contribuindo para a educação e o empoderamento das novas gerações. A dança é uma dessas ferramentas de manutenção da cultura e da continuidade da língua por meio da música.
Exposições virtuais
Você também pode conferir, no site do museu, outras sete mostras. Algumas delas já tiveram versões físicas, como o “Fortalecimento da Memória Tradicional Kaingang – De Geração em Geração” e O Café e a História de Tupã”, ambas atualmente em cartaz na instituição, sendo em março os últimos dias da segunda.
O espaço online permite que usuários de outras partes do país tenham acesso a conteúdos sobre os costumes e a cultura indígena presente na terra indígena Vanuíre (Arco-Íris/SP), abordada diretamente pela comunidade local, de diferentes etnias, entre elas Kaingang, Krenak e Terena, retratando as danças, a diversidade dos povos, os casamentos, a subsistência a partir da terra, a resistência cultural, entre outros.
Outra oportunidade encontrada no espaço virtual é o tour em 360º, em que o visitante pode fazer uma imersão nos espaços e módulos da instituição, e conferir em detalhes a exposição de longa duração.
Instituições de Campos do Jordão realizarão diferentes atividades que irão divertir e informar públicos de todas as idades durante o mês de janeiro de 2018(mais…)
Jovens cientistas apresentam soluções criativas na MOP 2017 para resolver problemas do dia a dia
Uma mostra do potencial criativo dos jovens inventores pode ser conferida na 5ª edição da Mostra Paulista de Ciências e Engenharia (MOP), que acontece de 25 a 27 de outubro, no Museu Catavento, da Secretaria da Cultura do Estado, em São Paulo. Os 105 projetos finalistas foram selecionados entre mais de 280 projetos desenvolvidos por estudantes de várias cidades do Estado. Na mostra de projetos, irão participar 222 estudantes e 121 professores orientadores de escolas públicas e privadas de 24 cidades. A lista completa de projetos pode ser visualizada em: www.mostrapaulista.org.br
Confira abaixo alguns projetos de destaque:
Alto índice de cesáreas na região do Vale do Paraíba: Causas consequências e o reflexo da situação brasileira
Colégio Drummond, Lorena – SP
Este projeto procura estudar e identificar os problemas causados pelo aumento da cesariana, principalmente em cidades situadas no Vale do Paraíba.
Aspectos comparativos da geometria, matemática e biologia envolvendo a vida das abelhas – Apis mellifera
Colégio Visconde de Porto Seguro – Unidade Panamby, São Paulo – SP
Fazendo um levantamento bibliográfico acerca das principais características geométricas, matemáticas e biológicas ligadas à vida das abelhas Apis mellifera, este projeto as relaciona com a importância ecológica e sustentabilidade. (mais…)
Com mestres de renome nacional e internacional, programação será entre 30 de outubro e 5 de novembro e é voltada ao fomento e formação de profissionais da dança
De 30 de outubro a 5 de novembro, o Museu Felícia Leirner e o Auditório Claudio Santoro, em Campos do Jordão, instituições da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo geridas pela ACAM Portinari, recebem a São Paulo Companhia de Dança – gerida pela Associação Pró-Dança sob direção de Inês Bogéa – para o 3° Ateliê Internacional São Paulo Companhia de Dança.
O evento é realizado via ProAC com patrocínio de O Boticário Na Dança, Escala 7 Editora Gráfica e Vedacit, parceria do Instituto CPFL e apoio da Capezio, e é destinado a bailarinos pré-profissionais e profissionais, além de alunos de jornalismo e fotografia. O objetivo é, além da capacitação técnica para dança, a formação e o envolvimento do público durante as aulas e os espetáculos. (mais…)
O Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro, é uma homenagem ao Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, considerado o símbolo da resistência e luta contra a escravidão. No Museu do Café, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a data será celebrada com canto, dança e arte.
A programação tem início no dia 21 de novembro com uma Roda de Jongo, que será realizada pelo grupo Zabelê de Cultura Popular, na Cúpula do Museu, às 13h00. A apresentação preserva o formato tradicional dos jongos, com banco de tambores, dança e cantos, que demonstram a trajetória desta tradição típica, a contribuição bantu na nossa cultura e o seu papel na comunicação e manutenção da memória deste povo.
O Núcleo Educativo ministrará a oficina “Reflexões sobre arte contemporânea afro-brasileira”, no dia 25, às 15h00. Baseada na vida e obra de artistas brasileiros negros, a atividade tem o objetivo de desenvolver uma reflexão acerca da produção das artes plásticas contemporâneas. A proposta aliará estratégias de análise de obras de arte, contextualização histórica e prática artística. São 20 vagas voltadas para o público familiar e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail educativo@museudocafe.org.br. Os menores de 12 anos devem estar acompanhados de um responsável. (mais…)
Com entrada franca, além de muito design autoral, o público pode visitar a exposição de Di Cavalcanti
São Paulo, outubro de 2017 – O Mercado Manual, festival de cultura feita à mão, que há quase dois anos cultiva curadoria voltada ao comprometimento com o design autoral, artesanal e ético, realiza a primeira edição em parceria com a Pinacoteca de São Paulo, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, museu de artes mais antigo da cidade. Com entrada franca, o evento será realizado pela Floristas Produções nos dias 04 e 05 de novembro e conta com mais de 60 expositores, shows autorais, talk especial, praça gastronômica, atrações infantis e diversas oficinas.
“A Pina está muito feliz por receber esta iniciativa, que vem dando tão certo em outros espaços. Teremos entrada gratuita o feriado inteiro e esperamos que o público aproveite os dias de folga e o fim de semana para nos visitar e aproveitar a feira e as atividades culturais”, afirma Paulo Vicelli, diretor de Relações Institucionais da Pinacoteca de São Paulo.
O Mercado Manual entra no calendário de ações de 2017 do espaço – que recebe cerca de 30 exposições e 500 mil visitantes ao ano – e comemora o reconhecimento de ter sua primeira edição na Pinacoteca acontecendo durante exposições como “No Subúrbio da Modernidade – Di Cavalcanti 120 anos”, entre outras que têm tido uma média de visitação de oito mil pessoas nos feriados. (mais…)
Seminário Atletas pelo Brasil e 93º Reunião do MEMOFUT completam a programação cultural do Museu em novembro
O Museu do Futebol, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, promove três eventos culturais em novembro, no seu auditório, com entrada gratuita.
O primeiro deles é Seminário “Atletas pelo Brasil”, no qual a organização de mesmo nome, em parceria com o Museu, apresenta 3 painéis com convidados. A Atletas pelo Brasil é uma organização sem fins lucrativos que reúne, em uma iniciativa inédita no mundo, atletas e ex-atletas de diferentes gerações e modalidades pela melhoria do esporte e, por meio do esporte, pelos avanços sociais do país. O evento acontece no dia 07/11, às 13h30.
No dia 11/11, das 9h às 13h, acontece a tradicional reunião do “Memofut – Grupo de Literatura e Memória do Futebol”, que abre as suas reuniões para o público interessado em ampliar seus conhecimentos sobre o futebol, em um sábado por mês, sempre no Museu. Nesses encontros com especialistas da bola, os participantes podem trazer livros ou objetos ligados ao esporte.
Por fim, ocorre no dia 25/11 o “Ciclo Histórias da Várzea: registros Varzeanos: a imprensa, o museu e a universidade”. Além da abordagem sobre a atuação da imprensa, instituições de memória e da universidade no registro e divulgação do futebol de várzea, o evento trará o pesquisador Raphael Rajão, que compartilhará sua experiência do inventário de campos de futebol amador desenvolvido pela Prefeitura de Belo Horizonte, Minas Gerais. O encontro ocorre das 9h às 13h. As inscrições deverão ser feitas pelo site www.sympla.com.br. Os dois primeiros encontros do Ciclo já estão disponíveis no canal do Museu do Futebol no Youtube. (mais…)
A atividade do Centro de Apoio ao Escritor reúne profissionais de diversas áreas da produção literária, da criação do texto à publicação e difusã0
Para auxiliar escritores independentes e outros profissionais interessados no mercado literário, a Casa das Rosas realiza, dia 12 de novembro, domingo, a partir das 14h, o SOS Literatura. O encontro é uma iniciativa do Centro de Apoio ao Escritor do museu-casa e conta com a presença de Laura Bacellar, Heitor Ferraz, João Ibaixe Jr. e Ricardo Botelho para a tutoria dos participantes. A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura integra a Rede de Museus-Casa Literários da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, gerenciada pela Poiesis – Organização Social de Cultura.
Para participar, basta chegar 30 minutos antes e retirar uma senha na recepção do museu. Heitor Ferraz, poeta, jornalista e professor de jornalismo da Cásper Líbero, fica responsável pelo atendimento sobre prosa e poesia; Laura Bacellar, editora e escritora, fala sobre edição de livros e a relação com editoras; Ricardo Botelho, designer gráfico e webdesigner, tira dúvidas sobre e-books e marketing para escritores; e João Ibaixe Jr., advogado da OAB/SP, aborda questões relacionadas a direitos autorais e de imagem. (mais…)
Construído com a premissa de permitir a navegação de todos os públicos, o site celebra a memória do Museu e traz informações sobre sua reconstrução.
No próximo dia 17 de outubro, o Museu da Língua Portuguesa (MLP), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, coloca no ar seu novo site. O novo ambiente é parte do conceito “O Museu está sendo reconstruído. Mas é a nossa língua que está sempre em construção”, que busca manter viva a conexão entre o Museu e seu público durante o período de reconstrução, por meio da presença digital e também da realização de atividades off-line. O novo ambiente conta com três seções principais: Reconstrução, Memória e Educativo, além da área de novidades.(mais…)
Museu da Língua Portuguesa, Pinacoteca do Estado e Memorial da Resistência participam do festival com programação gratuita
Entre os dias 18 e 21 de outubro, o Museu da Língua Portuguesa, a Pinacoteca de São Paulo, e o Memorial da Resistência, instituições da Secretaria da Cultura do Estado, irão promover atividades dentro da programação do “Que Bom Retiro – 2º Festival de Rua do Bom Retiro”. Com mais de 40 atividades gratuitas em vários locais do bairro, o festival reúne diversas atrações voltadas às crianças, seminário sobre educação e migração, visitas a museus, roteiros pelas ruas, oficinas, apresentações artísticas, cinema a céu aberto e rodas de conversa sobre a região.
No dia 10 de outubro, terça-feira, o Museu da Diversidade Sexual, localizado no Metrô República, na capital, inaugura sua nova mostra: “Solidão”. A exposição traz obras de 17 artistas a respeito do tema, abordando, por exemplo, a solidão na era digital, em relacionamentos por meio de aplicativos. Os artistas Daniel Melim, natural de São Bernardo do Campo e Guilherme Gafi, de Santo André, irão expor suas obras no Museu. “Solidão” fica em cartaz até 13 de janeiro de 2018 no Museu, que fica no Metrô República (Rua do Arouche, 24, República – São Paulo-SP). A entrada é gratuita.
A mostra “Visibilidade para o Futebol Feminino”, realizada pelo Museu do Futebol, chega a São José dos Campos no dia 10 de outubro, no Museu de Esportes (Rua Ana Gonçalves da Cunha, 340, Jardim Jussara – Estádio Martins Pereira – Portão 2). Com o objetivo de ampliar a visibilidade da trajetória feminina no esporte, a exposição é composta por nove placas que contam a história e as dificuldades enfrentadas pelo futebol feminino no Brasil. Realizada em parceria com o Sistema Estadual de Museus (SISEM-SP), a mostra fica em cartaz até o dia 15 de dezembro, com entrada gratuita. O Museu de Esportes funciona de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h00.
Em comemoração ao Dia das Crianças, o Museu Felícia Leirner promove, no dia 12 de outubro (quinta-feira), às 10h00, o “Família no Museu: Estação de Jogos Culturais”, uma série de jogos interativos com temas relacionados a cultura que possibilitam o aprendizado por meio da diversão. No mesmo dia, às 15h00, será apresentado o espetáculo infantil “Cartomante de Papel”, peça infantil em que uma cartomante e um mago convidam as crianças para embarcar em uma aventura mágica, com contos, cantos e paisagens sonoras que compõem quatro diferentes histórias com mensagens dos elementos da natureza.(mais…)
No dia 14 de outubro, sábado, o Museu promove o “É gostoso ser criança”, com brinquedos e brincadeiras relacionadas à produção plástica e poética de Portinari, que tem a infância como tema recorrente. Será às 9h00 e às 14h00. No mesmo dia e horários, os visitantes poderão aproveitar o “Família Legal”, com jogos da memória, de perguntas e respostas, quebra-cabeças e outras atividades para toda a família.
O Museu do Café promoverá na terça-feira, 10 de outubro, uma oficina de produção de cookie, a partir das 14h00. Durante a atividade, crianças maiores de dez anos irão aprender o passo a passo da receita e como harmonizá-la com café e leite. Na quinta-feira (12), as atrações começam às 14h00 com a oficina Minibarista, destinada aos pequenos de cinco a dez anos.(mais…)
Cinco projetos culturais de Campinas receberão apoio do Governo do Estado de São Paulo por meio do Programa de Ação Cultural (ProAC). Contemplados no edital de artes visuais – obras e exposições, os projetos “O Olho e o Rio” e “Largofolhas – Gravuras ao Ar Livre” receberão R$ 50 mil cada.(mais…)
Para o Dia das Crianças, o Museu da Casa Brasileira (MCB), instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, inova com uma programação para as famílias em meio ao verde e à cultura. As atrações, assim como a entrada no museu no dia 12 de outubro, serão gratuitas e a partir das 10h00.
O dia começará com o espetáculo ‘Aquarela Brasileira – Uma viagem pelas cores do Brasil’, às 11h00, que será repetido às 14h00. O show é uma homenagem à música popular brasileira e o grupo vocal Canto In Club, formado por crianças, adolescentes e professores da Oito Notas Escola de Música, vai convidar o público a uma viagem pelas regiões brasileiras, por meio de diversos gêneros musicais, de Chico Buarque a Milton Nascimento, passando por Luiz Gonzaga, Ivan Lins, Toquinho e Vinicius.
Outra atração desse dia tão especial será a Feira de Troca de Brinquedos, criada há cinco anos pelo programa Criança e Consumo, do Alana, organização sem fins lucrativos, que acontece em várias partes do país e tem como missão fomentar a reflexão sobre os apelos ao consumismo na infância, além de estimular as crianças a interagirem entre si a partir das trocas de brinquedos que não usam mais. No MCB, a atividade acontecerá das 12h30 às 15h30 no jardim. Para participar, as crianças precisam estar acompanhadas de um responsável e o brinquedo trazido deve estar limpo e em condições de uso.
Além das apresentações musicais e da Feira de Troca de Brinquedos, as crianças e seus pais ou responsáveis legais poderão conhecer as exposições em cartaz, como Diálogo Design: Polônia Brasil, Remanescentes da Mata Atlântica & Acervo MCB, Bordado no Museu, A Casa e a Cidade – Coleção Crespi Prado e o painel educativo Sabe-se – Não se sabe o suficiente, localizado no jardim, que receberá também um parque de food trucks para as refeições em família.
Sobre o Alana
O Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em programas que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, o Alana é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
Canto in Club
O Canto in Club é um curso multidisciplinar da Oito Notas Escola de Música, onde em forma de vivência, desenvolve as habilidades vocais, musicais, expressivas e sociais do aluno. Durante o período de um semestre, o aluno tem a experiência da criação, artística e musical, de um show. Aprendiz, criador, e artista. Um curso lúdico para todas as idades.
SERVIÇO:
Entrada gratuita
– Show Aquarela Brasileira, às 11h00 e às 14h00
– Feira de Troca de brinquedos, das 12h30 às 15h30
– Food Trucks
– Exposições em cartaz, das 10h00 às 18h00
Local: Museu da Casa Brasileira
Av. Faria Lima, 2.705 – Jd. Paulistano
Tel.: (11) 3032.3727
VISITAÇÃO
De terça a domingo, das 10h00 às 18h00
Ingressos: R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) | Crianças até 10 anos e maiores de 60 anos são isentos | Pessoas com deficiência e seu acompanhante pagam meia-entrada
Gratuito aos finais de semana e feriados
Acessibilidade no local
Bicicletário com 40 vagas | Estacionamento pago no local