Em dezembro, o MIS inaugura a última mostra do programa Nova Fotografia 2018, que selecionou seis trabalhos inéditos para exposição ao longo do ano. Para encerrar o calendário do projeto, o Museu apresenta a Tipos, do fotógrafo Fernando Banzi.
Tipos é uma série de fotopinturas digitais, fruto de pesquisa imagética, aplicada em 12 retratos do fotógrafo Alberto Henschel – conhecido pelo registro das paisagens do Rio de Janeiro e do cotidiano da monarquia brasileira durante o Segundo Reinado. A série tem como premissa ressignificar seus retratos, datados do fim dos anos 1860, e atualiza, através da fotografia de época, a questão histórica e estrutural relacionada à população negra brasileira.
O recorte deste ensaio tem sua narrativa nos retratos de negros e negras, escravos e alforriados, em um período anterior à lei Áurea. No fim dos anos de 1860, em Recife e Salvador, Henschel produziu retratos de pessoas de origem africana mostrando-as à vontade e com dignidade, como indivíduos e não como objetos. Partindo deste olhar não mais exótico, etnográfico e eurocentrista, o projeto se apropria destes retratos (seis homens e seis mulheres) do conjunto de 35 cartes-de-visite do Portal Brasiliana Fotográfica – gerenciado pelo acervo do Instituto Moreira Salles. O uso da fotopintura digital e da manipulação de imagem permite diversas possibilidades narrativas, em que foram pesquisados tecidos, indumentárias africanas e tons de pele.
Com entrada gratuita, a mostra abre no dia 13 de dezembro, às 19h, e fica em cartaz até 27 de janeiro de 2019, no Espaço Nicho do Museu.
Sobre o fotógrafo
Fernando Banzi é jornalista e pós-graduado em fotografia. Dedica o tempo para produção autoral em fotografia, artes visuais e cobertura jornalística para mídias independentes. Integrante do coletivo Goma Oficina Plataforma Colaborativa, atuante em arquitetura, intervenção urbana, fotografia, arte plástica, design e produção cultural.
Na sexta-feira, 14 de dezembro, o MIS recebe show da banda recifense Mombojó. A apresentação ocorre dentro do projeto mensal do Museu dedicado à música independente, o Estéreo MIS.
Veteranos da música independente brasileira, o grupo, que está na estrada há 17 anos, mostra que se reinventar é preciso. Dessa vez, acabam de lançar o projeto MMBJ12, que conta com a parceria do Lenine no o single ‘Nunca vai embora’. A letra, composta por Felipe S. e Diego Matos, fala sobre a saudade de um amor, que a pessoa tenta, mas que não consegue esquecer.
Formada no começo dos anos 2000 em Recife, o Mombojó teve a oportunidade de conhecer diversos lados do mercado da música ao longo de seus 17 anos de carreira. O grupo conta com cinco álbuns. Envolvidos atualmente com a vontade e a necessidade de fazer um novo trabalho, o grupo se descobre em uma situação bem diferente da que gestou seus trabalhos anteriores. Atualmente espalhada por três estados, Pernambuco, São Paulo e Bahia, a família Mombojó também não para de crescer, com uma prole à beira de ultrapassar o número de discos e integrantes. Atualmente, a banda é formada por: Felipe S – guitarra e voz; Chiquinho Moreira – teclado e vocoder; Marcelo Machado – guitarra e voz; Vicente Machado – bateria e voz; Missionário José – baixo e voz.
A apresentação será às 21h no Auditório MIS. Os ingressos, de R$ 14 (inteira) e R$ 7 (meia), podem adquiridos a partir do dia 4.12, às 12h, no site da Ingresso Rápido e na recepção do Museu.
No sábado, dia 1º de dezembro, o MIS preparou uma programação especial para toda a família: o Dia do Garfield, em comemoração aos 40 anos do icônico gato criado por Jim Davis. A atividade acontece dentro da programação paralela da megaexposição Quadrinhos, que traz um panorama da história das HQs no Brasil e no mundo.
O Dia do Garfield tem início às 15h, com bate-papo com dois quadrinistas, Carlos Ruas e Fábio Coala, e também Alexandre Boide, tradutor das cinco coletâneas mais recentes de Garfield lançadas pela coleção L&PM Pocket. A conversa será mediada por Yule Liberati, educadora do MIS. Após o bate-papo, haverá sorteio de exemplares dos livros do personagem editados pela L&PM Pocket.
Já às 16h, o público poderá ver (ou rever) Garfield – O Filme, longa de 2004 dirigido por Peter Hewitt. Na trama, Garfield é um gato preguiçoso que adora lasanha e tem a vida que sempre quis: come, dorme e vê televisão sempre que quer. Até que seu dono, Jon Arbuckle (Breckin Meyer), decide adotar um cachorro, Odie. Contrariado com o novo hóspede, que agora divide com ele a atenção de seu dono, Garfield inicia uma disputa particular com Odie. Porém, quando Odie é sequestrado, Garfield sente remorsos e parte para salvar o cachorro.
Para completar o passeio, o personagem estará durante a tarde no MIS para tirar fotos com os visitantes.
A entrada é gratuita – basta retirar o ingresso, que vale para as duas atividades, com 1h de antecedência na recepção.
Os visitantes podem aproveitar para conferir, na exposição Quadrinhos (entrada: R$ 14 inteira e R$ 7 meia) desenhos e tirinhas originais de Garfield, na seção América do Norte.
Desde 14 de novembro, diversos personagens podem ser encontrados no MIS. O museu inaugurou sua nova exposição, Quadrinhos. Realizada pelo MIS, a mostra – que traz uma ampla retrospectiva da 9ª arte – conta com curadoria de Ivan Freitas da Costa (sócio-fundador da CCXP/Comic Con Experience e da Chiaroscuro Studios) e projeto expográfico da Caselúdico.
Quadrinhos apresenta uma ampla retrospectiva do universo das HQs contada através de revistas, artes originais e itens raros dos diversos gêneros das histórias em quadrinhos – super-heróis, infantis, terror, aventura, romance, mangá, faroeste, erótico e muitos outros – em ambientes temáticos e imersivos que ocupam os dois andares do Museu. A exposição também apresenta a influência das HQs na cultura pop e em outras mídias como cinema e TV.
“A origem da arte sequencial remonta à primeira forma de comunicação do ser humano, que desenhava nas paredes das cavernas para registrar e ajudá-lo a entender o mundo à sua volta. Na exposição apresentamos um amplo panorama dos personagens, criadores e expressões dos quadrinhos no mundo todo de uma perspectiva brasileira, contada através de centenas de itens, a grande maioria deles jamais expostos no país.”
Ivan Freitas da Costa
Curador
Para chegar aos mais de 600 itens que integram a exposição, a curadoria levou 18 meses em pesquisas em diversos acervos. Além do próprio curador, cederam peças para a exposição os colecionadores Ricardo Leite, Marcio Escoteiro e Franco de Rosa, o Planeta Gibi, a família de Glauco, Francisco Ucha, Acervo Álvaro de Moya (Centro Universitário Belas Artes de São Paulo), JAL e Gualberto (HQMIX) e diversos artistas como Angeli, Laerte e Ziraldo.
Entre os itens expostos o público poderá ver de perto raridades como a revista com a primeira aparição de Luluzinha, publicada na The Saturday Evening Post em 1935; a edição número 1 de “O Pato Donald” (1950); uma ilustração original de Tintim, de As Aventuras de Tintim, uma das histórias mais conhecidas do belga Hergé; uma arte original da personagem de quadrinhos eróticos Valentina desenhada pelo seu criador, o italiano Guido Crepax; exemplar da revista Giant-Size X-Men 1 (1975) e uma ilustração original de The Spirit, que traz o personagem mais conhecido de Will Eisner. Quadrinhos também conta com um desenho do personagem Garfield feito por Jim Davis exclusivamente para a exposição e um vídeo com o criador do gato mais famoso das tirinhas fazendo o desenho.
Entre os destaques nacionais está uma edição do jornal O Mosquito (1873) com capa de Angelo Agostini, desenhista ítalo-brasileiro que teve intensa atividade em favor da abolição da escravatura no Brasil. Agostini também colaborou com As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte, considerada a primeira história em quadrinhos brasileira e uma das mais antigas do mundo. A curadoria também teve acesso a desenhos originais de Ziraldo e Glauco. Entre os itens expostos estão um desenho feito a mão feito por Ziraldo com personagens de A Turma do Pererê e um caderno de esboços de Glauco com artes originais para a revista Geraldão, edição número 1.
Ambientes temáticos e experiência imersiva
Como em todas suas megaexposições o MIS apresenta uma expografia imersiva que tem como objetivo aproximar o público do tema abordado. Em Quadrinhos, os fãs podem mergulhar neste universo das HQs em ambientes temáticos e lúdicos ao percorrer as 16 áreas da exposição: Origens, Caricaturas e charges, Tiras, Europa, Mangá, Erótico, Mauricio de Sousa, Angelo Agostini, Ziraldo, Brasil, Brasil nas últimas décadas, América Latina, América do Norte, Disney, DC e Marvel.
O projeto expográfico é assinado pela Caselúdico, parceira do MIS em mostras anteriores como O mundo de Tim Burton (2016) e Castelo Rá-Tim-Bum – A exposição (2014). Marcelo Jackow, diretor de criação da Caselúdico e fã de HQs, conta que o projeto de Quadrinhos foi o mais desafiador dentre os elaboradosem conjunto como MIS. “Nosso desafio foi transportar um universo tão vasto e infinitamente rico, cheio da graça, de traço e de gesto para uma imersão espacial que se relacionasse com sua história em que cada ambiente fosse intimamente ligado com seu conteúdo de forma lúdica e apaixonada”, explica.
Programação paralela
Entre novembro e março o MIS realiza uma extensa programação paralela com atividades para adultos e crianças, incluindo cursos, oficinas, exibição de filmes e bate-papo com artistas. Nos primeiros meses estão confirmados o lançamento da HQ A revolução dos bichos (21.11); a Virada Nerd (24 e 25/11) que terá 32 horas de programação voltadas para a temática geek; o Cinematographo Especial com o filme Sin City (25.11); o lançamento do quadrinho O Judoka (29.11); uma programação especial do Garfield, de Jim Davis, que este ano completou 40 anos (01.12) e o evento Além da Telinha – Especial Superman 80 anos (15.12).
A programação paralela também prevê diversos cursos livres. Já estão abertas as inscrições para sete cursos, incluindo dois durante o período de férias: Fantasia nos quadrinhos (26 de novembro), Concepção de personagens (16 a 30 de janeiro), Folclore e identidade nos quadrinhos nacionais (21 a 30 de janeiro), História em quadrinhos: gênero e representação (4 a 27 de fevereiro); A história do Século XX pela perspectiva dos Quadrinhos (19 a 28 de fevereiro); A sua história em quadrinhos (12 a 28 de março) e A história do Jornalismo em Quadrinhos e sua prática (de 11 de março a 03 de abril). Mais informações no site do MIS.
Visitas guiadas pelo Educativo
Visitas espontâneas: O Educativo MIS realiza visitas espontâneas às quartas-feiras (com exceção de feriados), sempre às 15h. As visitas atendem grupos de até 20 pessoas e têm duração máxima de uma hora (tolerância de 10 minutos para o início). As visitas para Quadrinhos começam no dia 21 de novembro de 2018.
Visitas agendadas: Grupos escolares, universitários e instituições sociais podem agendar a visita no site do MIS. As visitas mediadas têm duração de 90 minutos e atendem diversos perfis de grupos e faixa etárias. Para agendar acesse o site do MIS.
Playlist no Spotify
Especialmente para a exposição o MIS convidou os quadrinistas Adriano Di Benedetto e RB Silva para criar umas playlist para a exposição com músicas que gostam de ouvir enquanto trabalham. Acesse o perfil do MIS e ouça. Para aproveitar ainda mais a experiência, o Spotify oferece wi-fi gratuito para os visitantes do MIS.
No domingo, 11 de novembro, o MIS realiza a Maratona Infantil – Especial Consciência Negra. Durante todo o dia, o Museu traz atividades que remontam e exaltam as raízes africanas do Brasil. Com entrada gratuita, o evento será realizado entre as 10h e 17h.
Para conhecer mais a história do continente africano, diversas contações e espetáculos integram a programação durante todo o dia. Em África – O pisar desse chão, a Cia Hespérides reúne contos de criação do mundo e outros temas, sob a ótica de nossos ancestrais africanos. Já em Lado de Lá – Uma viagem pelas lendas africanas, a Cia Luarnoar apresenta um espetáculo divertido e dinâmico, com a magia dos cenários sonoros e canções originais, para contar muitas histórias lendárias do continente.
Por fim, o espetáculo Karingana Ua Karingana – Histórias de Áfricas, do Grupo Baquetá, tem como objetivo aproximar as relações étnicorracias para crianças – embora seja indicado para todas as idades. Temas como escravização da população negra, diáspora, auto estima, ancestralidade, circularidade, meio ambiente, espiritualidade, linguagem e diversidade são abordados através de técnicas de contação de histórias, danças de matrizes africanas, cantos e brincadeiras. A atração visa, de forma lúdica, desmistificar a idealização de “África” como um lugar afastado, antigo, arcaico e pequeno e apresentar a potência de um vasto continente, berço da civilização, mãe de grandes saberes científicos e tecnológicos.
Oficinas
Crianças e toda a família irão se divertir – e aprender – com inúmeras oficinas que também versam sobre a cultura africana. Um exemplo é a Confecção de bonecas Abayomi, em que o Coletivo Cafuzas partilha algumas histórias vinculadas à boneca (sendo elas relacionadas à diáspora africana) e propõem algumas possibilidades para sua confecção – feitas com tecido preto e retalhos diversos, a base de nós e amarrações e sem demarcação de olho, nariz ou boca. Outra opção é a Oficina de máscaras africanas, na qual a equipe da Matiz Filmes irá conduzir os participantes a produzirem suas próprias máscaras – cuja principal característica é a essência do espírito da pessoa, e não os seus traços físicos reais; por isso, ela faz uso de distorções e abstrações.
Um dos grandes legados da cultura africana no Brasil é a capoeira. Durante a Maratona Infantil, acontecem duas oficinas com o Projeto Sapé Capoeira: uma voltada a bebês de zero a três anos (em que são motivados a manusear os instrumentos com a participação dos seus pais, a partir da sensibilização musical de percussão típica da capoeira, com pandeiro, caxixi, agogô, atabaque e o berimbau); e outra focada em crianças de quatro a 11 anos (que buscará proporcionar a vivência das possibilidades motoras baseadas nos elementos da capoeira, como saltos, rolamentos, ritmo e expressão corporal através do tema “bichos”).
+ brincadeiras
Além disso, haverá o Espaço Kids Competition – uma área de lazer e brincadeiras, disponível das 10h00 às 16h00, para incentivar a prática de atividades ao ar livre. Localizado na área externa do Museu, será recheado de atividades e brincadeiras de rua que vão agradar pais e filhos, como amarelinha, pula corda, mãe da rua e muitas outras.
Evento, em agosto, integra a programação paralela da exposição Hitchcock – Bastidores do suspense; ingressos podem ser adquiridos a partir de 31 de julho
Após a sessão do longa, estrelado por Tom Hanks e Sandra Bullock, o professor João Paulo Vani analisa as questões apresentadas no filme, que trata do atentado de 11 de setembro
Evento integra a programação paralela da exposição Hitchcock – Bastidores do suspense, recém-inaugurada. Além das atividades dentro da temática, a Maratona traz música, fotografia, cinema e artes visuais para toda a família
Carioca se apresenta no dia 20 de julho, sexta-feira. Os ingressos podem ser adquiridos a partir do dia 13.07, às 12h, no site da Ingresso Rápido e na recepção do Museu
Cantor e compositor conhecido por clássicos da música sertaneja como ‘Menino da porteira’, ‘Panela ‘ e ‘Pinga ni mim’ recebe o público para um bate-papo musical sobre sua carreira, enquanto a Banda MIS interpreta suas canções. Evento acontece no dia 18, quarta-feira, às 20h, com entrada gratuita
Performance faz parte do Dança no MIS, projeto realizado mensalmente pelo museu, com curadoria de Natalia Mallo. A apresentação inclui programação site-specific, em que coreógrafos são convidados a escolher uma área do MIS para compor um trabalho em dança, bem como a ocupação do auditório com espetáculos de repertório e novas criações
No sábado, dia 7 de julho, às 20h, o MIS – instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo – recebe a performance Outro, de Mirella Brandi e Muep Etmo. O projeto conta com a participação do performer convidado Pedro Galiza. O espetáculo tem início às 20h e será realizado no Auditório MIS, com entrada gratuita.
A narrativa de Outro leva o público a experimentar os aspectos emocionais e contraditórios vivenciados em grandes cidades, onde o “outro” assume o espaço do invisível ou do indefinido sobre o que realmente pertence a um coletivo e ao que somos individualmente responsáveis. Usando narrativas de luz, projeção de imagens, música e a presença de um performer convidado, dá-se início a este primeiro exercício coreográfico que aprofunda uma pesquisa realizada em parceria entre dois países, Brasil e Alemanha – mais especificamente São Paulo e Berlim.
A primeira etapa desta parceria acontece no MIS em uma apresentação não passiva, que transgride os limites da tela de cinema e do próprio corpo, incluindo o público como parte central desta trama.
Mirella Brandi é artista multimedia e designer de luz, trabalha desde 2006 com o músico, compositor e engenheiro de som Muep Etmo criando projetos sobre narrativas imersivas com luz, som e multilinguagens. Nesse projeto, juntam-se à cineasta e artista visual Tuca Paoli que desde 2010 vive e trabalha em Berlim. O projeto surge desta parceria entre São Paulo e Berlim, onde os artistas se encontram anualmente e aprofundam sua pesquisa sobre projetos imersivos ligados ao cinema expandido a partir da colaboração entre diversas áreas.
S e r v i ç o
DANÇA NO MIS | OUTRO, de Mirella Brandi x Muep Etmo DATA 7 de julho
HORÁRIO 20h
LOCAL Auditório MIS (172 lugares) INGRESSO Gratuito – retirada de ingresso com uma hora de antecedência DURAÇÃO 40 minutos CLASSIFICAÇÃO 16 anos
Museu da Imagem e do Som – MIS Avenida Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo | (11) 2117 4777 | www.mis-sp.org.br Estacionamento conveniado: R$ 18,00
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado.
O Museu da Imagem e do Som – MIS SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, realiza mais uma tradicional Maratona de Filmes de Terror durante a madrugada de Sexta-Feira 13. Esta edição, porém, é especial: acontece juntamente com a inauguração da nova megaexposição do Museu, Hitchcock – Bastidores do suspense, no próximo dia 13 de julho.
Para mergulhar no clima do diretor britânico, além da exibição de três de seus icônicos filmes durante a madrugada (Os Pássaros, Trama Macabra e O Homem que sabia demais), quem comprar ingresso para a Maratona de filmes poderá visitar a exposição entre as 22h de sexta (13) e 10h de sábado (14).
Os ingressos para a Sexta-Feira 13 – Maratona Hitchcock (R$ 30, que dão direito às três sessões mais entrada na exposição) começam a ser vendidos no dia 6 de julho, sexta-feira, a partir das 12h – no site da Ingresso Rápido e recepção do Museu.
PROGRAMAÇÃO
23h – Os Pássaros (1963)
Melanie Daniels (Tippi Hedren) é uma bela e rica socialite que sempre vai atrás do que quer. Um dia ela conhece o advogado Mitch Brenner (Rod Taylor) em um pet shop e fica interessada nele. Após o encontro ela decide procurá-lo em sua cidade. Ela dirige por uma hora até a pacata cidade de Bodega Bay, na Califórnia, onde Mitch costuma passar os finais de semana. Entretanto, Melaine só não sabia que iria vivenciar algo assustador: milhares de pássaros se instalaram na localidade e começam a atacar as pessoas.
1h – Trama macabra (1976)
O último filme de Alfred Hitchcock teve o roteiro baseado no livro The Rainbird Pattern, de Victor Canning. Na trama, a falsa médium Madame Blanche (Barbara Harris) e seu namorado, o taxista George Lumley (Bruce Dern), tentam arrancar algum dinheiro de Julia Rainbird (Cathleen Nesbitt) dizendo que conseguem se comunicar com seu sobrinho desaparecido. Enquanto isso, Arthur Adamson (William Devane) e sua parceira, Fran (Karen Black), enriquecem sequestrando magnatas. Brevemente os caminhos dos quatro trambiqueiros se cruzarão.
3h – O homem que sabia demais (1956)
O filme é uma refilmagem do filme homônimo de 1934, também dirigido por Hitchcock. Durante suas férias no Marrocos, Ben McKenna (James Stewart), um médico, e sua família se envolvem acidentalmente em uma trama internacional de assassinato, quando um moribundo fala ao ouvido de Ben algumas palavras. Para impedi-lo de denunciar a trama à polícia, os conspiradores resolvem então sequestrar seu filho.
O MIS, instituição da Secretaria da Cultura inaugura sua nova megaexposição, Hitchcock – Bastidores do suspense, no dia 13/7, sexta-feira. A abertura da mostra contará com uma virada durante a madrugada: o público poderá visitar a exposição desde as 10h00 de sexta-feira (13/07) até as 21h00 de sábado (14/07).
Os ingressos antecipados para os primeiros dias de visitação (13, 14, 18, 19, 20 e 21 de julho) podem ser adquiridos, a partir das 12h do dia 29/06, no site e aplicativo da Ingresso Rápido.
A Exposição
Através da longa filmografia de Hitchcock, o público pode conhecer os diversos aspectos e elementos que tornaram suas obras audiovisuais grandes sucessos e de inquestionável vanguardismo técnico e artístico. Hitchcock se ocupava de todas as etapas e processos de seus filmes, desde o argumento inicial ou pré-roteiro até a finalização e edição dos filmes, passando pela direção de arte, direção de fotografia e até indicação de como seria o design do pôster e seu plano de divulgação. Este domínio pleno e controle de todas as etapas da feitura de seus filmes estão presentes na mostra, que apresenta ao público um cineasta completo e preocupado com cada detalhe de suas produções. O projeto expográfico e arquitetônico da mostra, desenvolvido em parceria com o Atelier Marko Brajovic, explora com literalidade o “perfil Hitchcock”, com muito suspense e surpresas tanto para os visitantes que conhecem mais a fundo sua obra quanto para aqueles que não são íntimos de seu modo de produção.
Além da exposição, o MIS prevê uma intensa programação paralela que segue por todo o período que a exposição fica em cartaz, incluindo mostras de cinema, lançamento de livro, palestras e edições especiais da programação regular do museu – como o Cinematographo e a Maratona Infantil. Além disso, o MIS preparou um curso especial para os fãs do mestre do suspense, que já está com inscrições abertas:
Curso: O Cinema de Alfred Hitchcock
Ministrado por Carlos Primati (jornalista, crítico, tradutor e pesquisador) e Marcelo Lyra (jornalista, professor e crítico de cinema), o curso aborda em doze aulas, de maneira analítica e expositiva todos os aspectos da obra do diretor conhecido como ‘o mestre do suspense’. Desde a fase inglesa, ainda no cinema mudo, passado pela transição para o cinema falado, a colorização dos filmes, a indústria hollywoodiana e até mesmo a participação na produção da série de TV, serão temas abordados que delineiam a compreensão da importância de sua obra para a história do cinema mundial. O curso acontece de 16 de julho a 27 de agosto, das 19h00 às 22h00. Inscrições abertas, mais informações e inscrições, clique aqui.
A partir de 28 de junho, o Museu da Diversidade Sexual, a Casa das Rosas e o Museu da Imagem e do Som – MIS, participam juntos do TRANSdocumenta, uma mostra que discutirá assuntos ligados à transexualidade. Serão documentários, debates, exposições fotográficas, entre outras atividades. O evento é parte da agenda de direitos humanos “O Mundo que Queremos”, do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Assessoria Especial para Assuntos Internacionais (AEAI), em parceria com a ONU, e da campanha “Sonhar o Mundo”, realizada pelos museus da Secretaria da Cultura do Estado.
A abertura será nesta quinta-feira no Red Bull Station. Durante o evento, além de da exposição fotográfica “Com Muito Orgulho” – já em cartaz no Museu da Diversidade -, o público terá a oportunidade de acompanhar o lançamento do projeto “Memórias da Diversidade”, apresentado por Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade Sexual. A iniciativa traz depoimentos de pessoas LGBTIs com mais de 65 anos de idade. “Desde sua primeira edição, com poucas pessoas, até se transformar na maior manifestação da população LGBT, a Parada [do Orgulho LGBT de São Paulo] mostrou que é o espaço genuíno de reinvindicação, visibilidade e celebração do orgulho. E é com muito orgulho que o Museu da Diversidade Sexual homenageia todas as pessoas que de alguma forma contribuem, organizam e participam das Paradas pelo mundo”, comenta Reinaudo.
Também participa da cerimônia, Ana Paula Fava, assessora especial para Assuntos Internacionais do Governo do Estado de São Paulo, que irá discursar sobre o tema.
Os interessados em participar da abertura devem se inscrever aqui. O evento é gratuito, mas as vagas são limitadas.
O objetivo da mostra é promover o diálogo e o debate abordando os desafios enfrentados pela população LGBTI+. Para isso, a programação inclui também rodas de conversas com diretores dos documentários que serão exibidos ao longo da semana, pocket shows e a feira “Ocupa Diversa”, com peças de empreendedores LGBTI+.
Entre os documentários, estão curtas e longa-metragens nacionais e internacionais – entre elas, uma produção holandesa, com direção de Daniel Abma, “Transit Havana” se passa em Cuba e conta a história de três transexuais que aguardam na fila de espera para realizar a cirurgia genital, realizada por cirurgiões europeus e organizada por Mariela Castro, filha do presidente. A Cônsul Geral Adjunta do Reino dos Países Baixos em São Paulo, Nanna Stolze, comentou sobre a importância da iniciativa e do poder de conscientização da população, por meio da arte. “Sempre procuramos formas de cooperação com Brasil na área de direitos LGBTI, que é um ponto importante na política interna e externa do governo dos Países Baixos, relata.
Confira a programação completa da mostra TRANSdocumenta:
RED BULL STATION
MUSEU DA DIVERSIDADE SEXUAL
CASA DAS ROSAS
MUSEU DA IMAGEM E DO SOM – MIS
RED BULL STATION
Exposição de fotografias Com Muito Orgulho, do Museu da Diversidade Sexual
Exibição do documentário “Estamos Todos Aqui” e conversa com os diretores
O curta de ficção abrange a questão da transexualidade, além de explorar a realidade dos moradores das favelas usando a personagem Rosa Luz como líder da Favela da Prainha, litoral sul de São Paulo. O papel de Rosa permite esclarecer os constantes desafios de discriminação sexual que tentam superar pessoas LGBTs de periferias do Brasil. Duração: 22 min | Direção: Chico Santos e Rafael Mellim (Brasil) | Classificação: 12 anos
16h00 – Exibição do documentário “Last chance” (Última Chance)
Este documentário conta a história de cinco pessoas que buscam por asilo e fogem de seus países de origem para escapar da violência LGBTfóbica. Eles enfrentam obstáculos para chegarem até o Canadá, temem deportação e aguardam ansiosamente uma decisão que irá mudar suas vidas para sempre. Duração: 84 min | Direção: Paul-Émile d’Entremont (Canadá) | Classificação: 14 anos
18h00 – Exibição do documentário “Quarto Camarim”
O documentário apresenta a busca da diretora por a sua tia transexual depois de 6 anos sem contato. Desenvolvendo a temática da comunidade LGBT no papel da tia, o roteiro lida as ideias sociais e políticas que envolvem a controvérsia e os preconceitos da transexualidade com uma abordagem artística e familiar. Duração: 101 min | Direção:Fabrício Ramos e Camele Queiroz (Brasil) | Classificação: 12 anos
30 de junho, sábado
16h00 – Exibição do documentário “Meu Nome é Jacque”
O documentário apresenta a história de uma mulher transexual lidando com a AIDS há mais de 20 anos. Reflete as questões da transfobia e da exclusão social contra as quais a protagonista luta. A diretora tentou expor a realidade da comunidade LGBT esforçando-se para quebrar os paradigmas usando o exemplo pessoal da ativista Jacque. Duração: 72 min | Direção: Angela Zoé (Brasil) | Classificação: 12 anos
18h00 – Exibição do documentário “Auf der anderen Seite” (Do outro lado)
Inicialmente, Nejat (um personagem andrógino) não aprova o relacionamento de seu pai com a prostituta Yeter, o que muda quando ele descobre que o pai envia constantemente dinheiro para a Turquia no intuito de pagar os estudos da filha dela, Ayten. Nejat cresce apaixonado por Yeter, mas sua repentina morte faz com que ele se afaste de seu pai. Nejat decide ir a Istambul para procurar Ayten, descobrindo que ela se tornou uma ativista política e está na Alemanha. Duração: 120 min | Direção: Fatih Akin (Alemanha) | Classificação: 12 anos
13h00 – Exibição do documentário “Meu Corpo é Político” e conversa com a diretora Alice Riff
Vivenciado o dia a dia ao lado de diversos ativistas LGBTs moradores das periferias de São Paulo, o documentário faz um panorama do contexto social em que os personagens estão inseridos. Além disso, levanta questões sobre a população trans no Brasil e suas disputas políticas. Duração: 72 min | Direção: Alice Riff (Brasil) | Classificação: 12 anos
16h00 – Exibição do documentário “Transit Havana”
Em Havana, as transexuais Odette, Juani e Malú aguardam cirurgia genital – realizada por cirurgiões de primeira linha e organizada pela filha do presidente, Mariela Castro. Novas possibilidades enfrentam problemas antigos: as pessoas trans cubanas encontrarão felicidade apesar da intolerância, pobreza e prostituição? Duração: 86 min | Direção: Daniel Abma (Holanda) | Classificação: 18 anos
05 de julho, quinta-feira
20h00 – Exibição ao ar livre do documentário “My prairie home” (Meu Lar nas Pradarias)
Neste documentário-musical feito por Chelsea McMullan, a pessoa não-binária de gênero fluído cantora indie Rae Spoon nos leva em uma viagem lúdica, meditativa e melancólica, às vezes. Com imagens majestosas das expansões infinitas das pradarias canadenses, o filme apresenta Spoon cantando sobre seu amadurecimento de gênero e musical. Entrevistas, performances e sequências musicais revelam processo de inspiração de Spoon de construir uma vida própria, como uma pessoa trans e como músico. Duração: 77 min | Direção: Chelsea McMullan (Canadá)
Exposição de fotografias COM MUITO ORGULHO, mostra do Museu da Diversidade Sexual
14h00 – Exibição do documentário “Transit Havana”
16h00 – Exibição do documentário “Estamos Todos Aqui”
17h00 – Exibição do documentário “Auf der anderen Seite” (Do outro lado)
18h30 – Exibição do documentário “Bicha Preta”
Bicha Preta aborda os aspectos socioculturais que auxiliam na marginalização da negritude, especificamente em relação ao indivíduo homossexual e contribui relatando a diversidade de expressões e lutas dentro de um mesmo movimento, trazendo a público nova reflexões e deixando marcado na história, vivências antes nunca documentadas. Duração: 23 min | Direção: Thiago Rocha | Classificação: 12 anos
Área externa
12h00 às 18h00 – Feira de expositores LGBTI+ e pocket shows
Nos dias 26 e 28 de junho, o Museu da Imagem e do Som – MIS SP, recebe a mostra “Cinema Comercial Indiano Contemporâneo”. Organizada pelo Centro Cultural Indiano de São Paulo e com curadoria da especialista em cinema indiano, Juily Manghirmalani, a mostra traz uma amostragem de grandes bilheterias do cinema híndi atual. A seleção, que apresenta seis obras de diferentes gêneros e temáticas, tem como objetivo aproximar o público brasileiro da Índia.
As sessões acontecem no Auditório MIS (172 lugares) e têm entrada gratuita. Para participar é necessário retirar o ingresso com 1 hora de antecedência, de cada filme, na recepção do Museu. Confira abaixo a programação:
26/06 – Terça-feira
15h00
Hawaa Hawaai (Dir. Amole Gupte, 2014, 120 min, Drama/Família, Classificação livre)
Sinopse: O pequeno Arjun sonha em se tornar campeão de skate, no entanto sua realidade humilde o impossibilita de seguir esse caminho. Após a morte de seu pai, Arjun muda-se para Mumbai em busca de realizar esse grande sonho.
17h30 Tanu Weds Manu (Dir. Aanand L. Rai, 2011, 119 min, Comédia romântica, 12 anos)
Sinopse: Manoj “Manu” Sharma é um médico indiano que vive em Londres. Ele vai para a Índia em busca de uma noiva para se casar. Seus pais já selecionaram algumas garotas para ele conhecer e o levam para Kanpur para conhecer Tanuja “Tanu” Trivedi, que não tem intenção alguma de se casar com ele.
20h00
3 idiotas/3 idiots (Dir. Rajkumar Hirani, 2009, 171 min, Comédia, 12 anos)
Na faculdade, Farhan e Raju formam um grande vínculo com Rancho devido a sua visão positiva e renovadora da vida. Anos mais tarde, uma aposta lhes dá a chance de procurar por seu amigo há muito tempo perdido.
Kanji Mehta é um ateu que administra uma loja de antiguidades. Para ele, deuses e religião nada mais são do que uma proposta de negócio. Um belo dia, um leve terremoto sacode a cidade de Mumbai, porém o tremor parece não ter gerado nenhum grande dano, somente a destruição da loja de Kanji. O seguro não cobre o desastre natural, então Kanji abre um processo contra Deus para que o reembolse.
17h30 Queen (Dir. Vikas Bahl, 2013, 146 min, Comédia Romântica, 12 anos)
Rani é uma jovem de 24 anos que está prestes a se casar. No dia anterior ao casamento, o noivo cancela a festa, deixando Rani e sua família desolados. A moça decide então ir a sua lua de mel sozinha por Londres, onde faz novos amigos e muda sua forma de enxergar o mundo.
20h00 Kahaani (Dir. Vikas Bahl, 2013, 146 min, Drama/Policial, 16 anos)
Um ataque de gás venenoso em um compartimento do Metrô de Kolkata mata os passageiros a bordo. Dois anos depois, Vidya Bagchi, engenheira de software e grávida, chega a Londres em Kolkata durante as festividades de Durga Puja em busca de seu marido desaparecido, Arnab Bagchi.
No 23/6, o Museu da Imagem e do Som – MIS-SP, exibe o documentário “Chega de fiu fiu”. A sessão única – que será seguida de um bate-papo com as diretoras – tem início às 18h e acontece no Auditório LABMIS. A entrada é gratuita, para participar é necessário retirar ingresso com uma hora de antecedência da recepção no Museu.
Dirigido por Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão, o longa-metragem trata da participação das mulheres nos espaços públicos, marcada por uma série de violências, em especial o assédio sexual, e examina como campanhas e outras dinâmicas criadas por ativistas e movimentos feministas no período de 2014 a 2017 têm modificado relações de poder entre homens e mulheres nas ruas e na internet.
As cidades foram feitas para as mulheres?
A pergunta é motor fundamental do longa-metragem “Chega de fiufiu”. Produzido em parceria com a Brodagem Filmes, o documentário foi lançado em maio deste ano e integra campanha homônima criada em 2014 pela organização Think Olga, trazendo ao centro do debate questões como o assédio e o direito das mulheres ao espaço público.
“Chega de fiufiu” explicita como a participação das mulheres no espaço urbano é marcada por insegurança. “Entraves como a falta de iluminação, lugares ermos, a dificuldade de mobilidade, longas distâncias na locomoção de casa ao trabalho, ausência de creches e péssimo atendimento em serviços de saúde e segurança seguem como catracas visíveis e invisíveis do acesso das mulheres às cidades. Tais entraves revelam o quanto as cidades foram construídas sem a perspectiva de gênero e agravam ainda mais as violências sofridas pelas mulheres, como o assédio”, diz Amanda Kamanchek, diretora do documentário. “O filme é um retrato dessa violência de gênero em um contexto ainda pouquíssimo explorado: o espaço público. A pergunta que nos fizemos ao longo de todo o filme é ‘qual é o lugar das mulheres nas cidades? ’”.
“Chega de fiu fiu” traça uma narrativa composta de três momentos: a utilização de óculos com uma microcâmera escondida, usado por mulheres em seu dia a dia; a vida de três personagens de diferentes cidades (Brasília, São Paulo e Salvador) e o diálogo com especialistas sobre assédio, identidades, sexualidade, participação e mobilização social e masculinidades.
“Não só a entrevista com personagens, mas a dinâmica de cada uma delas com suas cidades foi nos ajudando a construir o argumento real do filme. Ao longo do projeto, criamos alguns artifícios de filmagem como o óculos-espião, o que nos permitiu explorar de maneira muito forte o modo como o corpo é percebido no espaço público. Dessa forma, as personagens puderam também se utilizar de um instrumento de denúncia. E, em adição, o próprio corpo delas se tornou uma ferramenta dessa narrativa. Em suma, convidamos essas mulheres a colaborar com o documentário de fato e isso nos trouxe ainda mais verdade e emoção”, diz Fernanda Frazão, também diretora do filme.
De acordo com pesquisa da ActionAid de 2016, 86% das brasileiras já sofreram violência sexual ou assédio em espaços públicos. Delas, 77% ouviram assobios, 57% ouviram comentários de cunho sexual, 39% xingamentos, 50% foram seguidas, 44% tiveram seus corpos tocados, 37% tiveram homens que se exibiram para elas e 8% foram estupradas.
Muitos anos se passaram desde que as mulheres começaram a circular nos espaços públicos, mas o respeito nesse território ainda lhes é negado. Pesquisa do Ipea de 2014, “Tolerância social à violência contra as mulheres”, mostrou que 26% dos brasileiros concordam com a afirmação “mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas” e estudo do Fórum de Segurança Pública de 2016 mostra ainda que uma em cada três pessoas acreditam que “mulheres que se dão ao respeito não são estupradas”. Uma violência baseada na ideia de que quando uma mulher se comporta de determinada maneira, ela deve ser punida.
Tais pesquisas revelam o pensamento atual de muitas pessoas que ainda consideram inaceitáveis certas condutas e escolhas das mulheres, como “ficar bêbada”, “sair de casa sem o marido” e “usar roupas justas e decotadas”.
“Há alguns anos, assédio era uma palavra não dita, um assunto discutido em algumas bolhas feministas. Houve a necessidade de ampliar essa conversa e, com o tempo, ela foi evoluindo e amadurecendo. Não poderíamos estagnar nessa ideia do assédio como algo micro, a cantada de rua. É necessário olhar que papel ele desempenha dentro da cultura do estupro e como alimenta a roda hostil do machismo”, dizJuliana de Faria, fundadora da ONG Think Olga. “Mais que isso, o filme mostra como somos excluídas sistematicamente do debate sobre a cidade. As personagens do filme têm isso em comum: nenhuma se sente à vontade pra circular no espaço público. Nenhuma delas se sente segura ou pertencente à cidade. Para além da denúncia, vejo o documentário como um projeto educacional. A ideia é transformá-lo em ferramenta junto às universidades e escolas para que possamos pensar em conjunto uma mudança”, conclui.
Confira o trailer oficial do filme:
“A sociedade nos ensina que não temos que ver isso como um problema. Que é ‘legal’ a gente sair na rua e, de repente, ser assediada.”
Djamila Ribeiro
Pesquisadora na área de Filosofia Política e feminista
Sobre as diretoras
Amanda Kamanchek, brasileira, 31 anos, jornalista e documentarista, trabalha com projetos sociais destinados à prevenção da violência contra mulheres e meninas, educação de gênero nas escolas, assédio sexual e direito à cidade. Foi coordenadora de campanhas da área de enfrentamento à violência da ONU Mulheres Brasil – Agência das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres. É diretora do documentário Chega de Fiu Fiu, sobre o assédio contra as mulheres em espaços públicos em parceria com a organização feminista Think Olga. Desenvolveu junto ao Departamento de Ciência da Política de Direitos Autorais da Paz, Democracia e Tolerância da USP a plataforma Cartografia de Direitos Humanos. Foi coordenadora de Comunicação do Instituto Pólis, desenvolvendo conteúdos e projetos relacionados aos temas direito à cidade, habitação, segurança pública, democracia e sustentabilidade. É formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em Documentário pela AIC (Academia Internacional de Cinema). Eleita uma das 21 mulheres brasileiras que estão fazendo do país um lugar melhor, pelo Brasil Post / Huffington Post, 2014 e como uma das 100 mulheres inspiradoras do mundo em 2014, pelo Think Olga, organização feminista que combate o assédio contra as mulheres.
Fernanda Frazão, brasileira, 32 anos, é fotógrafa e documentarista, formada em Comunicação Audiovisual pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) e pela Universidad da Coruña (UDC), Espanha. Trabalha na intersecção de várias mídias como plataformas criativas para contar histórias, com foco em gênero e direitos humanos. Dirigiu seu primeiro longa-metragem “Chega de Fiu Fiu” (2018) sobre o assédio sexual contra mulheres em espaços públicos no Brasil, em parceria com a organização feminista Think Olga. Em 2011, realizou o curta-metragem “Amai-vos uns aos loucos”, sobre os estereótipos da esquizofrenia e sua relação com a sociedade de consumo. Trabalha como freelancer de desenvolvimento, direção e criação em conteúdo multimídia na O2 Filmes, onde também atua como diretora criativa em novos formatos, conteúdo interativo e digital. Vive e trabalha em São Paulo, Brasil.
Na sexta-feira, 29/6, o Museu da Imagem e do Som – MIS SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, recebe show com o trio paranaense Tuyo. A apresentação acontece dentro do projeto mensal do Museu dedicado à música independente, o Estéreo MIS.
Tuyo é um trio de folk futurista que cria uma fusão entre o orgânico e o sintético num labirinto de voz, violão e beat. Com um som flutuante, letras existenciais e elementos lo-fi, o trio de compositores paranaenses mescla o violão denso de Jean Machado com o trabalho vocal audacioso das irmãs Lio e Lay Soares. Sem medo de sair da superfície, Lio, Lay e Jean dialogam ora com a poesia da América Latina, ora com a ferocidade irônica que a vida exige.
Em 2017, a Tuyo lançou o clipe do single “Amadurece e Apodrece” e seu EP de estreia, “Pra Doer”. Com quatro faixas, o álbum apresenta um trabalho consistente e carregado de identidade, trazendo a fluidez entre o antigo e o recente.
O show acontece no dia 29 de junho, às 21h30, no Auditório MIS (172 lugares). Os ingressos podem ser adquiridos a partir da sexta-feira, 22.06, às 12h00, no site da Ingresso Rápido e na recepção do MIS.
Em Junho, o programa Notas Contemporâneas do MIS, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, convida o cantor e compositor Toquinho – autor de grandes clássicos da música brasileira, como Aquarela, O Caderno e Tarde em Itapuã, para um bate-papo sobre sua carreira, mediado por Cleber Papa, curador do projeto, enquanto a Banda MIS interpreta seus sucessos no palco. O público presente poderá interagir e enviar perguntas a Toquinho durante o evento.
O Notas Contemporâneas acontece no dia 20/6, às 20h, no Auditório MIS (172 lugares). O ingresso, gratuito, deve ser retirado com 1h de antecedência na bilheteria do Museu.
Sobre o artista
Nascido em São Paulo no dia 6 de julho de 1946, com o nome de Antonio Pecci Filho, na primeira infância a mãe o chamava de “meu toquinho de gente”. E o apelido Toquinho permaneceu, identificando-o depois como um dos mais expressivos artistas da música popular brasileira. Começou cedo a se interessar pelo violão. Aos 14 anos já tinha aulas com seu principal mestre, Paulinho Nogueira, que o introduziu no caminho do violão, quando compreendeu a descoberta da passagem do acompanhamento para o solo. Então, com Edgard Gianullo, enriqueceu conhecimentos harmônicos, e aprimorou esses conhecimentos em função da amizade com Oscar Castro Neves.
Em meio a apresentações amadoristas em clubes e faculdades, levado por Paulinho Nogueira, Toquinho iniciou sua carreira durante os anos de 1964 e 1965. No que se refere a Toquinho, a atividade profissional passou a ser mais palpável e definida a partir de um show realizado em São José do Rio Preto, quando recebeu seu primeiro cachê. Naquela época, o radialista Walter Silva soube como reunir artistas como Elis Regina, Zimbo Trio, Marcos Valle, Bossa Jazz Trio, Taiguara, Ivete, Tuca, Geraldo Cunha, Chico Buarque, e aproveitar e expandir seus talentos em marcantes shows no palco do Teatro Paramount. Toquinho cultiva até hoje com Chico Buarque uma forte amizade iniciada aos 17 anos, época em que compuseram juntos a canção “Lua cheia”, a primeira melodia de Toquinho a receber uma letra, e que se constituiria, em 1967, na sua primeira canção gravada em disco, no LP da RGE, Chico Buarque de Holanda – Volume 2. Experimentaria a emoção de ter seu primeiro LP gravado pela Fermata, um LP instrumental: O Violão do Toquinho. Assina contrato com a Excelsior para o programa “Ensaio Geral”, comandado por Gilberto Gil, e depois participa dos grandes musicais da TV Record e de seus importantes Festivais da Canção Popular. Em 1970, compôs, com Jorge Ben, seu primeiro grande sucesso, Que Maravilha. Ainda nesse ano, Vinicius de Moraes o convidou para participar de espetáculos em Buenos Aires, formando uma sólida parceria que durou onze anos (e encerrou-se com a morte de Vinicius de Moraes), 120 canções, 25 discos e mais de mil espetáculos. Entre as composições da parceria destacam-se: O Bem-amado, Como dizia o poeta, Carta ao Tom 74, entre outras. Já em 1983, compôs seu grande sucesso: Aquarela.
Em Junho, o MIS SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado, traz para a programação da Maratona Infantil duas grandes paixões nacionais: futebol e festa junina! Durante todo o dia 24, domingo, crianças e famílias poderão aproveitar atividades com o melhor dos dois mundos no especial Copa Junina. Completam a programação muitas oficinas, contação de histórias e shows.
Em dois horários, a Intervenção Futebolando, com Cia do Núcleo, traz dois palhaços futebolísticos que interagem com o público utilizando os jargões típicos do esporte, enquanto promovem a prática de atividades físicas. Já os pequenos artistas poderão expressar sua paixão pelo esporte em duas oficinas temáticas: Flipbook Bola no Gol, em que os participantes irão criar seus próprios livretos animados – “flipbooks” – com o tema futebol; e Compactor de Pintura, em que as crianças irão criar pinturas temáticas sobre o mundial de futebol.
+ Esporte
Além disso, o Espaço Kids Competition será uma área de lazer e brincadeiras, disponível das 10h00 às 16h00, para incentivar a prática de atividades ao ar livre. Localizado na área externa do Museu, será recheado de atividades e brincadeiras de rua que vão agradar pais e filhos, como amarelinha, pula corda, mãe da rua e muitas outras.
Festa Junina
No mês de Junho, não poderiam faltar atividades que celebram a Festa de São João na programação da Maratona Infantil. O espetáculo Vamos Xaxar, com Cia da Chinela, apresenta um show que convida o público a participar de brincadeiras tradicionais das Festas de São João. No Arraiá do Sertão, a Cia Cambaio conta de maneira lúdica as diversas passagens históricas que deram origem às festas juninas no Brasil – principalmente na região Nordeste, onde ela se enraizou, tornando-se forte em sua cultura. Ao final, os artistas convidam o público para dançar uma tradicional quadrilha, tão popular em nossa cultura.
Momento Bebê
A programação também abre espaço para bebês e suas famílias. A oficina Descobrindo o Mundo oferece atividades multissensoriais e vivências que visam a interação da criança ainda na primeira infância com o espaço em questão, suas especificidades, a família e o mundo que a cerca, utilizando a arte como eixo condutor.
Confira a programação do dia
10h às 16h | Ponto para doação de brinquedos e alimentos
10h às 16h | Espaço Kids Competition
10h às 16h | Oficina com Matiz Filmes
10h às 16h | Oficina Pritt de Colagem
10h às 16h | Oficina Play-Doh de Massinha de modelar
10h às 16h | Oficina Compactor de Pintura
10h às 13h | Oficina para bebês – Descobrindo o Mundo
10h | Oficina de Games HappyCode
10h30 | Intervenção Futebolando
11h | Oficina de carimbos
11h | Arraiá do Sertão com Cia Cambaio
11h15 | Oficina de Games HappyCode
11h30 | Intervenção “A Fotógrafa que capturava o invisível”
12h | Oficina de carimbos
12h15 | Oficina de Games HappyCode
12h30 | Intervenção Futebolando
13h às 16h | Contação de histórias com Arte Despertar
13h | Arraiá do Sertão com Cia Cambaio
13h30 | Intervenção “A Fotógrafa que capturava o invisível”
As férias de julho estão chegando e o Museu da Imagem e do Som (MIS), preparou uma série de opções de cursos no período. Há diversas opções nas áreas de fotografia, cinema, entretenimento e informática.
A produtora responsável pelos cursos, Cristiane Amaral, falou sobre a novidade na leva de oportunidades. “Os labirintos de Guillermo del Toro é inédito, onde falaremos sobre cinema fantástico. E repetiremos, devido ao sucesso, as aulas sobre séries de TV neste julho”, conta.
Claudia Fusco, jornalista, ministrará o curso sobre Guillermo del Toro e fala com muita empolgação sobre os 25 anos de estrada do diretor, que ganhou maior notoriedade com o Oscar faturado em 2018 por “A forma da água”. “Nosso curso é um debate mais voltado para o fantástico, para a unidade no pensamento do diretor e seu trabalho totalmente autoral. Ele consegue tornar o monstruoso mais próximo, caloroso, o que é marcante, usando a magia com ferramenta para contar grandes histórias”, ela explica.
Para Claudia, o curso dedicado ao artista tem razão de ser justamente pelas dimensões que suas histórias, aparentemente bobas e rasas, podem atingir. “Em seus filmes, a magia é normalizada. Fábulas se tornam universais, mas com características peculiares, como a magia com que os personagens se manifestam e como os papeis são invertidos, sob nosso olhar”.
Claudia utilizará conceitos filosóficos e históricos para levantar as questões mais pungentes nos filmes de Del Toro: o que é ser humano, o bem e o mal por onde transitamos, entre outras questões. “O público do MIS é muito diverso, bacana e isso enriquece o curso. Vamos falar sobre histórias muito próprias, distantes do que Hollywood dita”, conclui.
Sinopse: O aluno estará apto a utilizar a câmera fotográfica de maneira criativa e consciente, entendendo os prós e contras, causas e efeitos no momento de tirar uma foto. Serão apresentados diferentes tipos de aparelhos fotográficos, bem como suas funções básicas e aquelas mais utilizadas dependendo da temática a ser desenvolvida nas aulas. Nos sets fotográficos, visa-se capacitar os alunos a treinarem o “olhar”, ângulos, perspectivas e enquadramentos e composição da imagem. Na aula de 3 horas em que será feito um exercício de fotografar externas (locação).
Curso Retratos e ensaios fotográficos
Data: de 02 a 23 de julho de 2018 (06 encontros)
Horário: de 2ª e 4ª feira, das 18h00 às 21h00
Sinopse: Curso de fotografia indicado para fotógrafos que realizam ensaios e sessões de retrato no seu dia a dia ou buscam ampliar suas referências fotográficas e adquirir experiência em montagem de sets de iluminação trazendo assim a linguagem fotográfica desejada. Entre teoria e prática, vamos abordar a história da fotografia de retrato e também iremos aplicar algumas técnicas usadas para direção de pessoas.
Curso: Os labirintos de Guilhermo Del Toro
Data: dias 03 a 13 de julho de 2018 (04 encontros)
Horário: de 3ª e 6ª feira, das 19h30 às 22h00
Sinopse: Em seu discurso de agradecimento no Globo de Ouro deste ano, Guillermo Del Toro dedicou seu merecido prêmio aos monstros, aos quais “sempre foi fiel, desde a infância”. Em 25 anos de uma carreira brilhante, Del Toro tem mesmo a agradecer às fábulas que, transformadas em cinema da melhor qualidade, passaram a encantar pessoas em todo o planeta. Neste curso de quatro encontros, vamos conversar e nos aprofundar nos labirintos de Del Toro e mergulhar em seu olhar encantado sobre o mundo ao nosso redor.
Curso Introdução à técnica Stop Motion
Data: de 05 a 31 de julho de 2018 (07 aulas)
Horário: de 3ª e 5ª feira, das 18h00 às 21h00
Sinopse do Projeto: O stop motion é uma técnica de animação que permite animar objetos através de uma sequência de fotos tiradas de um mesmo ponto onde o objeto é movido em diferentes posições – possibilitando assim a ideia de movimento. Filmes como A fuga das Galinhas, Coraline e A Noiva Cadáver utilizam a técnica. Hoje com o avanço das tecnologias e seu fácil acesso, com uma câmera digital ou até com o celular e programas de edição filmes, é possível criar filmes de animação com esse efeito. O participante aprenderá de forma bem divertida alguns princípios da animação através da apresentação de brinquedos ópticos tais com: taumatrópio, praxinoscópio e flip books. Depois será desafiado a criar personagens com massa de modelar que serão animados através da técnica stop motion (quadro a quadro) capturando as imagens com uma câmera digital.
Curso: Photoshop
Data: de 10 a 31 de julho de 2018 (07 encontros)
Horário: de 3ª e 5ª feira, das 09h00 às 12h00
Sinopse: O curso de Photoshop básico, tem o objetivo de fornecer um panorama completo das principais ferramentas de edição e tratamento de imagens. Tem por meta levantar aspectos sobre a importância da captação fotográfica nos processos iniciais da imagem e suas influências na pós-produção. Durante o curso serão levantadas questões sobre o impacto da imagem digital nas novas mídias e a importância que o programa tem no mercado atual.
Curso: Desvendando as Séries de TV
Data: de 11 a 19 de julho de 2017 (04 encontros)
Horário: de 3ª, 4ª e 5ª feira, das 19h00 às 22h00
Sinopse: Através da análise de pilotos e episódios regulares de diferentes séries, os alunos vão compreender quais são os elementos que fazem uma série de sucesso e conhecerão as técnicas de roteiro que garantem a atenção do espectador desde a primeira cena até o último episódio da última temporada. Além de trechos de outras produções, serão analisadas as séries abaixo: BreakingBad, The GoodWife e 30 Rock.
Em junho, os museus, salas de concerto e bibliotecas da Secretaria da Cultura do Estado capricharam em atividades sobre dois temas: futebol e cultura russa. São jogos, exposições, oficinas e muito mais. Confira o que fazer quando o Brasil não estiver jogando a aproveite!
O Museu do Futebol terá um mês repleto de atividades relacionadas ao campeonato. Já está em cartaz a exposição “A Primeira Estrela: o Brasil na Copa de 1958”, que conta a história da primeira conquista da seleção brasileira no mundial. Durante todo o mês, o museu também exibirá 39 jogos do campeonato em um espaço decorado especialmente para a competição. No dia 23 de junho, às 10h00, inicia-se a 1ª Feira Foot, evento gratuito que vai reunir uma feira retrô de itens de futebol, venda de memorabília, bate-papo sobre memórias do esporte e troca de artigos colecionáveis. Para fechar o mês, o 3º Arraial do Charles Miller, com entrada gratuita, vai juntar festa junina e futebol na Praça Charles Miller nos dias 30 de junho e 1º de julho (sábado e domingo).
No Museu Afro Brasil, está em cartaz a exposição “Isso É Coisa de Preto – 130 Anos da Abolição da Escravidão”, que ressalta a competência, o talento e a resistência negra nos esportes e em outros campos, como a arquitetura e as artes. Entre os jogadores homenageados na mostra estão alguns dos principais responsáveis pelas três primeiras conquistas mundiais do Brasil, como Pelé, Djalma Santos, Garrincha e Jairzinho. No acervo de longa duração, há esculturas, fotografias, ilustrações, bolas e outros objetos que contam a história do futebol brasileiro. Já na área externa, um grande painel reúne fotografias e ilustrações de Pelé, Leônidas, Chocolate, Didi, Djalma Santos, Zizinho, Garrincha, Paulo César Caju, Barbosa e Baltazar, além de uma série de caricaturas feitas pelo cartunista baiano Miécio Caffé.
O Museu de Arte Sacra vai celebrar o mundial com atividades para todas as idades no dia 16 de junho, à partir das 15h00. O público terá a oportunidade de participar de uma brincadeira sobre a relação entre os santos padroeiros e o futebol, jogar uma partida de futebol de botão ou de mini pebolim entre Brasil e Croácia e aprender o significado das camisas destes times. Para participar é necessário realizar inscrição no site https://museuartesacra.org.br.
No Museu da Imagem e do Som – MIS, a família toda vai poder aproveitar a “Maratona Infantil”, no dia 24, das 10h00 às 17h00, com atividades que envolvem o mundo do futebol e as festas juninas. Em “Intervenção Futebolando”, às 10h30, 12h30 e 14h00, dois palhaços futebolísticos vão convidar o público a praticar atividades físicas utilizando jargões do esporte. Das 10h00 às 16h00, as crianças também poderão expressar a paixão pelo esporte nas oficinas temáticas “Flipbook Bola no Gol”, para criação de livretos animados com o tema futebol, e “Compactor de Pintura”, na qual serão feitas pinturas temáticas do campeonato.
No Museu Índia Vanuíre, em Tupã, os visitantes vão curtir oficinas culturais gratuitas em todos os sábados e domingos de junho, das 9h00 às 16h00. Especialmente neste mês, as oficinas terão como tema o país sede do mundial, com a proposta de confeccionar um chaveiro em formato de matrioska, representando a colônia russa, que tem importante contribuição na identidade de Tupã.
bibliotecaS
Na Biblioteca Parque Villa-Lobos, em todas as sextas-feiras de junho, das 16h30 às 18h00, a atividade “Chute de Letra” oferece jogos e brincadeiras com o tema futebol. Nas sextas, sábados e domingos, de 1º de junho a 2 de julho, das 14h00 às 17h00, o espaço será ponto de troca de figurinhas para colecionadores. Nas sextas-feiras, de 1º a 22 de junho, o “Brincando e Aprendendo” terá brincadeiras temáticas. E nos dias 23 e 25 de junho, das 10h00 às 17h00, o “Festival de Jogos Antigos” disponibiliza pebolim e futebol de botão para o público. Todas as atividades são gratuitas e não é necessário realizar inscrição.
A Biblioteca de São Paulo também realiza a atividade “Chute de Letra” em todas as quintas-feiras de junho, das 16h00 às 17h30. A troca de figurinhas será nas sextas, sábados e domingos, de 1º de junho a 29 de julho, das 14h00 às 17h00, e o “Festival de Jogos Antigos” nos dias 15 e 16 de junho, das 10h00 às 17h00. No dia 17, a “Hora do Conto” será às 12h30, com a apresentação do conto russo “Formosa Vassilissa”, sobre uma menina que perdeu a mãe e ganhou uma boneca para ajudá-la a lidar com sua madrasta e irmãs postiças. No dia 20, das 15h00 às 16h00, todos poderão jogar o “Futebol de Cego”, e no dia 21, no mesmo horário, visitantes serão convidados a confeccionar bandeiras de diversos países. Todas as atividades são gratuitas e não é necessário realizar inscrição.
Quem gosta de ler encontrará nas bibliotecas diversas obras de autores russos, como “Os Demônios”, de Fiódor Dostoiévski, e livros sobre a história do futebol, como “O planeta Neymar: um perfil”, de Paulo Vinícius Coelho e “O Brasil nas Copas”, de Marcos Sérgio Silva. O catálogo e a programação das bibliotecas pode ser conferido nos sites: https://bsp.org.br e https://bvl.org.br/.
sala são paulo
Durante o mês, a Temporada 2018 da OSESP apresentará na Sala São Paulo diversas obras de compositores russos, como Prokofiev, Shostakovich e Tchaikovsky. Haverá Concertos Sinfônicos Osesp nos dias 21 e 22, às 20h30, e no dia 23, às 16h30, sob regência de Neil Thomson e Fabio Martino no piano. O programa inclui “Romeu e Julieta, Op.17: Romeu só – Grande Festa na Casa dos Capuletos”, de Hector Berlioz, “Peça de Concerto para Piano em fá menor, Op.79”, de Carl Maria von Weber, “Fantasia Brasileira nº 4”, de Francisco Mignone e “Romeu e Julieta – Abertura-fantasia”, de Pyotr Il’yich Tchaikovsky.
E no dia 24, às 19h00, o Coro da Osesp se apresenta sob a regência de Valentina Peleggi, com “Crucifixus pro nobis, Op.38: Drop, drop, slow tears”, de Kenneth Leighton, “Concerto para Coro: Ó mestre de tudo o que vive”, de Alfred Schnittke, “Miserere Mei, Deus”, de Gregorio Allegri, “Miserere, Op.44: Miserere nobis” e “Totus Tuus, Op.60”, de Henryk Górecki e “Canção para Atena”, de John Tavener.
Quem visitar a Sala São Paulo pode aproveitar para conferir os livros, CDs e DVDs de autores e artistas russos disponíveis na Loja Clássicos, localizada dentro do prédio da Sala. Entre os CDs, é possível encontrar a gravação da Osesp sob regência de Marin Alsop das Sinfonias de Serguei Prokofiev. Na seção de livros, encontram-se “Crime e castigo”, de Fiódor Dostoiévski e “Anna Karenina”, de Liev Tolstói. Nos DVDs, uma ampla seleção de filmes russos, como o clássico “Alexander Nevsky”, de Serguei Eisenstein, “Dersu Uzala”, de Akira Kurosawa, e “Arca Russa”, de Aleksándr Sokúrov.
fábricas de cultura
As Fábricas de Cultura Jaçanã e Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte, realizam diversas atividades gratuitas sobre futebol e cultura russa no mês de junho.
No dia 27, às 15h00, na unidade do Jaçanã, acontece o bate-papo “O mundial e você: protagonismo negro e marcos históricos”, em que os participantes terão oportunidade de conhecer a história de jogadores e jogadoras de futebol negros – Marta, Formiga, Cafu, Pelé, entre outros. Em seguida, será proposta uma oficina de estêncil para produzir cartazes com a história desses esportistas.
Na Fábrica Vila Nova Cachoeirinha, a instalação “Bandeiras dos países participantes do mundial de 2018” reúne as bandeiras dos 32 países que participam da disputa, de 5 a 30 de junho. A exposição “Diversidade Futebol Clube – No nosso time joga todo mundo” fica em cartaz na unidade de 8 a 30 de junho. A mostra traz fotografias de Roberto Setton, que registrou entre 2008 e 2012 o “Futebol das Drags”, evento de aniversário da boate Blue Space com um jogo de futebol entre drag queens e funcionários nas ruas da Barra Funda (SP). Encerrando a programação, entre 16 e 30 de junho, será exibida a “Homenagem a Mário Américo”, uma mostra de fotografias do ex-massagista da Seleção Brasileira, que acompanhou sete campeonatos mundiais, entre 1950 e 1974.
oficinas culturais
A Oficina Cultural Oswald de Andrade vai unir o teatro e o futebol em uma programação gratuita especial. Entre os dias 14 de junho e 19 de julho, às terças e quintas-feiras, às 18h30, o público poderá participar da oficina “Lendo o Jogo” e criar uma cena dramática, ficcional ou informativa, envolvendo teatro e futebol. As inscrições para as atividades devem ser realizadas no site: https://www.oficinasculturais.org.br/oswald-de-andrade.
são paulo companhia de dança
A São Paulo Companhia de Dança realiza performance em meio a uma exposição com bonecas de 2,60 de altura por 1,35 de largura, pintadas por artistas brasileiros como Albertina Prates, Simone Michielin, Elisa Vieira Queiroz, Maramgoni, Thuany Kolbach e Wagner da Silva. As apresentações serão nos dias 15, às 12h00, e no dia 16, às 16h00 e às 19h00.
O repertório será formado por Fada do Amor (1993), de Márcia Haydée e Pivô (2016), de Fabiano Lima. Fada do Amor, de Marcia Haydée, une a energia e a delicadeza do amor da fada pelo ser humano. Já Pivô, de Fabiano Lima, faz referência ao basquete, ao hip hop e à dança contemporânea, e traz para a cena o ambiente brasileiro, por meio de sonoridades conhecidas.
A exposição fica em cartaz no Átrio do Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, no período de 15 de junho a 15 de julho, e reúne réplicas das chamadas Matrioshkas Gigantes, símbolos da Rússia que representam família, felicidade e boa sorte.
Em junho, o MIS inaugura a terceira mostra do programa Nova Fotografia 2018: Hiperurânio, do paulista André Bonon. A mostra, que tem inspiração no livro Fedro, de Platão, abre no dia 21/6, às 19h, com entrada gratuita.
O fotógrafo define a série como uma narrativa visual contemporânea, em que não há uma leitura única e cujo sentido depende justamente da interação entre as imagens e o público. “As fotografias, de forma lúdica, tecem um diálogo sobre as possibilidades e questionamentos para um sentido da existência, para uma história da vida, tendo como pano de fundo a Teoria das Ideias de Platão”, afirma Bonon. “A Teoria busca a apreensão intelectual da essência eterna e imutável das coisas. Conhecer é chegar a essa essência, ao que é universal”.
As imagens, por fim, convidam o público a mergulhar em questionamentos sobre a própria realidade. “Platão coloca todas as “Ideias” em um mundo distinto do qual vivemos, um mundo metafísico, o mundo Hiperurânio, lugar acima do céu. O mundo físico é acessível pelos sentidos; já o Hiperurânio só é acessado pelo intelecto”, completa o artista.
Fãs de rock’n’roll não podem perder a próxima edição do Cinematographo do MIS. O longa Pink Floyd The Wall, inspirado no icônico álbum The Wall, ganha trilha sonora ao vivo com a banda Pink Floyd Dream no domingo, dia 3/6, às 15h. Os ingressos, de R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia), podem ser adquiridos na Recepção MIS ou pelo site da Ingresso Rápido a partir do dia 25/5.
O longa foi produzido no ano de 1982 pelo diretor britânico Alan Parker, baseado no álbum The Wall, da banda Pink Floyd – o roteiro foi escrito pelo vocalista e baixista da banda, Roger Waters. O filme possui poucos diálogos, sendo mais metafórico e movido pelas músicas de fundo e sequências de animação, dirigidas pelo cartunista político Gerald Scarfe. A história gira em torno das fantasias delirantes do superstar do rock Pink, um homem que enlouquece lentamente em um quarto de hotel em Los Angeles. O filme acompanha o cantor desde sua juventude, mostrando como ele se escondeu do mundo exterior.
Sinopse
Pink é um astro do rock que consome drogas para poder entrar em órbita e, assim, construir uma parede imaginária que o separe do público. Ele recorda sua relação de dependência materna, a morte de seu pai e os castigos de seus professores.