Orquestra Jovem do Estado

Série EMESP: “Concertos pela TV e o surgimento de uma paixão”

Terceira parte da série com os alunos da Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp Tom Jobim) e da Orquestra Jovem do Estado, aprovados na Royal Academy of Music, de Londres (a violinista Jamile Destro e o violista Christian Santos), e na Duquesne University, no estado da Pensilvânia, Estados Unidos (Ryellen de Souza Joaquim).

Nesta reportagem, a seção Transformadores Culturais, do portal da Secretaria de Estado da Cultura, conversou com a Jamile, que iniciou sua formação no Projeto Guri, o maior programa sócio-cultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Estado da Cultura.

Para ajudar no custeio das despesas do dia a dia no exterior (moradia, alimentação e transporte), Jamile começou uma campanha para arrecadar doações. O link está ao final da reportagem.

“Os concertos pela TV e o surgimento de uma paixão”

“Ainda não caiu a ficha”, avalia Jamile Destro, violinista. Aos 18 anos, ela chefia o naipe dos 2os violinos da Orquestra Jovem do Estado (OJE), resultado da formação iniciada no Projeto Guri – programa da Secretaria de Estado da Cultura voltado a crianças e adolescentes de baixa renda – e continuada na Emesp, onde ingressou em 2013. “Passei quatro anos no Projeto Guri. Mas lá eu não aprendi somente a tocar meu instrumento, eu pude me socializar e me tornar uma pessoa melhor”, conta.

Em 2013, Jamile teve uma primeira e rápida experiência internacional, ao ser selecionada para um curso intensivo na Julliard School, em Nova York (EUA), o que despertou seu sonho de estudar no exterior. Agora, o período será bem maior: quatro anos, o tempo de uma graduação inteira.

A ligação de Jamile com a música começou bem cedo, aos quatro anos, quando ganhou uma flauta doce. Aos seis, ao ganhar um teclado de brinquedo, chamou a atenção da mãe quando tentava passar para o novo instrumento as músicas que tocava na flauta. Como resultado, foram cinco anos de curso de piano.

O violino, no entanto, Jamile descobriu de uma forma inusitada: “Assistia aos concertos da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) transmitidos pela TV Cultura. Me apaixonei pelo violino e decidi que seria o meu instrumento”, conta.

Jamile sempre teve o apoio da mãe e também dos tios. Bem-humorada, ela afirma: “eles querem que eu seja feliz, por isso eles não veem a hora de eu ir embora”.

Foto: Joca Duarte / Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo

Como ajudar?

 

Link da campanha de Jamile para ajudar nas despesas em Londres: https://bit.ly/2jGfPwc

 

Conheça aqui a primeira reportagem da série, com a Ryellen Joaquim!

E aqui, a história de Christian Santos!

Texto: Denio Maués
Fotos: Joca Duarte

Série EMESP: “Determinação para superar dificuldades”

Na segunda parte da série com os alunos da Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp Tom Jobim) e da Orquestra Jovem do Estado, Christian contou sua história para a seção Transformadores Culturais, do portal da Secretaria de Estado da Cultura. 

Para ajudar no custeio das despesas do dia a dia no exterior (moradia, alimentação e transporte), Jamile, Christian e Ryellen começaram campanhas individuais para arrecadar doações. Os links estão ao final de cada reportagem.

“Determinação para superar dificuldades”

Antes de descobrir a viola, Christian Santos quase vira esportista: fazia natação, capoeira e jiu-jitsu. Aos doze anos, porém, ingressou em um projeto de música em sua cidade natal, a pequena Duartina, no interior paulista, e passou a fazer parte da orquestra de crianças e jovens. O futuro esportista deu lugar ao violista.

“Comecei a trilhar meu caminho”, conta Christian, hoje com 19 anos. “Mas entrei na orquestra porque eu pude ter um instrumento gratuito para estudar, já que meu pai não poderia comprá-lo”, ressalta o jovem, filho de um lavrador que trabalha com cana-de-açúcar.

Para compensar as dificuldades financeiras, que o impediam também de ter um professor regular, Christian corria atrás da música: frequentava festivais realizados em cidades do interior paulista – ocasiões em que procurava fazer cursos e masterclasses.

Christian também precisou superar outra dificuldade, desta vez física: aos cinco anos sofreu um acidente e perdeu parte do dedo mindinho da mão esquerda. Foi o professor Willian Cunha, de quem Christian foi aluno em 2015, na Escola de Música de Ourinhos, que o ajudou a adaptar o dedilhado da viola para facilitar a execução das peças. “Eu já tinha noção do que fazer e de como fazer, mas não era organizado didaticamente com isso. Quando comecei a fazer aulas com o Willian, começamos a organizar o que eu sabia, a por no papel (partituras, métodos que eu estudava) essas ideias: a mão esquerda baseada em  mudança de posição com agilidade, médias e grandes extensões e substituições dos dedos”, conta.

Dois anos depois, Christian viu seus esforços recompensados: foi aprovado nos exames seletivos da Emesp Tom Jobim e na Orquestra Jovem do Estado. “No ano de 2017 eu cresci muito”, avalia. “O repertório da Orquestra Jovem é de alto nível, diversificado e bem difícil. E sempre temos regentes e músicos solistas convidados, nacionais e internacionais”.

O dia a dia na Emesp não fica atrás em termos de qualidade. Foi em uma masterclass oferecida pela instituição que Christian conheceu Jon Thorne, professor da Royal Academy of Music. “Foi quando decidir fazer o processo seletivo da Royal”, conta.

Foto: Joca Duarte / Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo

Como ajudar?

 

Link da campanha de Christian para ajudar nas despesas em Londres: https://bit.ly/2F2eM1T

 

Conheça aqui a primeira reportagem da série, com a Ryellen Joaquim!

Texto: Denio Maués
Fotos: Joca Duarte

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