No final de junho e início de julho, o Theatro São Pedro, instituição da Secretaria da Cultura do Estado sob a gestão da Santa Marcelina Cultura, apresenta sua segunda montagem lírica de 2018 e desta vez o barroco invade o palco com a ópera Alcina, de Georg Friedrich Händel. A estreia será no dia 22, sexta, às 20h e os ingressos custam entre R$ 15,00 e R$ 80,00.
A montagem dramática com linguagem pós-moderna terá direção e cenografia de William Pereira, o maestro Luis Otavio Santos à frente da Orquestra do Theatro São Pedro – dois profissionais apaixonados pelo repertório barroco – além da soprano Marília Vargas, formada pela Schola Cantorum Basiliensis (Suíça) e também especialista em música barroca, no papel principal. O elenco reúne nomes brasileiros e internacionais, como a soprano Thayana Roverso (Morgana), a mezzo-soprano Carolina Faria (Bradamante), o tenor Caio Duran (Oronte), o contratenor israelense David Feldman (Ruggiero) e o baixo austríaco Norbert Steidl (Melisso).
Com libreto de Antonio Marchi, a ópera é composta por três atos e conta a história da feiticeira Alcina, uma maga sedutora e soberana na ilha em que vive, que tem como costume transformar seus amantes em rochas ou feras selvagens, assim que se cansa deles, condenando-os à prisão eterna na ilha. Baseada no poema épico Orlando Furioso, de Ludovico Ariostos, a ópera estrou no Royal Opera House de Covent Garden, em Londres, em 1735.
A montagem
Uma ilha transformada em outro planeta. A cenografia traz uma proposta neutra, com piso e paredes brancas. O ponto de partida é um espaço vazio representado pelo intenso branco e que é preenchido por um jogo de luzes coloridas.
William utilizou como referência o trabalho do artista irlandês Brian O’Doherty, que questiona o espaço onde a arte é exibida no livro Por dentro do cubo branco. Esta nova linguagem contrapõe aos modelos tradicionais do barroco e submete a recursos modernos que dinamizam e dão novos ritmos à montagem.
Os figurinos de Fábio Namatame dialogam com o cenário e remetem à cultura nipônica com os tradicionais quimonos. A iluminação de Mirella Brandi faz uso de neons com as cores invadindo os espaços cênicos.
A direção musical de Luis Otavio Santos apresenta uma instrumentação mais vívida, essencial para esse estilo de repertório, que tem por característica a forte presença de recitativos. Com uma formação que inclui dois cravos e uma teorba, Luis Otavio irá se dividir entre a regência, o violino (nas árias) e o cravo (nos recitativos).
William Pereira tem no currículo trabalhos importantes, como as estreias mundiais das óperas A Tempestade de Ronaldo Miranda, Olga de Jorge Antunes, Onheama e Natividade de J.G. Ripper. No teatro dirigiu grandes sucessos, entre eles, O Burguês Fidalgo e Dom Juan de Molière, e conquistou diversos prêmios, como Shell e da APCA. No ano passado, dirigiu no Theatro São Pedro o programa duplo inédito com o balé Pulcinella e a ópera Arlecchino, de Igor Stravinksy e Ferruccio Busoni, respectivamente.
Luis Otavio Santos, que rege a Orquestra do Theatro São Pedro, é considerado um dos principais especialistas em música antiga do país. Maestro e violinista, ele é reconhecido internacionalmente por seu trabalho com música historicamente informada – em 2005 seu CD Sonatas para Violino, de J.M. Leclair, recebeu o prêmio francês Diapason D’Or.
O Theatro São Pedro apresenta Alcina em cinco datas: 22, 24, 27 e 29 de junho, e 1º de julho. Todos os detalhes estão no site https://theatrosaopedro.org.br.
SERVIÇO
Alcina, de Georg Friedrich Händel – ópera em três atos
Datas: 22, 24, 27 e 29 de junho, e 1º de julho
Horários: 20h00, exceto domingo, às 17h00
Local: Theatro São Pedro
Endereço: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda, São Paulo/SP
Ingressos: R$ 15,00 a R$ 80,00
Plateia: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)
1º Balcão: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)
2º Balcão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)
Classificação indicativa: 14 anos
Duração: a definir – 3 atos com 2 intervalos de 20 minutos cada (aproximadamente)
Capacidade: 636 lugares
Acessibilidade: Sim
Vendas pela internet: ingressorapido.com.br
Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência
Rua Barra Funda, 171, Barra Funda (esquina com a Rua Albuquerque Lins, próximo ao Metrô Marechal Deodoro) – São Paulo/SP
Telefone: (11) 3661-6600
Horário de atendimento ao público
Quarta a sexta-feira: das 12h00 às 17h00.
Sábado: das 10 às 14 horas.
Domingo, segunda-feira, terça-feira e feriados: somente quando houver apresentação.
Em dias de apresentações, a bilheteria será aberta 2 horas antes do início da apresentação.
Descontos: estudantes, pessoas acima dos 60 anos e professores da rede pública estadual, devidamente identificados, têm desconto de 50%.
Orquestra do Theatro São Pedro
Luis Otavio Santos | direção musical
William Pereira | direção e cenografia
Fábio Namatame | figurinos
Mirella Brandi | iluminação
Elenco
Marília Vargas | Alcina, soprano
Thayana Roverso | Morgana, soprano
Carolina Faria | Bradamante, mezzo-soprano
David Feldman | Ruggiero, contratenor
Caio Duran | Oronte, tenor
Norbert Steidl | Melisso, baixo
Sobre a Santa Marcelina Cultura
Criada em 2008, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura. É responsável pela gestão do Guri da capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro.