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Theatro São Pedro apresenta Kátia Kabanová pela primeira vez no Brasil

Obra do século XX sobre uma trágica história de amor escrita pelo compositor tcheco Leos Janácek terá direção musical do maestro norte-americano Ira Levin, e direção cênica e concepção de figurinos de André Heller-Lopes

Estreia no dia 17 de agosto, sexta-feira, a terceira montagem lírica de 2018 do Theatro São Pedro, instituição da Secretaria da Cultura do Estado sob a gestão da Santa Marcelina Cultura. Com o objetivo de ampliar o repertório de ópera no Brasil com títulos pouco apresentados, desta vez a obra escolhida é a moderna Kátia Kabanová, de Leos Janácek, tido como um importante representante da história da música do século XX, que em 2018 completa 90 anos de morte. A apresentação acontece às 20h, os ingressos custam de R$ 15,00 (meia) a R$ 80,00 (inteira), e a ópera fica em cartaz até 26 de agosto, com mais quatro récitas.

Inédita no Brasil, Kátia Kabanová é a maior ópera de um compositor ainda pouco executado por aqui, mas que tem seu lugar assegurado como um dos principais compositores do século XX. Com direção cênica e concepção de figurinos de André Heller-Lopes, cenografia de Renato Theobaldo e iluminação de Fábio Retti, a montagem terá direção musical de Ira Levin (EUA), que vai comandar a Orquestra do Theatro São Pedro e um coro de 21 vozes formado especialmente para esta produção.

Ao todo são dez cantores no elenco: as sopranos Gabriella Pace (Katerina) e Claudia Riccitelli (Marfa Ignatevna Kabanova, Kabanicha), as mezzos Luisa Francesconi (Varvara), Ana Meirelles (Glasa) e Fernanda Nagashima (Feklusa), os tenores Eric Herrero (Boris Grigorjevic Dikoj), Juremir Vieira (Tichon Ivanyc Kabanov) e Giovanni Tristacci (Vania Kudrjas), o baixo Savio Sperandio (Savël Prokofjevic Dikoj) e o barítono Vinicius Atique (Kuligin).

Considerada a obra-prima de Janácek, a ópera que estreou na cidade de Brno, em 23 de novembro de 1921, conta a história da jovem independente Kátia, oprimida pelas convenções hipócritas da classe média personificadas em sua sórdida sogra. Com libreto do próprio compositor, a ópera em três atos é baseada na peça teatral A Tempestade, do escritor e dramaturgo russo Aleksandr Ostrovsky, traduzida para o tcheco por Vincenc Červinka, e foi inspirada no grande amor do compositor, Kamila Stösslová, uma mulher casada e cerca de quarenta anos mais jovem.

A ópera possui uma linguagem extremamente lírica, profundamente ligada às grandes frases melódicas do século XIX, mas com uma maturidade de escrita musical muito característica do século XX.

A HISTÓRIA

A trama se desenrola na cidade russa de Kalinov, à beira do rio Volga, e gira em torno de Katerine (Kátia), uma mulher casada dividida entre o dever social e o amor sensual. Quando Janácek compôs a ópera ele também se via dividido entre seu decoro como homem casado, e uma paixão fulminante e platônica por outra mulher, também casada. Kátia é o grande centro da ópera. A cunhada Varvara é seu lado mais sensual, mais menina, entregue à paixão por Kudrjas, um jovem apaixonado pela vida. Kabanicha, a sogra malévola, feroz, ciumenta e dominadora. Boris é seu amor romântico, idealizado, o proibido, impossível. O marido Tichon é alguém por quem ela teve um amor, mas é um fraco diante da mãe e incapaz de oferecer à jovem esposa a alegria de viver – aquilo que ela, de forma inconsciente, realmente deseja.

A MONTAGEM

A montagem brasileira de Kátia Kabanová se passa em um período pouco à frente de quando a obra foi composta (1921), mais precisamente nos anos 1940. Uma época marcada por guerras e de transição político-econômica responsável pelo surgimento de uma nova ordem mundial, que passou a questionar a estrutura social.

A produção do Theatro São Pedro será cantada no idioma original com legenda em português. O libreto foi traduzido pelo jornalista, escritor e pesquisador Irineu Franco Perpetuo.

A cenografia de Renato Theobaldo traz uma mistura de realismo com fantasia, que vai se transformando durante a ópera. André Heller-Lopes, que assina a direção cênica e a concepção de figurinos, já dirigiu óperas nos principais teatros do Brasil e exterior, incluindo em Salzburgo, na Áustria, quando em 2010 apresentou Tosca, de Giacomo Puccini, no Kleinesfestpielhaus. Em maio deste ano, esteve na Polônia dirigindo La Finta Giardiniera, uma ópera pouco executada de Mozart.

Ira Levin é mundialmente aclamado pela sua versatilidade musical, já regeu centenas de concertos e montagens líricas, e retorna ao Brasil depois de comandar com sucesso Pulcinella/Arlecchino no ano passado, vencedora do voto popular no Prêmio CONCERTO 2017, na categoria Ópera. Atualmente, ocupa posto na Ópera de Sófia, na Bulgária, além de atuar como regente convidado em todo o mundo.

CENTENÁRIO DA REPÚBLICA TCHECA

Em 2018 se comemora o centenário da independência da República da Tchecoslováquia, criada em 1918 em meio ao colapso do Império Austro-Húngaro, na Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, em 1993, a Tchecoslováquia se dividiu, de forma pacífica, em dois países: a República Eslovaca e a República Tcheca. Para comemorar a data, o Consulado Geral da República Tcheca em São Paulo apoia a presente produção de Kátia Kabanová, no Theatro São Pedro. Além do suporte técnico – como a vinda de uma profissional que trabalhou com os cantores a pronúncia do idioma tcheco – o Consulado realizará, durante a temporada da ópera, uma exposição sobre Leos Janácek e os 100 Anos da Formação da Tchecoslováquia , no interior do Theatro São Pedro.

O Theatro São Pedro apresenta Kátia Kabanová em cinco datas: 17, 19, 22, 24 e 26 de agosto. Todos os detalhes estão no site https://theatrosaopedro.org.br

SERVIÇO:

Kátia Kabanová (1921), de Leos Janácek (1854-1928) – ópera em três atos

Datas: 17, 19, 22, 24 e 26 de agosto

Horários: domingo, às 17h00 e nos demais dias, às 20h00

Local: Theatro São Pedro

Endereço: Rua Barra Funda, 161 – Barra Funda, São Paulo/SP

Ingressos: R$ 30 a R$ 80

Plateia: R$ 80,00 (inteira) e R$ 40,00 (meia)

1º Balcão: R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia)

2º Balcão: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)

Classificação indicativa: 14 anos

Duração: 135 minutos mais um intervalo de 20 minutos (aproximadamente)

Mais informações: (11) 3661-6600

Capacidade: 636 lugares

Acessibilidade: Sim

Vendas pela internet: ingressorapido.com.br

Ponto de Venda sem Taxa de Conveniência

Rua Barra Funda, 171, Barra Funda (esquina com a Rua Albuquerque Lins, próximo ao Metrô Marechal Deodoro) – São Paulo/SP

Telefone: (11) 3661-6600

Horário de atendimento ao público:

Quarta a sexta-feira: das 12h às 17h.

Sábado: das 10h às 14h.

Domingo, segunda-feira, terça-feira e feriados: somente quando houver apresentação.

Em dias de apresentações, a bilheteria será aberta 2 horas antes do início da apresentação.

Descontos: estudantes, pessoas acima dos 60 anos e professores da rede pública estadual, devidamente identificados, têm desconto de 50%.

FICHA TÉCNICA

Orquestra do Theatro São Pedro e Academia de Ópera do Theatro São Pedro

Ira Levin (EUA) | direção musical

André Heller-Lopes | direção cênica e concepção de figurinos

Renato Theobaldo | cenografia

Fábio Retti | iluminação

ELENCO

Gabriella Pace, soprano | Katerina

Eric Herrero, tenor | Boris Grigorjevic Dikoj

Luisa Francesconi, mezzo-soprano | Varvara

Juremir Vieira, tenor | Tickhone Ivanyc Kabanov

Claudia Riccitelli, soprano | Marfa Ignatevna Kabanova

Savio Sperandio, baixo | Savël Prokofjevic Dikoj

Giovanni Tristacci, tenor | Vania Kudrias

Ana Meirelles, mezzo-soprano | Glasa

Fernanda Nagashima, mezzo-soprano | Feklusa

Vinicius Atique, barítono | Kuligin, barítono

Sobre a Santa Marcelina Cultura

Criada em 2008, a Santa Marcelina Cultura é uma associação sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Cultura pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura do Estado. É responsável pela gestão do Guri da capital e região Metropolitana de São Paulo e da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). O objetivo da Santa Marcelina Cultura é desenvolver um ciclo completo de formação musical integrado a um projeto de inclusão sociocultural, promovendo a formação de pessoas para a vida e para a sociedade. Desde maio de 2017, a Santa Marcelina Cultura também gere o Theatro São Pedro, desenvolvendo um trabalho voltado a montagens operísticas profissionais de qualidade aliado à formação de jovens cantores e instrumentistas para a prática e o repertório operístico, além de se debruçar sobre a difusão da música sinfônica e de câmara com apresentações regulares no Theatro.

Informações à imprensa:

 

Assessoria da Santa Marcelina Cultura | Theatro São Pedro

Conteúdo Comunicação

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Stephanie Gomes – (11) 3339-8243 – stgomes@sp.gov.br

Elisabete Alina – (11) 3339-8164 – betealina.culturasp@gmail.com

imprensaculturasp@gmail.com

Programação completa

theatrosaopedro.org.br

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