Museu da Língua Portuguesa apresenta Encontro de Poesia na FLUP
Evento de ‘slam’ será realizado na abertura do Rio Poetry Slam, no próximo dia 10, na FLUP
A língua falada, cantada e recriada nas ruas vai ser celebrada no Rio Poetry Slam, campeonato de poesia que acontece durante a Flup – Festa Literária das Periferias, de 10 a 15 de novembro, no Vidigal (Rio de Janeiro).
O Museu da Língua Portuguesa, atualmente em reconstrução, apoia a iniciativa e é co-realizador do encontro de poetas do Brasil, Angola e Portugal. O encontro, que recebeu o nome de “Sarall”, acontece no dia 10, na abertura do Rio Poetry Slam, no galpão da ONG Horizonte. Primeiro encontro de saraus e slams de língua portuguesa, o evento vai reunir 15 poetas, artistas e escritores, como Alessandro Buzo, do Sarau Suburbano de São Paulo, a poeta e escritora angolana Bel Neto e o músico português José Anjos. A apresentação do Sarall será feita pelo ator Marcelo Mello, também poeta, cineasta e ativo participante da cena artística do Vidigal.
O Rio Poetry Slam é o maior evento de poesia falada da América Latina. “Teremos uma diversidade de vozes, com mulheres negras e periféricas; trans; homens”, adianta a curadora do Rio Poetry Slam, Roberta Estrela d’Alva, diretora do premiado filme “Slam: Uma voz de levante”. “É um encontro da diversidade poética, popularizando a poesia que foi tida como acadêmica, e dando voz à comunidade.”
Com curadoria de Júlio Ludemir, em cinco edições a FLUP – Festa Literária das Periferias consolidou-se na agenda da cidade do Rio de Janeiro como um festival que reúne artistas e escritores do mundo inteiro para debater, experimentar, produzir e ampliar o poder da leitura. Em 2017, o evento ocupa o Morro do Vidigal com convidados como Renato Aragão, Cacá Diegues, Paulo Lins e Djamila Ribeiro.
Nesta edição, a FLUP homenageia o dramaturgo Oduvaldo Vianna Filho, o Vianinha, autor de teatro, televisão, cinema, jornalismo e crítica cultural. Veja a programação completa em https://flup.net.br/
“O Sarall na prática contará a história do spoken word (poesia falada) no Brasil, com uma curadoria que contempla nomes que vão de veteranos a jovens”, define Júlio Ludemir.