Experiência tecnológica mapeou os movimentos da regente Marin Alsop na condução de trechos de grandes clássicos de compositores como Tchaikovsky e Debussy
A Osesp – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo lança “Música para os Olhos”, um projeto que transforma composições icônicas em peças de arte. A partir de um chip instalado na batuta da regente Marin Alsop, os movimentos captados durante a regência de obras como a 5ª Sinfonia de Beethoven foram mapeados e transformados em quadros, causando uma experiência sinestésica única ao espectador.
Além de proporcionar tal sensação ao transformar a música em objetos de arte, o projeto “Música para os Olhos” também explora as novas possibilidades de manifestações artísticas viabilizadas pela tecnologia. Via bluetooth, um giroscópio e um acelerômetro instalados na ponta da batuta se comunicam com um software com 13 mil linhas de programação, criado especialmente para o projeto, que faz a captação dos movimentos. A inteligência de dados do software faz a decodificação completa de diferentes tipos de gestos, dos mais leves aos vibrantes e enérgicos, transformando-os em quadros.
Compositores como Debussy, Mozart, Tchaikovsky, Strauss, Stravinsky e Beethoven, entre outros, terão pequenos trechos de algumas de algumas de suas mais destacadas obras captadas e transformadas em telas.
“Música para os Olhos” é uma experiência tecnológica criada pela Talent Marcel, agência publicitária da Osesp, em parceria com a orquestra, pensada para ser parte dos projetos de despecida da regente Marin Alsop na condução da Osesp. “O papel do maestro é ser o mensageiro do compositor e trazer aquela narrativa para a orquestra e, por meio dos músicos, para a plateia. A ideia do Música para os Olhos é capturar a energia de uma performance e materializá-la em quadros para que as pessoas possam absorvê-la de uma forma diferente”, explica a regente.
Os quadros criados a partir do experimento vão integrar uma exposição que também dará início às comemorações dos vinte anos da Sala São Paulo, casa da Osesp e uma das mais conceituadas salas de concerto do Brasil, reconhecida em todo o mundo. A Sala São Paulo faz parte do Centro Cultural Júlio Prestes, na antiga Estação Júlio Prestes, região central da cidade. Até o dia 8 de junho, os quadros estarão disponíveis para apreciação do público que visita a Sala São Paulo. Após esse período, serão leiloados em prol das atividades pedagógicas e artísticas da orquestra e seus grupos.
“Obras musicais que se transformam em quadros, que viram uma exposição, que se desdobram em produtos, que agregam e criam valor. Uma ação que só foi possível porque juntamos a inspiração de Marin Alsop com a exatidão da tecnologia”, avalia Rodrigo Lugato, Diretor de Criação da Talent Marcel, e um dos criativos por trás do projeto.
Sobre as composições que se transformaram em quadros
BEETHOVEN | Sinfonia No. 5: I. Allegro con brio
DEBUSSY | Prélude à l’après-midi d’un Faune
MAHLER | Sinfonia nº 5: IV. Adagietto
MOZART | Sinfonia nº 40: I. Molto allegro
- STRAUSS | Ein Heldenleben
STRAVINSKY | A Sagração da Primavera: The Augurs of Spring
TCHAIKOVSKY | Sinfonia nº 4: I Andante Sostenuto – Moderato con Anima
TCHAIKOVSKY | Sinfonia nº 5: I. Andante – Allegro con Anima
RAVEL | Bolero
SCHUMANN | Sinfonia nº 2
- STRAUSS JR. | O Danúbio Azul
WAGNER | A Cavalgada das Valquírias
Sobre a regente Marin Alsop
Marin Alsop é norte-americana e a primeira mulher a assumir o cargo de regente titular da Osesp. Filha de um casal de músicos profissionais, decidiu que queria ser regente ao assistir a um concerto do maestro Leonard Bernstein. Assumiu a Osesp em 2012. No final de 2019, Marin Alsop se despede da Osesp com a abertura de um projeto mundial que contará com a participação de diversas orquestras ao redor do globo.
Sobre a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Fundada em 1954 e hoje reconhecida internacionalmente por sua excelência, desde 2005 é administrada pela Fundação Osesp. Em 2012, Marin Alsop tornou-se sua regente titular, tendo sido nomeada diretora musical em 2013 (até o fim de 2019). Em 2016, a Orquestra esteve nos principais festivais da Europa e, em 2019, realizou turnê pela China e Hong Kong. No ano passado, a gravação das Sinfonias de Villa-Lobos, regidas por Isaac Karabtchevsky, projeto que se soma a seus mais de 80 álbuns lançados, recebeu o Grande Prêmio da Revista Concerto e o Prêmio da Música Brasileira.
Sobre a Talent Marcel
A agência preparada para prover inteligência e criatividade para qualquer comunidade, com inovação aplicável em qualquer plataforma, quer seja on ou off, respeitando as dinâmicas de cada meio. As ideias e soluções têm como foco as pessoas. A agência que acredita no poder de posicionamentos fortes, traduções memoráveis e na capacidade da comunicação em mudar a realidade dos negócios.