A primeira exposição digital idealizada pelo Museu da Diversidade Sexual – MDS, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, ficará disponível para acesso público a partir do dia 25 de maio no site do Museu (mds.org.br) e na plataforma #CulturaEmCasa (www.culturaemcasa.com.br). A data também comemora o aniversário de oito anos do MDS, primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática LGTBI+.
Lançada no dia 20 de abril pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, a plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa reúne o que há de melhor na programação cultural produzida por artistas e profissionais do setor. A ferramenta disponibiliza gratuitamente conteúdos inéditos das instituições de cultura do Estado de São Paulo e os conteúdos podem ser assistidos gratuitamente por televisão, computador, tablets e celulares. Em breve, serão lançados aplicativos para cada meio.
“Nosso objetivo é que o conteúdo cultural disponibilizado na plataforma seja amplo e diverso. É difusão cultural para todos e acesso 100% gratuito. E o Museu da Diversidade Sexual contribui com essa iniciativa de forma criativa e emblemática”, afirma Danielle Nigromonte, diretora-geral da Amigos da Arte, Organização Social que gere a instituição.
O Museu da Diversidade Sexual abriu chamada pública para participação de artistas e, das 358 inscrições recebidas, vindas de todas regiões brasileiras e também de países como Portugal e Alemanha, foram selecionados 31 artistas e um coletivo, totalizando 60 obras.
A mostra foi criada com o objetivo de visibilizar os modos que artistas LGBTI+ estão encontrando para criar e discutir o momento de isolamento social que estamos vivendo devido à pandemia de Covid-19. A curadoria da Mostra, composta por profissionais reconhecidos e atuantes na causa LGBTI+, narra que um ponto em comum entre a maior parte dos trabalhos recebidos é a discussão sobre como a sociedade de modo geral está passando por experiências que já são vivenciadas cotidianamente por pessoas LGBTI+, como a solidão, insegurança, ansiedade e isolamento.
As discussões também podem se associar de alguma forma à luta LGBTI+ contra a epidemia de HIV/AIDS iniciada nos anos 1980, quando não havia estudos suficientes e pouco se sabia sobre suas características, o modo de contaminação e os avanços possíveis da ciência na contenção do vírus. Outros trabalhos metaforizam a imagem das máscaras, que se antes podiam ser vistas como algo que serve para esconder, hoje são símbolos de segurança e proteção.
Todos os trabalhos foram criados no período da pandemia e reúnem linguagens artísticas diversas, como fotografia, colagem digital, ilustração (desenho e arte digital), pintura em aquarela e guache, escultura, fotoperformance, pintura, combinação de desenhos manuais com digitais, videoperformance, videodança, técnicas mistas de desenho e fotografia, gravação em áudio, pintura em fotografia, giz oleoso e desenho. Os trabalhos são de artistas de São Paulo (capital e interior), Curitiba (PR), Londrina (PR), Rio de Janeiro (capital), Brasília (DF), João Neiva (ES), Recife (PE), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA).
“Nesse cenário de pandemia, o MDS se torna uma ferramenta importante para conectar e estimular a criatividade da comunidade, assim como ampliar a divulgação da produção artística LGBTI+ para o mundo.” diz Franco Reinaudo, diretor do Museu da Diversidade Sexual.
Artistas contemplados (em ordem alfabética):
- Akira Umeda
- Alan Piter Moraes Rios
- Andrés Carmo
- Caju
- Carolina Lobo e Catarina Vaz
- Cheo Gonzáles
- Chica Vamo
- Chico Monteiro
- Coletivo “Haus of X”
- Eduardo Mauer
- Emily Lumbreras
- Erick França
- Fernanda Degolin e Jessica Crusco de Queiroz
- Gabriel Darcin
- Gabriel Tantacoisa
- Joice Mendes
- Julia Aiz
- Keila Orona
- Leíner Hoki
- lualeo
- Marcelo Prudente e Pedro Orlando
- Maysa Sigoli
- Rick Rodrigues
- Rodrigo Kupfer
- Sabrina Savani
- Stephanie Gaddi Pollo
- Tata Barreto
- Vantees
- Vinicius Monção
Sobre o Museu da Diversidade Sexual
Primeiro equipamento cultural da América Latina relacionado à temática, o Museu da Diversidade Sexual foi criado em maio de 2012 e é uma instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Sua missão é preservar o patrimônio sócio, político e cultural da comunidade LGBTI+ brasileira através da coleta, organização e disponibilização pública de referenciais materiais e imateriais. As atividades culturais, educativas e expositivas do MDS têm foco nas orientações, identidades e expressões de gênero dissidentes.
Sobre a Amigxs da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Museu da Diversidade Sexual (MDS), trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos como o Teatro Sérgio Cardoso e o Teatro Estadual de Araras. Saiba mais em: www.amigosdaarte.org.br.
Museu da Diversidade Sexual (MDS)
Estação República do Metrô, n° 24. R. do Arouche – República. São Paulo (SP).
O museu está localizado dentro da Estação República do Metrô, atrás da bilheteria. Piso Mezanino, loja 518.