Prêmio São Paulo de Literatura define jurados da edição 2022
Premiação concede R$ 200 mil aos dois melhores escritores do ano de 2021; Inscrições foram encerradas em maio; Entre os jurados estão Carlos Herculano Lopes, Edimilson de Almeida Pereira, Irineu Franco Perpetuo, Julie Dorrico, Lucrecia Zappi, Cidinha da Silva, entre outros
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo anuncia os dez nomes escolhidos para compor o júri da edição 2022 do Prêmio São Paulo de Literatura. A premiação irá contemplar dois escritores. Um na categoria Melhor Romance do Ano de 2021 e outro como Melhor Romance de Estreia do Ano de 2021. Cada ganhador receberá R$ 200 mil.
Para concorrer ao Prêmio São Paulo de Literatura, o livro deve ter sido escrito originalmente em português e ter sua primeira edição publicada ao longo de 2021. Somente obras no formato impresso, com ISBN, puderam ser inscritas.
Confira a lista completa dos jurados:
Carlos Herculano Lopes
Formado em jornalismo, trabalhou por um longo período no Estado de Minas, onde durante 14 anos assinou uma crônica semanal. Com 15 livros publicados, ganhou prêmios como a Quinta Bienal Nestlé de Literatura Brasileira/1990, com o romance Sombras de julho; o Prêmio Cidade de Belo Horizonte, com o volume de contos Memórias da Sede; o Prêmio Guimarães Rosa, com o romance A dança dos cabelos; o Prêmio Lei Sarney, como autor revelação de 1987, entre outros. Foi duas vezes finalista do Jabuti, com os romances A dança dos cabelos, e O vestido, e do Prêmio Portugal/Telecom, com o romance Poltrona 27. Atualmente está trabalhando em um novo romance, que deve ser lançado no próximo ano.
Edimilson de Almeida Pereira
Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura 2021 e do Prêmio Oceanos 2021, em segundo lugar. Atualmente é professor da Faculdade de Letras, na Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Cultura e Identidade, atuando principalmente nos seguintes temas: literatura brasileira (prosa e poesia), cultura afro-brasileira, imagens/identidades, modernidade, literatura juvenil e infanto-juvenil.
Nanni Rios
Jornalista formada pela Universidade Federal de Santa Catarina com especializações em Economia da Cultura e Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, além de mestranda em Economia e Políticas da Cultura e Indústrias Criativas pela mesma instituição. Atua como livreira, curadora e produtora cultural na Livraria Baleia, em Porto Alegre, especializada em literaturas contemporâneas e de autoria feminista/antirracista e nas temáticas de gênero, sexualidade e direitos humanos.
Erico Nogueira
Poeta, tradutor e professor de latim na Universidade Federal de São Paulo. Autor de obras como Poesia Bovina (2014), O Esmeril de Horácio (2020) e Aqui, Ali, Além (2021), é nacional e internacionalmente reconhecido como um dos mais importantes poetas brasileiros da atualidade.
Irineu Franco Perpetuo
Jornalista e tradutor, colaborador da Revista Concerto, jurado do programa
Prelúdio (TV Cultura) e apresentador do programa Empório Musical (Cultura
FM). Autor de Como Ler os Russos (Todavia – segundo colocado no Prêmio
Biblioteca Nacional, categoria Ensaio Literário – Prêmio Mário de Andrade,) e História Concisa da Música Clássica Brasileira (Alameda Editorial), traduziu
Diversas obras, dentre outros, de Púchkin, Tolstói, Dostoiévski, Turguêniev,
Bulgákov e Vassili Grossman (Vida e Destino, segundo colocado no Prêmio
Jabuti, categoria Tradução).
Julie Dorrico
Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS, Julia pertence ao povo Macuxi. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea.
Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019).
Kelvin Falcão Klein
Crítico literário e professor de Literatura Comparada na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Autor de Estratégias de visualidade na literatura: o Olho Sebald (2021) e Wilcock, ficção e arquivo (2018).
Lucrecia Zappi
Escritora paulistana nascida em Buenos Aires, é autora de dois romances: Onça Preta (Benvirá, 2013) e Acre (Todavia, 2017), o qual foi finalista do Jabuti. Seu primeiro livro, Mil-folhas (Cosac Naify, 2010),venceu o prêmio Ragazzi e também foi finalista do Jabuti. Jornalista e tradutora, Lucrecia tem mestrado em Escrita Criativa pela NYU e mora em Nova York. Degelo, seu novo romance, será publicado em 2023.
Maria Aparecida da Silva
Mais conhecida como Cidinha da Silva, publicou 19 livros, entre eles, os premiados: “Um Exu em Nova York” (Biblioteca Nacional, 2019 e PNLD Literário 2021) “Os nove pentes d’África” (PNLD Literário 2020), “#Parem de nos matar!” (Acervo Público da Educação Paulista, 2021), “Oh, margem! Reinventa os rios! (PNLD Literário,2021) “O mar de Manu” (APCA 2021, melhor livro infantil). Organizou as obras sobre as relações raciais contemporâneas no Brasil, Ações Afirmativas em Educação: experiências brasileiras (2003) e Africanidades e Relações Raciais: insumos para políticas públicas na área do livro, leitura, literatura e bibliotecas no Brasil (2014).
Rita Chaves
Professora associada de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, foi professora visitante na Yale University, em 1996/97 e na Universidade Eduardo Mondlane entre 1998 e 2004. Foi por dez anos membro do Júri do Prêmio Leya de Romance e foi curadora do Prêmio Portugal Telecom. Integra o Conselho Curatorial do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo e o Conselho Editorial das revistas Via Atlântica e Mulemba. É autora de A formação do romance angolano e de Angola/Moçambique – experiência colonial e territórios literários.