Secretaria da Cultura e FGV realizam estudo sobre impactos econômicos e sociais da produção cultural do estado
Projeto utilizará como base o Programa de Ação Cultural (ProAC) para mensurar a capacidade de geração de renda e de empregos no setor cultural; resultado do estudo será apresentado nos segundo semestre deste ano
Nesta terça-feira, 12 de junho, o secretário da Cultura do Estado, Romildo Campello, e os pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas, Roberto Meireles e Robson Gonçalves, apresentaram a metodologia que será aplicada em estudo inédito sobre os impactos econômicos e sociais do Programa de Ação Cultural (ProAC-SP) no estado de São Paulo. O objetivo do projeto é mensurar a capacidade de geração de renda e de empregos envolvendo eventos e atividades culturais no território paulista.
“Nosso objetivo é entender qual a influência do ProAC na economia da cultura e o quanto isso impacta na cadeia produtiva. É fundamental para defendermos que o investimento em cultura, retorna em impostos, empregos e desenvolvimento econômico”, afirmou o secretário da Cultura, Romildo Campello, na abertura do evento.
Romildo Campello, secretário da Cultura (foto: Joca Duarte)
Ao viabilizar atividades culturais, o ProAC faz girar uma cadeia produtiva que envolve outros setores como por exemplo alimentação, vestuário, transporte e energia. “É preciso colocar a relevância econômica da cultura em seu devido lugar“. Queremos mostrar o quanto a cultura gera de empregos, de PIB, de arrecadação e renda ”, afirma o coordenador técnico da pesquisa, Robson Gonçalves.
O estudo deve ser finalizado e apresentado no segundo semestre deste ano. Ao final, poderá servir de referência para outras pesquisas, inclusive em outros estados. “O que estamos fazendo é extremamente importante, com grande potencial de se estender a todo o país. É preciso que haja um mapeamento em nível nacional para orientar as políticas culturais no país”, declara Gonçalves.
João Daniel Tikhomiroff, presidente do Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo (SIAESP), participou do evento e falou sobre o crescimento do setor na economia do país. “A indústria do audiovisual representa 0,58% do PIB brasileiro, número maior que de outros setores relevantes dentro do país”, afirma. Segundo ele, a necessidade de crescimento do entretenimento é importante para a identificação do povo brasileiro com a sua cultura e sua língua.
Cultura e Economia Criativa
A secretária-adjunta da Cultura do Estado, Patrícia Penna, encerrou o evento destacando a importância da economia criativa. Para ela é preciso ampliar a discussão e mensurar não só a questão econômica, mas também o lado social do setor. “O impacto social precisa ser levado em consideração para que o Estado e os demais envolvidos possam se aprofundar no assunto. É muito importante medir a transformação na vida das pessoas”, declarou.
Patrícia Penna, secretária-adjunta (foto: Joca Duarte)